BARCELONA, Espanha, 19 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um padre católico que financiou a realização de abortos em duas meninas novas que estavam sob seus cuidados não sofrerá excomunhão nem sofrerá nenhum tipo de punição, a Arquidiocese de Barcelona declarou ontem no nome do Cardeal Arcebispo Lluís Martínez Sistach.
A arquidiocese também afirma que, para sua decisão, tem o apoio da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, que diz que decidiu em favor do padre em 2009.
Pe. Manel Pousa
O Pe. Manel Pousa, que se gaba de que pagou a realização dos abortos e tem abençoado uniões homossexuais, foi interrogado no mês passado para se apurar se ele havia ganhado uma excomunhão automática ou “latae sententiae” da Igreja Católica.
De acordo com o direito da Igreja, cânon 1398, qualquer um “que realmente solicite aborto incorre numa excomunhão latae sententiae (automática)”. O Papa João Paulo II acrescentou que “A excomunhão se aplica a todos aqueles que cometem esse crime conhecendo a penalidade, inclusive os cúmplices sem cuja cooperação o crime não teria sido produzido”, em sua carta encíclica “O Evangelho da Vida” de 1995.
Contudo, o tribunal designado para examinar o caso concluiu “com certeza apropriada” que “o padre acima citado não incorreu na pena de excomunhãolatae sententiae estabelecida pelo cânon 1398, por não ter estado em acordo com a intenção de solicitar o aborto e por não ter uma cumplicidade principal nos abortos, que foram completamente decididos e executados por duas meninas numa situação econômica muito precária”, de acordo com a diocese.
Pousa afirma que as meninas, cujos abortos foram financiados, teriam de todo jeito assassinado seus bebês em gestação, de modo que ele decidiu “cometer um mal menor para evitar um (mal) maior” e garantir que o aborto fosse feito com segurança. Um argumento semelhante é feito pela Federação Internacional de Planejamento Familiar para justificar a legalização do aborto no mundo inteiro.
Além disso, a arquidiocese também revela que o caso de Pousa já tinha sido levado diante da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), do Vaticano, liderada pelo Cardeal William Levada, em 2009. Depois de sua confissão inicial em 2008 de que ele havia financiado os abortos, a CDF deu como decisão que “este discatério, depois de haver examinado as respostas que foram enviadas, considera que o Rev. Pousa não parece ter incorrido em nenhuma penalidade canônica” de acordo com a arquidiocese, que aponta para a decisão para justificar a sua própria.
Além de sua cooperação nos abortos e uniões homossexuais, Pousa apoia a formação de padres do sexo feminino na Igreja Católica, rejeita o celibato clerical e admite ter uma namorada com quem afirma ter um relacionamento celibatário. No entanto, Pousa foi acusado apenas por sua cooperação no assassinato de dois bebês em gestação, e agora foi inocentado duas vezes. Ele caracteriza aqueles que criticam sua conduta como membros da “extrema direita”.
De acordo com a arquidiocese, o Cardeal Sistach “reitera para Manel Pousa que seu trabalho que ele faz a serviço dos mais pobres e mais marginalizados da sociedade seja feito sempre de acordo com o ensino da Igreja, com sua doutrina social, e respeitando toda vida humana desde sua concepção até sua morte natural”.
Pousa continuará a dirigir uma paróquia na região de Barcelona.
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