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COMO O CRISTÃO DEVE RESISTIR AO DIABO ???

 

“Vistam-se com toda a armadura que Deus dá a vocês, para ficarem firmes contra as armadilhas do Diabo. Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão. E levem sempre a fé como escudo, para poderem se proteger de todos os dardos de fogo do Maligno”. (Efésios cap.6 vers.11,12,16).

Perguntas: Como o cristão deve resistir ao diabo ??? Como combater os ataques do diabo ???

Resposta: Levando sempre a fé como escudo, para que possam se proteger de todos os ataques do diabo, que é o nosso acusador !!!

Observando melhor a passagem de (Efésios cap.6) no começo da matéria e também nas outras duas matérias anteriores, percebemos que o apóstolo Paulo não está falando de nenhum tipo de “escudo da convicção”, porque nós já fomos lembrados de nossa crença quando colocamos o cinto da verdade, a couraça da justiça, e os sapatos da preparação para o evangelho da paz. Esta é a nossa convicção a respeito do que Cristo é para todos nós.

Mas a fé é mais que isso, e é muito importante que a enxerguemos assim. Fé significa agir segundo a convicção em Cristo que é para nós o cinto da verdade, a couraça da justiça, e os sapatos do evangelho da paz.  A fé é uma decisão, uma ação, e uma resolução alicerçada na convicção no qual aceitamos esses 3 domínios: Decisão (Verdade), Ação (Justiça), e Convicção (Paz) !!!

Abaixo, vamos aprender o significado destas 3 coisas:

1ª – VERDADE:  Fé significa dizer, “Sim, eu creio que Cristo é a verdade. Ele é a minha justiça, Ele é a minha paz, e sobre esta base, agora eu exercito minhas convicções no domínio das minhas decisões e comportamentos”. Fé significa exercitar as implicações da convicção. Convicção é generalizar, fé é particularizar. Pela fé tomamos a verdade geral e aplicamos a uma situação específica. Nós podemos dizer, “Porque eu creio que isto é verdade, vou agir assim !!!”.  Este sim é o escudo da fé.

O cristão precisa aprender a apropriar-se do escudo da fé quando as dúvidas surgirem !!! Cristo é a verdade, Ele é a revelação básica da realidade. Ele demonstrou a verdade. Como resultado da sua própria convicção sobre a verdade, o cristão não pode aceitar o pensamento de que o cristianismo é uma farsa. O cristão deve se comprometer-se com Cristo, porque ele foi convencido de que somente Cristo demonstra a verdade total, e nisto é preciso estar firmado. Como resultado de uma convicção sobre a verdade, o cristão deve rejeitar as insinuações vindas do diabo.

O cristão jamais deve esquecer que Cristo é a verdade. O problema é que muitas pessoas ficam tão acostumadas a crer em seus próprios sentimentos, como se estes sentimentos fossem fatos que nunca foram examinados, e nem questionados sobre o seus sentimentos. A própria pessoa é derrotada porque ela mesma aceitou seus sentimentos como fatos. Na verdade o que deve acontecer é exatamente o contrário disso, ou seja, a pessoa deve aceitar a verdade de Deus como fato e considerar seus próprios sentimentos como duvidosos, porque os sentimentos vêm e vão (são passageiros).

2ª – JUSTIÇA:  Ao invés do cristão agir com base em seus próprios sentimentos, é preciso que ele venha a agir de uma maneira falando para ele próprio: “Cristo é a minha justiça. Estou ligado a Ele, sou um com Ele. Ele é a minha vida e a minha vida é a Dele, porque eu e Ele estamos unidos, estes pensamentos malignos que estão passando pela minha cabeça não podem ser meus. Eles não são meus de jeito nenhum. São pensamentos que surgem por causa de outras forças externas (abordagens malignas através do mundo e da carne). É o diabo tentando me enfraquecer para me derrotar. Em nome de Jesus, não aceito estes pensamentos, portanto eu os rejeito. Eles são produtos do diabo e em nome de Jesus ordeno que eles voltem de onde vieram e a quem pertencem !!!” 

