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Fantástico nega ressurreição em matéria sobre Jesus

Programa ignora relatos bíblicos ao falar sobre túmulo em Jerusalém

 

 

Fantástico nega ressurreição em matéria sobre JesusFantástico nega ressurreição em matéria sobre Jesus
O programa Fantástico, transmitido pela rede Globo aos domingos exibiu uma matéria sobre a restauração da Basílica do Santo Sepulcro na noite do dia 6. Contudo, a revista dominical mais antiga da televisão brasileira cometeu dois erros grosseiros ao falar sobre o assunto.
A reportagem mostrava as cenas do trabalho de restauração da igreja construída no século 4 sobre a pedra onde se acredita que o corpo de Cristo foi depositado depois da crucificação.

Os apresentadores Tadeu Schimdt e Poliana Abritta chamaram o local, no centro de Jerusalém, de “um dos mais importantes do cristianismo”. Logo em seguida, foi mostrada uma animação de como teria sido “cavado” o túmulo na rocha e disseram que isso era “segundo os textos bíblicos”.

Contudo, ao lembrar os eventos que sucederam há dois mil anos atrás, a narração afirma: “a tumba não guarda mais o corpo de Jesus que desapareceu dias depois do sepultamento”. Mais que um erro grosseiro de redação, trata-se da negação do fato mais importante dos evangelhos: a ressurreição no terceiro dia.

A matéria prossegue, mencionando as narrativas de “várias passagens bíblicas”. Lembra que no evangelho de Mateus [27:60] é mencionado um “´túmulo novo” aberto na rocha. Ao citar a passagem de Marcos 15:46, afirma que o José que colocou uma grande pedra na entrada era “pai de Jesus”.

Ora, apenas três versículos antes, o texto diz claramente “José de Arimateia, senador honrado” que “pediu o corpo de Jesus”. Uma breve lida nos três outros evangelistas – Mt 27:57, Lc 23:50 e Jo 19:38 – comprovam que se tratava de um homem rico, o dono original daquela sepultura e não o carpinteiro José, pai adotivo de Jesus, que não é mencionado na Bíblia após o início do ministério de Cristo na vida adulta.

A matéria do Fantástico, programa com grande audiência, mostra que a rede Globo não está interessada em preservar as verdades das Escrituras que cita de modo equivocado, induzindo o telespectador ao erro. Dois erros tão primários e em sequência mostram que não se primou pelo rigor jornalístico de “checar as fontes”, no caso o Novo Testamento, citado de forma parcial.

Mais grave ainda é o fato de negar-se a ressurreição, o centro da mensagem do evangelho, preferindo propagar a mesma versão falsa que os soldados romanos divulgaram após serem subornados pelos sacerdotes em Jerusalém (Mateus 28:13-15).

Anos mais tarde, o apóstolo Paulo explicaria aos primeiros cristãos, “se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm” (1 Coríntios 15:14).

Assista a reportagem:

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Lideranças religiosas não deveriam se envolver com política

Se assim acontecesse, o mundo da vida e dos céus agradeceriam.

por Cleiton Maciel Brito

Lideranças religiosas não deveriam se envolver com políticaLideranças religiosas não deveriam se envolver com político.
Vários líderes religiosos estão trocando o púlpito pelo palanque ou fazendo do púlpito um palanque e, em muitos casos, transformando a vida em um palanque político. Entretanto, líderes religiosos não deveriam nem estar, nem fazer política sob nenhuma destas formas. Mas, infelizmente, não é isso o que vem ocorrendo.

No tocante ao primeiro aspecto, por exemplo, há uma grande quantidade de religiosos confessionais que migraram para o campo da política sob a justificativa de influenciar o mundo por meio institucional do Estado. Acerca deste item, escrevi neste portal um artigo indicando o sentido sociológico desse deslocamento: https://artigos.gospelprime.com.br/estao-crucificando-o-evangelho/.

Sobre o segundo aspecto, ainda que  os líderes não se candidatem a um cargo eletivo do Estado, estão levando a política para dentro da igreja, seja indicando em quais políticos os membros devem voltar, seja oferecendo o púlpito ao candidato. Dessa forma, a pregação cede lugar ao discurso eminentemente partidário, fazendo com que a mensagem bíblica passe a ser mero adereço dentro das igrejas.

No que diz respeito ao último item, faço referência a uma nova forma de como os líderes religiosos adentram o campo político ou, dialeticamente, como a política tem adentrado as igrejas. Refiro-me às redes sociais.

Nelas, pastores, bispos, presbíteros e padres passam a hastear sua bandeira partidária por meio de posts em vídeos e em texto. Alguns deles têm conotação jocosa e hostil e, em muitos casos, causam discussões sem fim, com conteúdo, inclusive, desrespeitador. Isso nos faz pensar se os líderes têm sopesado esse tipo de atitude ou seja, refletido se atos dessa natureza não estão fazendo com se perca o bom testemunho daqueles que estão fora da igreja, como Paulo nos adverte na carta a I Timóteo 3: 7, criando apenas discussões inúteis? Temo que não. Muitos deles, pode-se dizer, publicam posts provocadores apenas para gerar tumultos virtuais.

