Por Alison Matheson|Contribuinte do The Christian Post
Traduzido por Amanda Gigliotti
- Duas Igrejas foram incendiadas e pelo menos 12 pessoas foram mortas nos confrontos entre Cristãos Coptas e Muçulmanos no Cairo durante o fim de semana.
(Foto: Reuters / Mohamed Abd El Ghany)
Cristãos olham para a Igreja de Santa Maria, que foi incendiado durante os confrontos entre Muçulmanos e Cristãos no sábado na área densamente povoada de Imbaba no Cairo, 8 de maio de 2011. Primeiro-ministro do Egito convocou uma reunião de emergência do gabinete no domingo, após 10 pessoas terem morrido em choques sangrentos em um subúrbio do Cairo sobre a conversão de uma mulher cristã ao Islamismo.
Batalhas nas ruas irromperam em toda vizinhança do Imbaba, na parte oeste da capital do Egito, depois dos muçulmanos salafistas terem saído para manifestar-se ao lado de fora da Igreja São Menas no sábado à noite.
Os Muçulmanos de linha dura estavam irados com os boatos que uma mulher cristã estava sendo segurada na Igreja porque ela queria converter-se ao Islã e casar-se com homem muçulmano. Os Cristãos negaram o pedido.
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Os salafistas colocaram fogo na frente da Igreja enquanto os Cristãos estavam ainda dentro, e jogaram bombas de gasolina nas casas e lojas.
Cristãos e Muçulmanos começaram a atirar pedras uns nos outros e tiros puderam ser ouvidos. A Igreja vizinha Virgem Maria também foi incendiada.
A polícia de choque se moveu para conter a violência com gás lacrimogênio e deram tiros de advertência para o ar, mas alguns Cristãos dizem que eles não fizeram o suficiente para colocar a situação sob controle.
Misak Gameel, um sacerdote da Igreja São Menas, foi citado pelo jornal britânico The Independent, dizendo: “As portas do inferno não puderam destruir essa Igreja. Nós culpamos o exército e a polícia. Eles não lidaram com os salafistas e bandidos como deveriam.”
Os Cristãos e os Muçulmanos entraram em confronto novamente no centro de Cairo no domingo, atirando pedras uns nos outros. Milhares de jovens cristãos protestaram fora da estação de televisão onde eles exigiam a resignação do líder militar do Egito, Field Marshal Mohamed Hussein Tantawi.
Cerca de 190 pessoas foram presas até o momento ao que os líderes militares do Egito prometeram justiça. Existe a pressão de restaurar a paz rapidamente diante das preocupações de segurança generalizada após a revolução de 25 de janeiro que depôs o presidente Hosni Mubarak.
O primeiro ministro do Egito, Essam Sharaf, cancelou uma visita aos estados do Golfo Arábico para lidar com a situação. Em uma reunião de gabinete, o governo mudou-se para aumentar a segurança ao redor dos sítios religiosos e endurecer as leis relacionadas com os ataques nos lugares de culto.
Ele também prometeu compensação financeira para parentes dos mortos e feridos. Aqueles que foram presos serão julgados em tribunais militares.
A Catedral Copta anunciou três dias de luto no domingo e conduziu orações aos mortos.