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Cantora evangélica morre durante louvor em igreja do PR

 

A cantora gospel Milaine Marcelino Nascimento, morreu no domingo à noite vítima de uma parada cardiorrespiratória fulminante durante um culto na Igreja Evangélica Avivamento Bíblico, em Sarandi (PR). Ela cantava no momento em que passou mal e caiu desacordada no palco.

Milaine completaria 31 anos no próximo dia 25 e estava com casamento marcado para janeiro de 2011 com o noivo Samuel. A cantora deixa o filho Nathan, sete anos.

O velório de Milaine ocorreu na tarde de ontem. Centenas de pessoas emocionadas ocuparam completamente a Igreja Assembleia de Deus, no Jardim Alvorada, da qual Milaine era assídua frequentadora. "Ela era uma jovem muito amável, carismática, todos aqui na igreja gostavam muito dela", contou o pastor Osmir Coutinho.

Canções e declarações emocionadas marcaram a despedida. Uma das colegas de Igreja dizia ao microfone que "sua voz gravada continuará evangelizando e a manterá viva entre nós." Muito emocionado, o noivo Samuel teve de se retirar durante o velório.

A família de Milaine vivia em Maringá havia oito anos. O sepultamento foi às 16 horas de ontem, no Cemitério Municipal de Londrina, cidade onde a cantora nasceu. Com a voz embargada, o irmão da cantora, Edson Soares do Nascimento, 27, disse à reportagem que, para Milaine, "a vida era a música".

Desde muito pequena, "com dez ou 12 anos", começou a demonstrar interesse pelo canto e passou a construir a carreira dela, sempre relacionada à Igreja e à música gospel. Em 2008, Milaine lançou o primeiro CD e DVD, com o qual estava viajando em divulgação por diversos Estados do País, incluindo Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e também nos países vizinhos Argentina e Paraguai.

Data: 3/11/2010 08:54:11
Fonte: O Diário

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Teólogo critica intervenção do papa na política brasileira

LEONARDO BOFF

 

Para o teólogo Leonardo Boff, a palavra do papa Bento XVI dirigida aos bispos brasileiros e publicada na imprensa é inoportuna. Diante desta palavra e para que não sejam vítimas da hipocrisia, os cristãos católicos brasileiros devem considerar que "nos catolicíssimos países como Portugal, Espanha, Bélgica, e na Itália dos papas já se fez a descriminalização do aborto", bradou.

Boff enfatizou que "todos os apelos dos papas em contra não modificaram a opinião da população quando se fez um plebiscito.” O teólogo enfatizou que é contra o aborto, mas que não se trata apenas do aspecto moral, a ser sempre considerado. “Deve-se atender também a seu aspecto de saúde pública. No Brasil, a cada dois dias morre uma mulher por abortos mal feitos", relatou. Para logo indagar: "diante de tal fato devemos chamar a polícia ou chamar o médico? O espírito humanitário e a compaixão nos obriga a chamar o médico", frisou.

A descriminalização nos países por ele mencionados fez com que o número de abortos diminuisse consideravelmente, observou. “O organismo da ONU que cuida das populações demonstrou há anos que, quando as mulheres são educadas e conscientizadas, elas regulam a maternidade e o número de abortos cai enormente. Portanto, o dever do Estado e da sociedade é educar e conscientizar e não simplesmente condenar as mulheres que, sob pressões de toda ordem, praticam o aborto. É impiedade impor sofrimento a quem já sofre", argumentou.

O teólogo lembrou que o canon 1398 condena com a excomunhão automática quem pratica o aborto e cria as condições para que seja feito. “Ora, foi sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso, e sendo ministro da saúde José Serra, que foi introduzido o aborto na legislação, nas duas condições previstas em lei: em caso de estupro ou de risco de morte da mãe. Se alguém é fundamentalista e aplica este canon, tanto Serra quanto Fernando Henrique estariam excomungados. E Serra nem poderia ter comungado em Aparecida como ostensivamente o fez”, alegou Boff.

