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A História da Igreja Metodista Wesleyana no Brasil

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Introdução
Sempre despertou-me a curiosidade a respeito da existência de uma outra Igreja Metodista conhecida como ‘wesleyana’ e este trabalho me foi a oportunidade para ter que fazer uma pesquisa sobre o surgimento desta denominação metodista.Infelizmente apesar de procurar não encontrei textos da Igreja Metodista ‘do Brasil’ sobre o acontecimento. Sendo assim, o texto a seguir é originário de fontes da Igreja Metodista Wesleyana, principalmente de sites oficiais da Igreja que testemunham segundo sua versão a sua fundação.

“A Igreja Metodista Wesleyana foi fundada no dia 05 de janeiro de 1967 em Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Esta igreja é fruto do que é chamado por seus seguidores de avivamento espiritual.

Na década de 60 alguns pastores foram afastados da Igreja Metodista por assumir uma postura diferente, por isso decidiram se unir e formar a Igreja Metodista Wesleyana, que tem vida própria.

Os fundadores da Igreja Wesleyana foram os pastores: Waldemar Gomes de Figueiredo, Gessé Teixeira de Carvalho, Francisco Teodoro Batista, Idelmício Cabral dos Santos e José Moreira da Silva. Atualmente com 700 mil membros, a Igreja Metodista Wesleyana tem 400 igrejas em todo Brasil.”

1. A crise de identidade na Igreja Metodista na década de 60
No começo da década de 1960, vários ministros e membros da Igreja Metodista do Brasil iniciaram um movimento de orações, onde fenômenos carismáticos ocorriam. Mais tarde, o contato com outras igrejas renovadas fizeram que esse grupo adotassem práticas como vigílias de oração, cânticos com estilos contemporâneos e cultos espontâneos.

A certa altura dos acontecimentos a direção da Igreja tomou posição de resistência e proibições à prática ou desenvolvimento da obra de renovação entendendo que não condizia com as práticas e doutrinas metodistas.

Os pastores mais envolvidos com o movimento foram chamados e orientados no sentido de não prosseguirem com o que vinham imprimindo nas diversas igrejas, mas estes não obedeceram. Diante da situação o grupo tomou uma decisão definitiva: dar continuidade mesmo que fosse preciso formar outra igreja.

Em 1964 o grupo começou a ter contato com grupos de diversas denominações renovadas, o resultado desses contatos foi um maior envolvimento com as doutrinas pentecostais e, alguns membros do grupo começaram a ser batizados com o Espírito Santo.

Em 1966 os contatos com grupos pentecostais aumentaram e novos pastores aderiram ao movimento como Fred Morris e Waldemar Gomes de Figueiredo. Eram constantes as vigílias nos montes, as reuniões de oração e os retiros, o que acabou incomodando a Primeira Região (RJ) e o então bispo Natanael Inocêncio de Oliveira. Ainda em 1966 o grupo recebeu uma circular do gabinete episcopal proibindo orações com imposição de mãos, expulsar demônios, cantar corinhos e fazer vigílias constantes. No final da carta tinha a seguinte alternativa: “Se o grupo não obedecesse às normas da Igreja Metodista do Brasil, todos deveriam deixar as suas fileiras”.

No final de 1966 alguns dos componentes do grupo ficaram encarregados de visitar algumas igrejas de doutrina pentecostal para que no caso de uma exclusão em massa terem uma igreja em vista; não havia nenhuma intenção de criar uma nova denominação.

2. Os líderes do movimento
Muitos pastores como: Gessé Teixeira de Carvalho atual Bispo da IMW – 1ª Região), José Moreira da Silva, Ildemício Cabral dos Santos, Danial Bonfim etc., começaram a realizar trabalhos de avivamento nos sentido de despertar as igrejas que pastoreavam na área de evangelização a na busca uma vida mais santificada. Embora vários pastores e leigos militassem pela renovação, não foram todos que decidiram se retirar da Igreja Metodista, alguns preferiram permanecer.

