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Judeus da Alemanha ordenam a 1ª mulher rabino desde o Holocausto

 

Alina Treiger, 31, deve assumir comunidade na cidade de Oldenburg


Judeus da Alemanha ordenam a 1ª mulher rabino desde o Holocausto

Pela primeira vez depois de 75 anos, uma mulher foi ordenada rabino nesta quinta-feira (4) na Alemanha, marcando a retomada de uma comunidade judaica devastada pela Shoah (Holocausto).
Alina Treiger, 31 anos, originária da Ucrânia, tornou-se sacerdote do culto judaico durante cerimônia emocionante em uma sinagoga do oeste de Berlim, que contou com a presença do presidente, Christian Wulff.
Ela é a segunda mulher ordenada na Alemanha. A primeira, também do mundo, a conseguir o título foi Regina Jonas, em 1935 – ela morreu assassinada em Auschwitz em 1944, aos 42 anos.
Com cabelos ondulados loiros escuros e um grande sorriso, Alina era o centro das atenções, mesmo com dois outros estudantes homens sendo ordenados ao mesmo tempo.
"Enchamos nossos corações de amor. Estejamos unidos no amor pelo bem e pela vontade de impedir a violência e o conflito", disse durante uma "oração para a Alemanha" pronunciada ao término de sua ordenação.
No fim de novembro, Alina Treiger deve assumir a direção da comunidade da cidade de Oldenburg, próxima à Holanda. Ela afirma encarnar "a união de três culturas: judaica, alemã e a da antiga União Soviética".
Nascida em Poltava, uma cidade de 300 mil habitantes que hoje pertence à Ucrânia, Alina Treiger estudou no colégio Abraham Geiger de Postdã, próximo a Berlim. Criado em 1999, foi o primeiro seminário rabínico da Europa Continental desde o Holocausto.
A trajetória da jovem mulher é símbolo da comunidade judaica alemã que, das cinzas da Shoah, tornou-se hoje uma das mais dinâmicas do mundo e é 90% composta por membros originários da extinta URSS.
Após a queda do Muro de Berlim, a Alemanha abriu suas portas para os judeus do antigo império soviético, vítimas de um forte antissemitismo, fornecendo a eles a nacionalidade alemã. "Na Ucrânia, a religião era esquecida pela metade", contou Alina Treiber.
Desde 1989, cerca de 220 mil judeus da extinta URSS chegaram à Alemanha que contabilizava, na época, 30 mil judeus, contra cerca de 600 mil antes de Adolf Hitler chegar ao poder em 1933.
Uma boa parte deles partiu, principalmente para Israel. As comunidades judaicas na Alemanha contam hoje com 110 mil membros, quatro vezes mais do que há 20 anos, segundo o Conselho Central de Judeus da Alemanha.
Essa migração em massa permitiu em algumas regiões, principalmente na ex-República Democrática Alemã, a recriação das comunidades aniquiladas pelo Holocausto.
Em Berlim, a comunidade judaica conta 11 mil membros, dois terços derivados da então URSS. No entanto, a integração desses judeus vindos da União Soviética levanta problemas e suscita conflitos. Alguns judeus alemães os acusam de serem "desjudaizados".
A chegada desses refugiados teve fim no dia 31 de dezembro de 2004, quando a Alemanha impôs restrições à migração deles. O número de candidatos começou a cair drasticamente.
A ordenação, chamada semikha, é acessível às mulheres unicamente no judaísmo liberal. As raras mulheres rabinos estudaram, em sua maioria, nos Estados Unidos. "É um dia extraordinário!", disse o rabino Daniel Freelander, vice-presidente da União do Judaísmo Progressista da América do Norte.
As primeiras ordenações de rabinos na Alemanha depois do Holocausto ocorreram em 2006.

Fonte: AFP / G1

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Espanhóis organizam beijaço homossexual para a visita do papa

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Cerca de 500 casais gays planejam beijar-se em frente à catedral de Barcelona, na Espanha, durante a visita do papa Bento 16 ao país no próximo domingo.

Gays e lésbicas espanhóis receberão o pontífice com um “beijaço” de dois minutos assim que ele sair da catedral, por volta de 10h da manhã.

A manifestação, que segue o modelo flashmob (ação coletiva que dura pouco e se dispersa rapidamente) foi organizada por meio de um blog e uma página no site Facebook que defendem os direitos dos homossexuais.

Em nota no site oficial do movimento, os organizadores dizem querer “fazer alguma coisa para demonstrar o nosso incômodo” com uma “instituição que há muitos anos tem sido antagônica, para não dizer inimiga, das lutas pelos direitos sexuais e afetivos de muitos”.

O papa Bento 16 visitará Barcelona logo após sua visita a Santiago de Compostela, um dos lugares sagrados para a Igreja Católica.

Flashmob

A página do movimento no site social Facebook explica como deve funcionar a manifestação.

