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Assembleia de Deus Madureira acusada de repassar propina do petrolão a Eduardo Cunha

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 21 de agosto de 2015

Assembleia de Deus Madureira acusada de repassar propina do petrolão a Eduardo CunhaA denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ontem, quinta-feira, 20 de agosto, implicou a igreja Assembleia de Deus Madureira, liderada pelos pastores da família Ferreira.

De acordo com o depoimento do delator Júlio Camargo, a denominação pentecostal teria intermediado o repasse de R$ 250 mil em propinas a Cunha em 2012.

Para a PGR, Cunha cometeu crime de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, ao ter pedido e recebido o pagamento de US$ 5 milhões em propinas de contratos firmados entre a Samsung e a Petrobras.

O pagamento de parte dessas propinas teria sido feito por Camargo através de depósitos na conta da Assembleia de Deus, por orientação de Fernando Soares, o “Baiano”, que é apontado como o operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras.

“Soares teria alertado que pessoas dessa igreja iriam entrar em contato com o declarante [Júlio Camargo]. Representantes da igreja procuraram Júlio Camargo e informaram os dados bancários da Igreja Evangélica Assembleia de Deus”, diz o texto da denúncia, de acordo com informações do Uol.

Após essa aproximação, Júlio Camargo fez os depósitos na conta da igreja através de empresas de fachada que ele comandava, no dia 31 de agosto de 2012, sob a justificativa de “pagamento a fornecedores”.

Segundo a PGR, “não há dúvidas” de que os depósitos foram feitos a pedido de Cunha, para que fosse efetuada a quitação de parte dos US$ 5 milhões de propina que teria sido combinado com Camargo.

A ligação entre Cunha, que é evangélico, e a Assembleia de Deus é “notória”, na visão da PGR: “O diretor da referida Igreja perante a Receita Federal é Samuel Cássio Ferreira, irmão de Abner Ferreira, pastor da Igreja Assembleia de Deus Madureira, no Rio de Janeiro, que o denunciado [Cunha] frequenta”, aponta o texto.

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Acusações contra Dilma no Petrolão podem gerar impeachment, diz jurista Ives Gandra

Profile photo of Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas – gmais.com – em 31 de outubro de 2014

Acusações contra Dilma no Petrolão podem gerar impeachment, diz jurista Ives GandraAs denúncias feitas contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula, do mesmo partido, pelo doleiro Alberto Youssef em depoimento à Polícia Federal durante as investigações do escândalo de desvio de fundos da Petrobrás podem gerar um processo de impeachment.A notícia foi veiculada pela revista Veja numa edição antecipada às vésperas da eleição presidencial, ocorrida no último domingo, 26 de outubro. No exemplar que causou alvoroço entre os eleitores, a revista reproduz trecho do depoimento de Youssef – principal responsável por movimentar o esquema de corrupção enviando os recursos em dólares para contas no exterior -, que afirma que os dois líderes petistas tinham conhecimento do esquema.

No trecho do depoimento, Alberto Youssef é questionado pelo delegado sobre quem seriam as pessoas com conhecimento do esquema de corrupção, e o doleiro resume:

-O Planalto sabia de tudo!

– Mas quem no Planalto? – perguntou o delegado.

– Lula e Dilma – respondeu o doleiro.

Imediatamente após a divulgação da notícia, diversos internautas começaram a clamar por mais investigações e falar em impeachment da presidente, que poderia ser implicada por improbidade administrativa segundo o artigo 85 da Constituição Federal.

O jurista Ives Gandra da Silva Martins concedeu uma entrevista à rádio Jovem Pan e endossou o pensamento no caso de haverem provas contra Dilma Rousseff: “A denúncia é muito grave e chega a ser provável que nós vamos ter pelo menos a abertura de um processo de impeachment. O fato é gravíssimo. Foi utilizada a maior empresa do Brasil para gerar recursos ao partido dos presidentes da República”, frisou.

“Quem pede delação premiada não pode mentir”, explicou Ives. “Se fosse apenas uma mera alegação, essa alegação viria a prejudicá-lo, não beneficiá-lo, porque ele teria que responder pelo crime de difamação”, acrescentou o jurista.