Os nomes que mais se destacaram na época foram: Idelmício Cabral dos Santos, Waldemar Gomes de Figueiredo, José Moreira da Silva, Waldemar Gomes de Figueiredo, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, Gessé Teixeira de Carvalho, Córo da Silva Pereira, José Mendes da Silva, Zeny da Silva Pereira, Dinah Batista Rubim, Ariosto Mendes, Wilson da Silva Mendes, Jacir Vieira e Antônio Faleiro Sobrinho.

3. O concílio geral da Igreja Metodista do Brasil[3]
O concílio Geral da Igreja Metodista aconteceu na cidade do estado do Rio de Janeiro chamada Nova Friburgo em janeiro 1967. Era então Bispo Natanael Inocêncio de Oliveira durante todo este cisma e segundo relatam alguns, com a não eleição ao episcopado do Pr. Gessé Teixeira de Carvalho que dava esperança ao grupo de uma renovação na igreja, o grupo decepcionado se retirou do local.

Os bispos da época, em pastorais criteriosas e firmes, exortaram os pastores a voltarem às antigas práticas metodistas, no que não foram ouvidos. Finalmente, em pastoral mais enérgica, foi feito um apelo para que aqueles pastores abrissem mão de suas posições e disciplinadamente acatassem as leis da Igreja Metodista e suas ênfases doutrinárias.

Durante o concílio o Bispo Natanael fez uma advertência ainda mais severa: “Se não pudessem fazer o caminho de volta, aqueles pastores foram exortados a devolverem suas credenciais”.

4. A reunião da ponte
Enquanto ainda estava sendo realizado o Concílio Geral da Igreja Metodista do Brasil, em Nova Friburgo/RJ, o grupo que saiu desceu a serra (se retirou do Concílio), sem nenhuma estatística em mãos para a formação de novas igrejas e se reuniu no dia 05 de janeiro de 1967 às 14 horas, na chamada “Reunião da Ponte” , ocasião do nascimento da nova igreja.

A expressão “Reunião da Ponte” é muito conhecida igrejas em virtude da mesma ter o seu nascimento sobre uma ponte no pátio da fundação Getúlio Vargas.

Estavam presentes à esta reunião as seguintes pessoas: Idelmício Cabral dos Santos, Waldemar Gomes de Figueiredo, José Moreira da Silva, Waldemar Gomes de Figueiredo, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, Gessé Teixeira de Carvalho, Córo da Silva Pereira, José Mendes da Silva, Zeny da Silva Pereira, Dinah Batista Rubim, Ariosto Mendes, Wilson da Silva Mendes, Jacir Vieira e Antônio Faleiro Sobrinho.

No dia 06 de janeiro, as notícias se propagaram e, em vários locais, grupos esperavam a presença de pastores que haviam saído da Igreja Metodista, dentro de um mês havia 30 igrejas organizadas.

5. As razões da divisão
As razões que deram origem à separação se basearam na doutrina do batismo com o Espírito Santo, como sendo uma Segunda benção para o crente e a aceitação da obra pentecostal, incluindo os dons espirituais, Operação de Maravilhas, Profecia, Discernimento, Línguas, Interpretação de Línguas, como também cânticos espirituais, revelações e visões.

Acrescentando-se ainda à realização da obra do avivamento espiritual, cânticos de corinhos, orações pelos enfermos, sem liturgia e protocolos nos cultos.

Os motivos que levaram a criação da Igreja Metodista. Wesleyana foram:

1. A não adaptação do grupo as formas de governo das igrejas pentecostais visitadas anteriormente, dado a estrutura de governo de regime episcopal adotado pelo grupo.
2. Amparar os metodistas com a mesma experiência.

6. O nome da nova Igreja
Uma vez que nasceu, a nova igreja precisava de um nome, e vários forma apresentados, porém o que teve maior aceitação pelo grupo foi o que atualmente é conhecido e registrado Igreja Metodista Wesleyana.

A intenção deste nome foi recordar a história do metodismo wesleyano, que teve início dia 24 de maio de 1738, na Inglaterra, com a gloriosa experiência que marcou a sua vida, a de um coração abrasado pelo fogo do Espírito Santo.

