DE SÃO PAULO
As pirâmides do Sol, da Lua e de Quetzalcoat, provavelmente erguidas por indígenas na cidade de Teotihuacán, no México, foram construídas com base na medida numérica de 83 centímetros, anunciou o Instituto Nacional de Antropologia e História do país nesta quinta-feira.
No passado, Teotihuacán avançava por uma área de 20 km quadrados, onde viviam cerca de cem mil pessoas. Era tão majestosa e grande, que se comparava a Constantinopla e Alexandria. Até hoje não se sabe quem a construiu e muito menos por que os moradores a abandonaram.
M. Marat/Efe
Distância entre as esculturas de cabeças de serpentes da pirâmide de Quetzalcoatl segue padrão de 83 cm
O arqueólogo japonês Saburo Sugiyama, da Universidade Estatal de Aichi, no Japão, autor da descoberta explicou: "A base numérica é de 83 centímetros. Multiplicado por quatro ou múltiplos de quatro, esse é o valor que se repete constantemente nas medidas das edificações desse sítio pré-hispânico."
Sugiyama acrescentou que a balaustrada, a escada e a distância entre as esculturas de cabeças de serpentes da pirâmide de Quetzalcoatl possuem essa mesma medida.
O arqueólogo estudou ainda a pirâmide da Lua no período entre 1998 e 2004. O local era um templo sagrado onde se realizavam cerimônias relacionadas a movimentos celestes, o renascimento do dia e a dualidade fogo e água.
Em alguns níveis da pirâmide, ele encontrou ossadas humanas em posição de lótus, um indicativo de que se tratava de pessoas de uma classe social mais elevada.
Havia também um enterro coletivo com ossos de mais de 50 animais –18 que pertenceram a éguas, 13 a felinos de grande porte, 10 lobos e o resto de serpentes e coelhos.
Doze esqueletos humanos estavam com as mãos amarradas, sendo dez deles decapitados e colocados um em cima do outro, além de outros dois com ornamentos e vestimentas que indicam o autossacrifício.