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Celebrando a “condescendência” de Jesus

Joseph Farah

“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta. Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” (Lucas 1:26-33 ACF)

Milhões de cristãos no mundo inteiro celebrarão amanhã o Natal — indo à igreja, fazendo orações, cantando hinos natalinos e dando presentes uns aos outros em memória do nascimento de seu Senhor e Salvador, Jesus de Nazaré — cujo nome hebraico é Yeshua.

O anjo Gabriel aparece à virgem Maria no quadro "A Anunciação", feito em 1898 pelo artista Henry Ossawa Tanner

A maioria dos cristãos compreende que Yeshua, seu Salvador, não nasceu realmente em 25 de dezembro. Eu suspeito fortemente, embora não possa provar, que Ele nasceu em Nisã 1 — o primeiro dia do ano do calendário hebraico conforme foi estabelecido por Moisés. Isso significaria que o nascimento ocorreu na primavera — quando as ovelhas saem aos campos e nascem os cordeirinhos.

Apesar disso, os cristãos estarão lendo hoje passagens conhecidas do Evangelho de Lucas que descrevem as circunstâncias difíceis de uma virgem que deu a luz — um acontecimento que ocorreu apenas uma vez em toda a história do mundo.

Muitos filmes e livros foram produzidos sobre esses acontecimentos. Mas a maioria tem focalizado — e dá para entender muito bem isso — na obediência e sacrifícios notáveis de José e Maria — ou Yusef e Miriam — para trazer o bebê Yeshua, cujo próprio nome significa “salvação”, ao mundo.

Mas, você já pensou no que essa experiência foi para Yeshua?

Nós todos sabemos como Yeshua se sacrificou por nós no fim de Sua vida mortal — as torturas agonizantes que ele suportou, a humilhação, a morte na cruz. Mas nesta data do ano, eu muitas vezes penso no sacrifício que Ele, o co-criador do universo, fez, temporariamente renunciando à Sua onisciência, Sua onipotência, Seus imenso poder e Seu lugar à direita de Deus, para viver dentro do útero de uma menina judia e para se submeter à proteção de um obscuro carpinteiro judeu.

Ele literalmente renunciou ao céu para vir a um mundo caído de perigo e desilusões. Presumivelmente, Ele até teve de se desprender de sua própria consciência divina para se tornar um vulnerável embrião e bebê recém-nascido. Ele teve de nascer sob circunstâncias tribulosas depois que seus pais fizeram uma viagem de 112 km, andando a pé de Nazaré até Belém.

Ele renunciou a todas as riquezas inimagináveis e sabedoria imensa do universo para nascer num estábulo e colocado num lugar onde os animais bebiam água.

Mas, o que é mais importante, tente imaginar como é sentar-se à direita do Pai celestial contemplando essa ideia de se tornar totalmente vulnerável e, por pelo menos um período de tempo, ficar presumivelmente sem ideia do que aconteceu!

Como todas as outras crianças, Yeshua nasceu sem saber andar ou falar. Quantos de nós estariam dispostos a trocar nossas próprias vidas e estado consciente como seres humanos mortais adultos para reentrar no mundo desse jeito de novo?

É isso o que o nascimento de Yeshua representa para mim. É, em todo aspecto, um acontecimento tão inspirador e sagrado quanto contemplar a morte na cruz e ressurreição de Yeshua.

Muitas vezes falamos e ponderamos a Ascenção. Mas e quanto à Condescendência que ocorreu quando Jesus se tornou, primeiro, um bebê no útero e mais tarde naquele dia em Belém, um vulnerável recém-nascido que seria caçado por Herodes, e no fim sofreria uma horrível morte na cruz?

Os que creem reconhecem o sacrifício de Yeshua feito no Gólgota. Mas, verdadeiramente, precisamos considerar o sacrifício que Ele fez no dia em que voluntariamente renunciou ao céu para nascer de uma virgem. Esse acontecimento poderia também ser chamado de Miraculosa ou Misteriosa Condescendência.

Obrigado, Yeshua!

