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Bancada evangélica defende direito à terapia para deixar de ser homossexual

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

Parlamentares da bancada evangélica tentam reverter uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que instituiu dois artigos proibindo psicólogos de emitirem opiniões públicas ou tratar a homossexualidade como sendo um transtorno.

  • Gay parade

    (Foto: Reuters)

    Espectadores assistem a Parada do Orgulho Gay em NY, em 27 de junho de 2010.

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De acordo com o líder da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), o conselho "extrapolou seu poder regulamentar" por querer “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional".

Por outro lado, o Conselho de Psicologia levanta a bandeira da autonomia da instituição, alegando que o projeto poderia interferir nessa questão.

Segundo a Folha de S. Paulo, o presidente do órgão, Humberto Verona, entende que nas diretrizes emitidas no projeto estariam normas éticas necessárias para combater o que chamou de ‘intolerância histórica’.

"[Ninguém diz] ‘cansei de ser hétero, vim aqui me transformar’", alega Verona.

Já para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, o que deve ser curada é a ‘síndrome de patinho feio’, e não ‘a homossexualidade em si’. Em seu entender, somente o preconceito é que leva um gay a buscar tratamento.

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O relator do projeto, deputado e pastor Roberto de Lucena (PV-SP), diz que é cruel deixar um indivíduo em conflito ao léu psicológico.

Hoje, o projeto se encontra em análise Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. Aproxima etapa será a discussão em audiência pública que pode acontecer nas próximas semanas em Brasília.

Perseguição religiosa

Este não é o primeiro conflito envolvendo conselho federal, religião e psicologia. Há cerca de um mês, o Conselho Federal de Psicologia acatou uma denúncia contra a psicóloga cristã Marisa Lobo por ela divulgar nas redes sociais que professa a fé cristã até em palestras em que participa.

Segundo a própria psicóloga, que divulgou o fato em seu Twitter, o Conselho Federal de Psicologia ameaçou cassar seu registro de profissional caso não negue sua fé em Cristo em até 15 dias. A condição para evitar a cassação seria retirar de seus perfis nas mídias sociais toda e qualquer menção à sua fé.

Marisa classificou a atitude como perseguição religiosa. Muitos usuários das redes sociais emitiram apoio à profissional, com incentivos à sua atuação, e manifestações de indignação pelo ocorrido.

Algumas manifestações questionaram se o direito à liberdade de expressão, crença e culto, previstos na Constituição Federal, não se aplicam ao estatuto do Conselho Federal de Psicologia.

Marisa ainda aguarda o resultado do processo que está em andamento, sem previsão de conclusão.

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Por que achamos a boneca Barbie tão bonita?

 

Por que se olha debaixo da cama depois de ver um filme de terror?Por que se olha debaixo da cama depois de ver um filme de terror?

“150 Pequenas Experiências de Psicologia” é uma delicia de livro. Escrito pelo doutor em psicologia Serge Ciccotti, o especialista traz ao leitor informações e curiosidades presentes em nosso cotidiano e muito úteis para compreender melhor nossos semelhantes e a nós mesmos.

Toda a obra trabalha à margem da psicologia científica e sua pesquisa sobre a maneira que nos comportamos em nossa vida. Os tipos de comportamento englobam as mais diversas situações, como “por que achamos a boneca Barbie tão bonita?“, “o impacto da multidão sobre as decisões dos árbitros” e “por que, nos restaurantes, os últimos lugares são os piores?”.

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Cada “achado” do livro é separado por temas gerais, como “Percepção, atenção, memória e inteligência”, “Julgamentos, atribuições e explicações” e influências sociais, poderes e manipulação”, e as situações são apresentadas em textos curtos e objetivos, com referências teóricas, conclusão e dicas para quem quer se informar sobre determinado comportamento humano.

Entre as 150 explicações do psicólogo, você se diverte, aprende e se conforma com algumas esquisitices e manias da sociedade.

Leia um trecho da explicação de “por que achamos a boneca Barbie tão bonita?”

 

Um dos modelos da boneca Barbie

Um dos modelos da boneca Barbie

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Atração física e teoria da evolução

Tenha você filhos ou não, certamente conhece a famosa boneca Barbie… E quer você a adore ou a deteste, é preciso admitir que existe um consenso que lhe atribui uma grande beleza (Algumas mulheres chegam até mesmo a se submeter a múltiplas operações para parecer-se com ela).

Por que achamos essa boneca tão bonita? Magro (1997) conseguiu desvendar esse famoso mistério efetuando o seguinte estudo…

— Magro preparou vários esquemas e fotografias e os mostrou a 495 pessoas. As imagens representavam seres humanos com características físicas diversas (diferentes formas de rostos, de segmentos corporais etc.). Os participantes deviam avaliar os diferentes traços e dizer o quanto eles eram atraentes.

Os resultados mostraram que as pessoas detestavam: batatas da perna curtas, pernas arqueadas, caninos grandes (sobretudo quando pontudos), gengivas proeminentes, dedões curtos, palmas longas, dedos tortos, pescoços pequenos, maxilares prógnatos.

Em compensação, os participantes apreciavam: pessoas altas, pernas longas, porte esbelto, pescoços longos, lábios vermelhos e encurvados, olhos grandes, ombros quadrados, dentes alinhados e não espaçosos, dedos retos, pele lisa e desprovida de pelos, testas retas, barrigas planas, palmas do pé flexíveis. por MARCELO JUCÁ
da Livraria da Folha