Categorias
Ciência

Pastor fala sobre transplante de coração de porco: ‘Pode colocar em risco o genoma humano’

Para o líder batista, mesmo que o xenotransplante seja visto como promissor, ele considera como algo ameaçador.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS E CNN
Porcos são geneticamente modificados para extração de órgãos para humanos. (Foto: Wayne/Flickr)
Porcos são geneticamente modificados para extração de órgãos para humanos. (Foto: Wayne/Flickr)

Para o teólogo Albert Mohler, presidente do Seminário Teológico Batista do Sul, a cirurgia vista como um “divisor de águas” para a medicina moderna — que transplantou um coração de porco para um humano — é mais ameaçadora do que promissora quando vista sob um olhar bíblico.

“Estamos falando de xenotransplante, ou seja, o transplante de uma espécie para outra. Estamos falando de algo que é realmente ameaçador, mesmo que pareça promissor”, alertou.

“A parte ameaçadora vem do fato de que quando você está falando sobre espécies diferentes, você está falando sobre diferentes genomas, diferentes estruturas genéticas”, apontou.

Sobre o transplante do coração de porco

cirurgia experimental que ocorreu no dia 7 de janeiro, nos Estados Unidos, que salvou a vida de David Bennett, 57, no Centro Médico da Universidade de Maryland, até agora foi considerada como bem sucedida, embora o paciente esteja em observação.


Dr. Bartley Griffith e o paciente, David Benett, que recebeu um transplante de coração de porco. (Foto: Divulgação/University of Maryland) 

Os médicos deram a ele o coração de porco “geneticamente modificado”. Esse é justamente o detalhe que preocupa o pastor Mohler. A mudança genética colaborou para que o corpo de Bennet não rejeitasse o novo órgão.

“Até o mundo secular reconhece o perigo de transmitir traços geneticamente alterados”, ele escreveu.

“O ser humano foi feito à imagem de Deus”

Conforme reforça o pastor: “O ser humano não é apenas um mamífero mais desenvolvido do que o porco, o ser humano foi feito à imagem de Deus”, escreveu em seu blog.

Para Mohler, se essas diferenças não são levadas em conta e se são superadas até nas questões éticas, apenas para que as pessoas tenham órgãos de porcos “realmente é um divisor de águas”, mas não é positivo como muitos acreditam ser.

Por outro lado, é diferente a visão das pessoas que estão à frente dessa batalha há anos, tentando resolver a questão da escassez de órgãos para salvar milhares de vidas, que aguardam em enormes filas, para realização de um transplante.

Como no caso do Dr. Muhammad Mohiuddin, diretor científico do programa de transplante de animais para humanos da Universidade de Maryland. “Se isso funcionar, haverá um suprimento infinito desses órgãos para pacientes que estão sofrendo”, ele disse.


Dr. Muhammad Mohiuddin. (Foto: Captura de tela/University of Maryland School of Medicine)

O líder batista adverte contra a ciência médica que está colocando em perigo o genoma humano. “Não há uma proibição bíblica clara contra a ideia de usar tecidos ou órgãos animais”, disse ao exortar, ao mesmo tempo, que pelo entendimento bíblico, não é correto colocar o genoma humano em risco.

“Isso prejudicaria as gerações futuras”, disse ainda. “Oramos para que o Sr. Bennett fique bem, mas também oramos para que nossa sociedade pense sobre isso tudo e sobre o que está em jogo. “Precisamos pensar sobre o que ‘pode’ ser feito e o que ‘deve’ ser feito. São duas questões muito diferentes”, ele resumiu.

E a proteção aos animais?

Quando se fala em xenotransplante, há mais questões éticas em jogo. Além dos riscos para o paciente, existe também a questão do genoma humano, a dúvida sobre estar violando o projeto de Deus e também tem a questão dos animais.

A cirurgia feita em Bennet com o coração de porco reacendeu o debate sobre o uso de animais para transplantes humanos. A prática é severamente criticada por grupos de direitos dos animais.

De acordo com uma reportagem da BBC News, a People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), condenou o transplante de coração de porco de Bennett como “antiético, perigoso e um tremendo desperdício de recursos”.

“Os animais não são galpões de ferramentas para serem invadidos, mas seres complexos e inteligentes”, disse a PETA. Os ativistas dizem que é errado modificar os genes dos animais para torná-los mais parecidos com os humanos.


