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Miley Cyrus: Mudança de Atitude (Photos)

 

Por Amanda Gigliotti|Repórter do The Christian Post

Com nova tatuagem e novas atitudes, a polêmica Miley Cyrus tem expressado em entrevistas que não é uma mulher “louca” que foi ao fundo do poço.

Miley, conhecida pelo programa de Hannah Montana, se envolveu em escândalos depois ao aparecer fumando, dançando em mastro e posando na Vanity Fair envolta em um lençol.

Apesar de se declarar cristã, a famosa atriz tem causado polêmica por, entre outras coisas, apoiar o casamento entre homossexuais.

Recentemente, ela fez uma tatuagem do símbolo sagrado do Hinduísmo e diz acreditar em reencarnação.

Estando aos olhos do público, a ex-estrela da Disney é destaque na capa da revista Prestige. Suas últimas declarações mostram um pouco de sua indignação em ser vista como um ‘modelo ruim’ pelos incidentes passados.

“Eu não nenhuma mulher louca que foi ao fundo do poço, porque eu definitivamente não fui”, disse Miley.

Veja abaixo algumas fotos da auto-declarada cristã Miley Cyrus.

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(Foto: Reuters)

Singer Miley Cyrus arrives at the 2011 MTV Video Music Awards in Los Angeles August 28, 2011.

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(Foto: Reuters)

Miley Cyrus chega ao tapete vermelho da 52 edição do Grammy Awards em Los Angeles, 31 de janeiro, 2010.

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(Foto: Reuters)

Miley Cyrus chega no 82 Academy Awards em Hollywood, 7 de Março, 2010.

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Novo planeta semelhante à Terra tem potencial para vida

 

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Astrônomos europeus anunciaram nesta segunda-feira a descoberta de 50 novos planetas fora do Sistema Solar. Entre eles, um que poderia ter água líquida, condição fundamental para o desenvolvimento da vida como a conhecemos.

Batizado de HD 85512b, o novo astro é uma das 16 super-Terras –nome dos planetas com massa entre uma e dez vezes a da nossa Terra– localizadas pelo ESO (Observatório Europeu do Sul).

Situado a 35 anos-luz da Terra, o exoplaneta (nome dado aos astros do tipo fora do Sistema Solar) fica na chamada zona habitável.

"A zona habitável é a distância do planeta à estrela que ele orbita onde há condições de existir água em estado líquido. Isso varia conforme o tamanho e o brilho de cada astro", explica Gustavo Rojas, físico da Universidade Federal de São Carlos e responsável pela divulgação das ações do ESO no Brasil.

Divulgação

Ilustração artística do HD 85512b, planeta localizado fora do Sistema Solar que pode conter água líquida

Ilustração artística do HD 85512b, planeta localizado fora do Sistema Solar que pode conter água líquida

No caso do novo planeta, a estrela é menor e menos brilhante do que o Sol. Por isso, para haver condições que permitam ter vida, ele precisa ter a órbita mais próxima dela. O HD 85512b, no entanto, está quase no limite dessa proximidade. "Ele fica bem perto, no extremo da zona habitável", afirmou Rojas.

Para que o planeta não seja quente demais para a vida, é preciso uma condição especial. Ele tem de ser nublado, com pelo menos 50% do céu coberto de nuvens.

"As nuvens ajudam a refletir a luz solar, e isso auxilia no resfriamento da temperatura", disse o físico.

Mas, para saber como é a composição e a possível atmosfera do planeta recém-descoberto, ainda é preciso esperar. A geração atual de telescópios ainda não consegue captar essas informações.

Na opinião de Rojas, é preciso cautela. "O fato de o planeta estar na zona habitável não significa necessariamente que poderia ter vida. São coisas diferentes, é preciso salientar."

CAÇADOR DE PLANETAS

Os novos exoplanetas foram descobertos pelo espectrógrafo Harps, o descobridor de planetas mais bem-sucedido do mundo.

Ele fica montado em um telescópio de 3,6 metros no Observatório de La Silla, do ESO, no Chile, e já localizou mais de 150 outros planetas.

Como esses astros ficam muito longe da Terra para serem fotografados, os astrônomos usam um método que capta a presença do planeta medindo a ação gravitacional dele sobre sua estrela.

O anúncio dos 50 novos planetas, feito em um congresso científico sobre sistemas solares extremos nos EUA, animou os pesquisadores. Esse é o maior número de planetas desse tipo anunciado de uma só vez.

E, segundo os astrônomos, os números não devem parar de crescer. Se há pouco mais de 20 anos não se tinha certeza de que havia planetas fora do Sistema Solar, agora já há mais de 600 confirmados. E 1.235 fortes candidatos ainda por confirmar.