Como se percebe, são envolvimentos políticos variados, que colocam um desafio fulcral à igreja contemporânea, pois são os próprios líderes que estão protagonizando um processo que eu considero uma espécie de “desvio” da finalidade do episcopado bíblico, que seja: pastorear o rebanho de Deus, combatendo o bom combate com fé, boa consciência, piedade, contentamento e mansidão, mas sem ira, jactância, desejo de riquezas ou poder, e sem propalação de palavras que só geram contendas e que para nada aproveitam.

Vale destacar que, além das questões que envolvem a laicidade do Estado – amplamente discutidas alhures – estes três espectros de questões são prejudiciais, primeiramente à igreja, porque ao se adentrar o campo da política, ao invés de “influenciá-la”, acaba-se sendo engolido por ela, que é o que está acontecendo hoje em âmbito nacional.

Isso se explica, em parte, em face de o campo da politica ser o campo das relatividades, das verdades, das negociações. O da religião, mormente, as cristãs, é o da norma, dos padrões e da doutrina. E misturar esses dois campos é como que se chocassem partículas de matéria e antimatéria, criando ultra fagias cósmicas.

Por isso, argumento que líderes religiosos não deveriam se envolver, discursiva e eleitoralmente, na política, haja vista que, dentre outras razões, quando eles tomam partido – literalmente, nesse caso – isso acaba criando divisões dentro da própria igreja ou, em um pior resultado, afugenta os membros que pensam diferente, politicamente, dele. Mas sendo o líder o “pastor” de TODA a igreja, a atitude deste deveria ser a do acolhimento e da mediação das diferenças, das variadas formas de visões de mundo que os membros possuem.

Infelizmente, esse elemento axial da liderança cristã tem sido colocado em xeque ao assumir-se, perante a grei, um discurso político, quando, na verdade, o encaminhamento dessas questões deveria ser outro: “deixar” que os membros das igrejas, enquanto cidadãos livres que são, façam a política, e no lugar apropriado – a vida social – sem qualquer cor ou natureza religiosas.

Se assim acontecesse, o mundo da vida e dos céus agradeceriam.Com informações do Gospel Prime.

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A Bíblia, a ciência e a verdade

Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? (João 3:12)

por Moisés C. Oliveira

 

A Bíblia, a ciência e a verdadeA Bíblia, a ciência e a verdade
Muitos cristãos têm sido intimidados pela supervalorização da opinião cientificista moderna que os pressiona – numa espécie de condicionamento – a responderem tímida e acanhadamente que a Bíblia não é um tratado científico, optando por essa saída mais diplomática e cortês que apologética, de que se trata de um livro religioso, como uma maneira de fugir das perguntas desconcertantes que seriam obrigados a encarar.
Albert Einstein declarou que “é um milagre que o mundo das nossas experiências sensíveis seja compreensível”, num claro tom de ceticismo que tinha sobre o alcance das respostas que a ciência oferecia a perguntas que fugiam do seu escopo de atuação. Para o físico reconhecido como um dos maiores gênios do século passado, o que mais o intrigava era o fato que até mesmo a existência real de seres vivos diminui em importância, comparada ao fato de que o mundo seja compreensível e que possa ser representado de forma verdadeira. Chegou a afirmar que “o próprio fato de que a totalidade de nossas experiências sensoriais possa ser ordenada é algo que me deixa extasiado”. Ora, se um cientista com tamanha capacidade, não escondia seu ceticismo com relação a ciência, a linguagem e a realidade e sobre as expectativas que se depositavam nela, não dá para imaginar como ficaria, o restante da humanidade, nós os simples mortais.

A questão central da ciência é “o que é a verdade?” A mesma pergunta que vem ecoando há séculos, desde quando Pilatos a fez diante de Nosso Senhor Jesus Cristo. Se as narrativas dos Evangelhos são verdadeiras (correspondem aos fatos), a resposta estava diante do próprio Pilatos em forma humana, pois o Mestre já havia dito “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; (…)” (João 14:6).

Para a matemática, onde quer que a verdade possa ser encontrada, ela deverá ao menos, ser  consistente em si mesma, isto é, não poderá contradizer-se e todas as provas matemáticas fundamentam-se, em última instância, nessa premissa. Consistência perfeita entre um discurso ou teoria e o mundo real ainda não foi encontrada, seja nas ciências, seja no mundo material, exceto na vida de Jesus Cristo, a única fonte da absoluta consistência, tanto quanto podemos conhecer, a saber o Deus que “é o mesmo, ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13:8).

Não obstante as ciências possam nos oferecer boas definições da verdade, coube à semiótica teorética – um ramo da lógica matemática – colaborar com a melhor resposta, cuja proposta é: se a verdade está relacionada diretamente com a simplicidade, relatos verdadeiros de fatos conhecidos são a sua melhor expressão.