 

Usar o escudo da fé significa recusar a sentir-se condenado, envergonhado, ou culpado. Isto significa que ao invés do cristão ficar de molho no rancor, na raiva, e no ódio por ele mesmo, ele próprio pode se aquecer no amor de Deus, de que nada jamais podera separá-lo do amor de Cristo. O cristão deve crer no amor de Deus, e não na mentira do diabo. Dúvidas e acusações satânicas não podem coexistir com a maravilhosa realidade do amor de Deus na vida do cristão. O cristão não pode ter 2 tipos de pensamentos ao mesmo tempo. Quando o cristão escolher se focar e meditar no amor de Deus na sua vida, as mentiras e acusações do diabo devem fugir dele.

3ª – PAZ: O cristão deve agir da seguinte maneira: “Cristo é o fundamento da minha paz. Portanto, é Dele a responsabilidade por me conduzir através de cada situação. Por isso, eu absolutamente não acreditarei neste medo, nesta ansiedade repentina que toma o meu coração. Não creio que isto venha de mim, é enviado pelo inimigo simplesmente para abalar minha confiança em Cristo. É uma tentativa para destruir minha paz e enfraquecer minha eficácia para Deus. Cristo é a minha paz, e Ele é capaz de me sustentar, mesmo em meio aos ataques inquietantes, emoções e pensamentos que são enviados como dardos inflamados do inimigo”.  

  O processo que acabamos de examinar acima pode ser chamado de “resistir ao Diabo”. Observe que em (Tiago cap.4 vers.7) diz: Portanto, obedeçam a Deus e enfrentem o Diabo, que ele fugirá de vocês”. Este é escudo da fé. O cristão deve se recusar a crer na mentira de que ele não pode ter fé. É preciso entender que a dúvida é sempre um ataque a fé. Ou você tem fé ou você tem dúvida, não se pode ter as duas coisas, pois a dúvida pode significar falta de fé. A dúvida é uma indicação da realidade da fé. Portanto, é preciso com que o cristão reexamine a base de sua fé e reafirme-a. Lembrem-se que os sentimentos não são necessariamente fatos.

Tiago disse que se a própria pessoa se mantiver resistindo ao diabo, ele imediatamente irá fugir dele. É preciso resistir ao diabo vez após vez; sempre que um pensamento ou dúvida voltar á mente do cristão. O cristão deve simplesmente se recusar a desistir de sua posição, ou seja, recusar-se de ser vencido pelo diabo. Sendo assim, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, o diabo se renderá e fugirá. Após o diabo ter fugido da vida do cristão, as suas dúvidas começarão a ser esclarecidas, seus sentimentos começarão a mudar, os ataques se cessarão, e enfim o cristão voltará a experimentar a luz da fé, a experiência do amor e a alegria de Deus.

Isso que acabamos de acompanhar, é exatamente o que Paulo está falando: “levando sempre a fé como escudo, para poderem se proteger de todos os dardos de fogo do Maligno”. O escudo da fé é tudo o que o cristão precisa. O escudo da fé é capaz de apagar os ataques inflamados do maligno. Para o cristão, isso é o suficiente para essa linha de defesa.

Deus nunca quis que fossemos vencedores, e sim muito mais que vencedores. O cristão foi criado para triunfar, ser destemido, e ser insuperável.

O cristão precisa aprender a ser mais maduro em momentos de tribulações, pressões, tentações, atitudes, e decisões.

QUE DEUS TE ABENÇOE…

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Cristãos como o diabo gosta

 

Sermão Exortativo sobre: "Cristãos como o diabo gosta"

Cristãos como o diabo gosta

Estou triste. Sei que já falei sobre isso aqui no APENAS, mas tenho visto e vivido coisas que me levaram a refletir profundamente sobre a agressividade que tem imperado entre grupos cristãos, que não muda nem dá sinais de que vai mudar. Isso me faz voltar ao assunto, só que sob outro prisma: o do conceito bíblico de “exortação”. Do latimexorthor, significa, segundo a definição do dicionário, “convencer por meio da persuasão, do conselho, incitar à prática do que é bom ou conveniente, encorajar, advertir”. Vê-se claramente que exortação é algo que deve ter cunho positivo. Tem a ver com aconselhar, levar a fazer o que é bom, injetar coragem e trazer advertências – ou seja, alertas preventivos. Exortar é algo a ser feito com pureza e bondade no coração. Logo, “exortação” não é sinônimo de “baixar o cajado”, “ofender”, “atacar”, “dar bronca”, “humilhar”, “rebaixar”. É algo feito com base no amor e não no ódio. Logo, a exortação feita por cristãos se for agressiva de cara já a desqualifica como uma atitude cristã.