7. O concílio constituinte da nova igreja
O movimento Wesleyano começou a se desenvolver, e foi convocado o Concílio Constituinte para se reunir na cidade de Petrópolis nos dias 16 à 19 de fevereiro de 1967, ocasião em que foi organizada a Igreja.

Novos obreiros vieram formar nas fileiras Wesleyanas e vários evangelistas foram eleitos. Nessa ocasião ficou definitivamente fundada a Igreja Metodista Wesleyana, aceitando como forma de governo o centralizado com o Conselho Geral, seguindo-se em linhas gerais o regime metodista.
Os estatutos da Igreja foram aprovados, eleitos oficialmente os membros do Conselho geral que ficou assim:
Superintendente Geral: Waldemar Gomes de Figueiredo
Secretário geral de Educação Cristã: José Moreira da Silva;
Secretário Geral de Missões: Gessé Teixeira de Carvalho;
Secretário Geral de Ação Social: Orieles Soares do Nascimento;
Secretário Geral de Finanças: Idelmício Cabral dos Santos;
Pres. da Junta Patrimonial da Igreja Metodista Wesleyana: Francisco Teodoro Batista;
Redator de “Voz Wesleyana”: Gessé Teixeira de Carvalho.
Os membros do Concilio Constituinte são os organizadores da nova Igreja. São eles: Waldemar Gomes de Figueiredo, Idelmício Cabral dos Santos, Gessé Teixeira de Carvalho, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, Antônio Faleiro Sobrinho, José Gonçalves, Isaías da Silva Costa, Alice Leny dos Santos, Pedro Morais Filho, Daniel Pedro de Paula, Ezequiel Luiz da Costa, Tobias Fernandes Moreira, Nilson de Paula Carneiro (atual Bispo da IMW – 2ª Região), Joaquim R. Penha, José Barreto de Macedo, Sebastião Morreira da Silva, Letreci Teodoro, Derly Neves, Dilson Pereira Leal, Nadir Neves da Costa, João Coelho Duarte, Dinah Batista Rubim, Córo da Silva Pereira, Helenice Bastos, Onaldo Rodrigues Pereira, Wilson Varjão, José M. Galhardo. José Tertuliano Pacheco, José Mendes da Silva, Clarice Alves Pacheco, Octávio Faustino dos Santos, Geraldo Vieira, Wilson R. Damasco e Azet Gerde e outros irmãos estiveram presentes mas não assinaram o livro contendo a ata de organização.

O Concílio constituinte elegeu uma Comissão de Legislação composta dos seguintes membros: Waldemar Gomes de f Figueiredo, Idelmício Cabral dos Santos, Gessé Teixeira de Carvalho, José Moreira da Silva, Francisco Teodoro Batista, João Coelho Duarte, Oriele Soares do Nascimento, José Mendes da Silva, Córo da Silva Pereira e Onaldo Rodrigues Pereira, a quem delegou poderes para preparar o manual da Igreja Metodista Wesleyana publicado em 1968.

ANEXO I – Datas importantes[6]
Algumas datas importantes são:[7]
1962 – Ministros e leigos começam a ser despertados para a obra de renovação.
1964 – Contato do grupo com grupos de denominações renovadas.
1966 – O grupo recebe uma circular do gabinete episcopal, visita do grupo renovado à igrejas de doutrina pentecostal para uma possível adesão.
05/01/1967- Fundação da Igreja Metodista Wesleyana.

ANEXO II – Dados sobre a Igreja Metodista Wesleyana hoje
A Igreja Metodista Wesleyana possui comunhão com a Iglesia Metodista Pentecostal de Chile e com a International Holiness Pentecostal Church dos Estados Unidos.

Foi grande o crescimento da igreja em 1967: em apenas um mês já tinha organizado no Estado de São Paulo 20 Igrejas. Os tempos passaram e ela alcançou não só todo Estado mas também todo o Brasil e está presente na Argentina, Paraguai, Portugal, Alemanha e Noruega.
A Igreja Metodista Wesleyana conta hoje com cerca de 700 mil membros.

veja mais sobre religiões: Primeira Igreja Virtual

Conclusão
A Igreja Metodista Wesleyana surgiu em um momento em que a Igreja Metodista ‘do Brasil’ precisava de uma adaptação aos novos desafios da modernidade e avanço que o país se encontrava. Em contrapartida a Igreja de um modo geral sofria com represálias da ditadura militar e não teve condições de enfrentar estes problemas de maneira melhor.

