Categorias
Noticias

Cristã é forçada a conversão e casamento muçulmano no Paquistão

PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA

 

Farah Hatim, 24 anos, moradora de Rahim Yar Khan, uma cidade no sul de Punjab, no Paquistão, foi supostamente sequestrada em 8 de maio de 2011 por muçulmanos e seus irmãos, que a forçaram a se converter ao islamismo e depois a se casar com um muçulmano.

Agora, uma organização paquistanesa de direitos humanos condenou o ato e exigiu que alguém tomasse alguma atitude, pois classificaram isso como uma “violação dos direitos humanos.”

A Comissão de Justiça e Paz está conduzindo o caso e, desde que tomou essa ação, houve reclamações de que a polícia estava ameaçando a família de Hatim e também o juiz da sessão, Khawaja Mir, que decidiu transferir o processo para o Supremo Tribunal, por ser uma questão muito delicada.

Durante o depoimento de Farah Hatim, o juiz perguntou se ela havia sido sequestrada e forçada a se casar com um muçulmano. Segundo uma testemunha, Hatim ficou alguns segundos em silêncio, chorou e respondeu que ela foi por livre e espontânea vontade.

Após a audiência, Farah teve permissão de ficar por alguns momentos com sua família, e mais tarde, o irmão dela disse: “Estou muito chocado com o que Farah disse no tribunal. Ela está sofrendo ameaças e agora todas as nossas esperanças se foram; esperávamos que ela voltasse para nós. Por que temos que enfrentar isso? Porque somos cristãos.”

De acordo com uma porta-voz da Comissão de Justiça e Paz, Farah tornou-se vítima de uma rede de prostituição. Seu ‘marido’ tentou forçá-la a se prostituir, enquanto ela era uma estudante na Zaid Sheikh Medical College, mas ela não aceitou.

“Por isso, ele decidiu se vingar. A decisão de Farah de não dizer a verdade é porque provavelmente ela está grávida e seria morta se tentasse voltar para casa. Mesmo se tivesse tomado a atitude correta e dito a verdade, seria rejeitada pela sociedade, pois foi sequestrada e estuprada. O medo da rejeição é outra razão possível.”

De acordo com o porta-voz, “milhares de meninas cristãs são sequestradas e forçadas a se casar no Paquistão. Estamos tentando lutar contra essa chaga que é o sequestro e esses casamentos forçados.”

O irmão mais velho de Farah disse, com lágrimas nos olhos: “Nós não queremos que isso aconteça com as outras meninas. Nós perdemos a nossa irmã e sabemos como ela se sente. A dor é inexplicável. Estamos insistindo porque somos minoria e exigimos que o governo não abandone as minorias. “

Data: 2/8/2011 08:15:00
Fonte: Portas Abertas

Categorias
Noticias

Sírios temem conflito religioso no país

publicado em 17/05/2011 às 17h26:

Acirramento da repressão aos protestos fez país ficar mais perigoso, dizem imigrantes

Letícia Casado, do R7

Daia Oliver/R7Daia Oliver/R7

Para o jornalista Tamman Daaboul, o problema é a proporção que os pensamentos radicais alcançam na Síria

Publicidade

A comunidade síria no Brasil está assustada com a possibilidade de um conflito religioso no país. Mesmo estando no coração do Oriente Médio, a pluralidade religiosa no na Síria sempre foi motivo de orgulho para imigrantes que estão aqui.

Comunidade síria apoia regime e fala em complô dos EUA

Com o acirramento da repressão aos protestos por parte do regime de Bashar al Assad, a questão religiosa voltou à tona. Apesar de a maioria da população ser muçulmana sunita (um dos ramos do islamismo), com uma significativa comunidade cristã, a Síria é governada pela minoria xiita/alauíta (outra facção do islamismo).

Claude Hajjar, psicanalista e estudiosa da imigração árabe no Brasil, de origem cristã, diz perceber uma escalada crescente de tensão. Ela esteve no país em fevereiro, quando do “clima era tranqüilo”. Desde o dia 15 de março, ela diz sentir preocupação na voz de seus amigos.

