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Mãe de santo xinga pastores durante Festival Lula Livre em Recife

Mãe de Santo Elizabeth de Oliveira discursou durante o Festival Lula Livre, em Pernambuco. (Foto: Foto: Douglas Hacknen/Portal de Prefeitura)

Na tarde do último domingo (17), aconteceu no Pátio do Carmo, Centro de Recife (PE), o Festival Lula Livre, que além da presença do ex-presidente Lula, também teve participação de artistas locais, militantes e também representantes de religiões afro, como a mãe de santo Maria Elizabeth de Oliveira, que deu declarações controversas e ofensivas contra líderes evangélicos.

A mãe de santo aproveitou uma oportunidade que teve de pegar no microfone para espaço tecer duras críticas ao atual governo e ofender evangélicos, mandando os pastores “se fo***” e chamando-os de fundamentalistas.

“A gente não cabe nessa caixa fundamentalista, esse baixo clero não pode tomar o nosso país de assalto e fazer, esse, um país fundamentalista. Vá se fod** esses pastores que acham que a gente não tem força e não tem poder. Nós somos a maioria, somos negros, afrodescendentes e mulheres. Vá se fod** a elite branca e escrota deste país”, disse ela.

A Ialorixá é também uma ativista cultural e coordenadora do Ponto de Cultura Coco de Umbigada, em Olinda.

Suas críticas também não pouparam ofensas e palavras xulas quando se referiu ao atual governo Bolsonaro.

“Bolsonaro vá se fod**, a gente não votou, a gente não aceita esse desgoverno que acha que não somos nada. Somos mulheres do Nordeste negras e indígenas. Vá se fod** ele com essas mulheres ricas e brancas que não sabem o que é luta e não sabem o que é sustentar filhos”, acrescentou ela, conforme pode ser visto no vídeo abaixo (atenção: o vídeo contém palavras de baixo calão).

Em seu discurso, Lula ressaltou o “drama” que vivenciou estando pouco mais de 580 dias em uma cela no prédio da Superintendência Regional da PF no Paraná, em Curitiba, que apesar de certos “privilégios” quando comparada a outras celas comuns, foi chamada por ele de “solitária”.

O ex-presidente também reforçou declarações anteriores que deu na época em que foi preso, lembrando que ele deixou de ser “apenas o Lula”, mas sim “uma ideia já assumida pelo povo brasileiro”.

Fonte: Guia-me

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Cultos

A hora do STF

Trânsito em julgado, no Brasil, é o outro nome da impunidade

(Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

As prisões sempre se deram em primeira instância no Brasil. A segunda instância passou a valer a partir de 1973, com a Lei Fleury, da ditadura, imposta para livrar da cadeia o delegado e torturador Sérgio Paranhos Fleury. Um jeitinho para proteger um poderoso de então. Privilégio. Decisão sob medida.

Essa regra foi interrompida pela Corte em 2009. Ao julgar um habeas corpus, o plenário entendeu, por 7 votos a 4, que a execução da pena só podia ser iniciada após o trânsito em julgado. O País assistia ao julgamento do mensalão. Figurões da República, envolvidos num escandaloso e capilar esquema de corrupção e compra votos, corriam o risco de ir para xilindró. Coincidentemente, caiu a prisão após condenação em segunda instância. Privilégio. Decisão sob medida.

Em plena Operação Lava-Jato, o STF voltou à prisão em segundo instância, com um placar apertado de 6 a 5. Desde então, houve várias tentativas para que o STF reabrisse a questão. Boa parte delas com um objetivo obsessivo: obter a soltura do ex-presidente Lula. E, por óbvio, abrir os cadeados que incomodam os criminosos que dilapidaram dinheiro público.

Cresce, agora, a possibilidade real da consagração da plena, completa e total impunidade. E a palavra mágica, o eufemismo elegante, a senha para abertura das cadeias é a famosa “presunção de inocência”. O princípio, sem dúvida importante, tem sido instrumentalizado para justificar o pulo do gato: soltar a turma do andar de cima. Privilégio. Decisão sob medida. Mais uma vez.

Será, amigo leitor, que a execução da pena após decisão de segunda instância macula a presunção de inocência? A resposta é não.  Na verdade, com o julgamento em segunda instância, encerra-se a análise das provas.

