Categorias
Ciência

Nasa encontra 9 planetas habitáveis

Próximo da constelação de Libra

E dois desses: planetas tem chances reais de abrigar vida.

9 planetas habitáveis
NASA | W. Stenzel

O telescópio espacial Kepler quebrou em maio de 2013. Ttrês anos depois, a NASA ainda está analisando suas informações. E os planetas que o Kepler encontrou nos mostra que não estamos sozinhos no Universo. Em breve poderemos ver confirmado pela ciência o que Jesus disse:…”Na casa de meu pai há muitas moradas…”

Cerca de 150.000 estrelas da Via Láctea foram fotografadas entre as constelações de Libra e Cisne. 1.284 novos mundos foram descobertos. Quase todos esses planetas são meras bolas de gás, sem superfície – como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Entretanto, nove desses planetas tem características parecidas com as nossas para que a vida possa existir, eles têm um tamanho similar ao da Terra, isso significa que são planetas rochosos, ou seja, com superfície, como o nosso e, estão com possibilidades de terem um ingrediente essencial: a água. Estão  posição chamada de “zona habitável”. Com a descoberta desses nove planetas, agora conhecemos 21 mundos rochosos que estão na zona habitável de suas respectivas estrelas.

Telescope Kepler-NASA.jpeg

Dois desses planetas se destacam na busca por mundos que abriguem a vida. O Kepler-1638b tem uma órbita parecida com a da Terra – é também um dos planetas mais próximos do nosso em termos de temperatura do sol. Só que é bem grandão, 87% maior que a Terra  O outro (Kepler-1229b) é 40% maior – em termos planetários, quase do mesmo tamanho da Terra. Só que o o sol ali é bastante diferente. O planeta gira em torno de uma anã vermelha, bem menor e mais fria que a nossa estrela.

LEIA: Telescópio da NASA encontra 8 planetas capazes de abrigar vida

Mas, esses dois parecem promissores, porque possuem mais ou menos as mesmas características de planetas descobertos em 2014, o Kepler-452b e o Kepler-186f, mundos em que a NASA tem apostado bastante na procura por indícios de vida.A NASA deve continuar a catalogar as descobertas do Kepler até outubro de 2017. .

Os próximos planos da NASA são analisar, usando o telescópio TESS, as atmosferas de planetas mais próximos da Terra, para conseguir mais detalhes sobre as suas condições de vida. O lançamento acontece em 2017 e a missão vai ser guiada pelas descobertas do Kepler.Com informações de Ana Carolina Leonardi da Superinteressante.

 

045

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., é, ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

Categorias
Artigos

‘Não há a menor dúvida de que a vida existe fora da Terra’

 

O físico brasileiro Marcelo Gleiser conversou com VEJA sobre a busca por vida em outros planetas. O pesquisador está reunido em São Paulo em encontro que discute a origem da vida na Terra e a existência extraterrestre

Marco Túlio Pires

Gliese 581c

Concepção artística de como seria uma possível manifestação da vida em um dos exoplanetas orbitando a estrela anã Gliese 581, na constelação de Libra (Walter Myers)

Pesquisadores e estudantes do Brasil, Chile, Colômbia, Europa e América do Norte estão reunidos em São Paulo para discutir a origem da vida na Terra e em outros planetas até 20 de dezembro. As discussões fazem parte do encontro Escola Avançada de Astrobiologia, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo e organizada pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo.

Dartmouth College

Marcelo Gleiser

Vida única: "É impossível que dois planetas tenham a mesma história"

O evento foi aberto com a palestra do físico brasileiro Marcelo Gleiser. O pesquisador mora há 20 anos nos Estados Unidos e é professor da Universidade de Dartmouth, onde leciona e pesquisa cosmologia e astrobiologia. Gleiser é também autor de sete livros de divulgação científica, entre eles A Dança do Universo(Companhia das Letras, 24,90 reais, 434 páginas), que trata da questão da origem do universo tanto sob o ponto de vista científico quanto religioso. Em 1998, o livro ganhou o prêmio Jabuti, o mais importante prêmio da literatura brasileira.
Antes da palestra, Gleiser conversou com o site de VEJA sobre a incessante busca por vida em outros lugares do universo e por que essa jornada melhora a compreensão da vida na Terra.
Faz sentido procurar vida fora da Terra? A astrobiologia não pretende estudar somente a vida fora da Terra. Queremos entender a origem da vida aqui no planeta. Apesar de estudarmos outros planetas, um dos pontos focais mais importantes é entender quais foram os mecanismos que permitiram a formação de vida na Terra. É uma espécie de ponte para entender como a vida pode ter surgido em outros lugares.
Os cientistas estão perto de descobrir como a vida surgiu na Terra? Não. A verdade é que ainda não descobrimos e talvez nunca possamos saber exatamente como a vida surgiu aqui.
Por quê? Porque nunca poderemos recriar as condições da Terra há quatro bilhões de anos, quando a vida surgiu. Contudo, podemos estudar os canais bioquímicos viáveis que podem ter levado à autoestruturação de moléculas que chamamos de vida.
O senhor acha que existe vida fora da Terra? A vida existe fora da Terra, não tenho a menor dúvida.
O que o faz pensar isso? As leis da física e da química são as mesmas em qualquer lugar do universo. Só a Via Láctea possui 200 bilhões de estrelas. Cerca de 20% com sistemas planetários e luas. Os números são ridiculamente grandes.
Mas só os números sozinhos não nos dão certeza… Já estamos encontrando planetas que podem ser muito parecidos com a Terra, como o Kepler 22b, anunciado recentemente. Isso quer dizer que a probabilidade é muito alta de que outros planetas possuam uma vida parecida com a nossa.
Esses planetas abrigariam seres inteligentes? Aí é uma questão diferente. Não estou falando de coisas complexas, mas de vida simples parecida com a nossa, baseada em carbono, com uma genética normal de DNA.
E vida complexa? Entendo que a vida se forma em três níveis: simples, complexa e complexa inteligente. A vida simples são os seres unicelulares. Os dinossauros eram complexos, mas não eram inteligentes. A vida inteligente precisa de pulos evolucionários que talvez nunca sejam repetidos.
Como assim? Se outro planeta abrigar vida complexa inteligente, não será primata, dinossauro nem nada do que conhecemos. A história da vida na Terra é única, assim como a história de cada planeta. No nosso caso, houve um asteroide que se chocou com o planeta há 65 milhões de anos e acabou com os animais dominantes, abrindo espaço para outros prosperarem. Essas questões estão ligadas às erupções vulcânicas em massa e tragédias com colisões cósmicas. Essas coisas não se repetem da mesma maneira em dois planetas diferentes. Cada vez que isso acontece, a vida começa de novo. É por isso que não tenho a menor dúvida de que a nossa história é única. Somos únicos no universo.