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Um quarto dos norte americanos dizem ser pentecostais

 

     De cada quatro cristãos, um se identifica como pentecostal nos EUA. É o que mostra uma nova pesquisa do Grupo Barna (Instituto de Pesquisa Cristão). Aqueles com idade entre 26 e 44 anos são os que se identificam como batizados no Espírito Santo (29%), em comparação aos outros grupos de idade.
     Enquanto isso, os americanos cristãos de 45 a 63 anos – a geração que introduziu na América o “Freaks Jesus” – são os menos propensos a assumir a identidade pentecostal (20%).
     A pesquisa foi realizada no mês de fevereiro com um grupo de 1.005 adultos em Ventura, na Califórnia. O estudo define carismáticos e pentecostais como aqueles que consideram a passagem bíblica “foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas”.
     Segundo o Grupo Barna, o número de pentecostais / carismáticos é o triplo do número de evangélicos nos EUA e equivale ao número de adultos que frequentam Batista, Metodista, Presbiteriana, Luterana, Episcopal ou igrejas não-denominacionais.
     Um pouco mais de um quarto (26%) dos protestantes e 20% dos católicos identificam como parte do segmento carismáticos ou pentecostais.
     Embora a existência dos dons espirituais seja debatida entre muitos líderes cristãos nos dias de hoje, a nova pesquisa descobriu que 56% dos cristãos mais jovens, com idade entre 18 a 25, acreditam que os dons, incluindo o falar em línguas e a cura, são ativos e válidos. Quanto mais idade, menos prováveis são os crentes em manter a mesma crença.
     Apesar dos cristãos adultos jovens abraçarem os dons espirituais, eles são menos prováveis, entre os outros grupos de idade, a dizer que “sempre vão permitir que sua vida seja guiada pelo Espírito Santo”.
     O grupo mais jovem é também o menos propenso a dizer que nunca tinha falado em línguas (7%).
     Além disso, os mais jovens crentes oferecem uma visão mais existencialista do Espírito Santo, com 68% dizendo que acredita que a terceira pessoa da Trindade é apenas “um símbolo do poder de Deus ou a presença, mas não é uma entidade viva.”59% dos cristãos, com idade entre 26 a 44, e 55% dos cristão entre 45 e 63, concordam com a afirmação.
     David Kinnaman, presidente do Grupo Barna, observa que a próxima geração de cristãos carismáticos e pentecostais podem gastar menos tempo defendendo suas opiniões para os outros, mas eles também parecem ser muito menos certo do que acreditam ou como colocar a sua fé em ação. “Isso levanta a questão sobre o que vai definir a próxima geração de jovens carismáticos e pentecostais crentes nos EUA”, disse ele. “Enfrentando críticas menos de dentro das fileiras dos cristãos, devem se concentrar em ser teologicamente fundamentados e encontrar uma maneira de viver fielmente no âmbito mais vasto da cultura, das artes, mídia, tecnologia, ciência e negócios.”
     Carismáticos jovens, acrescentou, são menos propensos a adotar as suas crenças e práticas baseadas na reflexão profunda e consideradas teológicas. “A vitalidade futura desta parcela da comunidade cristã vai depender, em parte, sobre a ligação de jovens crentes carismáticos e pentecostais à melhor formação em teologia e doutrina”, frisou.

Fonte: Christian Post

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Israel tem capacidade para atacar o Irã diz vice-primeiro-ministro

Guila Flint

De Tel Aviv para a BBC Brasil

Moshe Yaalon (arquivo)

Yaalon também é ministro para Assuntos Estratégicos de Israel

O vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon, afirmou nesta segunda-feira que, em caso de guerra, a Força Aérea israelense tem capacidade para atacar um país distante como o Irã.

Yaalon, que também é ministro para Assuntos Estratégicos, fez o pronunciamento, considerado sem precedentes, durante uma conferência sobre os desafios da Força Aérea israelense nas próximas décadas.

“Não há dúvida de que a capacidade tecnológica (da Força Aérea israelense) melhorou nos últimos anos, aumentando a distância e as possibilidades de fornecimento de combustível (no ar)”, afirmou Yaalon. “A tecnologia gerou uma melhora dramática da exatidão, do armamento e da capacidade de inteligência.”

“Podemos utilizar essa capacidade (da Força Aérea) na guerra contra o terror em Gaza, na guerra contra os foguetes no Líbano, na guerra contra o Exército sírio e também na guerra contra um país distante como o Irã.”

Essa foi a primeira vez que Yaalon utilizou o termo “guerra” no contexto do Irã.

