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Os judeus, os cristãos e a pedra de tropeço

 israelJ. Lee Grady

Embora seja certeza que temos um chamado para amar e proteger Israel, não podemos nos retrair da responsabilidade de compartilhar Jesus ao povo judeu.

Enquanto os foguetes do Hezbolá estão caindo sobre o norte de Israel e o presidente do Irã está prometendo varrer o Estado judeu do mapa, os líderes israelenses estão surpresos de saber que os evangélicos dos Estados Unidos são seus melhores amigos. Estamos expressando solidariedade à nação de Israel como nunca antes.

Isso é uma boa coisa — pois em tempos passados os cristãos eram culpados de entreter o anti-semitismo. Somos gratos que estamos ajustando nossas atitudes e nossa nação está se colocando ao lado da democracia e contra os terroristas.

Contudo, o comodismo com Israel criou um dilema teológico complicado. Embora sintamos uma obrigação bíblica de proteger os judeus do ódio étnico (e realmente temos de protegê-los), temos também a ordem oficial de compartilhar o evangelho a judeus e gentios sem distinção. Afinal, o próprio apóstolo Paulo — o mais famoso judeu a se converter para o Cristianismo — nos disse que a mensagem de Cristo foi enviada “aos judeus primeiro” (Romanos 1:16).

Para complicar as coisas, alguns judeus crêem que o evangelismo cristão é uma forma de anti-semitismo — como se converter uma pessoa à fé em Jesus a deixasse despida de suas qualidades e características judaicas. Por esse motivo, alguns cristãos que se envolveram no ativismo pró-Israel realmente pararam totalmente de compartilhar o evangelho aos judeus. Alguns até criaram estranhas doutrinas que sugerem que os judeus, por causa de promessas de Deus na Antiga Aliança, têm a garantia de passagens especiais para o céu, como se eles não precisassem de Jesus para salvá-los de seus pecados.

Compreendo que estou me arriscando ao dizer isso, mas vamos usar alguma lógica aqui. Cremos ou não na Bíblia? Se os cristãos no livro de Atos — a maioria dos quais eram judeus que tinham se convertido para Cristo — compartilhavam com muita ousadia Jesus em todo o Israel e outros países, por que deveríamos desistir dessa tarefa?

Sou grato que Susan Perlman e meus outros amigos no ministério Judeus para Jesus (JPJ) na cidade de San Francisco não desistam. Durante todo o mês de julho, 150funcionários e voluntários de JPJ foram até a cidade de Nova Iorque e região, inclusive Long Island e norte de Nova Jersey. Eles distribuíram quase 2 milhões de panfletos evangélicos nas ruas, enviaram quase 500 mil revistas pelo correio e exibiram um filme sobre Jesus para 80 mil judeus hasídicos que falam iídiche.

E JPJ teve a alegria de anunciar que 241 judeus fizeram a oração para receber Cristo como seu Messias durante a campanha “Eis o teu Deus”. Além disso, 13 canais de televisão fizeram reportagem sobre JPJ e todos os grandes jornais publicaram artigos, inclusive a imprensa judaica.

É claro que os críticos apareceram com força total. JPJ espera tal reação toda vez que compartilha sua fé aos judeus. Mas um funcionário de JPJ respondeu: “Se eles soubessem o que sabemos sobre Jesus, eles se uniriam a nós para proclamar o evangelho, não para se opor a ele”.

Deus não é esquizofrênico. Ele nos chama não só para amar o Estado de Israel, mas também para proclamar a mensagem de Cristo aos judeus. Uma responsabilidade não cancela a outra.

E enquanto estamos tratando do assunto de Israel e controvérsia, permita-me arriscar-me mais ainda ao dizer que Deus também espera que nos importemos com nossos vizinhos árabes — e compartilhemos Cristo a eles também. Os cristãos árabes que vivem em lugares tais como Belém, Beirute e Bagdá muitas vezes são colocados em segundo plano e ficam esquecidos no meio da violência do Oriente Médio. Eles sabem, talvez melhor do que ninguém, que Jesus é a única esperança de reconciliação naquela região devastada pela guerra.

É de modo especial desanimador para nossos irmãos árabes cristãos quando eles nos vêem apoiando ações militares israelenses, mas esconden11111do dos judeus a mensagem de Cristo. Para eles, parece que estamos colocando nossa confiança em armas e bombas inteligentes, em vez do poder do evangelho.

De que maneira reagimos a essa crise complicada? Temos de defender o direito de Israel existir e apoiar todo esforço para deter o terrorismo, quer seja promovido pelo Hezbolá, al-Qaida ou o governo iraniano. Temos de orar pela paz de Jerusalém, que inclui orar pelos 1.3 milhões de árabes que vivem no Estado de Israel.

E temos, acima de tudo, de concordar com a oração do apóstolo Paulo. “E assim todo o Israel será salvo”. (Romanos 11:26) Qualquer trabalho a favor de Israel que façamos não poderá ser verdadeiramente bíblico se cedermos em nossa obrigação de compartilhar o amor de Cristo àqueles que Ele primeiro veio salvar.

