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Em nova fase, Baby do Brasil deixa gospel de lado e relembra clássicos

ADRIANA KÜCHLER
DO RIO DE JANEIRO

De cabelo roxo, iPad branco na mão e mala de oncinha trazendo vários “looks” para a sessão de fotos que ilustra a reportagem, Baby do Brasil chega ao estúdio, no bairro de Laranjeiras, animada para falar sobre sua nova fase. Pastora pop e mãe de seis filhos, a cantora de 60 anos está de volta e pronta para reconquistar um novo público com seu repertório de hits pré-conversão.

Não, ela não largou o gospel, com que anda abraçada há 13 anos. Mas, a convite do filho número quatro, o guitarrista Pedro Baby, decidiu dar nova chance aos velhos sucessos. Antes de começar a explicar esse retorno, não se aguenta e solta um: “Obrigada, Senhor, por esse momento maravilhoso!” Deus vai aparecer outras 32 vezes durante a conversa (nas versões Deus, Senhor e Papai) ou uma vez a cada quatro minutos.

Baby do Brasil

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Murilo Meirelles

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De cabelos roxos, Baby do Brasil relembra clássicos de três décadas no show com participação do filho Pedro

Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade começou a cantar aos 17 anos, como Baby Consuelo, quando acompanhava a banda formada por Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Galvão e Pepeu Gomes, os Novos Baianos. Atravessou os anos 1980 com cabelos coloridos e lançou uma penca de hits solo como “Sem Pecado e Sem
Juízo”, “Telúrica” e “Todo Dia Era Dia de Índio”. Adotou o nome Baby do Brasil em 1995 e saiu da cena pop quando virou pastora evangélica, ou “popstora”, como gosta de dizer. E abandonou o que chama de repertório secular (não religioso).

Essa volta foi uma espécie de presente do filho pelos 60 anos da mãe. Na hora de escolher o set list, ela perguntou: “Que música do gospel você vai incluir?” E teve que ouvir: “Nenhuma, né, mãe?” Baby só relaxou depois de se dar conta de que quase todas as canções escolhidas tratavam de espiritualidade. “As músicas dela sempre falaram de Deus, é só olhar”, diz Pedro, 34. “A conversão não mudou a Baby, essa cantora sem herdeiras. Era isso o que eu queria mostrar para o público.”

ELVIS E EU

O primeiro show da volta de Baby aconteceu no Rio, no fim de outubro, com participação de Caetano Veloso em “Menino do Rio”, hit que compôs para ela em 1979. Depois da aclamação de crítica e público, saudosos da voz única e praticamente intacta de Baby (“As pessoas ficaram em estado de graça. Tem uma unção do céu no show”, diz ela), mãe e filho preparam uma turnê que já tem shows marcados no Rio, em Salvador e em Recife e deve virar CD e DVD.

Caetano, que também participa do show na Bahia, diz em depoimento para Serafina que “Baby é uma referência central na história do canto feminino brasileiro. Novos Baianos, Baby e Pepeu, Baby do Brasil. Hoje, tem incorporada toda a gama de personas públicas que criou e, mais importante, canta melhor do que nunca”.

“Parece que o desenvolvimento espiritual repercutiu na percepção musical”, afirma o cantor. Em sua coluna no jornal “O Globo”, Caetano já havia ditado que Baby está “mais consciente musicalmente, enriquecida pela onda pentecostal”. Os produtores Paula Lavigne, ex de Caetano, e Diogo Pires Gonçalves, marido de Marisa Monte, são os empresários do show.

“Vou ser a primeira pessoa no Brasil e talvez na América do Sul a transitar entre os dois mundos, o gospel e o secular”, diz Baby. “Os Estados Unidos tinham o Elvis, que circulava muito bem. Mas aqui isso é uma coisa inédita, precursora.”