C.S. Peirce, matemático e lógico norte-americano, fundador do pragmatismo filosófico, defendia que a verdade é uma propriedade formal exclusivamente das representações e consiste da concordância entre as palavras, nossa observação e os fatos (realidade física e eventos tal como relacionados no espaço-tempo).

Os quatro Evangelhos, o livro de Atos dos Apóstolos e a Primeira Epístola do Apóstolo Paulo a Timóteo relatam Jesus diante de Pilatos. Sendo isso um fato verdadeiro, então tais relatos não apenas se qualificam como verdadeiros mas cada qual contém os três elementos críticos e necessários que devem ser encontrados em qualquer relato verdadeiro, a saber:

1° existe o fato material da história que é relatada;

2° existe uma precisa e competente observação que conecta os fatos materiais em questão com certas representações (palavras);

3° existem as palavras usadas para relatar os eventos.

Surge daí uma tríade, que compõe a mais sólida e simples forma da verdade, a saber, (1) fatos, (2) competente observação por uma ou mais testemunhas confiáveis desses eventos e (3) representações fiéis desses eventos. Se esses três itens estão de acordo entre si, então diz-se que a narrativa dos eventos relatados é verdadeira. Para a verdade ocorrer nessa abordagem é necessário que os fatos remetam tudo que a narrativa afirma que é e que a narrativa não afirme aquilo que não remeta aos fatos materiais. Para efeitos da lógica, essa relação triádica pode ser chamada de uma trindade de tipo bíblico, isto é, cada elemento contém e é contido pelo outro, de tal forma que ao conhecer completamente um deles os outros dois também serão conhecidos.

Não por acaso, a Bíblia posiciona-se como a narrativa verdadeira dos planos e vontade divina para o ser humano. Se uma narrativa é a forma mais pura e simples onde se encontra a verdade, concluímos que as narrativas bíblicas devem ser a mais completa narrativa já realizada sobre o mundo material. Se ela é verdadeira, a sua abrangência vai desde o início do universo até o fim daquilo que conhecemos como tempo. Se Jesus é “(…) o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Apocalipse 1:8), então concluímos que o livro que ele veio completar é a mais verdadeira narrativa que houve, que há, e que jamais haverá outra que a supere.

Voltando à Bíblia; de fato ela não é um compêndio de textos científicos que oferecem descrições técnicas detalhadas e fórmulas físicas e matemáticas de fenômenos naturais, pois se assim o fosse, rapidamente estaria desatualizada, como outro livro de ciência qualquer; mesmo porque ela trata de uma enorme variedade de fenômenos e imensa quantidade de eventos históricos. Seus assuntos vão desde ciência, história, literatura, psicologia, economia, lei, militarismo até a educação, mas ao contrário do que ocorre na sociedade moderna, ela não fala aos seus pares, mas ao povo comum, daí ela não se utilizar de jargão técnico de nenhuma disciplina particular, mas empregar uma linguagem universal acessível a todo aquele que a ela recorrer.

A fragilidade da ciência é depender exclusivamente de si mesma, de seus esquemas mentais e achar que através de seus pressupostos e princípios poderá alcançar a verdade. É espantoso, a despeito de que sozinha, alheia a qualquer princípio superior, consiga produzir armamentos poderosíssimos capazes de dizimar países inteiros, manipulações genéticas desordenadas, sem contar as ideias de mentes brilhantes que deturpam os costumes da sociedade ocidental, distorcem a vocação do homem e causem tanto mal a si próprios. Imagina se pessoas talentosas assim, submetessem-se à vontade do Eterno e deixassem-se ser conduzidas pela sua vontade no desenvolvimento da ciência e do conhecimento, em que situação estaria a sociedade hoje?

Uma sugestão quando surge um conflito por um ou outro lado, é lembrar quem é quem nessa caminhada humana na terra; a ciência ou a Palavra de Deus? Qual verdade perdura inalterada baseada no princípio mais simples onde se possa encontrá-la, a saber, narrativas verdadeiras de fatos reais, por observadores competentes?

Era melhor deixar de lado o orgulho por ser independente e dar espaço, crendo naquele que criou céus e mares, impôs limites ao universo e estabeleceu as estações do ano. Aquele que fala clara e sinceramente a respeito tanto de coisas terrenas, quanto de coisas eternas e celestiais.

As Escrituras sempre nos oferecerão a verdade e respostas satisfatórias para qualquer necessidade, conforme diz o salmista: “Odeio os pensamentos vãos, mas amo a tua lei (Salmos 119:113)”.

Bibliografia:

EINSTEIN, Albert. “Physics and Reality,” in Out of My Later Years. Citadel Press, 1956.
C.S. Peirce, “The Logic of Relatives,” The Monist, 7, 1897.
Tarski, “The Concept of Truth in Formalized Languages,” in J.J. Woodger, ed. and trans., Logic, Semantics, and Metamathematics. Oxford University, 1936.
MORRIS, Henry M. The Biblical Basis for Modern Science. Master Books, 2010.