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Papiro que cita "mulher de Jesus" é falso, diz jornal do Vaticano

 

DA EFE

O jornal vaticano "L’Osservatore Romano" afirmou nesta quinta-feira (27) que o papiro do século 4º recentemente apresentado no qual aparece a frase em copta "Jesus lhes disse, minha esposa …", que alimentou a teoria que fosse casado, é "falso".

O vespertino da Santa Sé publicou em sua edição desta quinta um artigo do professor italiano Alberto Camplani, especialista em língua copta e professor de história do cristianismo na Universidade La Sapienza de Roma, no qual analisa o papiro recuperado pela professora americana Karen King que levantou a polêmica.

Em seu artigo, Camplani afirma que Karen apresentou o papiro como do século 4º e que o texto pôde ter sido escrito no século 2º "quando se debatia sobre se Jesus esteve casado".

Camplani expressou sua "reserva" sobre esse ponto e que perante um objeto desse tipo, "que ao contrário de outros papiros não foi descoberto em uma escavação, mas provém de um mercado de antiguidades, é preciso adotar precauções".

O especialista italiano acrescentou que, no que concerne ao texto, a própria Karen propõe vê-lo não como uma prova do estado conjugal de Jesus, mas como uma tentativa de fundar uma visão positiva do casamento cristão.

"Mas não é assim, trata-se de expressões totalmente metafóricas, que simbolizam a consubstancialidade espiritual entre Jesus e seus discípulos, que são amplamente divulgadas na literatura bíblica e na cristã primitiva", comentou o especialista.

O jornal vaticano acrescentou que de todas as maneiras se trata de um documento "falso" e ressaltou que a historiadora americana preparou o anúncio "sem deixar nada ao acaso: imprensa americana avisada e entrevista coletiva prévia de King para preparar a exclusiva mundial, que, no entanto, foi posta em dúvida pelos especialistas".

Segundo o vespertino da Santa Sé, "razões consistentes" fazem pensar que o papiro seja uma "trôpega falsificação, como tantas que chegam do Oriente Médio", e que as frases nada têm a ver com Jesus.

Editoria de arte/Folhapress

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Acusação ridícula: Vaticano está por trás do kit gay

 

Julio Severo

Um artigo atribuindo ao Vaticano a imposição do kit gay nas escolas do Brasil está sendo divulgado na eleição municipal de São Paulo. O autor do artigo é o Pr. Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

O artigo, escrito em 2011 e publicado no site da R7, está de volta alegadamente para ajudar a campanha de Celso Russomano, candidato do PRB à prefeitura de São Paulo.

Ter um candidato contra o kit gay, e contra o candidato do PT, Fernando Haddad, criador do kit gay, é uma necessidade dos eleitores de São Paulo. E o partido da IURD está apresentando Russomano como tal candidato, mas na base da mentira e hipocrisia.

Na base da mentira porque o Vaticano nunca esteve por trás do kit gay. Pelo contrário, o Vaticano tem se notabilizado por posturas sólidas contra a agenda gay. Nenhuma igreja cristã tem se expressado com mais força nessa questão do que o Vaticano. Portanto, atribuir, mesmo que minimamente, o kit gay ao Vaticano é uma mentira descarada.

Até mesmo a CNBB, cujo histórico marcadamente progressista levou alguns de seus bispos a ajudar na fundação do PT, partido de Fernando Haddad, nunca defendeu o kit gay.

Se Marcos Pereira tivesse tido, “A CNBB é culpada porque apoiou o PT”, teríamos de concordar. Mas sobraria a mesma culpa para a IURD, que por mais de uma década tem apoiado o PT. Nesse ponto, a IURD tem sido tão imoral quanto a própria CNBB. Aliás, é mais imoral, pois mesmo com todo o seu vergonhoso esquerdismo a CNBB nunca apoiou explicitamente o aborto. A IURD já fez isso várias vezes.

Só no pecado de apoio ao PT, a CNBB é tão responsável quanto a própria IURD.

Fot - Pinóquio

Pinoquices sobre kit gay e Igreja Católica

Contudo, a CNBB não é e nunca foi a representante oficial do Vaticano no Brasil. A CNBB é um sindicato de bispos, fundado pelo marxista Dom Hélder Câmara, que muitas vezes age contrariamente aos interesses do Vaticano.