J. Lee Grady é editor da revista Charisma.

 

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: Charisma Online: Jews, Christians and the Stumbling Block,

 

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Al Capones evangélicos

Por J. Lee Grady, editor da Revista Charisma:

Houve um tempo em que Al Capone controlava toda a cidade de Chicago. O notório gangster da década de 1920 subornou o prefeito, comprou a polícia e, como um rei, presidiu um império de cassinos, redes de contrabando e botecos em pleno vigor da Lei Seca. Ele se esquivou das balas por muitos anos e viveu acima da lei – ganhando assim a reputação de “intocável” porque ninguém podia levá-lo à justiça.

Antes que Capone fosse finalmente preso em 1932, ele justificou seus crimes dizendo: “Tudo o que faço é para atender a demanda do público.” Ele nunca assumiu responsabilidade pelo estrago que causou porque prefeitos, policiais, líderes comunitários e estelionatários o apoiaram todo o tempo.

Odeio ter que comparar ministros de Deus a um mafioso. Mas a triste verdade é que atualmente há alguns (talvez mais do que só alguns) pastores que possuem algumas das características mais abomináveis de Al Capone. São mestres do engano e da manipulação. Eles compraram seu espaço na subcultura evangélica carismática e usaram suas místicas habilidades hipnóticas para controlar grandes redes de TV cristãs.

Mas a exemplo de Al Capone, seus dias estão contados. A Justiça logo os agarrará.

Estes falsos profetas provavelmente começaram com um chamado genuíno da parte de Deus, mas o sucesso os destruiu. Eles se desviaram da fé verdadeira e foram seduzidos pela fama e pelo dinheiro; quando seus ministérios cresceram, eles apelaram a táticas questionáveis para manter a máquina religiosa rodando. Mas agora, em meio à Grande Recessão Americana, Deus está tratando com eles.

Mas antes que nos regozijemos por estes impostores estarem sendo despejados de seus púlpitos e varridos das emissoras, pausemos por um minuto e reflitamos: como tais falsos profetas alcançaram tanta popularidade? Jamais teriam conseguido sem a nossa ajuda.

Nós fomos os idiotas. Quando eles diziam: “O Senhor lhes dará riquezas incontáveis se vocês semearem mil dólares agora”, imediatamente pegávamos o telefone e nossos cartões de crédito. Que Deus nos perdoe.

Nós fomos os cegos. Quando eles diziam: “Preciso que hoje vocês façam uma oferta sacrificial para que eu possa consertar meu jatinho particular”, sequer perguntávamos por que um servo de Deus não era humilde o suficiente para voar em classe econômica para alguma nação de Terceiro Mundo. Que Deus nos perdoe.

Nós fomos os tontos. Quando ficávamos sabendo que eles estavam vivendo em imoralidade, maltratando suas esposas ou povoando cidades com seus filhos bastardos, dávamos ouvidos às suas desculpas ao invés de exigir que estes pastores vivessem como verdadeiros cristãos. Que Deus nos perdoe.

Nós fomos os ingênuos. Quando eles imploravam por dois milhões de dólares extras para tapar algum rombo no orçamento, nos sentíamos incomodados em perguntar por que eles precisavam dormir em suítes de hotel cuja diária custava dez mil dólares. Na verdade, sempre que questionávamos algo, outro cristão rapidamente retrucava: “Não critique! A Bíblia diz ‘Não toque o ungido do Senhor!’” Que Deus no perdoe.

Tratamos estes charlatões como Al Capones, como se eles fossem intocáveis, e como resultado a corrupção se espalhou pelas igrejas carismáticas como uma praga. Nosso movimento está contaminado pelo materialismo, orgulho, engano e imoralidade porque tivemos medo de dizer o que estes palhaços realmente são: inseguros, egoístas, egocêntricos e emocionalmente confusos.

Se tivéssemos aplicado discernimento bíblico há muito tempo atrás, teríamos evitado todo este caos. Jamais saberemos quantos incrédulos rejeitaram o Evangelho porque viram a Igreja apoiando pilantras que se gabavam, coagiam, mentiam, manipulavam, subornavam, roubavam e, com lágrimas, conquistavam espaço em nossas vidas – enquanto os aplaudíamos e depositávamos dinheiro em suas contas.

Sempre que cristãos bem intencionados citam 1 Crônicas 16:22 (“Não toqueis os meus ungidos e não façais mal aos meus profetas”) para encobrir a sujeira e o charlatanismo, eles cometem uma injustiça contra as Escrituras. Esta passagem não ordena que nos calemos quando um líder está abusando do poder ou enganando as pessoas. Pelo contrário, somos chamados a confrontar o pecado em amor e honestidade. E certamente não estamos amando a Igreja se permitimos que os Al Capones carismáticos de nossa geração a corrompam.