Traduzido por: www.juliosevero.com

Fonte: WND

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A REDE GLOBO, A BABILÔNIA E A PÉRSIA

 

| autor: Pr. Luiz Fernando

Quando soube da sedução da Rede Globo pensei em escrever alguma coisa, mas lembrei-me que já havia escrito algo. Veja aqui. Agora publico o excelente texto do Bispo Moreno sobre o assunto. Creio que o Bispo Moreno foi muito feliz em suas colocações. Boa Leitura.

A REDE GLOBO, A BABILÔNIA E A PÉRSIA

Conheço bem o pastor Gustavo Bessa e a pastora Ana Paula Valadão Bessa. Tive a feliz oportunidade dada por Deus de conviver com eles (embora não tão intimamente quanto eu gostaria) durante muitos anos em Belo Horizonte. Além dessa convivência, tenho para com eles uma dívida de gratidão impagável, devido ao incondicional apoio que me deram em momentos difíceis do meu ministério nas Alterosas. Até onde é possível saber-se isso, sei que são pessoas de Deus, consagradas ao reino de Deus, dedicadas à salvação dos perdidos.

Entretanto, não apoio o envolvimento da pastora Ana Paula com a Som Livre e com a Rede Globo. Primeiro, porque a graça de Deus na vida dela torna desnecessária qualquer ajuda humana e também porque ela sozinha (mas não sem a Graça) já demonstrou ser capaz de juntar centenas de milhares de pessoas para ouvi-la. Deus a tem usado e a Globo não tem nada a ver com isso.

Entendo essa investida da Globo como um laço, uma armadilha. É a velha serpente tentando seduzir a noiva de Cristo – e por “noiva” não me refiro apenas à pastora Ana Paula, mas à igreja do Senhor. A história demonstra sobejamente que toda vez que a igreja capitulou diante dos poderes seculares, os prejuízos para nós foram grandes. Isto, obviamente, nunca impediu – e jamais impedirá – que Deus continue agindo em todas as coisas para o bem dos que o amam e que ele transforme o mal em bem. Como escreveu Jó, os planos de Deus nunca podem ser frustrados. O decreto de Deus foi escrito antes da fundação do mundo e nada pode alterá-lo – e também nada pode ajudá-lo.

O pastor Gustavo escreveu no blog da Ana Paula um artigo intitulado: “A Rede Globo, a Babilônia e a Pérsia”, no qual compara a Globo a Ciro e pergunta se Deus não teria poder para usar a Rede Globo para que a mensagem do evangelho fosse proclamada, o nome de Jesus fosse levantado e a identidade da igreja fosse reafirmada. A única resposta a essa pergunta retórica, é: “Sim, pode”. Claro que pode; mas a questão não é se Deus pode. Será que Deus quer?

No seu artigo, o pastor Gustavo afirma que Ciro não pensava religiosamente, mas sim politicamente. O texto bíblico, porém, me leva a ter outra opinião e, respeitosamente, quero declará-la: “O Senhor, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e designou-me para construir-lhe um templo em Jerusalém, na terra de Judá” (2 Cr 36.23). Ciro sentia ser a reconstrução do templo uma ordem de Deus. A bem da verdade, naquela época remota, não havia essa dicotomia religião-estado que há em nossos dias. Os reis se sentiam emissários divinos, quando não se sentiam deuses mesmo. O versículo anterior declara que Deus tocou no coração de Ciro; em Esdras 1.1, “o Senhor despertou o coração de Ciro”; em Isaías 44.28, Deus nomeia Ciro como “meu pastor”. Além disso, a ação de Ciro foi “para que se cumprisse a palavra do Senhor anunciada por Jeremias” (2 Cr 36.22).

Quanto à Globo, não há nada parecido com Ciro. Deus não deu à Globo, como a Ciro, “todos os reinos da terra” (2 Cr 36.23); não depende da Globo, como dependia de Ciro – humanamente – a reconstrução do templo de Deus. Esse templo, a igreja, está sendo construído sobre a Rocha e as portas do inferno não prevalecerão contra ele. A Globo não tem, dados por Deus, como tinha Ciro, os recursos necessários para a reconstrução. Tais recursos são do Espírito Santo e estão nas mãos da igreja, portanto, nas mãos da pastora Ana Paula e do Diante do Trono.

