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Dois pastores da Igreja Universal são presos com R$ 50 mil após fuga de blitz da Polícia Militar

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 16 de julho de 2015

Dois pastores da Igreja Universal são presos com R$ 50 mil após fuga de blitz da Polícia MilitarDois pastores da Igreja Universal do Reino de Deus foram presos com R$ 50 mil durante umablitz de trânsito na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo, na última terça-feira, 14 de julho.

A Polícia Militar desconfiou da dupla, que trafegava em um VW Gol e, ao avistar a fiscalização, arrancou bruscamente e empreendeu fuga, desobedecendo ao comando de parada dos policiais.

A fuga dos pastores deu início a uma perseguição pelas ruas do centro da cidade, e a Polícia só conseguiu pará-los quando chegaram à rodovia Euclides da Cunha, já na periferia de Votuporanga.

O trajeto do local da blitz até a rodovia tem aproximadamente 10 quilômetros e a perseguição levou cerca de 20 minutos, de acordo com informações do Diário da Região.

Os pastores, que têm 45 e 25 anos respectivamente, não tiveram sua identidade divulgada pelos policiais, mas foram descritos como pastores da Igreja Universal. Encaminhados ao Plantão Policial, os dois foram indiciados por direção perigosa e após prestarem depoimento foram liberados.

Agora, com a instauração do inquérito, o delegado Rossini irá investigar a origem do dinheiro. Se comprovado que os valores são referentes aos dízimos e ofertas dos membros da denominação, os valores poderão ser devolvidos à Universal. Os representantes da igreja não quiseram se manifestar sobre o curioso caso.

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Igreja Universal se posiciona contra o Ensino Religioso em escolas públicas durante audiência do STF

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 17 de junho de 2015
Igreja Universal se posiciona contra o Ensino Religioso em escolas públicas durante audiência do STFA Igreja Universal do Reino de Deus se manifestou contra o Ensino Religioso nas escolas públicas do Brasil, durante audiência pública realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar do tema.A denominação fundada pelo bispo Edir Macedo era uma das representantes religiosas que participaram da audiência, presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso.“O entendimento foi transmitido pelo bispo Domingos Siqueira, indicado pela Universal para representar a instituição, atendendo a convite do ministro Luís Roberto Barroso, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4439, ajuizada pela Procuradoria Geral da República (PGR), e que questiona o ensino religioso confessional – aquele vinculado a uma religião específica nas escolas da rede oficial de ensino do País”, disse a denominação em nota publicada em seu site.

Renato Gugliano Herani, advogado da Universal que também participou da audiência, afirmou que a denominação “tem o firme posicionamento no sentido da ausência do ensino religioso como disciplina nas escolas públicas, especialmente de oferta obrigatória, isso porque preza pelo pleno respeito à laicidade – a separação entre igreja e Estado prevista em nossa Constituição Federal”.

Mais à frente em seu discurso, o advogado destacou que “a Universal vê com preocupação o ensino religioso nas escolas públicas, pois o Estado não está devidamente preparado para assegurar a sua realização com igualdade para todas as religiões e crenças”.

A Constituição Federal prevê o Ensino Religioso de forma facultativa, e dentro dessa condição, Herani – falando em nome da Universal – sugeriu que este “deve ser sobre religião, e não da religião”.

De acordo com a assessoria de imprensa do STF, o ministro Barroso considera que há três valores constitucionais em questão: a liberdade religiosa, o Estado laico e a previsão constitucional expressa de que haja ensino religioso nas escolas públicas.

Barroso esclareceu que o questionamento feito na ADI restringe-se às escolas públicas, o que não impõe nenhuma interferência com instituições privadas, que continuarão podendo ministrar livremente ensino religioso confessional a quem procurá-las.

“O mundo pós-moderno ainda conserva a religião como expressão cultural importante, e mais de 90% das pessoas, em pesquisas, reconhecem professar algum credo ou, pelo menos, acreditar em alguma divindade. A maior parte das pessoas acredita numa dimensão transcendente na vida. Portanto, a nossa discussão aqui não é acerca da importância da religião no mundo contemporâneo, porque esta é inequívoca. Tivemos aqui uma mostra de todos os pensamentos que há na sociedade brasileira, majoritários e minoritários”, comentou Barroso, acrescentando que a audiência pública foi de grande valia para a formação de sua decisão sobre o caso: “Pessoalmente saio daqui muito mais capaz de equacionar as questões tratadas no processo do que antes da audiência”. veja os vídeos:aqui

 

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Jornalista homossexual vai à Igreja Universal atrás da cura gay: “Me senti um peixe na chapa quente”

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 20 de maio de 2015
Jornalista homossexual vai à Igreja Universal atrás da cura gay: “Me senti um peixe na chapa quente”A chamada “cura gay” envolve polêmicas de todos os lados. Para quem é homossexual, o termo pode sugerir que existam pessoas que acreditam que são doentes. Para quem não é, o termo soa um menosprezo à inteligência alheia, pois sugere que aqueles que não concordam com a homossexualidade, assim pensam porque acreditam que é uma doença.

O jornalista Felippe Canale, do site Vice (voltado ao público gay) escreveu uma matéria sobre a chamada “cura gay”, e como forma de entender o que acontece nas igrejas neopentecostais, foi a uma reunião da Igreja Universal do Reino de Deus.

“Resolvi ir […] e averiguar se existe mesmo uma cura e quanto ela custa. Confesso que fiquei meio apreensivo. Eu já fiz matérias em que abordei prostitutas, garotos de programa e moradores de rua, mas nunca havia ficado tão tenso quanto naquela visita à igreja. Acabei bebendo umas doses de whisky para tentar relaxar”, escreveu Canale.

