Pesquisa sobre perseguição religiosa revela que 2.983 cristãos foram mortos por sua fé em 2019
Um dos dados mais alarmantes pesquisados pela Portas Abertas para a formulação da Lista Mundial da Perseguição 2020 é o número de cristãos mortos, presos, violentados, pressionados no mundo.
Foram contados mais de 260 milhões de cristãos que enfrentam algum tipo de hostilidade por professarem sua fé em Jesus.
A pesquisa foi realizada no período de 1º de novembro de 2018 a 31 de outubro de 2019.
Ao todo, 2.983 cristãos foram mortos por sua fé, nos países pesquisados. No ano passado, esse número passou dos 4.300. A razão para a queda é a diminuição do número oficial de cristãos mortos na Nigéria.
Isso se deve ao fato de pastores de cabra fulani, muçulmanos radicais, terem mudado parcialmente de tática.
Em vez de se concentrarem em invadir propriedades e comunidades cristãs, eles agora colocam mais ênfase em sequestros e assassinatos em massa. Apesar disso, o número de cristãos mortos em outros países aumentou, o que significa que a violência contra cristãos no mundo tem aumentado a cada ano.
Grande parte disso se deve a alguns fatores, como:
O número de igrejas atacadas de diferentes formas aumentou consideravelmente, de 1.847 em 2019 para 9.488 este ano.
Isso está especialmente relacionado à ação do regime chinês contra a igreja, onde o número de igrejas violadas, direta ou indiretamente, no período do relatório de 2020 foi de pelo menos 5.576. Outros países também viram um aumento de ataques nas igrejas, mas vale ressaltar que essa é uma estimativa conservadora.
Grande parte do número de cristãos mortos e igrejas atacadas estão em países da África Subsaariana.
O mesmo se aplica a sequestros, abuso físico ou mental, casas ou outras propriedades atacadas e lojas ou negócios atacados. Isso ocorre porque a violência na África Subsaariana está frequentemente ligada a grupos extremistas islâmicos que visam criar instabilidade. Isso também acontece pelos muitos governos enfraquecidos na região.
Para os cristãos que são violentados ou assediados sexualmente, os números apresentados devem ser considerados apenas a ponta do iceberg.
Cabe ressaltar que lideram esta lista quatro países da Península Arábica (Arábia Saudita, Catar, Kuwait e Emirados Árabes Unidos). Isso é especialmente devido à situação das empregadas domésticas africanas e asiáticas em famílias árabes que são vulneráveis a assédio ou abuso sexual. Há poucos dados disponíveis, porque esse tipo de violência ocorre normalmente a portas fechadas.