Se, como escreveu o pastor Gustavo, a intenção da Globo é meramente comercial, porque os milhões de evangélicos se tornaram uma força consumidora, e a Globo tem o propósito de conseguir ganhos de audiência, por que, pergunto abismado, a igreja tem que fazer parte dessa estratégia, fortalecendo essa empresa e dando-lhe condições de continuar veiculando o que de mais imundo existe: adultérios, falcatruas, homossexualismo, prostituição, feitiçaria, mentira, idolatria? A reconstrução do templo em Jerusalém não visava o fortalecimento da Babilônia, mas a sua destruição, ou pelo menos, a destruição do seu poderio.

Se o Senhor Jesus fosse convidado para cantar na Globo, ele iria? Ele nunca se associou com os poderosos de sua época, nunca transigiu diante de suas investidas, nunca cedeu. Ao contrário, ele sempre se posicionou ao lado dos excluídos, dos marginalizados, tanto pelo poder político quanto pelo poder religioso.

A Igreja não precisa da Globo para reafirmar a sua identidade; a nossa identidade nós a temos em Cristo, o Senhor. Além disso, gozando das benesses da Globo (do mundo) nenhum cristão poderá denunciar as suas maldades. A amizade com o mundo é inimizade contra Deus.

Espero que Cristo, que é a Luz do mundo e que como Deus habita na luz inacessível, ilumine a todos os envolvidos nessa saga. No fim, ele será glorificado, ainda que permaneçamos no erro.

(Leia o artigo do Pr. Gustavo AQUI)

+Bispo José Moreno

Fonte: Alem da Letra

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Ciência Estudos

Entrevista: Cientista Cristão Fala Sobre ‘Partícula de Deus’ Vs ‘Origem do Universo’

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Por Jussara Teixeira| Correspondente do The Christian Post

Recentemente, dois grupos de pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) apresentaram os resultados sobre a busca pela partícula conhecida como “bóson de Higgs” – apelidada de “partícula de Deus”.

A eventual descoberta do boson de Higgs poderá fazer com que a física tenha mais subsídios para compreender sobre a matéria da qual o universo é formado.

A explicação é de Adauto J. B. Lourenço, formado em Física e Matemática pela Universidade Cristã Bob Jones, da Carolina do Sul, físico das áreas de matéria condensada e física de superfície e pesquisador em trocas de energia entre superfícies metálicas e gases.

Cientista, cristão e criacionista, Lourenço é autor dos livros “Como Tudo Começou: Uma Introdução ao Criacionismo” e “Gênesis 1 & 2: A Mão de Deus na Criação”, além de “A Igreja e o Criacionismo”, todos da Editora Fiel.

Em entrevista ao The Christian Post, o cientista nos explica como a possível descoberta da partícula pode mudar os conceitos da física e explicar sobre a matéria da qual o universo é formado.

Mas ele salienta: “é importante ressaltar que o modelo padrão ainda está distante de ser uma teoria completa”. Segundo o cientista, os atuais modelos utilizados pela física, ainda não fornecem os dados necessários para nenhuma afirmação sobre a origem da matéria.

Veja as explicações do cientista sobre a “partícula de Deus”:

CP: O que é a física de partículas?
Lourenço: A física de partículas é um campo da física que estuda as partículas sub-atômicas e as interações que ocorrem entre elas. Um dos modelos que procura descrever tanto as partículas como as interações é conhecido por “modelo padrão”. Este modelo está voltado principalmente para as interações das forças nucleares, conhecidas por eletromagnética, fraca e forte.

