Categorias
Estudos

OS ORIXÁS.

 

 

pOR lEANDRO bORGES

“e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade”. (Tito cap.1 vers.14).

Os Orixás são divindades originárias da região de Yorubá, África Ocidental, que atuam como intermediárias entre Olórun, o Deus Supremo dos iorubá e os homens. Na África eram em número superior a 200, mas no candomblé ficaram reduzidos a 16 e na Umbanda a cerca de 8. Dentre eles, destacam-se Oxalá, Iemanjá, Nanã, Xangô, Iansã, Oxum, Ogum e Oxóssi. Oxalá é o deus da vida, uma das divindades superiores que compõe a Santíssima Trindade como filho do Criador, Olórum, o Deus supremo. Nesse sentido, é também denominado Obatalá.Rei dos Orixás, preside a regeneração, a transformação e o aperfeiçoamento. Sincretizado como o Sr do Bonfim, este Orixá é representado em duas formas: Oxalufan e Oxaguian.Oxalufan é o Oxalá velho, bondoso, que o peso dos anos fez com que suas costas se curvassem. Oxaguian é o Oxalá guerreiro,cheio de vitalidade, símbolo da mocidade, às vezes sincretizado como Menino Jesus.Sua indumentária é saia e blusa branca, coroa de rei, corações prateados pendurados na cintura.Sua comida é ebô de milho branco e acaçá insossos, pois este Orixá não come sal. Seu dia é a sexta-feira, seu dia de festa, 29 de junho e sua saudação Epa Babá.
Iemanjá, cujo nome significa “mãe cujos filhos são peixes ” é a rainha das águas.É conhecida também pelos nomes de Janaína, Sereia do Mar e Princesa de Aiucá. Orixá de rios e correntes, é considerada também como responsável pela gestação e procriação.É uma das três divindades da Santíssima Trindade da Umbanda.Devido ao sincretismo, foi associada a Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora da Glória, entre outras, e o dia consagrado a ela é 8 de dezembro, se está sincretizada com a primeira santa, ou 15 de agosto, se está associada à segunda santa. Entretanto, na umbanda também é costume homenagear Iemanjá na virada de ano, sobretudo nas cidades à beira mar como Rio de Janeiro e Santos e Niterói.Sua saudação é Odôiá. É representada com saia azul e blusa branca com coroa na cabeça. Sua comida preferida é o ebô de milho branco com mel, arroz, angu, peixes brancos, etc.
Nanã é também conhecida pelo nome de Nanã Burukê. É a Orixá mais velha, que, dentre as orixás femininas é a mais respeitada e a de maior conhecimento. É relacionada à chuva, à lama, mantando também associações com a morte. Saudada com a expressão Salubá, seu dia da semana é terça feira e seu dia de festa é 26 de julho, pois sincretiza-se com Sant’Ana. É representada com indumentária branco e azul escuro ou roxo e sua comida preferida é o anderé, milho branco, inhame, arroz, etc.
Xangô é um dos filhos de Iemanjá e marido de Iansã, Obá e Oxum. Orixá forte e poderoso, é viril e atrevido e, como é sincretizado como São Jerônimo, amante da justiça. Governa o raio e o trovão e talvez seja por isso que a indumentária que o representa seja feita nas cores vermelho e branco. Além disso, leva na mão um machado de cobre denominado oxê. Seu dia de festa é o dia de São Jerônimo, 30 de setembro, seu dia da semana é quarta-feira, e sua comida favorita, caruru. É saudado pela expressão Kauô Kabiecile.
Iansã divindade feminina de temperamento dominador e apaixonado é considerada guerreira por causa de sua grande coragem.Uma das esposas de Xangô é rainha dos ventos, dos raios, dos trovões e do fogo. É o único orixá capaz de enfrentar e dominar os eguns, ou seja, os espíritos e almas dos mortos que voltam à Terra em determinadas circunstâncias. É representada vestida de saia vermelha ou vermelha e branco com muitos acessórios e adereços vermelhos além de espada de cobre, sua comida é o carajé, amalá, arroz, milho branco e feijão fradinho. Seu dia da semana é quarta-feira, sua saudação Epahei !!!. Considera-se o 4 de dezembro como o seu dia de festa de Iansã que foi sincretizada com Santa Bárbara.

Oxum é Orixá feminina das águas doces, uma das esposas de Xangô. Exerce o poder da fecundidade e é responsável pelo sucesso ou não dos empreendimentos. As mulheres costumam invocá-la para resolver suas questões sob o apelido de “Minha Mãe Feiticeira”. É vaidosa, ciumenta e gosta de ser presenteada com perfumes e bijuterias. Sua festa depende do santo sob o qual é sincretizada: Nossa Senhora Das Candeias, na Bahia o dia é no 2 de fevereiro e Nossa Senhora da Conceição, no Rio de Janeiro é no dia 8 de dezembro. Suas vestes são da cor amarelo e branca, com pano amarelo às costas, segurando nas mãos uma espada e um abebé de latão. Seu dia é sábado, sua comida favorita o omolucum e sua saudação Eri ierê ô.
Ogum é um Orixá masculino, que governa a guerra, as armas, as demandas e os metais. Sincretizou-se com São Jorge no Rio, onde é festejado no dia 23 de abril e com Santo Antônio na Bahia, sendo ali sua festa realizada em 13 de junho. Veste calça e saia azul escuro, capacete e espada de metal, seu dia da semana é quinta-feira.Adora feijões preto e fradinho, inhame e acarajé. É recebido pela expressão Ogunhê.
Oxóssi é o orixá da caça que chefia a linha de caboclos e caboclas, entre eles Urubatá, Araribóia, Caboclo das Sete Encruzilhadas, Cabocla Jurema, etc. Ele é símbolo da vegetação, protetor das causas difíceis, guardião dos alimentos e remédios. No Rio de Janeiro e Porto Alegre, é sincretizado com S. Sebastião e festejado por isso em 20 de janeiro; na Bahia é sincretizado com São Jorge, cujo dia de festa é 23 de abril. Seu dia da semana é quinta feira, sua comida predileta o axoxó, feijão fradinho torrado, inhame e arroz. Sua roupa é azul e verde no candomblé e na Umbanda verde. Usa ainda um capacete de metal prateado, couraça prateada e na mão leva um arco e flecha denominado ofá além de um iruquerê, espécie de cabo de madeira, osso ou metal com uma cauda de cavalo presa. É saudado com a expressão Okê.