Mas, tristemente, influenciados pelos péssimos exemplos de líderes religiosos que vemos na televisão, em programas que você vem e vê na web e gente agressiva que distribui a granel suas ofensas pela internet, achamos que aquilo ali é o certo, que falar daquele jeito é exortação. Só que tratar pessoas como se fossem cães sarnentos não é exortação: é falta de educação, estupidez, malcriação e de cristão não tem absolutamente nada. Pastores que falam de amor mas praticam grosserias “em nome de Jesus” estão agindo como o diabo gosta. E ensinando as ovelhas a serem mundanas, pagãs e, lógico, agressivas. E a epidemia de cristãos que em vez de darem a outra face preferem dar na cara dos outros se alastra.

Tenho vivido isso aqui no APENAS. Peço desculpas por este post parecer um pouco personalista, mas para falar sobre esse assunto terei de me botar um pouco no foco. Perdão por isso. Acredite, o espaço de comentários de um blog é uma boa amostragem de como se comportam aqueles que se chamam pelo nome do Senhor. A esmagadora maioria dos comentários é educada. Falemos apenas dos discordantes. Já ouvi muitos escreverem  “não concordei com tudo mas gostei do todo…”. Outros discordam de toda a linha de raciocínio que exponho – mas com educação, respeito e entendimento de como dois irmãos na fé devem se falar na hora da divergência. Gosto quando isso acontece. Pois não sou nem pretendo me pôr como dono da verdade, embora seja aguerrido no que creia até que me convençam do contrário. E quem discorda de mim como um cristão terá seu comentário discordante aprovado, publicado e comentado.

Muitos diálogos edificantes surgem daí. Não sou como certos pastores poetas que não publicam comentários divergentes de suas visões em seus blogs e que com isso se põem acima do erro (ver o post Soli Electus Gloria). Eu erro. Exortações e críticas são bem-vindas (sim, não sou como outro pastor que disse o absurdo que “críticos são recalcados que não fazem nada”, como expus no post Cristãos críticos que criticam cristãos críticos). Eu aceito críticas, muitas me ajudaram a crescer como homem e como cristão. Mas há um porém, desde que feitas com educação e segundo Jesus ensinou: mansamente.  Quem recusa ser criticado pratica idolatria, pois se posiciona como inerrante – algo que só Deus é.

Aqui no APENAS não cito nomes de pessoas por orientação ética, mas critico ideias, conceitos, atitudes. E critico sem um pingo de dor na consciência, pois procuro praticar a  exortação bíblica. E para que faço isso? Para tentar despertar alguns que vêm sendo enganados, para tentar, como diz o líder de minha denominação, “fazer a igreja voltar a ser Igreja”, para somar. E muitos têm exposto nos comentários que mudaram seus pontos de vista e se aproximaram de Deus ao ler algo que escrevi – o que me alegra, naturalmente. Sensação de missão cumprida.

Todavia, quando se faz isso sempre surgirão aqueles que virão te atacar. Querem exortar? Perfeito, é bíblico. Mas não fazem com amor, fazem com ira na voz, com rancor e raiva. E ao passo que a exortação deveria ser feita com espirito cristão , visando ao bem do exortado, vozes minoritárias se levantam (“em nome de Jesus”) com agressividade, ofensas, argumentos sem base e ad hominem (= quando não se consegue derrubar o que é dito, ataca-se a pessoa que diz). E, o que é mais covarde: há quem o faça no anonimato.

Peguemos como exemplo novamente meu blog. Naturalmente, quando se tem uma média de 3.600 leituras por post ao longo de dois dias, que é a atual do APENAS (fora os que leem de forma viral, por e-mail ou Facebook – e que não há como saber quantos são), haverá no meio de toda essa gente aqueles que discordarão de você. Isso é normal, natural, previsível e saudável. Eis por que há espaço de comentários após cada texto: para haver diálogo. Por isso sempre digo que um post não acaba no final, mas prossegue pelo que os leitores dizem.

