Três cristãos foram agredidos e acabaram presos por “incitamento”
Muçulmanos destruíram igreja no Egito, às vésperas do Natal
Uma centena de manifestantes muçulmanos atacaram a igreja copta de al-Amir Tadros, localizada em Gizé, 100 km ao sul da capital Cairo. Além de destruírem o interior do templo, deixaram três cristãos seriamente feridos.
O incidente aconteceu na última sexta-feira (23), às vésperas do Natal. Os muçulmanos saíram da mesquita após as orações e rumaram direto para a igreja. A justificativa do ataque é que o templo cristão instalaria um sino.
Os extremistas entraram na igreja gritando palavras de ordem hostis contra o cristianismo e pediram a demolição do local, afirmou a diocese de Atfih.
A igreja em Gizé funciona no mesmo local há 15 anos, mas ainda luta por uma permissão oficial do Estado. A diocese disse que os cultos são realizados semanalmente e que além da burocracia, existe um preconceito das autoridades, num país onde 90% da população é islâmica.
Uma fonte oficial na Direção de Segurança de Gizé explicou que a igreja foi erguida em 2002 após um acordo entre os líderes muçulmanos e os cristãos da região. Uma das condições é que seria um pequeno prédio para oração, sem exibir cruzes do lado de fora e não poderia ter uma cúpula nem sino.
Os líderes da al-Amir Tadros garantem que não planejavam colocar sino algum e que isso foi um boato, espalhado por islâmicos radicais como desculpa pelo ataque. Eles acreditam que o atentado foi incitado pelo imã da mesquita durante o sermão.
No domingo (25) foram presos alguns islâmicos suspeitos do ataque e também os três cristãos feridos, que são acusados de “incitação”. Com informações Egypt Independent