Quando se trata do sofrimento de centenas de mulheres pobres, que morrem a cada ano, "é bom que mantenhamos o espírito crítico face a esta inoportuna intervenção do papa na política brasileira fazendo-se cabo eleitoral dos grupos mais conservadores", alegou o teólogo.

Ele denunciou com firmeza que "o povo mais consciente tem, neste momento, dificuldade em aceitar a autoridade moral de um papa que durante anos, como cardeal, ocultou o crime de pedofilia de padres e de bispos".

Boff concluiu sua contundente manifestação dizendo que "como cristãos escutaremos a voz do papa, mas neste caso, em que uma eleição está em jogo, devemos recordar que o Estado brasileiro é laico e pluralista. Tanto o Vaticano e o Governo devem respeitar os termos do tratado que foi firmado recentemente, em que se respeitam as autonomias e se enfatiza a não intervenção na política interna do pais, seja na do Vaticano seja na do Brasil".

Data: 3/11/2010 08:59:37
Fonte: ALC

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POLÊMICA – Jesus era HIV positivo, afirma pastor sul-africano

 

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“Hoje vou começar um sermão em três partes com o tema ‘Jesus era HIV positivo’”, disse recentemente o pastor sul-africano Xola Skosana, em um culto dominical.

Essas palavras inicialmente surpreenderam sua congregação no bairro Khayelitsha, na Cidade do Cabo, deixando todos em silêncio. Depois, geraram todo tipo de comentário nas igrejas do país. Alguns cristãos ficaram ofendidos, afirmando que o pastor retratou Jesus como alguém sexualmente promíscuo.

O vírus HIV é transmitido principalmente através de relações sexuais, mas também pode se propagar através de agulhas compartilhadas, sangue contaminado, gravidez e amamentação. No entanto, como disse o pastor Skosana (foto) aos que estavam reunidos no modesto salão da escola Luhlaza usado para os cultos semanais, em muitas partes da Bíblia Jesus se colocou no lugar dos miseráveis, dos doentes e dos marginalizados.

“Sempre que você abre as escrituras, vê Jesus se colocando na pele de pessoas que experimentam quebrantamento. O texto de Isaías 53, por exemplo, pinta claramente um retrato de Jesus tomando sobre si as enfermidades e os males da humanidade”, disse ele à BBC. Skosana também é rápido em salientar que está usando essa metáfora para destacar o perigo da pandemia do HIV/Aids, que ainda carrega um estigma em favelas da África do Sul.

“Claro, não há nenhuma evidência científica de que Jesus tinha o vírus HIV em sua corrente sanguínea“, diz o pastor, cujo ministério não-denominacional Hope for Life [Esperança para a Vida] é parte de um crescente movimento carismático na África do Sul.

“O melhor presente que podemos dar às pessoas que são HIV positivas é ajudar a fazer AIDS deixar de ser estigmatizada e criar um ambiente onde elas sabem que Deus não está contra elas, que não se envergonha delas.”

No entanto, o pastor Mike Bele, que dirige a Igreja Batista Nomzamo no bairro vizinho de Gugulethu, disse que a maioria do clero em Khayelitsha e em outros bairros da Cidade do Cabo se opõem fortemente a essa associação de Jesus com o HIV.

“A ilustração que apregoa Jesus ser HIV positivo é grave“, diz ele. ”Acredito que nenhum líder ungido e com bom entendimento das escrituras e o papel de Cristo em nossas vidas, iria deliberadamente arrastar o nome de Cristo na lama.”

Para o pastor Bele, retratar Jesus dessa forma faz com ele se torne parte do problema, não da solução. ”O pastor precisa explicar o que aconteceu para trazer Cristo ao nosso nível, pois Cristo é supremo e é Deus”, diz ele. ”Há uma preocupação de que os não-crentes zombem de Jesus e tentem reduzir sua importância, colocando-o em oposição à força poderosa que acreditamos que seja.”

Data: 3/11/2010 08:41:51
Fonte: Pavablog