QUE DEUS TE ABENÇOE…

Categorias
Estudos

Religião favorece pensamento intuitivo, afirma estudo

 

RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

Muita gente rejeita o estereótipo que descreve ateus como pessoas racionais e analíticas e religiosos como intuitivos e espontâneos. Um experimento feito na Universidade Harvard, porém, sugere que esse clichê pode ter um fundo de verdade.

No trabalho, cientistas avaliaram o estilo de raciocínio preferido por mais de 800 voluntários e viram que aqueles com tendência maior a usar a intuição eram mais propensos a crer em Deus e entidades sobrenaturais.

Análise: Cérebro humano tem viés religioso ‘de fábrica’
Psicólogos de Harvard criam curso de graduação sobre religião

Para chegarem à conclusão, os pesquisadores submeteram os voluntários a um questionário sobre crença religiosa e a problemas de raciocínio que avaliavam o estilo de pensamento de cada pessoa.

As perguntas eram, na verdade, "pegadinhas" que enganam especialmente as pessoas que contam com a intuição para lidar com números.

O resultado do experimento saiu em um estudo publicado na revista científica "Journal of Experimental Psychology". O trabalho, coordenado pelo psicólogo Amitai Shenhav, indica que pessoas mais racionais tendem a crer menos em Deus.

Arte

ÓBVIO?

Pode parecer uma conclusão óbvia, mas psicólogos ainda não tinham encontrado um jeito de testá-la.

Os cientistas de Harvard afirmam ter conseguido comprová-la agora porque usaram uma metodologia que avalia o estilo de raciocínio das pessoas sem levar em conta a magnitude da inteligência de cada um.

Em outras palavras, conseguiram evitar a armadilha que associa reflexão a pessoas mais inteligentes e intuição a pessoas mais burras.

"Uma das coisas que eu aprecio sobre a discussão entre uso de raciocínio reflexivo ou intuitivo é que não existe uma resposta certa sobre qual dos dois deve ser usado em cada ocasião", disse Shenhav à Folha. "Ambos são importantes para todo mundo, mas nós somos diferentes uns dos outros."

Segundo ele, muitos voluntários classificados como pessoas intuitivas tinham ido bem em dois testes de QI que haviam sido aplicados antes do experimento.

"Em testes de inteligência-padrão, existem poucas questões com respostas intuitivas que vêm à mente imediatamente", explica o psicólogo.

"É preciso trabalhar uma longa cadeia de raciocínio em cada um deles até que surja a resposta. O teste que usamos tem perguntas projetadas especialmente para oferecer uma resposta errada tentadora logo de cara."

O mais inesperado, porém, talvez seja que é possível moldar o tipo de crença religiosa que os voluntários têm.

Em outro teste, voluntários tinham de escrever uma redação sobre a importância da intuição. Logo após a tarefa, algumas pessoas titubeavam em perguntas sobre suas crenças religiosas, com tendência maior a relatar crença em entidades sobrenaturais.

"Talvez a maneira como somos educados a pensar de maneira reflexiva ou intuitiva ao longo da vida tenha alguma influência sobre nossas crenças", afirma o psicólogo. "Não sei dizer se isso é uma coisa boa ou ruim."

Categorias
Artigos Noticias

Papa é acusado de ‘ocultar a situação de emergência’ da Igreja

DA EFE

O teólogo e dissidente religioso suíço Hans Küng criticou o papa Bento XVI por "esconder a situação de emergência" da Igreja Católica, que "se encontra doente do sistema romano" e comparado o pontífice com Vladimir Putin, o primeiro-ministro russo.

"A vida eclesiástica colapsou em nível de paróquia", afirma Küng por ocasião da visita do papa esta semana à Alemanha em entrevista adiantada neste domingo pela revista "Der Spiegel".

O teólogo suíço, ao qual o Vaticano retirou em 1979 a licença para ensinar teologia católica, considera que "a hierarquia eclesiástica não teve até agora a coragem de admitir sinceramente e às claras a realidade da situação".

Professor emérito da Universidade de Tübingen, no sul da Alemanha, Küng afirma que as imagens dos grandes atos protagonizados pelo papa não fazem mas do que mostrar de maneira enganosa uma igreja poderosa.

"Enquanto isso se sabe que esses atos não fornecem praticamente nada às paróquias", comenta o teólogo, que no passado trabalhou estreitamente com Joseph Ratzinger, o atual Bento XVI.

Além disso critica o papa por cultivar "um culto pessoal sem igual, que se encontra em contradição com o que pode ser lido no Novo Testamento".

Por isso explica que existem "similitudes estruturais e políticas" entre o primeiro-ministro russo e a política de restauração dos papas na Santa Sé depois do Concílio Vaticano II, que na realidade conduziu a uma renovação do entendimento ecumênico.