Murilo Meirelles

Baby do Brasil tirou do baú sucessos de 1970, 80 e 90 para um show organizado por seu filho

Baby do Brasil não quer mais saber só de Gospel e tirou sucessos do baú em novo show

Baby sabe bem o que é ser precursora. Em 1969, a niteroiense, filha de um procurador e uma jornalista, fugiu para a Bahia, onde conheceu Caetano, Gilberto Gil e seus futuros companheiros dos Novos Baianos. Encantou-se primeiro com Gil: “Nunca tinha visto um cara dessa cor tão poderoso e honrado nesse Brasil. Pensei: ‘Quero casar com ele'”. Mas Gil já estava casado e foi no guitarrista Pepeu que a garota tascou um beijo logo no primeiro dia. Os dois foram morar embaixo da ponte de Piatã, em Salvador. Ficaram juntos pelos 18 anos seguintes.

Bernadete Dinorah, a “falsa baiana” de nariz arrebitado, ganhou o nome de Baby Consuelo (personagem do filme “Meteorango Kid, Herói Intergalático”, de 1969) e virou a cantora do grupo. Logo, os Novos Baianos foram viver juntos, em apartamentos em São Paulo e no Rio e depois no sítio Cantinho do Vovô, em Jacarepaguá. Com a ditadura pegando lá fora, viraram sinônimo de um estilo de vida “hippie-comunitário” nos anos 1970. “Do lado de fora, era a ditadura. Dentro, era a cosmocracia. Cada um fazendo sua parte em prol do todo”, conta Baby. A comunidade era flutuante e recebia visitas. Uma das que mais influenciou o grupo foi João Gilberto.

“Fiz um lugar para ele tocar dentro do armário embutido e enchi de edredons porque tinha mais acústica. E eu ficava no pé da cama só ouvindo”, conta a cantora. “Uma vez, eu cochilei, e o João falou assim: ‘Você é a primeira pessoa que dorme enquanto eu tô cantando…'”

Há 40 anos, em 1972, os Novos Baianos lançaram “Acabou Chorare”, com uma sequência de clássicos como “Preta Pretinha”, “Brasil Pandeiro”, “A Menina Dança” e “Tinindo Trincando”, e se tornaram um dos grupos mais importantes da música popular e do rock nacional.

“Na época, Caetano e Gil estavam fora do Brasil, era repressão total. Todo mundo saindo do país e a gente ali, profetizando que tinha acabado o choro, que tudo ia melhorar.”

Para aliviar um pouco a pressão do mundo real, a galera do sítio fumava maconha. Baby não gosta muito de falar sobre o tema. Diz que as drogas não eram uma bandeira do grupo. “O Brasil inteiro fumava maconha. O que a gente queria era dar aquela relaxada. Para algumas pessoas, a maconha faz surtar. Graças a Deus, ninguém ali teve esse lado esquizofrênico”, agradece. “A maconha foi a droga de escape de uma geração oprimida. Hoje, não temos uma polícia no nosso pé. A maconha é totalmente desnecessária.”

TELÚRICA

Com a mão suja de tinta roxa que ainda sai do cabelo recém-pintado e sempre se olhando no espelho, Baby diz que hoje é mais fácil entendê-la. “Eu não tinha a postura de cantora que se pedia naquela época, um tipo intelectual”, argumenta. “Inaugurei essa coisa de a cantora poder ter seis filhos, dizer que um homem feminino não fere o seu lado masculino para o próprio marido. Ninguém conseguia me definir: ela é cantora, socióloga, muito louca ou uma menininha?”

“Chegaram a dizer que eu era a mulher dos ‘nove baianos’. Falei: ‘Não são nove, não! São 17 e eu sou a mulher só do Pepeu’. Sabia que naquela época ninguém ia entender. Tinha que deixar o tempo passar.”

Uma coisa que pouca gente entende até hoje é de onde veio a leva de nomes esquisitos com que batizou seus filhos: R’iroca, Zabelê, Nãnashara, Pedro Baby, Krishna Baby e Kriptus Rá. Dos seis, só a primeira trocou de nome. Virou Sarah Sheeva.

