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Pesquisa acadêmica registra templos religiosos ativos sem alvará

 

O levantamento consta de uma dissertação de mestrado em Geografia, defendida este ano na Universidade Estadual de Maringá (PR).

Maringá conta formalmente com 187 igrejas. Mas o número quase dobra se levado em conta o número de templos sem alvará de funcionamento – e, portanto, sem licenças básicas exigidas pelo poder público, como o laudo de viabilidade emitido pelo Corpo de Bombeiros.

O levantamento consta de uma dissertação de mestrado em Geografia, defendida este ano na Universidade Estadual de Maringá. O objetivo da autora da pesquisa, Carla Rubino, foi identificar a difusão da fé e a mobilidade religiosa em Maringá.

Carla confrontou o número de templos que constam do cadastro da prefeitura com os resultados de uma pesquisa de campo. Durante cinco dias ela percorreu 318 quilômetros na cidade, registrando todos os templos que encontrou. Resultado: além das igrejas cadastradas, foram localizadas outras 123 sem alvará – mais de 90% delas evangélicas.

"Vi como as pessoas estão se deslocando. Cada vez mais, a preferência é por igrejas próximas de casa", explica Carla, sem entrar na polêmica dos alvarás. "Com certeza, podem existir mais (sem alvará) do que as que encontrei durante a pesquisa", ressalva.

O trabalho de Carla foi defendido e aprovado este ano, mas a pesquisa foi realizada no ano passado. À época, havia 181 igrejas cadastradas na prefeitura – hoje são seis a mais.

Casos

Prova real do trabalho de Carla é o aposentado João Pavezzi. Ele decidiu abrir há três anos uma igreja evangélica a 20 metros de casa, no Conjunto Santa Felicidade. O local escolhido foi o ponto onde antes funcionava um boteco, na Avenida Carmem Miranda.

Segundo vizinhos, o bar foi à falência porque vendia fiado. Sorte de Pavezzi."Nossa igreja ficava muito longe, tinha que pegar ônibus. Resolvemos aproveitar esse ponto e abrir aqui", justifica.

O pequeno espaço de oração que o aposentado ajudou a fundar é um, dos sete sem alvará naquela avenida. "Alvará? Não sei…", coça a cabeça.

A zona leste de Maringá é o principal ponto de igrejas sem registro. Apenas na Avenida Franklin Delano Rossevelt, principal via do Requião, há 11 templos sem alvará. Uma deles é a Igreja Evangélica Pentecostal Labaredas de Fogo, instalada naquela avenida há nove anos e administrada pastora Eva Fernandes.

"Já protocolei o pedido de alvará. Estou esperando a resposta", diz a pastora. Para o obreiro da igreja, Miguel de Santana, a falta dos papéis não é a única preocupação. "É difícil lotar a igreja, porque quando a verdade está se aproximando, as pessoas fogem", diz.

Avaliação

Quem tem alvará, diz que não há mistério para tirar o documento. É o caso do pastor Aristeu Luiz Bertozzi, da Comunidade Evangélica de Maringá. O local está com os papéis em dia com a prefeitura. Mas ele lembra que a falta de alvará é um antigo problema no meio.

"Certa vez estávamos reunidos com o então prefeito José Cláudio,e ele disse: "antes de um bar abrir, a primeira coisa que ele faz é pedir alvará. Já vocês…", ri.

O presidente da Ordem dos Pastores de Maringá, Elizeu Carvalho, acredita para alguns líderes religiosos falta o conhecimento das exigências da lei. Mas avalia não deveria ser necessário esse tipo de documento para as igrejas.

"Entendo que para a igreja não deveria nem ser exigido alvará. Quanto mais se proliferarem, melhor", diz. "A igreja é um hospital para alma. Recebemos pessoas deprimidas, endemoniadas e desesperançosas. A cada igreja aberta, é um bar a menos e menos gente na prisão", justifica.

Documentos

Segundo a prefeitura, os documentos necessários para se conseguir o alvará de uma igreja são a ata de fundação da entidade, o CNPJ, e o comprovante de endereço – o local precisará receber a liberação dos bombeiros. O documento é exigido para igrejas ou qualquer tipo de entidade.

