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É o fim dos tempos? O caos russo tem a ver com Gogue e Magogue? Especialistas respondem

Alguns teólogos defendem que os atuais acontecimentos encontram referência nas profecias de Ezequiel sobre a batalha de Gogue e Magogue.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE FAITHWIRE
Explosão em Kiev no segundo dia da invasão russa à Ucrânia. (Foto: Captura de tela/YouTube Band Jornalismo)
Explosão em Kiev no segundo dia da invasão russa à Ucrânia. (Foto: Captura de tela/YouTube Band Jornalismo)

Com a invasão russa à Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, muitos se perguntam se é o prelúdio de uma Terceira Guerra Mundial. É o fim dos tempos?

No segundo dia da invasão, embora a situação esteja perigosa e violenta e o número de mortos esteja subindo, nenhum dos chefes de Estado envolvidos declarou estado de guerra.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse às Nações Unidas, na quarta-feira (23), que uma guerra total com a Rússia seria o “fim da ordem mundial”.

E além das conversas políticas, há também discussões teológicas acontecendo, resgatando temas sobre o fim dos tempos bíblicos e do envolvimento teórico da Rússia nele.

Estamos diante do fim dos tempos?

Será que as ações da Rússia fazem parte do cenário escatológico? Especialistas bíblicos são cautelosos para não exagerar ou fazer proclamações definitivas sobre nações e eventos, embora tenham surgido teorias viáveis ​​que valem a pena explorar, conforme o Faithwire.

O autor Joel Rosenberg está entre aqueles que exploram abertamente as profecias do Antigo Testamento sobre o fim dos dias bíblicos. Ele discute a potencial colocação da Rússia nos acontecimentos atuais.

Em seu blog, ele publicou há alguns anos sobre uma possível relação entre eventos mundiais aos escritos de Ezequiel. “O profeta hebreu Ezequiel escreveu há 2.500 anos que nos ‘últimos dias‘ da história, Rússia e Irã formarão uma aliança militar para atacar Israel pelo norte”,  escreveu Rosenberg .

Estudiosos da Bíblia referem-se a esse conflito escatológico, descrito nos capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel, como a Guerra de Gogue e Magogue. “O texto fala de um ‘Gogue, da terra de Magogue’ [Ez 38.14-16] e aponta não apenas uma batalha, mas uma vitória do Senhor diante dos olhos do mundo”, continuou.

O que significa Gogue e Magogue?

Há muitas opiniões e interpretações teológicas sobre Gogue e Magogue. Conforme o Got Questions Ministries, existe uma ligação com a Rússia. “Gogue é uma pessoa. E quem quer que seja Gogue, ele é da terra de Magogue, um líder de Tubal e Meseque [algumas traduções adicionam ‘Rosh’ à lista]”, diz o site.

Além disso, menciona também uma confederação de outras nações: Pérsia, Cuxe, Put, Gomer e Beth Togarma, conforme Ezequiel 38.5-6. “E, quem quer que seja, ele terá planos de ‘atacar um povo pacífico e inocente‘, isto é, Israel [versículos 11, 14 e 18]. Mas, independentemente dos planos de Gogue, o Senhor Deus está contra ele e o derrotará”, explica ainda.

E por que alguns acreditam que a Rússia é Magogue?

No mapa, se olhar para o lado norte, estará a Rússia e os antigos territórios soviéticos. Portanto, não é surpreendente ver tantos especialistas bíblicos apontarem para essa região, de acordo com artigo do Faithwire.

Outra nota mencionada no artigo é a “Pérsia”, uma nação listada como estando em aliança com Magogue, ou seja, o Irã moderno. O pastor Roger Barrier, que se aposentou como pastor sênior da Igreja Casas, em Tucson, Arizona, disse algo essencial: “Deus escolheu não nos dar todos os detalhes sobre o fim dos tempos”.

Por esse motivo, nem sempre há respostas definitivas sobre o que está acontecendo, por exemplo, quanto à questão da invasão russa à Ucrânia. Mas, ele enfatiza também que é “incrivelmente frutífero explorar as Escrituras e ter uma compreensão do que os textos bíblicos estão apontando”.

“Quando falamos de ‘Gogue e Magogue’, estamos falando de um líder na terra da Rússia. Porém, se daqui a 500 anos, se Cristo demorar, essa terra poderá ter outro nome, pois estará em outro tempo”, observou o pastor que é fundador do Crosswalk.

“Magogue significa o ‘Príncipe de Rosh’ [de Gogue]. Rosh é a antiga palavra raiz para a terra da Rússia. Deus informa que Magogue virá do extremo norte. O que fica ao norte de Jerusalém? Moscou. E ‘Meseque’ é o antigo nome da capital da Rússia ocidental. Tubal é identificada como uma cidade da Sibéria”, detalhou.