Por exemplo: quando postei “Solitários, carentes e infelizes” ou “Casei errado. E agora?“, que falam daqueles que se casam por razões equivocadas ou sem amor e que depois vivem infelizes, uma multidão dos que estão nessa situação deixaram seus testemunhos, alguns dos quais considero mais esclarecedores para os solteiros que pensam em se casar do que o que eu mesmo escrevi. Pois são alertas reais. Então aqueles que dialogam por esse canal só trazem riqueza e edificação para quem lê. Mas há o oposto também: aqueles que entram de pé na porta, agredindo, discordando, ofendendo, batendo, mandando eu “me converter” e coisas piores.

Não estou preocupado em não ser ofendido. Pois é previsível que serei. Mateus 5.10-12 é um alento nesse sentido. O que me preocupa e me abate é que as ofensas vêm de cristãos. O Carlos, por exemplo, era um leitor ativo e participativo do APENAS. Um detalhe: Carlos é ateu. Tentou me convencer por muito tempo que o ateísmo é o que há. Não conseguiu, parou de comentar. Mas embora tenha sido sempre incisivo e algumas vezes resvalou na ofensa, em geral Carlos procurava o diálogo de modo civilizado. E, sendo ateu, Carlos conseguia ser mais educado que muitos cristãos que destilam veneno nos comentários. Muitos deles, covardemente, atrás de pseudônimos e do anonimato. Isso mostra que, se fazem isso no APENAS, também o fazem na vida real. Seja no mundo virtual ou real, são péssimos exemplos.

A Igreja de Cristo já está assolada por escândalos o suficiente. Muitos crentes têm agido de modo tão carnal como o mundo. E, quando mais precisamos dialogar com civilidade cristã e seguindo os ditames de Jesus de Nazaré  para buscar soluções e caminhos, vejo cristãos surgindo do nada para desrespeitar irmãos com uma agressividade assíria – do jeitinho que viram o pastor fazer na TV ou que vieram e viram na internet. Um dos mais recentes partiu de um cidadão intitulado “justice” (não ria,  por favor, vamos respeitar o “justice”) que me tratou como a última das criaturas e partiu para cima num esbofeteamento verbal… num texto em que falo sobre a glória de Deus! Incompreensível sob todos os aspectos. Incompreensível e covarde, pois se esconde atrás de pseudônimo. Não quer dialogar, só quer fazer pirraça: entrar em campo, chutar a canela de alguém e sair correndo para a arquibancada. Isso não é cristão. Não é educado. Não gera frutos. É pura molecagem.

Os cristãos têm se tornado verdugos. Querem chibatar os irmãos, arrebentar quem deles discorda. Quando escrevi o post “Sou evangélico sim e com muito orgulho” um (acredite você) pastor rebateu meus argumentos em seu blog de um modo que me deixou perplexo. Não devido ao fato de ele ter feito uma crítica ao meu post totalmente desconexa do que eu quis dizer – seu comentário deixou claro que sua interpretação de minhas palavras passou a anos-luz do que o post dizia e que ele enxergou em meu coração intenções que não havia. Sua crítica do meu texto simplesmente não coadunava com o que eu tinha escrito. Interpretou mal e não compreendeu meus argumentos. Mas até aí tudo bem, discordâncias de visão entre irmãos são normais e até a incompreensão do que alguém diz – causada por má hermenêutica – se entende. Mas não foi isso o que me entristeceu.

O que me fez lamentar foi a agressividade usada nas palavras e no tom. Ele e um amigo dele, que deixou um comentário no post, foram extremamente desrespeitosos ao indivíduo de quem discordavam. Ou seja: ao próximo. Em vez de buscar dialogar, usaram o ad hominem o tempo inteiro. Esse cavalheiro criticou em seu texto Lutero, Zwinglio e Calvino por, em sua opinião, não terem feito o que chamou de a “reforma do coração” para, logo em seguida, afirmar que eu, Maurício Zágari, apenas “me digo cristão” e inferiu que sou “incoerente” e “mentiroso”. Fiquei pensando se foi a reforma de seu coração que o levou a dizer coisas tão cristãs a meu respeito e a afirmar que eu apenas “me digo cristão” (suponho que, para afirmar isso, ele, assim como o Espírito Santo, conhece-me profundamente, a minha história de vida e a minha alma). Um fator engraçado é que na sessão de “Artigos” do site da igreja que esse pastor lidera há (ou pelo menos havia) um texto escrito por mim e publicado orignalmente aqui no APENAS. Texto que, se não foi deletado, provavelmente será, visto que ontem eu era digno de ser publicado em seu site mas agora apenas “me digo cristão” – e não pegaria bem publicar um artigo de um ímpio como eu (ou de um, perdoem-me o termo, e…van…gé…li…co como eu) num site de uma igreja cristã, não é? Eu riria da ironia, se não fosse muito triste.