Data: 21/9/2010 08:33:06
Fonte: O Diário – Maringá/PR

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Prática religiosa se torna frequente no mundo virtual

Edição do dia 21/09/2010

Fonte G1

Clique aqui -  http://http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1341740-7823-PRATICA+RELIGIOSA+SE+TORNA+FREQUENTE+NO+MUNDO+VIRTUAL,00.html

 

Evangélicos participam de cultos em tempo real. Espíritas podem ouvir palestras de Chico Xavier. Judeus podem estudar, comprar livros e objetos religiosos e já foi criado até um site para fazer macumba sem sair de casa.

Sandra MoreyraRio de Janeiro, RJ

Na porta da igreja, o cartaz faz um apelo aos cristãos: não delete Jesus da sua vida. A ideia é convidar os fiéis a frequentar mais o templo. No mundo virtual, a prática religiosa online anda cada vez mais frequente.

Pela internet, o devoto está a um passo, ou um clic da fé. Os católicos podem acender vela pra Nossa Senhora, mandar rezar missa, fazer oração.

A funcionária pública Julia de Carvalho confessa: é uma devota ponto.com. “Acendo vela, rezo terço, pela internet. Devota online. Às vezes não tenho tempo e aí faço em casa, pela internet”, diz.

Até freiras que vivem em clausura, se abriram para a internet. É possível mandar e-mail para as irmãs Clarissas. Evangélicos participam de cultos em tempo real. Espíritas podem ouvir palestras de Chico Xavier.

Judeus podem estudar, comprar livros e objetos religiosos e já foi criado até um site para fazer macumba sem sair de casa. A confissão, que sempre foi sigilosa, feita em voz baixa, anda mudando de figura.
Em um site, o pecador confessa os erros por escrito, protegido pelo anonimato ou por um pseudônimo. O pecado fica exposto durante alguns dias, um tempo para o pecador se arrepender.

Traição, ganância, ciúme. As fraquezas humanas estão todas lá. Padre José Roberto adverte: confissão só vale na presença do sacerdote, mas não desaprova a fé ponto.com. “Se a garotada fica diante do computador da internet todo dia porque não pode também se comunicar com Deus por esse instrumento”, fala o padre.

“Se a pessoa quer fazer de forma virtual, se quer fazer em outro ambiente, também é muito válido, o empate é ter Deus no coração”, diz uma devota.

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Itália investiga Banco do Vaticano por lavagem de dinheiro

 

Justiça do país suspeita que entidade administre importantes somas de dinheiro de procedência obscura

AFP – 21/09/2010 – 10:17

ROMA – O presidente do Instituto vaticano para as Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi, está sendo investigado por suposta lavagem de dinheiro ilícito pela justiça italiana, que ordenou a apreensão de 23 milhões de euros (30 milhões de dólares), indicou nesta terça-feira (21) a imprensa italiana.

Agentes da polícia tributária determinaram o sequestro preventivo dessa quantia depositada numa conta do banco Credito Artigiano Spa, a pedido do tribunal de Roma que investiga a omissão, por parte do chamado banco do Vaticano, das normas contra a lavagem de dinheiro.

A justiça italiana suspeita que o Banco do Vaticano administre através de contas anônimas, identificadas apenas com a sigla IOR, importantes somas de dinheiro de procedência obscura.

Indagado, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, não quis comentar a notícia.

A investigação judicial contra um banco do Vaticano, que se beneficia da extraterritorialidade já que se encontra na Cidade do Vaticano, pôde ser aberta com base em nomas adotadas em 2007 que obrigam os bancos a fornecer a identidade dos autores e a natureza da transação.

O IOR não é acusado diretamente de lavagem e sim de ter omitido os dados requeridos.

O chamado banco do Vaticano, que administra as contas de várias ordens religiosas, assim como de associações católicas, é uma instituição da Igreja Católica que não é regida pelas normas financeiras vigentes na Itália.

O Instituto esteve envolvido num escândalo político-financeiro nos anos 1980, pela falência, em 1982, do Banco Ambrosiano (do qual o Vaticano era um acionista importante) pelo peso de uma dívida de 3,5 bilhões de dólares e um buraco fiscal de 1,4 bilhão de dólares.