O pastor ainda especifica que Gogue (Rússia) é o rei do Norte. E que o rei do Sul é uma coalizão árabe-africana.

Sobre os nomes das nações

“Ezequiel 38.5-6 identifica as outras nações que serão arrastadas para a batalha, contra os reis do Sul: Pérsia — Cush e Put estarão com eles, com escudos e capacetes. E também Gomer com suas tropas, e Beth Togarma do extremo norte”, acrescentou.

Pérsia — atual Irã.

Cush — atual Etiópia e nações da África Central.

Put e Líbia — localizados no norte da África.

Gomer — povo que se estabeleceu na Alemanha.

Beth Togarma — atual Ásia Menor e Turquia.

Para Roger, essas nações se alinharão com a Rússia nas batalhas contra o rei do Sul e, mais tarde, contra o Anticristo.

Profecias que ainda não se cumpriram 

Ao citar que Israel ressurgiu como nação, em 1948, Rosemberg aponta para o cumprimento de uma profecia bíblica e foca depois naquelas que ainda não se cumpriram, como a profecia de Gogue e Magogue.

“O líder da Rússia [disse sem citar nomes] fará uma aliança com Irã, Turquia e alguns outros países hostis para cercar e atacar Israel nos últimos dias”, lembrou.

Alguns podem se perguntar se Putin e a Rússia contemporânea se encaixam nessa profecia, mas Rosenberg foi cauteloso ao dizer que é possível que sim e que não.

“Talvez esses eventos estejam a centenas de anos de distância ou mais próximos do que imaginamos. A Bíblia não especifica e os cristãos são exortados a não definir uma data”, ponderou.

Porém, também disse em 2018, que “Vladimir Putin é mais perigoso para os Estados Unidos do que o islamismo radical”.

Resumindo, o caos entre Rússia e Ucrânia indica que estamos no fim dos tempos? “Ninguém sabe, mas considerando as questões internacionais em andamento em torno de Israel, Irã e Rússia, muitos cristãos e teólogos preferem observar de perto”, concluiu.

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Evidências de ‘gigantes bíblicos’ são encontradas no norte de Israel

A busca por provas da existência de nefilins foi transformada em uma série documental.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO JERUSALEM POST
Gilgal Refaim, ou Roda dos Gigantes, nas Colinas de Golã. (Foto: Abraham Graicer/Wikimedia Commons)
Gilgal Refaim, ou Roda dos Gigantes, nas Colinas de Golã. (Foto: Abraham Graicer/Wikimedia Commons)

Os gigantes da Bíblia, também mencionados como Nefilim, são figuras que provocam a curiosidade dos estudiosos bíblicos. Uma intensa pesquisa em busca de vestígios dos nefilins se tornou em uma série documental.

Produzida pela Inspiration TV, uma rede de entretenimento cristã, a série “Anjos e Gigantes, os Vigias e Nefilins” apresenta uma investigação sobre as teorias por trás dos gigantes bíblicos.

“A Bíblia descreve os Nefilim em vários lugares”, disse Rudy Landa, produtor e diretor da Inspiration TV, ao site Jerusalem Post.

Landa lembra que a principal referência aos nefilins está em Gênesis 6:4, que diz: “Naqueles dias havia nefilins na terra, e também posteriormente, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens e elas lhes deram filhos. Eles foram os heróis do passado, homens famosos.”

Para encontrar evidências reais, fugindo do sensacionalismo que pode haver em torno do assunto, Landa contou com a ajuda do autor Douglas Van Dorn, que acabou de escrever um livro sobre o tema.

A busca por provas passou por diversos países como Egito, Peru e Estados Unidos, mas a série documental começa nas Colinas de Golã, em Israel.

“Faz sentido começar em Israel, onde a história dos Nefilim começou”, disse Landa. “E isso foi em Golã.”

O Livro de Enoque, um livro apócrifo do segundo século a.C. atribuído ao bisavô de Noé, faz uma descrição dos Nefilim e afirma que o nome do Monte Hermon é derivado da palavra hebraica cherem, que significa “ser banido”.

De acordo com o Livro de Enoque, os Nefilim foram banidos do céu e enviados à terra no Monte Hermon. A região, conhecida como Basã, é de onde o rei Ogue saiu contra os israelitas no momento de sua entrada na Terra Prometida.


Gilgal Refaim é um antigo monumento nas Colinas de Golã.  (Foto: Wikimedia Commons)

Roda dos Gigantes em Israel

Os produtores da série também foram ao Gilgal Refaim (“Roda dos Gigantes”), uma formação rochosa localizada nas Colinas de Golã. Olhando do chão, parecem pilhas de rochas. Mas de cima, é possível ver círculos concêntricos de pedras com um túmulo no centro.