Na foto do site da igreja desse pastor que questionou a minha fé e me ofendeu ele aparece abraçado aos membros de sua igreja e, numa triste ironia, acima da foto vem escrito: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei“. É aquela coisa: falar é fácil, fácil. Mas a verdade é que esse pastor não me amou nem um pouco. Ao pôr lado a lado as palavras escritas no banner do site e as palavras escritas sobre minha pessoa em tom tão lamentável, a frase de Cristo tornou-se um  mero slogan vazio. Amor? Não, não vi amor ali. Pois da boca sai o que está cheio o coração. E o que saiu da boca desse pastor por meio de seu blog foi pura ofensa. Em nome de Jesus, é claro.

Em um comentário debochado de seu post, o amigo cristão do pastor conseguiu em um único parágrafo me chamar de “animal irracional”, “asno” e “filho do Pai da mentira”. Uau. E, para meu espanto, em vez de se posicionar como pastor pacificador e usar seu coração cristão para mostrar ao seu irmão e amigo que o Evangelho de Cristo nos ensinou a não tratar os outros assim, o sacerdote autor do blog ainda endossou o que ele disse e me acusou de não querer “um retorno ao evangelho de Cristo, mas um retorno a Calvino e a sua igreja medieval”. Incrível como não entendeu nada do que escrevi e, ainda mais incrível, foi o modo como um discípulo de Jesus e líder de um rebanho tratou um irmão na fé (desculpe, esqueci que para ele apenas “me digo cristão”, logo, não sou irmão aos seus olhos). Fiquei me perguntando: será isso que Jesus pregou? Esse é o Evangelho de Jesus Cristo que eles tanto defendem?

Defende-se o Evangelho praticando o que o Evangelho condena? Deus do Céu… o que está havendo com os cristãos?

O amigo do pastor ainda termina seu comentário no post com essa afirmação simpática a respeito do que escrevi e da minha pessoa: “Esse tipo de mentira é tão absurda que me dá ânsia de vômito. Mais um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus. Só posso dizer: MISERICÓRDIA! (ou talvez: tá amarrado kkkkk)”.

Ele riu.

Você achou graça?

Eu não.

Fiquei triste, muito triste, ao ver um cristão se expressar dessa forma. São palavras dignas, em sua opinião? Alguém que não tem a mínima ideia de quem eu sou, que provavelmente não leu meu texto (possivelmente só o do amigo

pastor) e que defende a “reforma do coração” e “o retorno ao Evangelho de Cristo” diz que sou “um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus”. Ah, claro, se estou amarrado… sou além disso também um demônio?

Pois é, irmãos, é assim que temos nos amado uns aos outros…

Que dizer? Que dizer, meu Deus? Se de pastores e seus amigos vem tanta agressividade, o que esperar de suas ovelhas? Esse exemplo para mim é clássico. Pois revela como muitas lideranças estão ensinando o rebanho que lideram a ofender, desmerecer e atacar. Pois pregar amor no púlpito e pôr uma frase sobre amor no site é moleza. Pega bem. Atrai membros. Fora do púlpito, a agressividade gospel se revela e põe as presas de fora. A Igreja esbofeteia a si mesma em nome da… “reforma do coração”??? E, com isso, 1 Coríntios 12 escorre pelo ralo. Vivemos dias difíceis, duros e onde grupos cristãos não têm demonstrado na prática nenhum amor ao próximo.

O comentário de “justice” simplesmente excluí ao chegar à terceira linha. No caso do pastor que julgou-me e ofendeu-me em seu blog, meu primeiro impulso foi responder com um comentário. Mas parei. Pensei. E não respondi. Preferi – eu, que apenas “me digo cristão” – fazer o que a Bíblia manda. Orei por quem me maltratou e me perseguiu. Pois não quero entrar em “guerras santas” que em nada edificam e estão longe do amor cristão. Que só têm como objetivo afirmar a “minha verdade”. Hoje encontramos milhões de sabe-tudos e poucos os que amam o próximo como a si mesmos. E fazem isso em nome da… “defesa do Evangelho de Cristo”? Meu Deus… quanta contradição pra tão pouco amor…

A Igreja está raivosa. E isso não tem nada a ver com Jesus de Nazaré. Tem a ver com cristãos que afirmam que querem a volta do Evangelho de Cristo (que nos manda fazer o bem a quem nos faz mal, a dar a outra face, a andar a segunda milha), mas agem como esses exemplos que citei. E, acredite, esses são apenas alguns exemplos. Haveria muitos outros.