“R’iroca (a pronúncia do primeiro erre é mais suave), em tupi-guarani, é a casa do amor. Era um apelido carinhoso que Pepeu me deu. Depois, vi que gerava muito ‘bullying’. Nunca tinha passado pela minha cabeça essa maldade do homem”, diz Baby. “Mas sempre falei pra eles: ‘Cara, vocês me desculpem. Se eu errei com os nomes, vamos lá que a gente troca’.”

Nos anos 1980, Baby entrou na onda do paranormal Thomaz Green Morton, famoso por entortar metais com a força do pensamento e gritar “Rá!”, berro que Baby repetia a torto e a direito por aí. “Já estava nessa parada espiritual. Começaram a acontecer coisas: os talheres entortavam, água virava óleo, papel virava ouro. Tinha certeza que Deus estava na minha vida até que descobri que aquilo não era de Deus.”

Murilo Meirelles

Baby do Brasil não quer mais saber só de Gospel e tirou sucessos do baú em novo show

Baby do Brasil não quer mais saber só de Gospel e tirou sucessos do baú em novo show

No fim dos anos 1990, Baby descobriu “o que era de Deus” e virou evangélica. Dedicada à religião, foi promovida a evangelista, pastora e apóstola. Criou a própria igreja e hoje se diz uma “popstora” (pastora pop). Parte da família aderiu à causa e duas de suas filhas também pregam. Mas a conversão provocou arrepio nos amigos.

“Todo mundo ficou horrorizado: ‘A Baby pirou de vez?’ Ninguém sabia se eu ia colocar um saião, fazer um coque, pegar a Bíblia e ficar na esquina feito louca… Aos poucos, viram que não era assim, que meu cabelo continuava roxo. E que eu estava muito mais louca e livre.”

A única coisa que mudou de verdade, diz Baby, é que ela evita tudo que remeta à sedução. “Não é bom que a gente tenha esse tipo de procedimento porque ele traz o engano. É como aquele cara que seduz a menina, transa com ela e, no dia seguinte, nem lembra. E ela fica lá toda defraudada…”

O coração de Baby parou com o eterno flerte. Está solteira e sem sexo há 13 anos. “Desde que eu me converti. Mas tá boooom! Não sinto falta. Consagrei essa minha área sexual a Deus”, diz. “Não tenho condição de ter esse controle da minha carne porque eu sempre fui casada, desde os 17 anos. [Primeiro, com Pepeu, que se casou de novo e teve mais uma filha, e depois com outro guitarrista, Nando Chagas]. Então, essa área sexual, que é maravilhosa, é uma área de Deus.”

“Com isso, me livrei de decepções, ciúmes… Há 13 anos, não tenho uma série de problemas que todo mundo enfrenta todo dia… Rarará”, se diverte. “Queria experimentar como era estar novamente com oito, nove anos, ser criança: ‘Êee!’ Entendeu?”

A menina de 60 anos prova seu vestido azul rodado, comprado na marca de “fast fashion” Forever 21, enquanto canta: “Tuuuudo azul, Adão e Eva no Paraíso”. “Quando provei, disseram que eu parecia uma princesa da Disney”, ri. Controla toda a atividade da maquiadora (“Mais glitter! Tem estrelinhas? Cuidado pra não ficar igual a Amy Winehouse! Glória a Deus!”) e conta que perdeu 13 quilos recentemente com a dieta do HCG (hormônio da gravidez). Faz tratamento com medicina ortomolecular há 13 anos, mas continua “esquecendo de raspar debaixo do braço”.

“Não se faz mais 60 anos como antigamente. Tô inteirona. Com 80, vou ser a melhor guitarrista do Brasil. Vamos dançar, curtir e falar com Papai!”

