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Indignos de adotar: O Cristianismo virou doença infeciosa?

Enviado por Júlio Severo

Chuck Colson

4 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Por 15 anos, Owen e Eunice Johns trabalharam como pais adotivos para as crianças da Inglaterra. As assistentes sociais os elogiavam como “gente amável e hospitaleira” que “respondem de modo sensível” às crianças.

Mas o Supremo Tribunal de Londres acabou de decidir que os Johnses são indignos de ser pais adotivos.

O motivo: os Johnses são cristãos dedicados, e suas opiniões sobre a homossexualidade podem prejudicar as crianças sob seus cuidados. Esse parecer ecoa o parecer da Comissão de Igualdade e Direitos Humanos da Inglaterra, que, de acordo com o jornalDaily Mail, afirmou que as crianças adotivas corriam o risco de serem “infectadas” pelas convicções cristãs dos Johnses.

O caso ocorreu quando os Johnses se reinscreveram na Municipalidade de Derby para adotar crianças depois de darem um intervalo. Mas em vez de recebê-los de volta de braços abertos, as assistentes sociais expressaram preocupação de que as convicções do casal estivessem violando a nova Lei de Igualdade, que protege os direitos dos homossexuais.

Os Johnses não conseguiram acreditar que ser cristão automaticamente os excluía de cuidar de crianças, e eles pediram um esclarecimento da lei. O que é chocante é que o Supremo Tribunal decidiu que as convicções cristãs sobre a homossexualidade realmente tornam um cidadão indigno de adotar crianças.

Pense no que isso significa. A Inglaterra tem uma população muçulmana imensa. Os muçulmanos, como os cristãos, creem que a conduta homossexual é imoral. Os judeus ortodoxos têm também a mesma convicção. O que o tribunal está dizendo é que os cristãos, os muçulmanos e os judeus são indignos de adotar ou cuidar de crianças simplesmente por causa de suas convicções religiosas.

Aliás, a Inglaterra tem agora um teste religioso para os cidadãos. Chegará o dia em que os cidadãos cristãos que querem ser treinadores de times de futebol infanto-juvenil ou líderes de jovens terão portas fechadas por suas convicções? Chegará o dia em que os crentes religiosos receberão “não” como resposta a propostas de empregos e permissão para adotar crianças?

Os americanos podem achar que sua Primeira Emenda [da Constituição] os protegerá desse tipo de coisa ocorrendo nos EUA. Pense de novo. No recurso da Proposta 8, em que os cidadãos da Califórnia votaram para manter o casamento entre um homem e uma mulher, o Juiz Vaughn Walker deu decisão de que as convicções cristãs “prejudicam gays e lésbicas”.

E em 1996, o Supremo Tribunal derrubou a Emenda Dois do Colorado, em que os cidadãos revisaram sua Constituição para proibir as cidades de dar direitos especiais para homossexuais. O Juiz Anthony Kennedy afirmou que a lei foi baseada em “animosidade” contra os homossexuais.

Essas coisas estão acontecendo num país fundado no princípio de que os cidadãos devem ter a liberdade de possuir qualquer convicção que queiram, independente do que seus concidadãos pensem dela. Mas em anos recentes os cristãos estão se tornando alvo frequente de medidas de grupos militantes e juízes que apoiam suas agendas.

É por isso que temos de apoiar os esforços de grupos que defendem a liberdade cristã, tais como o Fundo de Defesa Aliança, o Fundo Becket e outros, que defendem os direitos de todos os crentes religiosos. Exorto também vocês assinar a Declaração de Manhattan para defender o casamento tradicional, a vida humana e a liberdade religiosa.

Se nada fizermos, se a igreja ficar parada e distante, logo descobriremos que nossos direitos religiosos não valem o papel em que a Primeira Emenda foi impressa.

Este artigo foi reproduzido com a permissão de www.breakpoint.org

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Padre alerta sobre perseguição depois que governo do Brasil lança disque-denúncia contra “homofobia”

 

Matthew Cullinan Hoffman

SÃO PAULO, Brasil, 14 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — O padre católico e ativista pró-vida Luiz Carlos Lodi da Cruz está alertando que os brasileiros que discordam da conduta homossexual e rejeitam a agenda política homossexual no Brasil logo poderão virar alvo de um novo sistema instituído pela presidenta brasileira Dilma Rousseff, onde os cidadãos poderão denunciar outros cidadãos.

Iniciando no final de fevereiro, o governo brasileiro começou a receber queixas de “homofobia” em sua linha de emergência Disque 100, que foi criada para facilitar denúncias de abusos de direitos humanos. O sistema foi anunciado junto com uma nova campanha governamental com o lema “Faça do Brasil um território livre da homofobia”, que inclui um logotipo especial.

“Se alguém diz: ‘preciso de ajuda’ em qualquer município brasileiro, é preciso agir em rede. Não é só o atendimento pontual, mas o desenvolvimento de uma política integrada de proteção ao cidadão”, disse Maria do Rosário, ministra de Direitos Humanos do Brasil, durante a apresentação da campanha.

Numa mensagem a seus apoiadores, Lodi da Cruz chama o novo sistema de um meio de “perseguição àqueles que desaprovam o vício contra a natureza”.

“Note-se que, mesmo sem previsão legal, a ministra já quer dar punição aos que não encaram com naturalidade as condutas antinaturais. Quem denuncia não precisa preocupar-se, pois é garantido o sigilo da fonte”, escreve Lodi da Cruz. “Portanto, no final do segundo mês da posse de Dilma, seu governo já instalou a perseguição religiosa baseada em ligações telefônicas gratuitas e anônimas”.