Já disse isso e repito: temos que repensar nosso tom de voz. Precisamos voltar à Bíblia, ao Sermão do Monte de Mateus 5-7. Precisamos compreender o que de fato representa a fé em Cristo. Entender que os ensinamentos de Jesus estão a léguas e léguas de distância das agressões que medalhões do mundo gospel falam em seus programas de TV, em seus videos via web e nas redes sociais – e que os anônimos repetem, repetem, repetem… E assim agridem, agridem, agridem… Até mesmo pastores, que, mais do que ninguém, deveriam ser exemplo.

Olho para a Bíblia, vejo o perfil que ela apresenta que devem ter os sacerdotes cristãos e comparo o que ela diz com o que vejo na prática. Avalie por si mesmo: “É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro” (1 Tm 3.2,3).

E mais: “Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. Ao contrário, é preciso que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio” (Tt 1.7,8).

Logo, pastores briguentos, violentos, sem domínio próprio, beligerantes, injustos e desrespeitosos são exatamente o oposto de como a Bíblia diz que deveriam ser. E os que não conseguem ser de outro modo ou se controlar deveriam dar outro rumo a suas vidas, pois não cumprem os pré-requisitos para serem sacerdotes do Deus Altíssimo.

Quero esquecer essas vozes briguentas e buscar um pouco mais a paz. O afeto. O carinho pelo próximo. Ajudar que ser ajudado, mesmo que isso custe pedradas. Elas são inevitáveis. E, se for para exortar, que seja com amor pela alma exortada. Ser incisivo e firme muitas vezes é necessário, mas isso é bem diferente de ser estúpido com o próximo. Vivemos dias difíceis, onde os modelos para muitos são pastores que vibram via twitter assistindo a lutas de UFC e escrevendo “que joelhada linda”. Não existe joelhada linda, só um péssimo exemplo. Uma flor não se dá com um soco. A exortação não deve vir com rancor. A Igreja tem se espelhado em péssimos modelos e os reproduzido como clones malformados. Não quero ser uma versão gospel do Ratinho. Chega, irmãos. Paz. Tenhamos em nós a mansidão do Cordeiro. Paz. Temos que respirar fundo, contar até dez e ser cristãos de fato. Paz. Se tua mão se levantar alguma vez para agredir, impeça-a cravando-a na Cruz de Cristo. Paz. Só assim poderemos cumprir o mandamento mais importante, de amar a Deus sobre tudo e, nunca se esqueça: ao próximo como a nós mesmos. E isso nas palavras, nas ações e nas exortações.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Autor: Maurício Zagari
Fonte: Apenas

Fonte: http://estudos.gospelprime.com.br/cristaos-como-o-diabo-gosta/#ixzz1tkbF6Djg

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SATANÁS: ENGANA, SEDUZ, E DESTRÓI.

Por Leandro Borges

“Não tenha uma visão medíocre da vida, onde você começa não determina onde você terminará. Seja um valente que não recua e avança para conquistar !”

( Pr. Carlos Cezar – Deputado Estadual e Pastor na Igreja do Evangelho Quadrangular ).

“Coloque sua fé no Senhor porque Ele tem o poder de libertá-lo de todos os seus temores”.

( Pra. Elizangila Parreira – Pastora na Igreja do Evangelho Quadrangular ).

“Chegou o dia em que os servidores celestiais vieram apresentar-se diante de Deus, o Senhor, e no meio deles veio também Satanás”. (Jó cap.1 vers.6).

O grande conflito entre Cristo e Satanás logo será concluído, e o maligno tem duplicado seus esforços para anular o que Cristo realiza pelos seres humanos. O objetivo dele é manter as pessoas em trevas e sem arrependimento, até que termine a intercessão do Salvador. Quando a indiferença prevalece entre os cristãos, Satanás não se preocupa. Mas quando as pessoas indagam: “O que é necessário fazer para ser salvo ???”, ele procura opor seu poder ao de Cristo e neutralizar a influência do Espírito Santo.