Já com o look “tudo azul”, Baby se prepara para o ensaio de fotos. Mas, antes, ela pega a guitarra, sua nova parceira (“No começo, não dava porque a barriga crescia toda hora”), e começa a cantarolar “Menino do Rio”.

Já na primeira estrofe, Baby troca a letra da música, mas não por esquecimento. Em vez do dragão do menino de corpo aberto no espaço, prefere “Jesus Forever tatuado no braço”. A menina ainda canta.

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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PASTOR DEBATE DÍZIMO NA IGREJA

 

Ivonildo fala sobre percentual e sobre onde deve ser entregue

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Por: Redação Creio – Danilo Aguiar

Um texto publicado pelo portal CREIO em setembro deste ano reacendeu um intenso debate sobre um assunto que é motivo de muitas discussões no meio evangélico: a visão sobre o percentual estabelecido na lei de Moisés sobre dízimo e onde ele deve ser entregue. Um artigo escrito pelo pastor René Kivitz, da Igreja Batista Agua Branca, São Paulo, que falava sobre ofertas e dízimo, causou ponderação de alguns fiéis, líderes e pastores que discordaram de maneira veemente das ideias contidas no texto.

Uma destas pessoas é o pastor emérito da Igreja do Nazareno, consultor financeiro e autor de 27 livros sobre finanças, Ivonildo Teixeira, que pediu ao Creio um direito de resposta aos assuntos pontuados por Kivitz.

Em uma entrevista exclusiva, Teixeira criticou alguns caminhos escolhidos por pregadores a respeito do dízimo: “Por um lado extremista, o dízimo virou ‘Trízimo’ e a oferta e dízimo são as mesmas coisas; pelo lado do abuso bíblico, dependendo do valor da oferta terá como “brinde” o cancelamento do dízimo, ou seja, caso o contribuinte persista em fazer certas quantias estipulada pelo “líder espiritual”, receberá imediatamente a “isenção” do dízimo. A crítica surge da declaração dada por Kvitiz no artigo que diz que a pessoa que quer ofertar ou dizimar por generosidade não faz contas: “Quem é solidário não faz conta: reparte, compartilha, doa generosamente sem se preocupar com percentuais. E justamente porque seu coração é generoso, se alegra em doar sempre e cada vez mais”, falou.

Para Teixeira, a bíblia deixa claro que o dízimo não pertence à pessoa e é uma devolução a Deus de tudo o que foi proporcionado: “Quando estudamos a raiz da palavra dízimo, entendemos claramente, “é a décima parte de um valor”, seja nas línguas maternas da Bíblia, Hebraico e Grego (“Maaser e Dexáten) ou em qualquer idioma. A Palavra diz que o dízimo é santo ao Senhor. Se ele não pertence a mim, logo, não posso usá-lo, preciso devolvê-lo ao Eterno e com respeito, reverência e em um ato de gratidão e Adoração”.

O pastor critica também a visão de Kivitz sobre o local de entrega do dízimo. Kivitz diz que “a riqueza deve circular para beneficiar o maior número de pessoas, tanto através da estrutura organizacional da Igreja quanto das redes de relações: comunitária, familiar e fraterna, que existe ao seu redor”. Mas para Teixeira destaca que, a partir do embasamento bíblico, há um lugar específico para entregar o dinheiro: “Não vemos base na bíblia para o dízimo ser entregue nas mãos do tesoureiro, muito menos nas mãos do pastor ou qualquer outro líder religioso, nem também em casas filantrópicas, bases missionárias ou nas sedes das denominações, projetos sociais de recuperação aos dependentes químicos. A referência é que o valor deve ser entregue na casa do Senhor, que entendemos no Novo Testamento ser a igreja, o templo que frequentamos em comunidade”.