Ao chegar à igreja, disse ter pedido “proteção ao meu deus” e tentado entrar de maneira discreta: “As minhas tatuagens nos braços e na nuca, ou talvez o meu cabelo moicano, chamaram a atenção dos fiéis e, ao invés de me sentir um peixe fora d’água, me senti um peixe na chapa quente, sendo fritado por olhares que me diziam que eu não pertencia àquele lugar. Me sentei em uma fileira da frente, pois queria ser visto e poder avaliar melhor como as coisas funcionavam ali”, relatou.

A estratégia do jornalista era obter uma impressão mais próxima da realidade, sem se apresentar como repórter: “Eu estava decidido a falar com o pastor após o culto, só não sabia direito como faria isso sem que ele percebesse que eu estava ali em busca de uma reportagem”, contou. A oportunidade, segundo ele, surgiu no momento em que o pastor começou a pedir contribuições.

“Peguei a fila indiana que se formou e abri a carteira enquanto andava junto com outras pessoas. Só então percebi que tinha apenas uma nota de R$ 50,00 e mais nada. ‘Como sou estúpido’, pensei. Mas já era tarde, fiquei constrangido de voltar ao meu lugar sem mostrar o valor da minha fé. Ao colocar a nota em cima da Bíblia me senti um pouco mal, mas fui incentivado pelo pastor, que me olhou com um sorriso largo e fez um sinal de que queria falar comigo após o culto. Bingo! Consegui chamar a sua atenção sem precisar abordá-lo. De estúpido passei a me sentir sortudo! Pelo que vi, a maior contribuição do dia havia sido a minha e talvez isso tenha chamado a atenção dele”, afirmou o jornalista.

Na sequência da reportagem, Felippe Canale reproduz um diálogo em que ele finge intenções e o pastor, de acordo com a doutrina que prega, sugere ações:

“Após o culto e com a igreja quase vazia, eu subi no palco e recebi um aperto de mão acompanhado de uma voz suave:

– Você está aflito, não é mesmo? Eu percebi assim que você entrou por aquela porta. Como Jesus pode lhe ajudar?

– Padre, eu vim aqui…

– Não sou padre, sou pastor!

– Desculpe, é a primeira vez que eu venho e não sei direito…

– Não tem problema, estou aqui como um instrumento de Deus. Pelo seu hálito eu vejo que você tem problemas com o álcool, certo?

– Não, não tenho… Quer dizer, eu bebi um pouco antes de vir para cá, eu estava meio tenso.

– Fique tranquilo! Para tudo há uma solução e isso só depende da sua fé. Pode abrir o coração e dizer o que te aflige.

– Bom, eu vou ser direto. Eu tenho uma namorada, mas às vezes eu pratico a homossexualidade. E isso não deixa o meu pai feliz. Ele está muito doente, à beira da morte já, mas eu quero que ele morra sentindo orgulho de mim. Por isso eu procurei vocês. Eu tenho um irmão que usava cocaína e só conseguiu se curar na igreja. E eu acredito que Deus possa me curar também.

– O seu irmão frequenta a Universal de qual cidade? Você sabe o nome do pastor?

– Não sei o nome do pastor, mas sei que é no interior de São Paulo, ele mora lá. Posso perguntar pra ele…

– Entendo. Bom, você veio ao lugar certo. O homossexualismo é condenado pela Bíblia e não é um comportamento digno de quem tem Jesus no coração. Às vezes o diabo vem na forma de um amigo que te leva para o mau caminho, aí você se sente culpado e desconta no álcool. Mas se você realmente está disposto a entregar a sua vida para Jesus…

– Eu estou sim, vou fazer tudo que for necessário. Eu só preciso saber se realmente é possível deixar de ser gay. O senhor conhece alguém que já tenha se curado?

– Ninguém nasce gay, a pessoa passa a ser gay quando o diabo encosta na vida dela. Ser gay é anormal, ninguém é feliz dessa forma, porque sempre há o sentimento de culpa. Se fosse algo normal, todo mundo seria gay e não haveria mais famílias. É exatamente por isso que você se sente tão culpado, bebe e tem nojo do seu comportamento. Estou certo?

– Sim.

– Eu vejo nos seus olhos que você tem fé e Jesus vai tocar o seu coração através da oração que vou fazer para você. Se levante, por favor.

Foi aí que o pastor colocou as duas mãos na minha cabeça e começou a mexê-la de um lado para o outro, me causando um pouco de tontura. Fiquei meio constrangido, pois ainda havia algumas pessoas na igreja e ele gritava enquanto orava: ‘Jesus tem poder, Jesus é mais forte e eu ordeno que o diabo saia do seu corpo. Queima, capeta! Queima, pomba-gira! Queima, Iemanjá! Queima, demônio do homossexualismo! Esta alma é de Jesus e você não pode nada contra nós!’ […] Senti vontade de chorar, tanto que fiz isso na frente do pastor e de quem estava em volta. Ele perguntou se eu me sentia melhor após a oração e eu falei que sim, inclusive, que estava chorando de felicidade e alívio”, relatou o repórter.

Talvez esse diálogo explique porque a sociedade construiu o estereótipo de que acreditar que a homossexualidade é pecado seja o mesmo que odiar o homossexual. Talvez seja necessário um ajuste do discurso e da prática àquilo que o Evangelho sugere, de verdade.