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Cientista busca pedra fundamental da vida

 

Estrutura primordial pode estar escondida no ribossomo, aponta Ada Yonath, Nobel de Química, durante visita ao Brasil

04 de setembro de 2011 | 0h 0

Alexandre Gonçalves – O Estado de S.Paulo

ENTREVISTA
Ada Yonath, pesquisadora do Instituto Weizmann de Ciências (Israel)

humildade. Para Ada, o Nobel não deve ser visto como um objetivo: 'É uma loteria. Muitos cientistas mereceriam recebê-lo' - Estevam Scuoteguazza/AE

Estevam Scuoteguazza/AE

humildade. Para Ada, o Nobel não deve ser visto como um objetivo: ‘É uma loteria. Muitos cientistas mereceriam recebê-lo’

A pesquisadora Ada Yonath, do Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, procura a estrutura química que serviu como precursora para a vida no planeta. Ela sugere que os vestígios dessa estrutura podem estar dentro do ribossomo – fábrica de proteínas da célula que Ada ajudou a desvendar, rendendo-lhe um Nobel em 2009.Há três semanas, Ada veio ao Brasil a convite da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Falou ao Estado sobre ciência em Israel, financiamento público de pesquisas e seus interesses atuais.

Israel é um país relativamente recente e já possui oito Prêmios Nobel. O Brasil não tem nenhum. Qual é o segredo?

De fato, temos três Prêmios Nobel em Química, um em Economia e outro em Literatura. Vamos tirar dessa conta os três Nobel da Paz (os ex-primeiros-ministros Menachem Begin, Yitzhak Rabin e Shimon Peres), de atuação política. Todos os premiados da área científica foram contemplados nos últimos dez anos. Ou seja, a semente levou 50 anos (desde a criação de Israel) para crescer.

Um tempo curto para uma

árvore grande, não?

Convém lembrar que o povo judeu viveu a diáspora e passou 2 mil anos espalhado pela mundo. Normalmente, não podiam ocupar assentos nos parlamentos, alcançar altas patentes nas Forças Armadas ou possuir grandes propriedades. Até mesmo atividades financeiras sofriam severas restrições em alguns lugares. Restavam os trabalhos intelectuais. Há até uma velha piada sobre a mãe judia que teve trigêmeos. Perguntaram o nome das crianças. "Não sei. Mas posso dizer o que serão: este advogado, aquele médico e, o último, vai tocar o piano." Tornou-se natural que muitos se dedicassem à pesquisa. Quando Israel começou, já contava com ótimos cientistas.

Mas há alguma lição que o

Brasil pode aproveitar?

Creio que faz mais sentido comparar o Brasil à Coreia do Sul ou à China. Além disso, a próxima geração em Israel deve adotar um padrão (de produção científica) mais normal, parecido com o do Brasil. A ciência alimentava os sonhos da minha geração. Os jovens israelenses – que não são piores que nós – vislumbram alternativas muito promissoras em outras áreas também: na política, no Exército, nos negócios… E, vale lembrar, o Nobel não serve para medir a excelência da pesquisa em um país. É uma loteria.

Como assim?

No máximo, são dados três Prêmios Nobel em cada área todo ano. E há milhares de cientistas que mereceriam. Tenho plena consciência de que há muitos, tão bons quanto eu, que não são premiados. Conheço-os pelo nome.

Seu instituto de pesquisa foi escolhido como o melhor instituto para se trabalhar fora dos EUA em julho. O que a sra. acha disso?

No Instituto Weitzmann, há muita liberdade acadêmica e ótimos contatos com pesquisadores de todo o mundo. Normalmente, nós revezamos o primeiro lugar nos rankings com o Instituto Max Planck, na Alemanha, onde também trabalhei. No Max Planck, os recursos para a pesquisa são mais abundantes e estáveis. No Weitzmann, precisamos procurar financiamento em agências de pesquisa. Mesmo o salário dos pesquisadores é mais alto na Alemanha. Mas a satisfação do trabalho não vem só do salário. Se eu tiver dinheiro para levar uma vida decente – sem acumular três empregos – e condições para realizar um bom trabalho, estou tranquila. O ambiente do Weitzmann proporciona isso.

Só um quarto do dinheiro que financia a pesquisa no instituto vem do governo israelense…

Gostaria que mesmo esse um quarto fosse privado. Quando o governo dá dinheiro, dá também regras. A parcela que recebemos do Estado nos obriga, muitas vezes, a funcionar como um órgão governamental. Se quero comprar uma máquina, preciso licitar. Se estou viajando a trabalho e preciso tomar um táxi imprevisto, tenho de escrever uma carta de explicação. Sei que no Brasil é parecido. Como em outras dimensões da vida, também aqui é melhor gozar de independência.

De que modo sua pesquisa está relacionada à origem da vida?

Nós encontramos no ribossomo atual uma estrutura que está completamente conservada em todos os seres vivos – de bactérias a elefantes. Creio que ela é um remanescente do mecanismo primordial que deu origem à vida na Terra. No meu laboratório, estamos tentando reproduzir essa estrutura. Vai nos ajudar a compreender a origem da vida no planeta.

O Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil anunciou que você virá pesquisar no Brasil.

Houve um mal-entendido. Disse só que era uma ideia a se considerar no futuro. Mas sem nenhum plano concreto.

É algo para os próximos anos?

Talvez para este século. Eu ainda sou jovem.

QUEM É

Ada Yonath nasceu em Jerusalém em 1939. Hoje, com 72 anos, trabalha no Instituto Weizmann de Ciências, em Israel. Recebeu o Nobel de Química em 2009 pelos seus estudos sobre a estrutura e a função do ribossomo.