O propósito de Gilgal Refaim, que afirma-se ter sido construído ainda em 3500 a.C., é um mistério e foco de debate acadêmico. “Existem teorias que afirmam que Ogue foi enterrado em Gilgal Refaim”, disse Landa.

Além disso, Landa explicou que Gilgal Refaim se alinha com fenômenos astronômicos, permitindo que o local fosse usado para prever o início das chuvas — uma habilidade de sobrevivência muito importante.

A entrada para o centro dá para o nascer do sol no solstício de verão. Os entalhes nas paredes indicam os equinócios da primavera e do outono. Outras marcações indicam as ascensões das estrelas.

“Havia claramente um design muito inteligente por trás do local”, observou Landa.

Com base em Gênesis 14:13, que descreve um “fugitivo” (Palit) que contou a Abrão sobre a captura de Ló, a tradição judaica ensina que Ogue estava vivo no tempo de Noé, mas escapou do dilúvio se agarrando ao lado da Arca.

Deuteronômio 3:11 diz que “Ogue, rei de Basã, era o único sobrevivente dos refains”.

Uma estimativa aproximada do tamanho de Ogue pode ser feita com base em uma referência ao tamanho de sua cama, que é descrita como 9 côvados de comprimento e 4 de largura. Fazendo a conversão da medida bíblica, significaria que a cama de Ogue tinha mais de 4 metros de comprimento e mais de 1,80 de largura.

A Inspiration Networks “Angels & Giants: The Watchers & Nephilim” estará disponível ainda este ano, mas ainda está analisando o canal de distribuição.

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‘Pentecostalismo está dominando o mundo’, diz jornalista que viajou 12 países

Atualmente, o número de pentecostais é estimado em 600 milhões; em 2050, espera-se que esse número chegue a 1 bilhão, ou uma em cada dez pessoas na Terra.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PREMIER
A Yoido Full Gospel Church, na Coreia do Sul, foi iniciada em 1958 e hoje tem 700.000 membros. (Foto: Thomas Schirrmache)
A Yoido Full Gospel Church, na Coreia do Sul, foi iniciada em 1958 e hoje tem 700.000 membros. (Foto: Thomas Schirrmache)

A jornalista Elle Hardy passou os últimos anos viajando para doze países tentando entender “como o pentecostalismo cresceu tão rapidamente e por que se tornou tão significativo”. Segundo ela, o que encontrou foi igualmente surpreendente, fascinante e perturbador.

A pesquisa de Elle deu origem ao livro “Beyond Belief: How Pentecostal Christianity is Taking Over the World” (Além da crença: como o cristianismo pentecostal está dominando o mundo, em tradução livre do inglês), tem um título arrogante para destacar a profundidade e amplitude do movimento, bem como sua ambição e influência.

De acordo com Elle, a popularidade da fé é algo que muitos cristãos também desconhecem: as conversões em massa no Brasil, por exemplo; os altos exemplos de desertores norte-coreanos renascendo na ferrovia subterrânea para o sul; as populações ciganas britânicas e ciganas continentais encontrando o Espírito em grande número.

Devido em grande parte às taxas de natalidade, o islamismo e o hinduísmo são os grandes competidores na corrida global por almas, mas ninguém está atraindo pessoas para a tenda como os pentecostais, afirma Elle.

De acordo com algumas estimativas, o movimento está convertendo 35.000 novos seguidores a cada dia. Atualmente, o número de pentecostais é estimado em 600 milhões – bem mais de um quarto dos cristãos do mundo. Em 2050, espera-se que esse número chegue a 1 bilhão, ou uma em cada dez pessoas na Terra.

O número de pentecostais está estimado em 600 milhões

“Quando se trata de definir pentecostais, eles tendem a ter nomes diferentes em lugares diferentes, então eu uso amplamente o termo para definir pessoas que acreditam em receber o Espírito Santo depois de nascer de novo”, explica a jornalista.

Elle diz que há evidências de que as práticas pentecostais estão influenciando grandes grupos de seguidores de Jesus, inclusive no catolicismo. “Ouvi falar de igrejas católicas tocando músicas de adoração Hillsong e igrejas ortodoxas na Europa Oriental permitindo práticas mais carismáticas por medo de perder paroquianos”, diz.

“Suspeito que a recente divisão na Convenção Batista do Sul nos Estados Unidos foi causada, em parte, pela crescente influência das igrejas guiadas pelo Espírito tanto na prática quanto na política. Existe até uma seita islâmica nigeriana adotando ideias pentecostais para impedir o fluxo de muçulmanos para as megaigrejas”, aponta.

