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Arquidiocese pede direito de resposta em matéria sobre livreto

Campanha afirma não “julgar” LGBTs e ignora mandamento bíblico

 

 

Arquidiocese pede direito de resposta em matéria sobre livretoArquidiocese pede direito de resposta em matéria sobre livreto

A Arquidiocese de Belo Horizonte solicitou direito de resposta após a matéria do portal Gospel Prime sobre como a instituição católica defende a ideologia de gênero em material para evangelização.

Pautado pela ética e transparência, o portal concede o espaço, mas não sem antes destacar que não houve qualquer tipo de manipulação nas informações, tendo, inclusive, reproduzido na íntegra o parágrafo 5b, da página 19 da cartilha, que fala sobre “diversas configurações” de família.

A última linha diz claramente ‘Nesse mesmo horizonte [família], sejam acompanhadas as pessoas em suas diferentes identidades sexuais (gays, transexuais, lésbicas, travestis, transgêneros e bissexuais).

As críticas ao material sancionado por Dom Walmor O. de Azevedo, estão presentes em vários sites católicos como o iCatólica, a Sensus Fidei, e repercutido fora do país, no site espanhol InfoCatólica. Portanto, não se trata de uma visão ‘evangélica’ da questão.

No entendimento do portal Gospel Prime, ainda que os cidadãos LGBT não mereçam discriminação pela sua opção sexual, o conceito de família a ser seguido deve ser o explicitado na Bíblia (homem e mulher). O linguajar “politicamente correto” da Arquidiocese na página 18, tenta mostrar que família é a união das pessoas na consciência do amor”. Esse argumento é muito similar ao usado por militantes LGBT na sua defesa da “ideologia de gênero”.

Ainda que o Supremo Tribunal Federal tenha legalizado a união civil de pessoas do mesmo sexo – no chamado casamento gay – esse entendimento, embora socialmente aceitável, não se sobrepõe à verdade das Escrituras.

Sendo assim, colocar gays, transexuais, lésbicas, travestis, transgêneros e bissexuais no mesmo “horizonte” que a família é um contrassenso. Para que a Arquidiocese possa fazer jus ao nome do seu Projeto de Evangelização, ela precisa “Proclamar a Palavra” em sua inteireza.

Em nenhum momento o material, que trata de evangelização, chama essas pessoas ao arrependimento, mandamento que anda lado a lado com a crença no evangelho (cf. Marcos 1:15). Logo, mesmo afirmando que não “exclui nem julga”, o material elaborado pela Arquidiocese ignora a revelação de textos como Levítico 20:13, Romanos 1:26-27, 1 Coríntios 6:9-10, Hebreus 13:4 entre outros.

Leia a Nota na íntegra:

Solicitamos o direito de responder a matéria que acusa a Arquidiocese de BH a defender a ideologia de gênero.  Por favor, publique a nossa nota:

A Arquidiocese de Belo Horizonte esclarece que as informações publicadas na reportagem não condizem com as orientações do Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra. Os trechos destacados estão descontextualizados, interpretados de modo a não traduzir o que realmente estabelece o Projeto de Evangelização.

Em comunhão com a Igreja, a Arquidiocese de Belo Horizonte partilha a convicção de que o Matrimônio é a união entre homem e mulher, a exemplo da Sagrada Família de Nazaré. Ao mesmo tempo, conforme orienta o Papa Francisco, busca acolher e acompanhar, sem exclusões e julgamentos, dando testemunho da misericórdia de Deus, que a todos alcança.

Nesse sentido, a Arquidiocese de Belo Horizonte lamenta não ter sido procurada pelos responsáveis pela elaboração dessa reportagem para os devidos esclarecimentos. Coloca-se à disposição para apresentar, de modo devidamente contextualizado, o Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra, fruto de atenta escuta das muitas comunidades de fé, em sintonia com os desafios do mundo contemporâneo.