Em certa ocasião, quando os anjos de Deus foram se apresentar diante do Senhor, Satanás foi também entre eles, não para se curvar perante o Rei eterno, mas para apresentar seus planos maldosos contra os justos. Ele está presente quando as pessoas se reúnem para adorar a Deus e trabalha com dedicação a fim de controlar a mente dos adoradores. Quando vê o mensageiro de Deus pesquisando a Bíblia, ele anota o assunto que será apresentado ao povo. Então utiliza seu engano e astúcia para que a mensagem não atinja aqueles que ele está enganando nesse exato momento. Aquele que mais necessita da advertência estará envolvido, em alguma operação comercial, ou será de algum modo impedido de ouvir a palavra.

Satanás vê os servos do Senhor preocupados com as trevas que envolvem o povo. Ouve as orações deles pedindo graça e poder divinos para quebrar o encanto da indiferença e indolência. Então, com maior esforço, tenta as pessoas a satisfazerem o apetite ou alguma outra forma de transigência com maus desejos, assim amortecendo a sensibilidade deles, de maneira que deixem de ouvir precisamente as coisas que mais necessitam aprender.

Satanás sabe que todos aqueles que negligenciam a oração e o estudo da Palavra de Deus, serão vencidos por seus ataques. Portanto, inventa todo um artifício possível para ocupar não somente a mente de uma pessoa, mas também toda a parte emocional e psicológica dela. Aqueles que o auxiliam e são sua “mão direita”, estão sempre ocupados enquanto Deus atua. Eles apresentarão os mais determinados e altruístas servos de Cristo como estando enganados ou sendo enganadores. É tarefa de Satanás representar falsamente as intenções de todas as atitudes nobres, difundir insinuações e despertar suspeitas na mente dos inexperientes. Entretanto, é possível ver facilmente o exemplo de quem seguem e a obra de quem fazem. Observe que em (Mateus cap.7 vers.16) diz: “Vocês o reconhecerão por seus frutos”.

A VERDADE TRANSFORMA: O grande enganador tem muitos falsos ensinos preparados e adaptados ao gosto daqueles que ele deseja arruinar. É seu plano levar para a igreja pessoas não sinceras, não verdadeiramente convertidas, que estimularão a dúvida e a incredulidade. Muitos que não têm verdadeira fé em Deus concordam com alguns princípios da verdade e aparentam ser cristãos, e assim estão aptos para introduzir seus erros como doutrinas bíblicas. Satanás sabe que a verdade, recebida por amor, santifica a vida. Portanto, procura substituí-la por falsas teorias e fábulas, ou por outro evangelho. Desde o início, muitos os servos de Deus têm lutado com falsos mestres, que não são meramente pessoas corruptas, mas que impõem falsidades fatais. Elias, Jeremias e Paulo, se opuseram firmemente aos que desviavam as pessoas da Palavra de Deus. A ideia de que é sem importância uma fé religiosa correta era apoiada por aqueles santos defensores da verdade.

As interpretações confusas e especulativas sobre a Bíblia e as teorias conflitantes do mundo cristão são a obra do inimigo para confundir a mente das pessoas. A discórdia e divisão entre as igrejas são em grande parte causadas pelo costume de distorcer a Palavra de Deus a fim de apoiar uma teoria apreciada.

Com o objetivo de sustentar doutrinas equivocadas, alguns utilizam textos bíblicos isolados do contexto, citando talvez a metade de um versículo como prova de seu ponto de vista, quando a parte restante mostraria ser exatamente contrário o sentido. Com a astúcia da serpente, protegem-se por trás de declarações desconexas, construídas para satisfazer seus desejos. Outros se apegam a figuras e símbolos, interpretam-nos como acham melhor, desconsiderando o ensino da Bíblia como seu próprio intérprete, e então apresentam suas invenções como ensino de Deus.