Na base da hipocrisia porque Celso Russomano está tentando posar de candidato contra a agenda gay quando na verdade ele tem um histórico político favorável a essa agenda. Em 27 de Junho de 2007 ele defendeu na Câmara dos Deputados o PL 1242/2007, de mudança de sexo.

Nem mesmo a progressista CNBB nunca defendeu diretamente tal projeto. Mas Russomano o fez.

E se a progressista CNBB estivesse apoiando a agenda gay, os militantes gays a estariam louvando. Mas esse não é o caso. Os militantes gays não estão louvando a CNBB e muito menos o Vaticano.

Aliás, a Parada Gay de São Paulo de 2011 insultou a Igreja Católica. O título da parada foi “Amai-vos Uns Aos Outros” — uma paródia das palavras de Jesus, aplicadas ao sexo homossexual.

A paródia foi muito mais longe ao exibir cartazes de santos católicos em posições de erotismo homossexual, afrontando abertamente o princípio constitucional que proíbe o ultraje aos símbolos religiosos. Mesmo com o flagrante ultraje, as autoridades pretensamente preocupadas com os chamados direitos humanos não adotaram nenhum medida de punição aos violadores do princípio constitucional.

Quem se levantou para defender os católicos contra o ultraje foi Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

A fala de Malafaia foi interpretada como um ataque à parada gay, quando na verdade sua mensagem forte apenas denunciou o descarado ataque da parada gay à religião católica. Ele foi acusado de “homofobia” por ter feito o que a própria esquerdista CNBB não fez: defender os católicos de uma afronta homossexualista.

Portanto, Silas Malafaia, eu e muitos outros no Brasil somos testemunhas de que o Vaticano não está por trás do kit gay e de nenhuma outra estratégia da agenda gay.

Então, por que pastores e políticos ligados à IURD estão dando o que a Bíblia define como “falso testemunho”? Por que a IURD e seus apoiadores se recusam a dizer que o único responsável pelo kit gay é o PT, não a Igreja Católica?

Se apoiar o PT é apoiar a agenda gay, então não o Vaticano, mas a CNBB e a IURD são igualmente culpadas.

Fonte: www.juliosevero.com

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Vaticano diz que escândalo de corrupção abala confiança na Igreja

 

DA REUTERS, EM ROMA

O Vaticano negou na segunda-feira, em meio à maior crise no pontificado de Bento 16, notícias de que cardeais seriam suspeitos em uma investigação sobre o vazamento de documentos, num caso que já levou à prisão do mordomo do papa.

De acordo com a imprensa italiana, o mordomo Paolo Gabriele era apenas um "leva-e-traz" numa disputa de poderes na Santa Sé. O escândalo estourou na semana passada, quando o chefe do banco do Vaticano foi repentinamente demitido, o mordomo foi detido por acusações de furto de documentos, e foi publicado um livro apontando conspirações entre os cardeais.

Os documentos vazados para os jornalistas denunciam corrupção no vasto relacionamento financeiro entre a Igreja e empresas italianas.

Embora negando a veracidade dos relatos, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse numa entrevista coletiva que "isso é naturalmente algo que pode afetar a Igreja, e testar a confiança nela e na Santa Sé".

Lombardi negou que "qualquer cardeal, italiano ou não, seja suspeito". Ele acrescentou que o papa está sendo informado do assunto, e que "continua no seu caminho de serenidade, na sua posição de fé e moral que está acima da refrega".

Carlo Fusco, advogado do mordomo, disse que ele está "muito sereno e tranquilo", e que pretende colaborar com as investigações.

BODE EXPIATÓRIO

Uma fonte anônima e responsável pelo vazamento de alguns documentos disse ao jornal italiano "La Reppublica" que o mordomo está sendo usado como bode expiatório, porque a Igreja não ousa implicar os cardeais responsáveis pelos vazamentos.

"Há vazadores entre os cardeais, mas o Secretariado de Estado não podia dizer isso, então prenderam o servidor, Paolo, que estava só entregando as cartas em nome de outros".

Ao "La Stampa", o responsável por um dos vazamentos afirmou que o objetivo das denúncias é ajudar o papa a erradicar a corrupção.

O Secretariado de Estado, órgão administrativo do Vaticano, é comandado pelo cardeal Tarcisio Bertone, poderoso braço-direito do papa, e o escândalo parece envolver uma disputa de poder entre seus aliados e inimigos, evocando as conspirações renascentistas na Santa Sé.