Momento da cirurgia para o transplante de coração de porco. (Foto: Divulgação/University of Maryland)

Cientistas alteraram 10 genes no porco cujo coração foi usado para o transplante de Bennett para que não fosse rejeitado por seu corpo. O porco teve seu coração removido na manhã da operação.

Um porta-voz do Animal Aid, um grupo de direitos dos animais com sede no Reino Unido, disse que se opõe à modificação de genes animais ou xenotransplantes “em qualquer circunstância”.

“Os animais têm o direito de viver suas vidas, sem serem geneticamente manipulados com toda a dor e trauma que isso acarreta, apenas para serem mortos e seus órgãos extraídos”, disse a organização.

Alguns ativistas estão preocupados com os efeitos desconhecidos a longo prazo por conta da modificação genética realizada para os procedimentos.

Categorias
Ciência

TikTok induz crianças a bloqueadores de puberdade e cirurgias trans, alertam ativistas

Especialistas revelam que o TikTok tem parceria com um grupo LGBT que promove material com temática transgênero, a fim de normalizar o uso de drogas experimentais e procedimentos cirúrgicos.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST
Adolescente no celular. (Foto: Verkeorg/Flickr)
Adolescente no celular. (Foto: Verkeorg/Flickr)

Especialistas alertam sobre os riscos de permitir que as crianças usem o TikTok sem a supervisão dos pais. Isso porque elas sofrem influência dos jovens que estão sendo seduzidos a tomar bloqueadores de puberdade experimentais.

Além disso, existe um grande número daqueles que se submetem a cirurgias eletivas que removem partes essenciais do corpo, em nome da transideologia.

De acordo com uma análise recente do Daily Mail, os vídeos do TikTok com a hashtag #Trans foram visualizados 26 bilhões de vezes.

Conteúdo e características dos vídeos

Os vídeos apresentados pelos jovens documentam de forma divertida e despreocupada os vários estágios que eles passam após a realização de cirurgias irreversíveis e como eles são transformados após o uso de hormônios experimentais.

Vale ressaltar que a vida real é bem diferente do que eles mostram através das câmeras. O Guiame já publicou várias notícias de adolescentes que se arrependeram da mudança de sexo após “dignósticos incertos” de disforia de gênero.

Conforme o Christian Post, pais e mães no Reino Unido estão cada vez mais preocupados com o fato de o aplicativo alimentar e atrair jovens vulneráveis ​​a se identificarem com o sexo oposto e, potencialmente, por uma vida inteira de repercussões prejudiciais.

Públicos do Tik Tok

Os próprios números do TikTok revelam que mais de 25% dos usuários com idades entre 15 e 25 e crianças entre 4 e 15 anos usam o serviço por 69 minutos por dia, em média.

Grupos críticos do transgenerismo dizem que a proliferação da ideologia nas redes sociais coloca os jovens em sério risco, já que a ideologia tem sido promovida como a última tendência.

Stephanie Davies-Arai, da Transgender Trend, disse que o TikTok é “extremamente influente e está cheio de vídeos que retratam a transição médica como algo legal e radical”.

“Gênero visto como a nova rebelião”

Davies-Arai fez um alerta e disse que “o gênero é visto como a nova rebelião” e que “essas plataformas de mídia social que promovem a transição médica devem incluir um aviso nesse material”.

Em um e-mail para o Christian Post, na segunda-feira (27), a blogueira investigativa Jennifer Bilek, que escreve no “The 11th Hour”, disse que documentou amplamente como o ativismo transgênero está ligado ao complexo médico-industrial.

Ela explica que a tecnologia tem crescido e que o público precisa perceber isso. “A tecnologia tem o poder de influenciar a todos, principalmente as crianças, de maneiras que elas nem percebem”, disse.

Segundo a blogueira, os profissionais de marketing da Internet estão usando esse poder “para nos vender insatisfação com nós mesmos e a cura para essa insatisfação”.

As crianças estão menos preparadas do que os adultos para perceber o que está acontecendo com elas, especialmente quando o marketing está acontecendo em seus próprios canais de mídia social.

“Não podemos controlar o acesso das crianças a todos os meios de comunicação tradicionais, mas é nossa responsabilidade, como adultos, protegê-los de marqueteiros predatórios em suas plataformas de tecnologia”, explicou Bilek.

Cirurgias mutiladoras

“Que crianças possam ser expostas a propagandas de cirurgias mutiladoras de sexo 26 bilhões de vezes é incompreensível”, protestou.