A organização vai disparar um sinal sonoro para dar início ao “beijaço”. Dois minutos depois, outro sinal indicará que os participantes devem se dispersar “como se nada tivesse acontecido”, segundo o site.

Segundo Joan Pérez, um dos organizadores, o evento não é especificamente contra o papa. “O beijo coletivo é uma forma de manifestar nosso desacordo com a maneira como a Igreja concebe as relações entre as pessoas”, disse.

Pérez afirmou ao jornal espanhol El País que os organizadores não fazem parte de nenhum grupo político e que a manifestação deve ser pacífica.

Na página oficial do movimento, pede-se que os participantes não respondam a nenhum tipo de provocação ou insulto.

A convocação também foi estendida a heterossexuais. No entanto, o comunicado esclarece que todos devem beijar alguém do mesmo sexo.

A visita de Bento 16 à Espanha desencadeou uma onda de protestos em Barcelona. Além dos homossexuais, 50 associações de ateus organizam manifestações e distribuem cartazes com a frase “Eu não te espero”.

Protestos de mulheres e até encontros de católicos para refletir sobre o “atual modelo de Igreja” também estão programados para o fim de semana.

Segundo jornais espanhóis, os moradores da região estão descontentes com o apoio financeiro “excessivo” à visita papal e com o tratamento da força policial da Catalunha, que cuidará da segurança do pontífice.

Data: 5/11/2010 09:08:24
Fonte: BBC Brasil

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Eleitores americanos vetam leis islâmicas em decisão judicial

 

PROIBÍDO CONSULTAR A SHARIA NOS EUA

Com mais da metade dos votos, os eleitores de Oklahoma aprovaram uma emenda que proíbe os juízes estaduais do estado de consultar a lei islâmica para decidir casos.

A Pergunta Estado Referendo 755, pedindo que os residentes de Oklahoma alterem o 7º artigo da Constituição do Estado de proibir os tribunais do estado de usarem ou mesmo considerarem a lei da Sharia quando se pronuncia um processo judicial, passou com 70 por cento dos votos, segundo assessores.

O ex-deputado republicano Duncan Rex, o defensor do referendo, elogiou aprovação da emenda como um ataque preventivo contra o que ele chama de "juízes ativistas."

Duncan acredita que os tribunais americanos estão cada vez mais consultando a Sharia para decidir questões relativas à comunidade muçulmana dos EUA. O recém-eleito procurador distrital chama essa prática de "grosseiramente inadequada."

"Eu acho que o benefício deste referendo será sentido em outros estados afogando-se em juízes liberais," disse Duncan.

Professor de Leis da Universidade de Fordham, Jim Cohen, disse à ABC News que ele acredita que o Estado está ultrapassando seus limites.

"Nosso sistema federal e estadual [estão] em parte regulado pelo conceito de separação de poderes. Está longe de ser claro que o legislador de Oklahoma possa restringir o que um ramo separado do governo pode considerar em termos de fazer o seu trabalho," disse ele.

Ele disse à ABC que referências à lei da Sharia em questões legais são "raras."

Outros temem que, mesmo a menor confiança na lei islâmica pode abrir a porta para os tribunais da Sharia e prática na América.

Paul Estabrooks, especialista sênior em comunicação do grupo de vigilância da perseguição cristã Open Doors, concorda que a lei da Sharia, uma vez introduzida, irá levar aos humanos verdadeiros desafios.

"É uma espécie de velho ditado que uma vez que o camelo fica com a cabeça dentro da tenda, não vai demorar muito para que ele esteja completamente lá dentro. Muitas pessoas temem isso,” disse ele.

Estabrooks salientou que a sharia permite o tratamento desproporcional de mulheres e de perseguição religiosa.

"Uma das implicações da lei da Sharia é que quando alguém abandona a fé do Islã, torna-se apóstata e é punível com a morte pela lei islâmica," afirmou.

Dr. Bill Wagner, autor de Como o Islã Planeja Mudar o Mundo (How Islam Plans to Change the World), diz que a Sharia, que significa caminho ou o caminho para o charco no deserto, é visto pelos Muçulmanos como uma forma dedicada utópica da vida.

"Muçulmanos devotos sentem que é seu dever viver sob este sistema. Eles são autorizados a viver sob outros sistemas, se eles são uma minoria. Mas [eles] devem tentar instituir a Sharia para si o mais rapidamente possível," explicou Wagner.

Ainda assim, ambos Wagner e Estabrooks acreditam que a alteração é prematura.

"Em Oklahoma não há perigo de uma tentativa de trazer a Lei Sharia para os próximos anos, mas sinto que quando os Muçulmanos obtenham uma maioria em algumas áreas, se tornará um grande problema," disse Wagner.

Se Sharia se torna uma questão importante, diz Wagner, os Cristãos devem estar preparados para tomar uma posição.

Data: 5/11/2010 09:12:57
Fonte: Christian Post