Confira abaixo a entrevista na íntegra realizada com o pastor Ivonildo Teixeira:

1. Qual a principal proposta do dízimo?

Quando decorremos as Escrituras Sagradas e entendemos que toda ela, Velho e Novo Testamento, é a Palavra de Deus (II Tm. 3.16), certificaremos que a proposta do dízimo era na verdade o desejo de Deus revelar ao homem alguns princípios de autoridade, o que uma vez praticado traria uma nova e saudável relação do homem para com Deus:

1) Obediência. O Eterno ordenou o dízimo, não temos que discutir Gn. 2.16-17;14.20, Ex.34.26; A palavra chave em toda a Bíblia é a obediência.

2) Gratidão. Deus tendo tudo dá ao homem o ar para respirar, saúde para trabalhar, supre suas necessidades, o pão de cada dia. Por que o homem não devolveria o dízimo como ato de gratidão? Gn. 28.18-22.

3)Honras. O homem mais sábio da terra e que mais possuiu dinheiro oferecido pelo próprio Deus, disse: Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda, PV. 3.9-10. Honrar significa atribuir valor a Esse Deus fantástico!

4)Fidelidade. Deus é fidelidade! O rei Davi escreveu, “Os meus olhos procurarão os fieis da terra…” Sl 101.6. Quando passamos a ter o caráter de Cristo, percebemos que a nossa fidelidade se estende também na devolução da parte sagrada: o dízimo, LV. 27.32

5)Adoração. Livro de II Cr. 29.10-13, deparamos o rei Davi externando a sua adoração com todo o povo ao fazer suas contribuições, mas ao mesmo tempo dizendo, “Teu é o poder, a grandeza, honra, a vitória e a majestade…”

6)Dependência. Ao devolver o dízimo ao Eterno, o homem revela a sua dependência através da fé que ele deposita no Deus soberano e que de fato, a sua vida está totalmente nas mãos de Deus; “Ao Senhor pertence à terra, e tudo o que nela se contêm, o mundo e os que nele habitam. Tudo é dele, nada temos. Sl. 24.1.

7) Amor. Todo cristão ao conhecer a teologia da cruz, logo entende que foi gerado pelo amor do Deus doador que presenteou o seu único filho como a maior prova de amor, Jo 3.16. Diante de tanto amor, até os miseráveis e avarentos se curvam diante do Eterno com uma pequena parte, porém santa, o dízimo e por amor. Quem é gerado do amor, faz tudo com amor.

2. Qual o compromisso que o fiel deve ter com o dízimo?

Ser imensamente agradecido a Deus pelo privilégio de poder devolver todos os dízimos sagrados como dar ofertas generosas ao Senhor. Só isto e nada mais. O que passar disso vem do maligno! Os homens honram proezas, Deus a fidelidade! I Cr. 29.10-14; Pv 3.9-10.

3. O dízimo precisa ser programado (uma porcentagem) ou deve ser dado de acordo com a possibilidade financeira ou a generosidade? Na hora de separar o dízimo é preciso tirar os 10% do salário ou ganho mensal?

Quando estudamos a raiz da palavra dízimo, entendemos claramente, “é a décima parte de um valor”, seja nas línguas maternas da Bíblia, Hebraico e Grego (“Maaser e Dexáten) ou em qualquer idioma. O problema é que há muitos “mestres teólogos” ensinando aos fieis, que agora o dízimo passou a ser “trízimo”, como há outros que parecem ter uma procuração de Deus, liberando o dízimo aos percentuais de 1% a 5% para facilitar a “obrigação” de todos os contribuintes. Outros ensinam que você deve entregar o dízimo como o seu coração mandar. Como também há outros que afirmam que o dízimo é coisa ultrapassada, o dízimo morreu com a lei, ninguém precisa se sentir culpado em não entregar o dízimo.