Quando estudamos isso aprendemos que em tempos de cismas é melhor esperar do que ‘forçar a barra’ e causar um rompimento. Creio que em reflexão sobre o ocorrido tanto na igreja que ficou como na que saiu, hoje 35 anos depois pode-se concluir que muito do que aconteceu não era preciso e que esta história poderia ser diferente, maior e melhor para todos.

Trabalho acadêmico da disciplina História do Protestantismo no Brasil, apresentado ao Prof. Dr. Douglas Nassif Cardoso, como requisito para a conclusão do semestre II do 3º ano do curso CTP

27-5-16-a 006

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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FATOR X : Genes dos Crentes podem propagar a religião, concordam pastores

Os chamados "Genes dos crentes" podem ajudar a propagar a religião, de acordo com uma recente especulação de professor de Cambridge, dizem dois pastores.

O professor de Economia Robert Rowthorn na Universidade de Cambridge escreveu no jornal acadêmico Proceedings of The Royal Society B que os estudos mostram que pessoas que são mais religiosas tendem a ter mais filhos.

Há ainda em algumas pessoas uma predisposição genética para a crença, observou ele. O que levou Rowthorn a sugerir que "o gene dos crentes" e a tendência das pessoas religiosas a ter mais filhos poderia ajudar a espalhar a religião, noticiou o Telegraph UK.

"Nunca me surpreende quando a ciência alcança a Bíblia," mencionou Adam Stadtmiller, pastor-associado da North Cost Calvary Chapel, em Carlsbad, Califórnia, ao The Christian Post, em resposta às especulações de Rowthorn.

Stadtmiller, que é o autor do novo livro "Give Your Kids the Keys: Navigating Your Child to a Personal and Sustainable Faith" (Dê aos seus filhos as chaves: Mergulhando seu filho em uma fé Pessoal e Sustentável), ressaltou que o Apóstolo Paulo fala sobre o "gene dos crentes" no livro de Romanos, quando ele fala sobre a lei e a natureza de Deus que está escrita no coração das pessoas.

Mas o pastor Joel Hunter C. da Igreja Northland Church, em Longwood, na Flórida, advertiu que, enquanto ele acredita que há uma predisposição genética para a fé nas pessoas, isso não elimina a necessidade das pessoas escolherem acreditar em Deus.

"A Bíblia diz que somos criados de modo terrível e maravilhoso," disse Hunter para Fox News Orlando, "mas há uma diferença entre uma predisposição genética e a predeterminação. Acho que você realmente tem que decidir acreditar para acreditar."

Ele também explicou que os Cristãos acreditam que os filhos são um presente de Deus ao mundo, porque a Bíblia diz para ser frutífero e multiplicar-se.

"Elas (as crianças) não são simplesmente para a nossa satisfação particular por isso estamos mais propensos a ter mais filhos," observou.

Rowthorn citou o World Values Survey, que abrange 82 nações de 1981 a 2004, que descobriu que as pessoas que frequentavam os cultos religiosos mais de uma vez por semana tinham uma média de 2,5 filhos. Os adultos que frequentaram o culto uma vez por mês tinham dois, e aqueles que nunca frequentavam tinha 1,67 filhos em média.

"Quanto mais devotas as pessoas são, mais filhos elas são susceptíveis a ser," escreveu Rowthorn no artigo.

O professor observou também que, se alguns grupos religiosos com altas taxas de fertilidade casam somente entre si, então eles "superam rapidamente o resto da população e em breve se tornam a maioria."

Para apoiar esta idéia, ele apontou para a população amish nos Estados Unidos, que cresceu de 123.000 em 1991 para 249.000 em 2010. O grupo altamente religioso está previsto expandir para 44 milhões até 2150 se continuar a tendência de crescimento.