Fonte: Charisma Magazine. Tradução: Pão & Vinho.

Divulgação: www.juliosevero.com

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JAPÃO: RADIAÇÃO PROVOCA PÂNICO EM TÓQUIO

TERÇA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2011

 

radiação - queverdadeeessa.comA população japonesa passa por um de seus piores momentos em toda a história, desde a explosão da bomba atômica lançada sobre as cidades, Hiroshima e Nagazaki, pelos Estados Unidos.

Como senão bastasse as perdas materiais, a população neste momento encontra-se exposta à radiação nuclear. Milhares de pessoas deixaram a capital Tóquio nesta terça-feira e outros tantos permanecem isolados dentro de suas próprias casas.

Detector de radiação marca nível de contaminação maior do que o padrão perto de estação de trem de Shibuya, Tóquio

Foto: AP

O caos está instalado

Empresas retiraram seus funcionários de Tóquio, visitantes reduziram as férias e companhias aéreas cancelaram voos. A Administração de Aviação dos Estados Unidos informou que está se preparando para redirecionar rotas caso a crise nuclear se agrave.

Por causa do suposto risco, grande parte das empresas jornalísticas alemãs está retirando seus correspondentes do país ou os transferindo para cidades mais ao sul do Japão para afastá-los dos focos de radioatividade.

A revista "Focus" explicou que seu correspondente deixou o Japão coma família, e o grupo televisivo "RTL" informou que seus dois correspondentes na região foram para Osaka, a 500 quilômetros a sudoeste de Tóquio. A rede pública de rádio e televisão "ARD" também transferiu seu correspondente para Osaka, e a equipe especial enviada pela agência de notícias alemã "DPA" à região mais afetada pelo tsunami deve abandonar o Japão o mais rápido possível, enquanto os colaboradores do escritório permanente de Tóquio se transferem para o sul do país.

Já a rede de notícias "N24" e a revista "Der Spiegel" anunciaram que seus correspondentes vão permanecer por enquanto em Tóquio para acompanhar a evolução do desastre, mas que contam de maneira permanente com reservas em voos para abandonar o país quando for preciso.

Além disso, o Ministério de Relações Exteriores da Áustria decidiu nesta terça-feira transferir sua embaixada no Japão de Tóquio para Osaka. "Decidimos transferir a embaixada de forma temporária a Osaka, onde já há um consulado", disse o porta-voz Peter Launsky-Tieffenthal. "Há vários dias pedimos aos cidadãos austríacos para que abandonassem o nordeste do Japão e a área metropolitana de Tóquio", acrescentou.

Em Osaka, segundo ele, a infraestrutura e o fornecimento de energia elétrica não sofreram tantos danos, enquanto "o imprevisível quanto à evolução na situação nuclear" foi também um fator de peso para a mudança da delegação.

Aqueles que permaneceram na capital japonesa estocavam alimentos e outros suprimentos, temendo os efeitos da radiação, que levou pânico à cidade de 12 milhões de habitantes. No principal aeroporto da cidade, centenas se enfileiravam, muitas delas com crianças, para embarcar em voos deixando o país.

"Não estou muito preocupado com um outro terremoto. É a radiação que me assusta", disse Masashi Yoshida, enquanto segurava a filha de cinco anos no aeroporto de Haneda.

Turistas, como a americana Christy Niver, deram um basta. Sua filha Lucy foi mais enfática. "Estou apavorada. Estou tão apavorada que preferia estar no olho de um tornado", disse. "Quero ir embora."

A usina nuclear de Fukushima, afetada pelo tremor, está a 240 quilômetros a norte de Tóquio. Autoridades disseram que a radiação na capital do país estava dez vezes acima do normal à noite, mas não era o suficiente para prejudicar a saúde. Mas a confiança no governo está abalada, e muitas pessoas se preparam para o pior.

Muitas lojas não tinham mais arroz, um produto essencial no Japão, e as prateleiras que tinham pão e macarrão instantâneo estavam vazias.

Cerca de oito horas depois de novas explosões acontecerem na usina, a agência meteorológica da ONU informou que os ventos estavam dispersando o material radioativo para o oceano Pacífico, distante do Japão e de outros países da Ásia.

Moradores lotam aeroporto de Haneda, em Tóquio, por medo dos níveis de radioatividade detectados

A Agência Meteorológica Mundial, sediada em Genebra, informou, no entanto, que as condições climáticas podem mudar. Alguns cientistas fizeram apelos para que a população de Tóquio mantenha a calma.

"O material radioativo chegará a Tóquio, mas ele é inofensivo ao corpo humano porque se dissipará até chegar a Tóquio", disse Koji Yamazaki, professor da escola de ciência ambiental da Universidade de Hokkaido. "Se o vento ficar mais forte, isso significa que o material voará mais rápido, mas também que dispersará ainda mais no ar."

Fonte: IG, Reuters, BBC e EFE

Por: Maxwell Palheta