Tais líderes estão delirando por falta de conhecimento bíblico, e outros exprimindo “tanto” conhecimento e outros que nada sabem, mas querem “ensinar”, no final, todos acabam caindo no mesmo buraco. Quando um líder não tem conhecimento do que fala ou escreve, a melhor coisa que ele deveria fazer, é dizer eu não sei, ou no mínimo ficar com a boca fechada. Seja o rico ou o pobre, quando estiver passando pelo vale financeiro ou vivendo em tempos de fartura, o dízimo deve der devolvido a quem de direito. Em nenhuma passagem na Bíblia, encontramos Deus dizendo, “trazei os meus dízimos somente quando vocês puderem, quando a crise passar, ou se a sua situação melhorar”. Nem em caso de necessidades, dá um desconto nos dízimos, fazendo uma promoção, ou quando a “safra tiver boa, faz um trízimo” e como brinde dá um livro, uma bíblia. Nada disso! Deus nunca negociou os dízimos e as ofertas. Aliás, em Dt. 12.11-12, Deus até pedia ofertas votivas ao seu povo; oferta essa que era oferecida em tempos de crise, e mais, com um detalhe, “e vos alegrareis”.

O salmista Davi no conhecido Salmo 23.1, diz, “o Senhor é o meu pastor e nada me faltará…ainda que eu ande até pelo vale da sombra da morte”. No livro best-seller sobre o dinheiro na Bíblia, a orientação deixada e como uma ordenança é, “Trazei todos os dízimos…”(Ml.3.10) não simplesmente o dízimo do salário, mas de todos os rendimentos lucrativos que um servo fiel recebe do Eterno. Abraão devolveu os dízimos de tudo( Gn. 14.18). Jacó votou, de tudo quanto tu me deres, certamente darei o dízimo (Gn. 28.22). Quem é honesto com Deus, ao receber o seu salário, o décimo terceiro, o Fundo de Garantia, horas extras, negócios lucrativos, a venda de uma propriedade, uma herança recebida, tudo o que vier às suas mãos, ele separa o dízimo e com a maior alegria, pois além do dever, sente-se feliz por saber que está investindo no reino que jamais terá fim.

4. O dízimo atrasado deve ser quitado?

Alguns líderes acham que se a igreja aceitar os dízimos atrasados, tal atitude caracterizará como se fosse uma cobrança. Na minha visão, a questão passa longe de cobranças, e sim de consciência, quem deve precisa reconhecer o que deve e a quem deve e acertar a sua vida; isso também é uma questão de caráter. A guisa de exemplo, compro em uma loja alguns objetos, peço para dividir em algumas parcelas, pago a primeira, mas depois me escuso pagar o restante por estar apertado ou não ter sobrado dinheiro para saldar aquela dívida. Isso revela uma série de problemas: falta de caráter, vida desorganizada, sem planejamento, vida sem palavra, pessoa não confiável. O dízimo é santo ao Senhor (Lv. 27.32), se ele não pertence a mim, logo, não posso usá-lo, preciso devolvê-lo ao Eterno e com respeito, reverência e em um ato de gratidão e adoração(Gn14.18). Quando o povo de Deus atrasava ou usava o dízimo, a orientação era, “coloque um quinto a mais”, ou seja 20% (Lv 27.31).

Quem discorda ironiza com o “velho discurso” de a citação não procede, de que é Velho-testamentária, está em Levítico, lei, puro legalismo.

Para você que raciocina assim, chamo a sua atenção a este texto que está entre dois textos que afirmam que o dízimo é santo ao Senhor (Lv 27. 30, 32)

Deus é tão fantástico que para os que gostam das análises profundas, as chamadas hermenêuticas, que, se tais ‘analistas das coisas celestiais’, ainda que quisessem anular tamanha verdade, esbarrariam exatamente nas ferramentas que aprenderam com a valiosa matéria Hermenêutica: tanto o contexto anterior (Lv 27.30) como o posterior (Lv 27.32) afirmam que o dízimo é Santo ao Senhor. No Livro dos Judeus, a “Torá”, a expressão é o dízimo é SANTIDADE AO SENHOR.