Alguns artigos de dom Walmor que contestam a chamada ideologia de gênero:
Educação em pauta  http://www.arquidiocesebh.org.br/site/artigoArcebispo.php?id_artigoArcebispo=10884
Família, tocha acesa http://www.arquidiocesebh.org.br/site/artigoArcebispo.php?id_artigoArcebispo=11773
 Princípios e ideologias http://www.arquidiocesebh.org.br/site/artigoArcebispo.php?id_artigoArcebispo=10834

Conselho Arquidiocesano de Pastoral reflete Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra

O Conselho Arquidiocesano de Pastoral da Arquidiocese de Belo Horizonte se reuniu neste dia 10, conforme previsto em seu calendário de atividades, dois dias após a apresentação oficial do Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra.  O Conselho tem a tarefa de nortear, aplicar e avaliar as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese. Neste sábado, dia da primeira reunião ordinária, os conselheiros retomaram o conjunto de dez eixos que vão inspirar a elaboração dos planos de pastoral para a vivência da fé nas comunidades eclesiais, no horizonte inspirador de sempre Proclamar a Palavra de Deus.

Com entusiasmo missionário, os integrantes do Conselho avaliaram que  a Arquidiocese de Belo Horizonte, a partir dos frutos da 5ª Assembleia do Povo de Deus (5ª APD), busca ser cada vez mais misericordiosa, “em saída, corajosamente debruçando-se sobre a humanidade sofredora, como servidora.” Nesse sentido, conforme avaliação dos conselheiros, a Arquidiocese mantém-se comprometida com a família cristã, “célula vital da Igreja e da sociedade, no horizonte dos ensinamentos doutrinais da Igreja Católica, abominando a ideologia de gênero e tudo o que desvirtua o plano e o querer de Deus para seus filhos e filhas”. O que se assume, conforme bem observa o Conselho, é enfrentar as vicissitudes que desafiam a condição humana, contribuindo para que todas as pessoas tenham a oportunidade de reencontrar e seguir Jesus Cristo, “na permanente tarefa de reconquistar a inteireza da dignidade humana, razão porque o Verbo se fez carne para nos salvar”.

Os conselheiros estão convictos de que a Arquidiocese precisa ser uma “Igreja hospital de campanha”, conforme palavras do Papa Francisco, mantendo-se sempre fiel às verdades da fé. O Conselho Arquidiocesano de Pastoral convoca todos os cristãos católicos a assumirem mais decisivamente essa missão evangelizadora, nos passos indicados em torno dos dez eixos presentes no Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra. “Esses dez pontos devem nortear planejamentos e ações, refletindo comprovada fidelidade da Arquidiocese de Belo Horizonte a Jesus Cristo, Mestre e Senhor, que nos chama e envia para tudo realizar com amor e fidelidade misericordiosa”, orienta o Conselho.

Dom Walmor, durante apresentação do Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra, destaca a vocação de homem e mulher na família. Com informações do Gospel Prime.

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Cardeais pedem que papa mude ensinamentos sobre questões de família

Na tradição da Igreja existe a prática da correção ao Sumo Pontífice, explica o cardeal Raymond Burke

por Jarbas Aragão

Cardeais pedem que papa mude ensinamentos sobre questões de famíliaCardeais pedem que papa mude ensinamentos sobre a família
Alguns dos ensinamentos do papa Francisco na encíclica “Amoris Laetitia” [A Alegria do Amor], estão sendo questionados por quatro cardeais conservadores católicos. Para eles, esse é documento de peso sobre a família, mas que semeia confusão sobre temas morais importantes, como o divórcio e a homossexualidade.
Os cardeais estão vindo a público com sua reclamação, pois o Papa não respondeu ao pedido feito por eles em abril. Na encíclica, Francisco pede que a igreja católica seja menos rígida e mais compassiva com os membros “imperfeitos”. Cita como exemplo aqueles que se divorciaram e voltaram a se casar. Seu argumento é que “ninguém pode ser condenado para sempre”.

Ele pediu aos sacerdotes de todo o mundo que “acolham” gays, lésbicas e outras pessoas que vivem em situações que a igreja considera “irregulares”. Não disse que considera válido o casamento gay, mas a linguagem dúbia afirma que devem ser valorizados os “sinais de amor de que, de algum modo, refletem o amor de Deus”.

Na época que foi publicado o documento de 260 páginas, argumentou-se que era uma tentativa de tornar a igreja “mais inclusiva” e “menos condenatória”.  Os cardeais — dois alemães, um italiano e um norte-americano — tomaram uma postura considerada extrema.