Obama

Líderes israelenses já mencionaram anteriormente a possibilidade de um ataque ao Irã, mas nunca em uma linguagem tão direta.

O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, afirmou que o Irã estaria se preparando para cometer um “segundo Holocausto” e disse que “deve-se usar de todos os meios para impedir que isso aconteça”.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, já disse que “não descarta nenhuma opção para impedir que o Irã tenha armamentos nucleares”, e o chefe do Estado Maior, general Gabi Ashkenazi, mencionou a capacidade da Força Aérea de atacar “alvos distantes”.

Yaalon, que já foi chefe do Estado-Maior do Exército de Israel e é um dos ministros do “gabinete dos sete” – o fórum de ministros considerado mais importante do governo israelense –, chegou a declarar que Israel de fato “já se encontra em um confronto militar com o Irã”, mencionando o conflito de Israel com o Hamas e o Hezbollah, organizações que Israel considera “extensões” do Irã.

Os pronunciamentos sobre a possibilidade de que Israel venha a atacar o Irã levaram o presidente americano, Barack Obama, a enviar emissários especiais para convencer o governo israelense de que o caminho para impedir o desenvolvimento de um projeto nuclear iraniano para fins militares seria por intermédio de sanções.

Entre os emissários de Obama que vieram a Israel especialmente para dissuadir o governo de tomar o caminho militar, os principais foram o chefe da CIA, Leon Panetta, e o chefe das Forças Armadas americanas, Mike Mullen.

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Supremo Tribunal Federal mantém templos livres de ICMS

     O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), em decisão unânime, julgou improcedente a ação ajuizada pelo governo do Paraná contra a Lei estadual 14.586/04. A norma, produzida pela Assembleia Legislativa do estado, prevê a isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas contas de água, luz, telefone e gás utilizados por igrejas e templos de qualquer natureza.

     Segundo a ADI (ação direta de inconstitucionalidade), a lei seria inconstitucional porque as entidades religiosas não são contribuintes de direito do imposto, mas somente contribuintes de fato. Além disso, assegurava o governo, a lei foi editada sem prévia autorização do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal.

     O governo do Paraná, de acordo com a ação, não cobra o ICMS dos templos, mas dos prestadores de serviços relativos ao fornecimento de energia elétrica, água e telecomunicações. Sustentava que os contribuintes do ICMS ao estado são as concessionárias de serviço público e não as igrejas ou templos, que apenas pagam às concessionárias o “preço” e não o tributo pelo consumo de energia elétrica, água, telefone e gás.

     Consta da ação, que a lei estadual infringiria dispositivos dos artigos 150 e 155 da Constituição Federal que obrigam os estados a realizarem convênios para a concessão e revogação de isenções, incentivos e benefícios fiscais.

Voto

     “A disciplina legal em exame apresenta peculiaridade e merece reflexão para concluir estar configurada ou não a denominada guerra fiscal”, ressaltou o ministro Marco Aurélio, relator, no início de seu voto. Ele destacou que, conforme o artigo 150, inciso VI, alínea “b”, da Constituição Federal, os templos de qualquer culto estão imunes a impostos. Com base no parágrafo 4º, do citado artigo, o ministro afirmou que a isenção limita-se ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nela mencionadas.

     O ministro Marco Aurélio ressaltou que a lei complementar relativa à disciplina da matéria é a 24/75. “Nela está disposto que as peculiaridades do ICMS – benefícios fiscais – hão de estar previstos em instrumento formalizado por todas as unidades da federação”, disse. De acordo com ele, a disciplina não revela isenção alusiva a contribuinte de direito, isto é, aquele que esteja no mercado, mas a contribuinte de fato, “de especificidade toda própria”, presentes igrejas e templos de qualquer crença quanto à serviços públicos estaduais próprios, delegados, terceirizados ou privatizados de água, luz, telefone e gás.

     O relator salientou que a proibição de introduzir benefício fiscal sem o assentimento dos demais estados tem como causa evitar competição entre as unidades da federação e, conforme o ministro Marco Aurélio, isso não acontece na hipótese. “Está-se diante de opção político-normativa possível, não cabendo cogitar de discrepância com as balizas constitucionais referentes ao orçamento, sendo irrelevante o cotejo buscado com a lei de responsabilidade fiscal, isso presente o controle abstrato de constitucionalidade”, disse.

     “No caso, além da repercussão quanto à receita, há o enquadramento da espécie na previsão da primeira parte do parágrafo 6º do artigo 150, da Carta Federal, o que remete a isenção à lei específica”, ressaltou o relator. O voto dele, pela improcedência da ação, foi seguido por unanimidade.

Data: 8/5/2010
Fonte: STF / Última Instância