As chamadas terceira e quarta instâncias – Superior Tribunal de Justiça (STJ) e STF –  apenas analisam questões de direito. Não havendo mais possibilidade de reavaliação probatória, não cabe dizer que há ainda inocência a ser presumida. A presunção de inocência não pode ser expandida a ponto de comprometer o bem comum e favorecer políticos corruptos e o crime organizado.

Como salientou editorial do jornal O Estado de S. Paulo, deve-se “respeitar, como é lógico, o direito ao duplo grau de jurisdição. Antes de iniciar o cumprimento da pena, todos têm direito a que um órgão colegiado avalie a correção da sentença de primeiro grau. Mas não há direito subjetivo a um terceiro ou quarto graus de jurisdição. E isso não significa que a Justiça seja autoritária”. Quer dizer, por mais que o ex-presidente Lula tente posar de prisioneiro político, injustiçado e perseguido, o empenho não cola.

Por trás dos malabarismos do juridiquês, temos um grande embate não apenas jurídico e político, mas sobretudo moral. A Operação Lava-Jato mostrou um completo sistema, estruturado nos setores público e privado, para roubar dinheiro público.

Os avanços da Lava-Jato provocaram a reação em diversas frentes. Culminou com a tentativa de desmoralizar a operação e o juiz Sergio Moro com base nas conversas grampeadas de integrante da operação. Tentam, desesperadamente, usar os pretensos diálogos para pedir a nulidade da operação. Como bem salientou Carlos Alberto Sardenberg, “precisam procurar algo fora do processo para tentar desmontá-lo”. Não conseguirão.

Na verdade, a possibilidade concreta de cadeia, consequência da condenação em segunda instância, acionou, à direita e à esquerda, o alerta vermelho no submundo da cultura da corrupção. Por trás dos embargos e recursos dos advogados, ferramentas legítimas do direito de defesa, o que se oculta é um objetivo bem determinado: a prescrição. Trânsito em julgado, no Brasil, é o outro nome da impunidade.

A corrupção é, de longe, uma das piores chagas do organismo nacional. E a impunidade é a vitória das trevas. Ela mata o presente e sequestra o futuro. Esperemos, todos, que o Supremo Tribunal Federal, sobretudo seu presidente, ministro Dias Toffoli, não decida na contramão da cidadania. A prisão após o recurso em segundo grau pode mudar a cara do Brasil.

Fonte O livre

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Cultos

Caio Fábio pode ser chamado para depor sobre Lula, na operação Lava Jato

  Folhagospel
Caio Fábio
Caio Fábio

Nesta sexta-feira (8), o site O Antagonista informou que integrantes do Ministério Público Federal (MPF) poderão chamar o pastor Caio Fábio para depor no âmbito da operação Lava Jato caso o acordo de delação do ex-ministro do PT, Antonio Palocci avance.

Em 2015, o pastor afirmou que o ex-ditador líbio Muamar Kadafi teria um total de US$ 35 milhões para repassara o ex-presidente Lula.

A notícia vem após a revista Veja revelar, em sua edição desta semana, um trecho da delação de Palocci, afirmando que Lula teria recebido US$ 1 milhão de Kadafi para sua campanha eleitoral em 2002. Lula foi o vencedor do pleito naquele ano.

No vídeo abaixo, o pastor Caio Fábio detalha suas relações com o ex-presidente Lula com quem conviveu por 10 anos. De acordo com o pastor, Lula disse que tinha US$ 35 milhões dados por Kadafi que precisavam ser trazidos para o Brasil, e que para isso precisaria de sua ajuda.

Ele afirmou ainda que o ex-presidente lhe pediu um dossiê contra políticos do PSDB, chamado de “Dossiê Cayman”. O documento acabou sendo provado como falso. Em maio de 2017, o pastor Caio Fabio chegou a ser detido devido ao documento, mas foi solto alguns dias depois.

Muamar Kadafi governou a Líbia por 41 anos até ser capturado, em 2011, e morto. Sua prisão aconteceu durante a Primavera Árabe, uma onda de manifestações e protestos no Oriente Médio e norte da África.