No passado, o pontífice teve desentendimentos com os mais conservadores dentro do Vaticano. Eles temem que Francisco esteja enfraquecendo os ensinamentos milenares sobre a família, preferindo se dedicar a defender problemas sociais como a mudança climática e a desigualdade econômica.

Segundo a lei da igreja, quem se divorcia e volta a casar não poderia receber a comunhão, uma vez que seu primeiro casamento ainda é válido e por isso eles estão vivendo em adultério. Na encíclica, o Papa fica ao lado dos progressistas que deixam a cargo do padre ou bispo decidir, juntamente com o fiel, se ele ou ela pode ser reintegrado plenamente e receber a comunhão.

Grave erro papal

Em uma entrevista ao National Catholic Register, o Cardeal Raymond Burke explicou que a decisão de confrontar publicamente o papa é justificada pela ‘tremenda divisão’ que a encíclica pode causar no seio da Igreja.

Segundo ele, a Igreja Católica neste momento “passa por uma enorme confusão em relação a vários pontos da encíclica… esses pontos críticos estão relacionados com princípios morais irreformáveis”. Assegura ainda que os cardeais acreditam ser sua responsabilidade “pedir um esclarecimento a respeito dessas questões, com o objetivo de colocar fim à propagação da confusão que, de fato, está levando o povo ao erro”.

Burke alega que o papa “é o fundamento da unidade dos bispos e de todos os fiéis. Essa ideia, por exemplo, de que o papa deva ser algum tipo de inovador, que está conduzindo uma revolução na igreja ou algo do tipo, é completamente alheia ao Múnus Petrino [autoridade passada por Pedro]”.

Citando o versículo de Gálatas (1:8), lembra que ninguém pode “pregar qualquer evangelho diferente do qual eu [Paulo] vos preguei”. Logo, existe na tradição da Igreja, a prática da correção ao Sumo Pontífice. Embora seja algo muito raro, os cardeais estão dispostos a exigir que Francisco corrija o que seria “um grave erro”.Com informações do Gospel Prime.

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Papa Francisco é o primeiro líder católico a visitar uma igreja evangélica

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O papa Francisco tornou-se, nesta segunda-feira (28), o primeiro líder da Igreja Católica a fazer visita a uma igreja evangélica pentecostal, ramo do protestantismo que é considerado grande “competidor” dos católicos na disputa por novos fiéis no mundo.

Francisco viajou de helicóptero à cidade de Caserta, no sul da Itália, e foi à Igreja Evangélica da Reconciliação, cujo prédio ainda está em obras. O papa também se reuniu privadamente com o pastor evangélico Giovanni Traettino, amigo de longa data.

No sábado (26), o papa já tinha estado em Caserta para celebrar uma missa em honra à padroeira santa Ana, evento que reuniu aproximadamente 200 mil católicos.

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Papa é recebido pelo pastor evangélico Giovanni Traettino

Falando nesta segunda a cerca de 350 fiéis na igreja evangélica, o Pontífice pediu desculpas pela perseguição católica aos pentecostais durante o regime fascista na Itália (1922-1943), quando a prática de sua fé era proibida. “Entre os que perseguiam e denunciavam pentecostais, quase como se fossem pessoas loucas tentando destruir a raça [humana], havia também católicos”, discursou.

“Eu sou o pastor dos católicos e peço o seu perdão por aqueles irmãos e irmãs católicos que não compreenderam e foram tentados pelo Diabo”, acrescentou o papa.

Foi um encontro muito bonito, familiar, entre o Papa Francisco e o pastor amigo, reunido com a sua comunidade. Comovido, Traettino saudou o Papa em meio aos aplausos afetuosos dos presentes:

“Caríssimo Papa Francisco, meu amado irmão, é grande nossa alegria por esta sua visita: uma grande e inesperada graça, impensável até pouco tempo atrás. E poderá ver isso nos olhos das crianças e dos anciãos, dos jovens e das famílias. Nós lhe queremos bem! (aplausos) E deve saber de uma coisa: também entre nós, evangélicos, temos muito afeto por sua pessoa (aplausos) e muitos de nós, todos os dias, rezamos por sua pessoa. Ademais, é muito fácil lhe querer bem. Muitos de nós acreditam, inclusive, que sua eleição a Bispo de Roma tenha sido obra do Espírito Santo (aplausos).”