Embora a “homofobia” no Brasil seja usada para se referir a atos de violência perpetrados contra homossexuais, é também usada para condenar aqueles que publicamente fazem objeções à conduta homossexual.

O Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff tem frequentemente buscado criminalizar críticas à homossexualidade, mas os legisladores, atentos ao fato de que o público rejeita o homossexualismo, têm repetidamente votado contra o PLC 122, o “projeto anti-‘homofobia’” do partido. Contudo, apesar da falta de apoio legislativo para sua agenda, os tribunais têm tratado as leis existentes como se já proibissem tais expressões.

Lodi da Cruz oferece alguns cenários preocupantes que poderão surgir do novo sistema.

“A Santa Missa está sendo celebrada. Durante a homilia, o sacerdote faz alusão ao primeiro capítulo da carta de São Paulo aos Romanos, que condena fortemente o homossexualismo, tanto feminino quanto masculino (Rm 1:26-28). Cita as palavras do Apóstolo segundo o qual o entregar-se a ‘relações contra a natureza’ (Rm 1:26) foi o castigo daqueles que ‘trocaram a verdade de Deus pela mentira’ (Rm 1:25). Nesse momento alguém passa pela frente da igreja e se sente incomodado com a pregação. Dirige-se a um telefone público e denuncia o celebrante ‘homofóbico’”.

O padre nota que problemas semelhantes poderão ser provocados se uma mãe que rejeita a conduta homossexual decidir não contratar uma lésbica para cuidar de seu filho, ou se um proprietário pedir que homossexuais que se engajam em atos imorais saiam de seu estabelecimento comercial.

“Se um homossexual é assassinado, o homicida deve ser punido. Mas é um absurdo que a lei imponha uma pena especial pelo fato de a vítima ser homossexual”, escreve Lodi da Cruz. “O mesmo se diga de alguém que espanca um homossexual. Não tem cabimento que o autor responda por um crime mais grave do que a lesão corporal prevista no Código Penal”.

O Pe. Lodi da Cruz, que é presidente da organização Pró-Vida de Anápolis, já foi vítima de restrições à liberdade de expressão no Brasil. Em 2005 ele foi forçado a pagar indenização financeira à antropóloga pró-aborto Débora Diniz Rodrigues por chamá-la de “abortista”, pois o termo “ofende gravemente a honra e dignidade pessoal dela”. A decisão foi sustentada por tribunais de apelações, e o Supremo Tribunal Federal do Brasil não quis tratar do caso.

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Novela mais popular do Brasil dramatiza direito à vida

 

Matthew Cullinan Hoffman

BRASIL, 2 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — A novela mais popular do Brasil, Insensato Coração, transmitiu um episódio ontem em que uma das principais personagens é dissuadida de abortar seu bebê para agradar ao namorado, e proteger suas perspectivas de emprego.

“Carol”, cujo papel é desempenhado por Camila Pitanga, aguarda sua vez numa clínica de aborto, acompanhada por uma amiga, enquanto sua irmã “Alice”, papel desempenhado por Paloma Bernardi, corre para a clínica para impedir o que a Rede Globo chama de “o maior erro de sua vida”.

Alice chora ao recordar que seus pais também não a haviam planejado

Ao chegar à clínica, Alice implora com sua irmã para que mude de ideia: “Pensa que um dia, daqui a anos, você vai cruzar com o André na rua, por acaso, e vai se tocar de que ele não significa mais nada”.

“Esse cara não vai ser o primeiro nem o último babaca do mundo!”, continua Alice. “Por causa dele, você vai deixar de ter a maior alegria da sua vida? Você vai deixar o egoísmo dele ganhar?”.

Alice começa a chorar, recordando que seus próprios pais não haviam planejado a concepção dela.

Carol, comovida, protesta que seu bebê poderia interferir em sua carreira. “Mas essa gravidez veio num momento ruim, tem a minha promoção…” diz ela.

“Se o André estivesse feliz, louco para ser pai, você ia tirar mesmo assim, por causa do trabalho?”, pergunta Alice.

Carol começa a chorar também, e abraça sua irmã, decidindo não ir adiante com o aborto.

Irmãs se abraçam

Embora a Rede Globo tenha histórico de apoio à causa do aborto descriminalizado no Brasil, sua decisão de transmitir um episódio favorável à posição pró-vida pode refletir uma crescente hostilidade para com o aborto na sociedade brasileira.

Em anos recentes uma maioria cada vez maior dos brasileiros tem indicado sua rejeição ao aborto descriminalizado, assim como à agenda política homossexual, em resposta às campanhas promovidas por líderes religiosos católicos e evangélicos no país.

Na recente eleição presidencial do Brasil, a vencedora Dilma Rousseff foi forçada a recuar em sua posição pró-aborto, prometendo numa declaração assinada não introduzir leis para descriminalizar o aborto ou criminalizar expressões contra a conduta homossexual, depois que líderes pró-vida criticaram a posição dela.

Numa pesquisa de opinião pública depois das eleições, 64% dos deputados da Câmara dos Deputados do Brasil que responderam disseram que se opõem às políticas para descriminalizar o aborto, sinalizando um abandono da posição pró-aborto do Partido dos Trabalhadores, que está no poder, em face da esmagadora opinião pública.