Bilek alerta que a nova realidade é que as crianças estão sendo induzidas ao desejo de passar por cirurgias mutiladoras como se isso fosse algo realmente incrível e satisfatório para suas vidas.

“A ideia tem sido comercializada e eles estão comprando essa ilusão, como um remédio para todos os males e angústias típicas dos adolescentes”, ela acrescentou.

Até mesmo Kate Harris da LGB Alliance — um grupo de dissidentes lésbicas, gays e bissexuais, formado em parte por causa da oposição à ideologia trans e ao ativismo nas políticas do grupo LGBT Stonewall — expressou preocupação com milhões de crianças empolgadas, ​assistindo a esses vídeos.

“Não é coincidência que o crescimento do TikTok coincida exatamente com o crescimento exponencial de crianças apresentando disforia de gênero”, disse Harris, observando que alguns dos vídeos na plataforma são “profundamente assustadores”.

“Não envolva seus pais”

Harris explica que a mensagem é frequentemente: “Não envolva seus pais”, como se eles realmente tivessem independência para tomar decisões como passar por uma cirurgia tão agressiva.

“Esses vídeos levam as crianças desta geração a acreditar que é fácil mudar de sexo e que isso é a resposta para todos os seus problemas”, citou.

Recentemente, foi anunciado que a plataforma de vídeo estava formalmente em parceria com o Stonewall — grupo de direitos LGBT mais proeminente nos EUA — que busca promover material com temática transgênero.

Um porta-voz do TikTok disse ao Daily Mail: “Estamos honrados que a comunidade LGBTQ+ tenha abraçado o TikTok desde os nossos primeiros dias, como uma plataforma para autoexpressão, educação, construção de comunidade e alegria”.

Parceria do TikTok com o grupo de direitos LGBT

Outro porta-voz da Stonewall comentou que o conteúdo “permite que jovens LGBTQ + saibam que não estão sozinhos em suas experiências”.

A análise do Daily Mail dos dados sobre a normalização de tomar drogas experimentais e passar por cirurgia trans vem na sequência de uma publicação proeminente que mostra os procedimentos cirúrgicos transgêneros mais radicalmente invasivos.

Em sua edição mais recente, a revista New York trouxe como matériad e capa um artigo sobre a jornada do jornalista Gabriel Mac, uma mulher que relatou abertamente suas extensas lutas psicológicas durante a faloplastia, uma operação que removeu camadas de tecido e gordura de sua coxa para construir um pênis falso.

Mac foi fotografada vestindo apenas roupas íntimas Calvin Klein com a cicatriz cirúrgica na perna claramente visível. O artigo, intitulado “My Penis, Myself” detalha a operação como um passo necessário para que ela se sinta completa em sua identidade escolhida.

Diagnósticos de disforia de gênero eram raros 

Até anos recentes, os diagnósticos de disforia de gênero eram extremamente raros e vistos quase exclusivamente em meninos pré-púberes.

Hoje, os adolescentes pós-puberdade são o grupo demográfico predominante, e o tipo de disforia de gênero que relatam ter experimentado não é tradicional, mas é, de acordo com a pesquisadora de saúde pública Lisa Littman, “o resultado de um contágio de pares amplamente alimentado pela internet”, resumiu.

Categorias
Artigos Ciência

Os chatbots mais recentes são capazes de ‘ressuscitar’ os mortos

 

Por Julio Batista

Créditos: Valery Brozhinsky / Getty Images.

Por Edina Harbinja, Lilian Edwards e Marisa McVey
Publicado no The Conversation

Foi recentemente revelado que, em 2017, a Microsoft patenteou um chatbot que, se construído, ressuscitaria digitalmente os mortos. Usando IA e aprendizado de máquina, o chatbot proposto traria nossa persona digital de volta à vida para nossa família e amigos conversar.

Quando pressionados sobre a tecnologia, os representantes da Microsoft admitiram que o chatbot era “perturbador” e que atualmente não havia planos de colocá-lo em produção.

Ainda assim, parece que as ferramentas técnicas e os dados pessoais estão disponíveis para tornar possíveis as reencarnações digitais. Os chatbots de IA já passaram no “Teste de Turing“, o que significa que eles enganaram outros humanos fazendo-os pensar que também são humanos.

Enquanto isso, a maioria das pessoas no mundo moderno agora deixa para trás dados suficientes para ensinar programas de IA sobre nossos estilos, hábitos e históricos de conversação. Duplos digitais convincentes podem estar beeem próximos.