O Pastor Traettino – que em 1º de junho passado participara do encontro do Papa no Estádio Olímpico de Roma com a Renovação Carismática – recordou o esforço de Francisco ao ir pela segunda vez a Caserta e afirmou: “Com homens como o senhor há esperança para nós cristãos!”

Em seguida, falou da unidade da Igreja fundada em Jesus Cristo. Disse que o centro da nossa vida é estar na presença de Jesus e que a fé é um encontro pessoal com Ele.

Por sua vez, o Papa falou da diversidade que não é divisão e recordou quem é que faz a unidade na Igreja: “O Espírito Santo faz a diversidade na Igreja e essa diversidade é tão rica, muito bonita; mas, depois, o próprio Espírito Santo faz a unidade. E assim a Igreja é una na diversidade. E para usar uma palavra bela de um evangélico, que amo muito, uma diversidade reconciliada pelo Espírito Santo.”

A unidade – observou ainda – não é uniformidade, porque “o Espírito Santo faz duas coisas: faz a diversidade dos carismas, e depois faz a harmonia dos carismas”. O ecumenismo é justamente buscar que “essa diversidade seja mais harmonizada pelo Espírito Santo e se torne unidade”.

Em seguida, respondeu aos que ficaram surpresos pelo fato de o Papa ter ido visitar pentecostais. Na verdade, foi restituir a visita que lhe haviam feito em Buenos Aires, disse ele mesmo:

“Alguém estará surpreso: ‘O Papa foi visitar evangélicos!’ Foi encontrar irmãos! – respondeu (plausos). Porque, na verdade, foram eles que vieram por primeiro me encontrar em Buenos Aires. E isso é um testemunho. Vieram e se aproximaram. E assim começou esta amizade, esta proximidade entre os pastores de Buenos Aires. E hoje aqui. Agradeço muito a vocês, peço que rezem por mim, preciso muito… para que ao menos eu seja melhor. Obrigado! (aplausos).”

Estava presente no encontro na Igreja pentecostal em Caserta, o sacerdote jesuíta argentino Guillermo Ortiz, responsável pelos programas em língua espanhola da Rádio Vaticano. Eis o que nos disse estando ainda na cidade do sul da Itália:

“Este é um encontro muito particular, muito especial. O Pastor Traettino recebeu o Papa diante de todos, após ter estado com ele antes de participar da oração na Igreja da Reconciliação. O Papa Francisco esteve pessoalmente com o Pastor em sua casa, neste encontro privado; depois veio aqui e o pastor disse diante de todos que também os evangélicos querem muito bem ao Papa Francisco. Cerca de 200 pessoas, talvez até mais, aplaudiram e estando aqui na Igreja se vê realmente como querem bem ao Papa. O pastor falou de reconciliação, da importância de retomar o caminho na presença do Senhor, partindo novamente de Jesus. No início houve um aplauso pela presença do Papa e, logo depois, foi pedido um aplauso mais forte para Jesus…”

Trata-se, portanto, de um momento muito importante para o ecumenismo…

“Sim, no sentido que o Papa se aproxima de uma periferia. Este evento é aquilo que acontece nas periferias de nossas cidades, inclusive em Buenos Aires, na Argentina, na América Latina, onde há pessoas que se reúnem e com a Bíblia rezam; creem em Jesus e são cristãos honestos, não são daqueles que se aproveitam das pessoas para tirar dinheiro delas prometendo a felicidade. São pessoas que lendo o Evangelho encontraram Jesus e Cristo mudou suas vidas. Agora elas dão testemunho buscando ajudar os outros. O Pastor Traettino disse ter meditado muito sobre a Encarnação, porque o Papa, ao invés de enviar uma mensagem a seu irmão, veio encontrá-lo e também participou da oração em sua Igreja. O Papa disse que nos fará bem ir encontrar e tocar Cristo na carne porque se fez homem e agora se encontra nos irmãos; e nos fará bem tocar a carne de Cristo nos irmãos. É uma coisa muito concreta. Isso significa que estamos falando de cristianismo: um cristianismo verdadeiro, profundo, que vai além das diferenças que – disse o Papa – são do mesmo Espírito Santo, que como um poliedro faz a diversidade e a unidade na diversidade”, concluiu Pe. Ortiz. Com informações do site Franciscanos