Achados remetem a relatos do Antigo Testamento de 2.600 anos atrás
por Jarbas Aragão
Os arqueólogos que escavam o sítio arqueológico da Cidade de Davi, localizado no Parque Nacional dos Muros de Jerusalém, capital de Israel, descobriram madeira carbonizada, sementes de uva, pedações de cerâmica, escamas de peixes, ossos e inúmeros artefatos raros que remontam à queda da cidade nas mãos dos babilônios há mais de 2.600 anos.
Entre as descobertas, feitas este ano no local, há dezenas de jarros usados para armazenar grãos e líquidos. Muitos deles têm alças e selos marcados que retratam uma roseta.
Eles comprovam a riqueza da antiga Jerusalém, capital do reino da Judéia.
“Esses selos são característicos do final do período do Primeiro Templo e foram usados pelo sistema administrativo que se desenvolveu no final da dinastia da Judéia”, explicam Ortal Chalaf e Joe Uziel, diretores de escavações da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Essa roseta basicamente substituiu o selo ‘Para o Rei’ usado no sistema administrativo anterior. “Classificar esses objetos facilitava o controle, a supervisão, a coleta, a comercialização e o armazenamento” dos judeus que cuidavam da cidade na época que ela foi atacada e destruída pelos babilônios.
Entre os artefatos que estavam sob camadas de pedra acumuladas no declive oriental da cidade de Davi, está uma pequena estátua de marfim.
O objeto raro representa uma mulher nua com um corte de cabelo (ou peruca) de estilo egípcio.
Os diretores ressaltam que “essas descobertas da escavação mostram que Jerusalém se estendia além do limite estabelecido pelos muros da cidade antes da sua destruição”.
O Antigo Testamento relata que os babilônios, liderados por Nabucodonosor destruíram Jerusalém em 587 a.C. (Jeremias 39 e 52).
“Ao longo da Idade do Ferro, Jerusalém passou por um crescimento constante, expressado tanto na construção das diversas muralhas da cidade quanto no fato de a cidade se expandir mais tarde.
As escavações realizadas no passado na área do Bairro Judeu mostraram como o crescimento da população no final do século 8 a.C. posteriormente resultou na anexação da área ocidental de Jerusalém”, afirma o comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Chama atenção o fato da divulgação dos estudiosos ser feita alguns dias antes do “Tisha B’Av”, a data que anualmente lembra a destruição do Primeiro e Segundo Templos judeus no Monte do Templo.
A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou a descoberta de evidências da destruição babilônica de Jerusalém na mesma semana em que os palestinos e outros islâmicos tentam divulgar publicamente que eles são os “legítimos” donos de Jerusalém e negam o seu passado como capital do povo judeu. Com informações Fox News
Ammar Shahin é pregador de um centro islâmico nos Estados Unidos
por Tiago Abreu
Amar Shahin, um pregador islâmico, fez um sermão na última sexta-feira (21) no Centro Islâmico de Davis Masjid, localizado na Califórnia. Na ocasião, o líder fez uma oração pedindo que Alá matasse todos os judeus.
O vídeo, que foi compartilhado e traduzido pelo de Pesquisas de Mídia do Oriente Médio (MEMRI), chamou a atenção pelo discurso e pelos detalhes ditos por Amar, o orador.
“Oh Alá, nos mostre o dia negro em que você irá lhes infligir, e as maravilhas de sua capacidade. Oh Alá, os conte um por um e aniquile até o último [judeu]. Não poupe nenhum deles”, disse o líder, de acordo com o Jerusalem Post.
Shahim disse também que o hádice, que é o conjunto de leis, lendas e histórias sobre a vida do profeta Maomé não demonstra onde acontecerá a chamada ‘batalha final’ que os envolve.
“Não sabemos se é na Palestina ou em outro lugar. Quando essa guerra explodir, os judeus vão correr e se esconder atrás de cada pedra, casa, parede e árvore”, afirmou Amar.
O líder também fez referência a Mesquita de Al-Aqsa, localizada em Jerusalém e alvo recente de controvérsia pela implantação dos detectores de metal contra ações terroristas.
“Oh Alá, liberte a Mesquita de Al-Aqsa. Oh Alá, faça isso acontecer por nossas mãos. Vamos desempenhar um papel neste processo”, disse Amar, que ainda chamou a presença de judeus como “imundície”.
Amar Shahin nasceu no Egito e foi para os Estados Unidos da América (EUA) em 1999, onde se graduou na área tecnológica de computadores. Licenciado em Estudos Islâmicos, é instrutor do Instituto Islâmico Zidani, cujo ensinamento do islã sunita é dado na região.
Mais de uma centena ficaram feridos em confrontos com a polícia
por Jarbas Aragão
Já dura três semanas a “crise do Monte do Templo”, que reabriu velhos debates sobre a quem pertence o monte Moriá, no centro da Cidade Velha de Jerusalém.