Mas atualmente não há leis que regem a reencarnação digital. Seu direito à privacidade de dados após sua morte está longe de estar definido por lei e, atualmente, não há como você optar por não ser ressuscitado digitalmente. Essa ambiguidade legal abre espaço para que empresas privadas transformem seus dados em chatbots depois que você morrer.

Nossa pesquisa examinou a questão legal surpreendentemente complexa sobre o que acontece com seus dados depois que você morre. No momento, e na ausência de legislação específica, não está claro quem pode ter o poder máximo para reutilizar sua persona digital após seu corpo físico estar jazendo.

O chatbot da Microsoft usaria suas mensagens eletrônicas para criar uma reencarnação digital à sua semelhança depois que você falecer. Esse chatbot usaria o aprendizado de máquina para responder às mensagens de texto, da mesma forma que você faria quando estava vivo. Se acontecer de você deixar para trás dados de voz ricos de qualidade, quantidade e informação, eles também podem ser usados ​​para criar sua semelhança vocal – alguém com quem seus parentes possam falar, por meio de um telefone ou de um robô humanoide.

A Microsoft não é a única empresa a ter demonstrado interesse na ressurreição digital. A empresa de IA Eternime construiu um chatbot habilitado por IA que coleta informações – incluindo geolocalização, movimento, atividade, fotos e dados do Facebook – que permite aos usuários criar um avatar de si mesmos para viver depois que eles morressem. Pode ser apenas uma questão de tempo até que as famílias tenham a opção de reanimar parentes mortos usando tecnologias de IA, como a da Eternime.

Se os chatbots e hologramas do “além” se tornarem comuns, precisaremos elaborar novas leis para governá-los. Afinal, parece uma violação do direito à privacidade ressuscitar digitalmente alguém cujo corpo está sob uma lápide onde se lê “descanse em paz”.

Corpos em binário

As leis nacionais são inconsistentes sobre como seus dados são usados ​​após sua morte. Na União Europeia, a lei sobre privacidade de dados protege apenas os direitos de quem vive. Isso deixa espaço para os Estados membros decidirem como proteger os dados dos mortos. Alguns, como Estônia, França, Itália e Letônia, tem leis sobre dados post mortem. As leis de proteção de dados do Reino Unido, não.

Para complicar ainda mais as coisas, nossos dados são controlados principalmente por plataformas online privadas, como Facebook e Google. Este controle é baseado nos termos de serviço que assinamos quando criamos perfis nessas plataformas. Esses termos protegem ferozmente a privacidade dos mortos.

Por exemplo, em 2005, o Yahoo! recusou-se a fornecer detalhes de login da conta de e-mail para a família sobrevivente de um fuzileiro naval dos EUA morto no Iraque. A empresa argumentou que seus termos de serviço foram elaborados para proteger a privacidade da marinha. Um juiz acabou ordenando que a empresa fornecesse à família um CD contendo cópias dos e-mails, abrindo um precedente legal no processo.

Algumas iniciativas, como o Inactive Account Manager do Google e o Legacy Contact do Facebook, tentaram resolver o problema dos dados post mortem. Eles permitem que usuários vivos tomem algumas decisões sobre o que acontece com seus dados depois que morrem, ajudando a evitar batalhas judiciais complexas sobre os dados de pessoas mortas no futuro. Mas essas medidas não substituem as leis.

Um caminho para uma melhor legislação de dados post mortem é seguir o exemplo da doação de órgãos. A lei de “autoexclusão” da doação de órgãos do Reino Unido é particularmente relevante, pois trata os órgãos dos mortos como passíveis de doação, a menos que a pessoa tenha especificado o contrário quando estava viva. O mesmo esquema de exclusão pode ser aplicado aos dados post mortem.

Esse modelo pode nos ajudar a respeitar a privacidade dos mortos e os desejos de seus herdeiros, ao mesmo tempo em que considera os benefícios que podem surgir dos dados doados: que os doadores de dados podem ajudar a salvar vidas, assim como fazem os doadores de órgãos.

No futuro, as empresas privadas podem oferecer aos membros da família uma escolha angustiante: entregar seu ente querido à morte ou, em vez disso, pagar para revivê-lo digitalmente. O chatbot da Microsoft pode ser perturbador demais para aceitar, mas é um exemplo do que está por vir. É hora de escrevermos as leis para governar essa tecnologia.