CP: Quando esta teoria foi desenvolvida?
Lourenço: Essa teoria foi desenvolvida na metade do Século XX pelos pesquisadores Sheldon Glashow, Steven Weinberg e Abdus Salam. Os três compartilharam o prêmio Nobel em física de 1979. Dentre as muitas partículas propostas (ainda teóricas) e pesquisadas (já encontradas) por esse modelo encontra-se o bóson de Higgs.

CP: O que seria o bóson de Higgs? Esta partícula explica a origem da matéria? De que forma?
Lourenço: Uma comparação bem simples pode ser feita para se entender a função do bóson de Higgs no modelo padrão. Na biologia encontramos as células estaminais (conhecidas por células tronco). Elas possuem a capacidade de dividirem-se e diferenciarem-se em diversos tipos especializados de células. Já na física de partículas, o bóson de Higgs teria uma função similar. Ele seria o progenitor das demais partículas. é importante notar que não estamos dizendo que todas as partículas existentes no universo teriam vindo de um único bóson de Higgs, mas que, segundo a teoria, todas as partículas seriam provenientes de bósons de Higgs. O bóson de Higgs, caso comprovado, não dará uma explicação sobre a origem da matéria, pois ainda não há uma teoria que explique como ele teria surgido.

CP: O que é o CERN e como ele funciona?
Lourenço: O CERN (antigo Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) é uma organização internacional conhecida atualmente por Organização Européia para Pesquisa Nuclear (European Organization for Nuclear Research). Ela foi estabelecida em 1954. Essa instituição opera o maior laboratório de física de partículas do mundo, conhecido como LHC (Large Hadron Collider), Grande Colisor de Hádrons.

CP: O que exatamente os cientistas estão pesquisando?
Lourenço: Os cientistas esperam poder responder as questões fundamentais da física, referentes às leis básicas que governam as interações e as forças das partículas elementares, incluindo a estrutura do tempo e do espaço, e especialmente a junção da mecânica quântica com a teoria da relatividade. A pesquisa também irá revelar se o modelo padrão de partículas está correto ou não. Caso não esteja, um novo modelo deverá ser proposto.

CP: Qual a importância da descoberta?
Lourenço: As informações oficiais do CERN, até a data desta entrevista, mencionava que o bóson de Higgs ainda não havia sido descoberto. Os pesquisadores do CERN já procuraram e não encontraram o bóson de Higgs em 95% de todos os níveis de energias possíveis. Esses níveis de energia representam a massa que o bóson de Higgs poderia ter. Resta apenas 5% para pesquisar, entre os níveis 116-130 GeV (Giga Electron Volts) no detector ATLAS (A Toroidal LHC ApparatuS) ou 115-127 GeV (Giga Electron Volts) no detector CMS (Compact Muon Solenoid). Esses são dois dos seis detectores existentes no LHC.

CP: E se a partícula for realmente encontrada?
Lourenço: Caso o bóson de Higgs seja encontrado, a física terá ganho um pouco mais de compreensão sobre a matéria da qual o universo é formado. é importante ressaltar que o modelo padrão ainda está distante de ser uma teoria completa.

CP: Ela irá mudar os atuais conceitos sobre a origem da matéria na física?
Lourenço: Caso o modelo padrão seja confirmado, com a descoberta do bóson de Higgs, a física terá uma ferramenta a mais para continuar a sua pesquisa sobre a origem da matéria. Como já foi mencionado, o modelo padrão estuda as partículas sub-atômicas e as interações que correm entre elas. Por meio dos modelos utilizados pela física, ainda estamos muito distantes de termos condições de afirmarmos qualquer coisa sobre a origem da matéria.

CP: Por que a referida partícula tem o apelido de “partícula de Deus”?
Lourenço: A “partícula de Deus” é um apelido dado ao bóson de Higgs. O termo bóson faz referência ao físico e matemático indiano Satyendra Nath Bose (colaborador com Albert Einstein na teoria dos condensados de Bose-Einstein). O apelido “partícula de Deus” foi dado pela mídia fazendo referência ao título do livro “The God Particle: If the Universe Is the Answer, What Is the Question?” de Leon Lederman (físico americano, prêmio Nobel pelo seu trabalho com neutrinos).

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.