A VERDADE ENVOLVE SACRIFÍCIO:  Quanto menos espirituais e altruístas forem as doutrinas apresentadas, mais facilmente serão aceitas. Satanás está pronto a atender o desejo do coração, e apresenta seus enganos em lugar da verdade. Foi assim que o papado católico dominou a mente das pessoas durante a Idade Média. E, ao rejeirarem a verdade, visto que ela implica em sacrifício, muitos evangélicos estão seguindo o mesmo caminho. Todos aqueles que procuram conveniências e estratégias para não se acharem em desacordo com o mundo, aceitarão “heresias destruidoras”. Observe que em (2 Pedro cap.2 vers.1) diz: “No passado apareceram falsos profetas no meio do povo, e assim também vão aparecer falsos mestres entre vocês. Eles ensinarão dourinas destruidoras e falsas e rejeitarão o Mestre que os salvou. E isso fará com que caia sobre eles uma rápida destruição”.  Quem  olha com horror para um engano, receberá facilmente outro.

EVIDÊNCIA SUFICIENTE:  Deus deu em Sua Palavra evidência suficiente de que ela possui origem divina. Porém, a mente finita não é capaz de compreender completamente os propósitos do Ser infinito. Observe que em (Romanos cap.11 vers.33) diz: “Quão insondáveis são os Seus juízos e inescrutáveis os Seus caminhos!”.  Podemos perceber amor e misericórdia ilimitados unidos ao poder infinito. Nosso Pai celestial revelará tudo aquilo que é para o nosso bem. Mas, além disso, devemos confiar na mão onipotente, no coração divino repleto de amor.

Deus jamais removerá toda desculpa para a descrença. Todos aqueles que buscarem ganchos em que pendurar suas dúvidas, os encontrarão. E aqueles que se recusarem a obedecer até que toda objeção tenha sido removida, jamais chegarão à luz. O coração não convertido está em inimizade com Deus. Mas a fé é inspirada pelo Espírito Santo e crescerá à medida que for acalentada. Ninguém poderá se tornar forte na fé sem esforço decidido. Se as pessoas permitirem a si mesmas contestar, verão que suas dúvidas constantemente se tornam maiores.

Mas aqueles que duvidam e não confiam na certeza de Sua graça, desonram a Cristo. São árvores infrutíferas que excluem a luz do Sol de outras plantas, fazendo-as atrofiar e morrer na fria sombra. A atitude dessas pessoas será uma constante testemunha contra elas mesmas.

Há apenas um caminho a seguir, para todos aqueles que desejam sinceramente livrar-se das dúvidas: em vez de questionar aquilo que não compreendem, vivam de acordo com a luz que já brilha sobre eles, e receberão maior luz.

Satanás pode apresentar uma imitação tão parecida com a verdade que seja capaz de enganar aqueles que estão dispostos a ser enganados, que desejam se livrar do sacrifício exigido pela verdade. Porém, é impossível a ele reter em seu poder uma só pessoa que sinceramente deseje conhecer a verdade, custe o que custar. Cristo é a verdade.

O Senhor permite que seu povo seja submetido ao ardente teste de tentação, não porque Ele tenha prazer em sua angústia, mas porque isso é indispensável para a vitória final de Seu povo. Se Deus o livrasse da tentação, Ele não seria coerente com Sua própria glória, pois o objetivo do teste é preparar Seu povo para resistir à sedução do mal. Nem perdidos e nem demônios podem excluir a presença de Deus sobre o Seu povo se este confessar e abandonar seus pecados e reivindicar as promessas divinas. Toda tentação, quer expressada, quer secreta, pode ser vencida com êxito “não por força nem por violência, mas por Meu Espírito, diz o Senhor”. (Zacarias cap.4 vers.6).

Em (1 Pedro cap.3 vers.13) diz: “Se, de fato, vocês quiserem fazer o bem, quem lhes fará o mal ?”. Satanás sabe que a pessoa mais frágil que permanece em Cristo é mais do que suficiente para competir com as hostes das trevas. Portanto, procura retirar de suas poderosas fortificações os soldados de Cristo, enquanto fica em espreita, pronto para destruir todos aqueles que se arriscam a penetrar em seu terreno.Somente através da confiança em Deus e da obediência a todos os Seus mandamentos, poderemos estar seguros.

Ninguém está livre de perigo por um dia ou uma hora, sem oração. Devemos suplicar ao Senhor por sabedoria para compreender Sua Palavra. Satanás é hábil em citar a Bíblia, dando sua própria interpretação aos textos que deseja utilizar para nos fazer tropeçar. Devemos estudar a Bíblia com coração humilde. Para estar constantemente protegidos das ciladas de Satanás, precisamos orar continuamente: “Não nos deixes cair em tentação”. (Mateus cap.6 vers.13).

QUE DEUS TE ABENÇOE…