– O pessoal não sai mais. As pessoas estão tristes, a tranquilidade foi embora, não tem mais segurança. Antes você podia andar com joias na rua de madrugada, e agora, ninguém arrisca.

Conflito religioso se espalha

No Egito, as diferenças religiosas entre cristãos e muçulmanos foram o estopim de um conflito que provocou pelo menos 12 mortos na semana passada. No Iraque, igrejas têm sido incendiadas e muitos cristãos são perseguidos.

O clima na Síria também piorou, contam os imigrantes que vivem aqui. Para o jornalista Tamman Daaboul, o medo do conflito étnico-religioso está instalado na região, e a Síria não escapa deste cenário.

– O problema não é a existência de pensamentos radicalistas, que existem em qualquer religião e não apenas no islamismo, mas sim, a proporção que eles tomam.

Perseguição

A família de Eduardo Elias, presidente da Fearab São Paulo (entidade dos países árabes), veio para o Brasil no começo do século fugindo exatamente da perseguição religiosa. Seu avô imigrou sozinho em 1904 e trouxe a mulher e os oito filhos em 1913. Eles eram cristãos ortodoxos “e a pressão do Império Turco-Otomano [que dominou a região por séculos] era muito grande”, conta Elias.

– O respeito à multiplicidade de religiões foi implantado no país, e isso para nós é altamente significativo.

Segundo ele, o regime dos Assad trouxe estabilidade política e união nacional à Síria. Sedimentou também a liberdade religiosa.

-  Com a subida de Hafez al Assad ao poder, em 1971, foi abolida a lei que obrigava a identificação religiosa escrita no documento de identidade. Daí o nosso respeito por quem nos respeita.

Categorias
Artigos

Único ministro governamental cristão do Paquistão é morto a tiros por extremistas islâmicos

 

Matthew Cullinan Hoffman

ISLAMABAD, Paquistão, 2 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) — O único ministro governamental cristão do Paquistão, Shahbaz Bhatti, foi morto a tiros por extremistas muçulmanos em aparente retaliação por se opor à “lei anti-blasfêmia” do país, de acordo com reportagens da mídia internacional.

Shabaz Bhatti foi assassinado a tiros em seu carro por suas convicções cristãs.

Bhatti, que era o ministro das Minorias, estava dirigindo seu carro para trabalhar na capital de Islamabad hoje quando um homem armado deu uma rajada de balas no carro dele, matando-o. No local, foram deixados folhetos avisando outros que o mesmo destino os aguardaria se eles se opusessem à lei anti-blasfêmia, uma lei que os críticos dizem é usada para perseguir minorias religiosas. Em sua reportagem, a Reuters disse que o Talibã do Paquistão assumiu responsabilidade pelo assassinato.

O assassinato de Bhatti ocorre depois do assassinato em janeiro de Salman Taseer, o governador do estado do Punjab, também cometido por militantes islâmicos, e também por condenar a lei anti-blasfêmia do país. No clima de medo depois do assassinato, Bhatti era o único dos poucos ministros governamentais que havia publicamente condenado o assassinato de Taseer. Depois do assassinato de Taseer, o presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, recuou em seus planos para reformar a lei anti-blasfêmia.

Numa gravação de vídeo de uma entrevista divulgada pelo jornal Telegraph, Bhatti disse que havia sido ameaçado pelo Talibã e outros extremistas islâmicos, mas disse que estava pronto para morrer para proteger os direitos dos cristãos. “Estou seguindo a cruz, e estou pronto para morrer por uma causa. Estou vivendo por minha comunidade e povo que sofre, e eu morrerei para defender os direitos deles”, disse ele.

A controvérsia sobre a lei anti-blasfêmia foi provocada pela recente condenação de Asia Bibi, uma mulher cristã que foi acusada de blasfêmia depois de defender suas convicções religiosas contra os insultos de várias mulheres em sua vila de maioria muçulmana. A condenação dela provocou uma indignação internacional e levou a reivindicações para que se revogasse ou reformasse a lei.

O assassinato de Bhatti é o terceiro assassinato de uma importante personalidade política cometido por extremistas islâmicos em anos recentes. O primeiro foi Benazir Bhutto, líder do governista Partido do Povo, em 2007.