O local já abrigou duas versões do Templo, o original, erguido por Salomão e o que foi remodelado por Herodes e estava de pé nos dias de Jesus.
Durante a ocupação do Império Otomano sobre Israel, no local foram construídas duas mesquitas, Al-Aksa e o chamado Domo da Rocha, com seu teto coberto de ouro.
Para os muçulmanos, o local se chama “Esplanada das Mesquitas”. Segundo as decisões recentes da UNESCO, pertence apenas a eles e não tem nenhuma ligação com os judeus.
Mesmo após o governo de Israel ceder à pressão e retirar os detectores de metal e as câmeras, instalados após os atentados ocorridos no local do dia 14, os conflitos dos islâmicos com as forças de defesa israelenses continuaram nesta quinta-feira (27). Foi divulgado que o embate deixou pelo menos 115 muçulmanos e 10 policiais israelenses feridos após os confrontos.
Segundo o site judeu Ynet News, os palestinos lançaram pedras contra os policiais e declaravam “guerra” ao domínio de Israel sobre o local, considerado o terceiro mais sagrado no Islã.
Enquanto as tensões continuam a aumentar, líderes dos grupos terroristas Hamas e Fatah conclamavam por mais um ‘dia de fúria’ na entrada do Monte do Templo. “Se as coisas não se acalmarem, isso pode acabar em um grave desastre”, disseram manifestantes.
Omar Qaswani, chefe da Mesquita Al-Aqsa, que fica no alto no Monte, reiterou reclamou que “as forças de segurança israelenses estão oprimindo os adoradores muçulmanos”.
Atendendo a convocação dos líderes religiosos, dezenas de milhares de seguidores de Maomé chegaram para orar no entorno do local. Em meio aos confrontos, jovens subiram ao telhado da mesquita Al-Aqsa e acenaram bandeiras palestinas. Muitos atiravam pedras e garrafas contra os policiais.
O Mufti de Jerusalém, Muhammad Hussein, convocou os muçulmanos que vivem em Israel a irem para a oração no Monte do Templo nesta sexta-feira, dia sagrado para sua religião.
Cronologia dos conflitos
14/07
Três árabes-israelenses matam dois policiais israelenses na Cidade Velha de Jerusalém, antes de serem perseguidos e mortos na Esplanada das Mesquitas. Israel garante que as armas usadas no ataque tinham sido escondidas na Esplanada. Por essa razão, tomou a decisão excepcional de fechar por dois dias o acesso ao terceiro local mais sagrado do Islã. Essa decisão irritou os palestinos e a Jordânia, guardiã dos locais sagrados em Jerusalém.
Dia 15
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decide instalar detectores de metal nas entradas da Esplanada e anuncia a sua reabertura para o dia seguinte.
Dia 16
A Esplanada das Mesquitas é reaberta ao público, mas os muçulmanos se recusam a entrar no local em razão das novas medidas de segurança. Em protesto, centenas de pessoas realizam suas orações do lado de fora.
Dia 20
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se junta aos líderes palestinos para pedir a Israel a retirada dos detectores de metal.
Dia 21
Dia da grande oração islâmica semanal, a polícia israelense proíbe os homens com menos de 50 anos de entrar na Cidade Velha. Centenas de pessoas participam da oração perto da entrada da Cidade Velha.
Os confrontos passam a ser diários entre palestinos e as forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Em dois dias, cinco palestinos são mortos nos confrontos entre manifestantes e as forças de segurança israelenses. Três israelenses são mortos por um palestino em uma colônia israelense na Cisjordânia.
Dia 25
À noite, depois de intensa pressão da comunidade internacional, que teme uma escalada, o governo israelense decide parar de usar os detectores de metal nas entradas da Esplanada. Ele indica que vai substituir esse sistema por “uma inspeção de segurança com base em tecnologias avançadas e outros meios”. Os detectores de metal são removidos. As autoridades muçulmanas mantêm o boicote ao local santo.
Uma fonte do governo jordaniano relata um “acordo” sobre a Esplanada das Mesquita entre Jordânia e Israel, o que permitiu o retorno a Israel de um diplomata acusado de matar dois jordanianos após ser atacado na Embaixada de Israel no dia 23.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, anuncia a paralisação da cooperação com Israel. Confrontos entre manifestantes palestinos e forças israelenses acontecem perto da Cidade Velha de Jerusalém, que deixam 13 palestinos feridos. O presidente Erdogan pede aos muçulmanos de todo o mundo que “visitem” e “protejam” Jerusalém.
Dia 27
A polícia israelense anuncia a retirada dos últimos elementos do novo dispositivo de segurança. Grades e andaimes, onde estavam instaladas câmeras de vigilância, são removidos nas primeiras horas pelas autoridades israelenses. Os palestinos decidem encerrar o boicote e milhares de fiéis muçulmanos entram na Esplanada para a oração da tarde. A Jordânia saúda a decisão israelense como “um passo para o apaziguamento.”Com informações do Gospel Prime