Mas é altamente improvável que aconteça que os membros de grupos religiosos saiam ou casem fora do grupo e, portanto, são susceptíveis a terem menos filhos do que o previsto. "Deserções" de grupos religiosos poderiam "abrandar a propagação do gene da religiosidade," mas não impedí-lo, escreveu o professor de Cambridge.

Aqueles que deixam a sua comunidade religiosa vão propagar o "gene dos crentes" para o resto da sociedade, argumentou ele.

Data: 20/1/2011 08:40:50
Fonte: Christian Post

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Cultos Estudos

O absurdo plano de salvação dos mórmons

Fernando Galli

Poucas pessoas sabem que os Mórmons creem em quatro destinos para os seres humanos, no que se refere à doutrina da Salvação [eles chamam de exaltação, herdar a glória] e da perdição. Três desses destinos são bons e um terrível. Tudo começa na pré-existência, ou seja, os mórmons creem que antes de nascermos aqui na terra vivíamos em espírito num outro local. Daí, nascemos aqui para tentar a salvação. Para onde iremos depois da morte e o que determinará a nossa salvação, segundo os mórmons? Um de seus líderes escreveu o seguinte sobre os três locais de salvação:

“As obras de uma pessoa, sob a misericórdia amorosa do Pai, determinam o seu juízo final, se ela herdará a glória celestial, terrestre ou telestial.” – John Widtsoe, Evidences and Reconciliations, 1943, página 277.

Em primeiro lugar, observamos uma heresia absurda: A salvação pelas obras. De acordo com as Escrituras Sagradas, a Bíblia, somos salvos pela graça de Deus por meio da fé, não por meio das obras. (Efésios 2:8, 9) Em segundo lugar, dizem haver três destinos de salvação, os quais a Bíblia não ensina. Observe, conforme a doutrina Mórmon, uma explicação do que são os Reinos Celestial, Telestial e Terrestre:

1. Reino Celestial – O grau mais alto de glória, onde reside os mórmons fiéis, que por purificaram-se de todos os seus pecados por obedecer aos mandamentos do Senhor, e cujos casamentos foram selados para sempre. Este reino divide-se em três partes:

a. Nível alto – para os que recebem a exaltação e se tornam deuses;

b. Nível médio – ainda nada foi revelado sobre esse nível;

c. Nível baixo – destinado aos mórmons cujos casamentos não foram selados para sempre.

Por isso, afirmam: “Na glória celestial, há três céus e níveis.” – Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine, páginas 166, 167. Salt Lake City, UT: Bookcraft, 1966.

2. O Reino Terrestre – O segundo grau de glória, destinado “aos não-mórmons que foram moralmente limpos” [Smith, Answers to Gospel Questions, 2:209], ou aos mómons mornos na fé.

3. O Reino Telestial – O mais baixo dos reinos, destinado às pessoas carnais, que sofreram um tempo no inferno, mas que por terem ouvido a mensagem do evangelho lá, acabarão sendo elevados ao reino telestial, com uma certa medida de glória. Aqui, ninguém selou seu casamento para sempre.

Em parte alguma a Bíblia ensina esses três destinos, sendo que o primeiro deles, o Reino Celestial, sendo dividido em três partes. Os mórmons, no entanto, procuram manipular a Bíblia para provar essas três subdivisões, usando 2 Coríntios 12:2-4, onde o Apóstolo Paulo narra sua experiência no “terceiro céu”. Assim, raciocinam: “Se há o terceiro, há o primeiro e o segundo, ou seja, três níveis”. Mas Paulo fala de terceiro céu, porque a Bíblia menciona “o céu atmosférico (Deuteronômio 11:11), os céus estelares (Gênesis 1:14) e o céu mais elevado – O Reino de Deus para onde os crentes vão quando morrem (Isaías 63:15)”. (RHODES, Ron & BODINE, Marian. Arguementando Com Os Mórmons – A Partir das Escrituras, página 357. CPAD. 2006) Era esse conceito de céu que Paulo tinha, e não o conceito Mórmon. E se o terceiro céu fosse um dos níveis de glória do Reino Celestial, então os mórmons teriam que explicar por que Paulo chama, em 2 Coríntios 12:2-4, o terceiro céu de “paraíso”, se os próprios mórmons afirmam que “É óbvio que o céu não é o paraíso, o qual é a habitação temporária dos espíritos fiéis dos que viveram e morreram nessa terra.” (O Livro de Mórmon. Guia de Estudos (Apêndice). Verbete Céu. Página 36) Eis aqui uma clara contradição no ensino Mórmon.