5. Onde o dízimo deve ser entregue?

Vamos mais uma vez para a Bíblia, nada de opinião pessoal. Ex 34.26, Dt 12.6,11,12. Um lugar específico, A CASA DO SENHOR TEU DEUS. A minha casa será chamada casa de oração (Mc 11.17). Não vemos base na bíblia para o dízimo ser entregue nas mãos do tesoureiro, muito menos nas mãos do pastor ou qualquer outro líder religioso, nem também em casas filantrópicas, bases missionárias ou nas sedes das denominações, projetos sociais de recuperação aos dependentes químicos. É casa do Senhor Deus mesmo, que entendemos no Novo Testamento ser a igreja, o templo que frequentamos em comunidade (At 2.46).

6. O dízimo é uma forma de ensinar como você deve administrar a sua vida financeira?

Com certeza. A boa administração parte do principio do maior consultor financeiro que já pisou na terra, Jesus Cristo: “Buscai em primeiro lugar o meu reino… e as demais coisas vos serão acrescentadas”, Mt. 6. 33. Quem é zeloso na fidelidade, será acumulado das benesses do Eterno em sua vida.

Quando Deus percebe que ao colocar 100% nas mãos de um filho seu, o mesmo com toda maestria administrativa já separa a parte sagrada, o dízimo que na verdade é mais que um dever, e, além disso, ainda faz ofertas generosas, Deus, conclui que este filho saberá administrar tudo o que vier às suas mãos.

O famoso pregador D.L.Moody afirmou: “Cuida da tua integridade que Deus cuidará da tua prosperidade”. Se o homem prioriza a Deus em suas finanças, entende-se que tal dizimista lança nos braços de Deus na certeza de que será assistido por Deus também na sua vida financeira.

7. Como administrar os dízimos que foram consagrados ao Senhor?

Cada igreja possui uma administração formada por homens que foram achados competentes, fieis e generosos. Eles juntamente com o pastor presidente, são as pessoas autorizadas a administrar com sabedoria todas as doações feitas como a entrega dos dízimos.

Certamente, as igrejas escriturísticas, investirão nos pastores que presidem bem, famílias necessitadas não só da igreja, mas a todos que vão além dos nossos olhos, nas obras missionárias, na evangelização, na expansão do reino. E as construções dos templos? Por que você não as incluiu nas listas, perguntaria alguém? Todas as vezes que a Bíblia menciona em construção, o que Deus pedia para a conclusão das mesmas eram ofertas e nunca dízimos, é só conferir: o Tabernáculo: Ex 35.1-9; 20-29; 36.1-7, e o templo construído por Salomão: I Cr 29.1-22, a reconstrução dos muros (Ne 7.70-73).

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Pressão religiosa faz Globo rever quadro sobre fantasmas do "Fantástico"

 

 

11/08/2012 – 09h03

DE SÃO PAULO

O "Phantasmagoria", do "Fantástico", vem sofrendo pressão de grupos ligados ao espiritismo e ao candomblé, segundo profissionais da atração.

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Apresentado por Tadeu Schmidt e pelo mágico Kronnus, o quadro investiga lugares supostamente mal-assombrados.

O lobby seria para que o programa da Globo deixe claro que fantasmas não existem, sem questionar a existência de espíritos.

A pressão surtiu efeito e alguns episódios estão tendo seus textos revistos para não provocar protestos maiores.

Na internet é possível encontrar sites e blogs espíritas questionando o conteúdo da atração, que estreou no último dia 5.

Procurada, a Globo diz que desconhece protestos de entidades religiosas com relação ao novo quadro.

A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha deste sábado (11).

Raphael Dias/TV Globo

O jornalista Tadeu Schmidt (à esq.) e o mágico Kronnus no quadro "Phantasmagoria", do "Fantástico"

O jornalista Tadeu Schmidt (à esq.) e o mágico Kronnus no "Phantasmagoria", quadro do "Fantástico", da Rede Globo