Percebeu, então, o fator que identifica os que herdam o mais alto grau de glória no Reino Celestial mórmon? É se o mórmon selou seu casamento para sempre. Onde a Bíblia ensina isso? E o que piora a situação para os mórmons é que nem o Livro de Mórmon apregoa isso, mas apenas livros posteriores escritos por Joseph Smith Jr. Como o suposto livro mais perfeito já escrito, segundo os mórmons, não aborda esse ensino tão essencial?

Mas além do Reino Celestial, os mórmons falam do Reino Terrestre, destinado aos não-mórmons moralmente limpos. Não se trata de ensino bíblico. Isso seria salvação pelas obras independentemente da crença no sangue de Cristo, que nos purifica de todo o pecado. (1 João 1:7) A Bíblia ensina que Pedro e os cristãos aguardavam “novos céus e uma nova terra”. (2 Pedro 3:13) Pedro não poderia aguardar viver em dois lugares diferentes, mas num só, ou seja, “novos céus e nova terra” referem-se ao lugar que Deus preparou para os salvos. (João 14:2, 3) E observe que Pedro não menciona “novos céus, nova terra e um lugar telestial”. Segundo os mórmons, esse Reino Telestial destina-se àqueles que lá no inferno aceitarão um dia o evangelho. Observe:

“É a morada temporária, no mundo espiritual, dos espíritos daqueles que foram desobedientes na mortalidade. Nesse sentido o inferno terá fim. Ali os espíritos aprenderão o evangelho e em alguma época após o arrependimento ressuscitarão para o grau de glória que merecem. Os que não se arrependerem, mas não forem filhos de perdição, permanecerão no inferno durante todo o milênio. Após esses mil anos de tormento serão ressuscitados para a glória telestial. D&C 76:81-86; 88:100, 101) – O Livro de Mórmon, 1995, Guia Para Estudos das escrituras (Apêndice), página3 103, 104, verbete INFERNO.

Quanta criatividade! Jesus jamais ensinou ser possível sair do inferno. Antes, ensina em sua Revelação, Apocalipse, sobre os que serão lançados no lago de fogo – os não tiveram seu nome escritos no livro da vida – serão lançados no lago de fogo e sofrerão dia e noite, eternamente (pelos séculos dos séculos). (Apocalipse 20:10, 14, 15) Jesus também falou daqueles que serão lançados no castigo eterno. (Mateus 25:46) Mas nunca se fala de um “bode” tornar-se “ovelha” no inferno.

Por fim, os mórmons creem no inferno eterno:

4. As Trevas Exteriores – O local para onde os espíritos maus, que de modo algum aceitaram o evangelho de Cristo, e que preferiram viver afastados de Deus.

Essas trevas exterores, segundo os mórmons, estão reservadas apenas para aqueles que negarem as chances que terão no inferno de se converterem, ou que não puderem pagar, com seu sofrimento, no período de 1.000 anos, os seus pecados.

Diante de tantos ensinos contrários à Bíblia, devemos estudar em que creem os mórmons e argumentar com eles sobre o verdadeiro plano de Salvação, somente pela graça, por meio da fé, em Cristo Jesus. (Romanos 11:6) Obras não salvam. Também, provar biblicamente que só há dois destinos, céu ou inferno, que há dois tipos de pessoas, salvos e não-salvos (ovelhas e bodes; trigo e joio) pode ser de grande ajuda. Mas acima de tudo, precisamos ter a humildade de reconhecer a necessidade do estudo profundo de Soteriologia – a doutrina da Salvação em Cristo. Quanto mais dominarmos este rico conhecimento, mais capacitados seremos pelo Espírito Santo de Deus a evangelizar os mórmons. – Fernando Galli begin_of_the_skype_highlighting end_of_the_skype_highlighting, 18 de julho de 2010.

Fernando Galli  para o Genizah