Uma revolução social

Criada vagamente católica e agora firmemente agnóstica, Elle diz que “caí no mundo pentecostal inteiramente por acidente”. Em 2018, ela passeou seis semanas em Waco, Texas, relatando sobre a indústria pentecostal pouco conhecida, mas em rápido crescimento, de reformatórios para homens pegos solicitando prostitutas, conhecidas como “escolas John”.

“O casal que dirigia a escola não era de rótulos, e eles certamente não cortejavam a ‘mídia de notícias falsas’ a que eu aparentemente pertencia, mas eles concordaram em me deixar sentar na primeira fila para o que eles consideravam ser uma revolução social”, conta.

Ela diz que após afrouxarem sua desconfiança, esses revolucionários cristãos revelaram por que a deixaram se juntar a eles. “A inspiração para a missão deles veio de assistir a vídeos no YouTube de Christine Caine, que se formou na Igreja Hillsong em minha cidade natal, Sydney, Austrália. Ela tem liderado uma campanha nos Estados Unidos – e agora no mundo – para acabar com a ‘escravidão sexual’. Como vim a aprender, esse termo não era tudo o que talvez parecesse. O movimento coloca todas as trabalhadoras do sexo como vítimas, quando algumas trabalham por opção (como alguém me apontou, paga muito melhor do que ensacar mantimentos no supermercado). Também trabalha em estreita colaboração com a polícia – muitas vezes sem amigos dos trabalhadores da indústria – e coloca muitos homens na cadeia carcerária, muitas vezes custando-lhes suas famílias e meios de subsistência”, diz Elle, com o que afirma ter ficado desanimada por não concorda com esse trabalho daquela missão pentecostal.

Jornada da descoberta

Após visitar aquela “sala de aula” do Texas, Elle foi para congregações de Moçambique à Guatemala “que me abriram suas portas e suas vidas”.

“Antes de começar, eu pensava que os pentecostais eram do tipo tagarela e manipulador de cobras das Montanhas Apalaches. Mas logo percebi que, sem saber, frequentava uma das igrejas pentecostais mais conhecidas do mundo quando estava no ensino médio”, diz.

Graha Bethany Nginden é a maior igreja da Indonésia, com uma congregação estimada de 140.000 fiéis. (Foto: Facebook Graha Bethany)

“Meus pais ficaram profundamente desconfortáveis ​​com a família de um amigo me convidando para um espetáculo cristão em 1999 – mas há coisas piores que os adolescentes podem fazer em um sábado à noite, então me juntei a dezenas de milhares de outros em um evento típico do estádio Hillsong”, conta.

“A música de adoração pop e os altos valores de produção da Hillsong continuam até hoje. Recentemente, assisti ao culto deles no Dominion Theatre em Londres. Esta congregação jovem, multicultural, elegante e enérgica cantava cada palavra e se entregava ao momento. Mais importante, eles representam o cristianismo na Grã-Bretanha moderna”, diz.

“Há uma estimativa de 17.000 igrejas pentecostais no Reino Unido – cerca de uma congregação para cada dois pubs na Inglaterra e um pouco mais igrejas do que a Igreja da Inglaterra. Os números exatos são difíceis de obter, mas acredita-se que o Reino Unido seja o lar de cerca de 3 milhões de pessoas que fazem parte do movimento pentecostal”, assevera a jornalista.

Ela diz que os números cada vez menores em muitas congregações da Igreja da Inglaterra ou Metodistas os viram fechando as lojas e alugando seus prédios para os jovens do quarteirão.

“Foi assim que os rapazes da Light & Life [Church] se estabeleceram em Dartford: um filantropo comprou várias igrejas não utilizadas e as ofereceu às congregações por um aluguel de pimenta. A Igreja diz que agora tem 33 congregações e cerca de 20.000 seguidores no Reino Unido, o que equivale a um décimo da população cigana estimada”, conta.

Elle explica que para muitos grupos de imigrantes e minorias no Reino Unido, o pentecostalismo é fundamental para ajudá-los a navegar pela vida local. “É um fenômeno tão comum aos faxineiros domésticos quanto aos jogadores de futebol da Premier League. Em todo o mundo, um padrão está surgindo: para migrantes, minorias, pessoas que se sentem alienadas nas grandes cidades, trabalhadores pobres e pessoas cujas vidas desmoronaram, ingressar em uma igreja pentecostal geralmente é o único jogo na cidade. É tão verdadeiro nos subúrbios ingleses quanto nas favelas brasileiras ou nos municípios sul-africanos”.

“Os pentecostais provavelmente estão certos em supor que a maioria das pessoas seculares e liberais está olhando para eles e sua fé com desprezo”, diz Elle. “Encontrei pessoas de fé que criticam igualmente o evangelho da prosperidade. Mas aqui está a coisa estranha: há muitas evidências de que o evangelho da prosperidade funciona. Para cada pregador multimilionário da Rolex com um jato particular e estilo de vida luxuoso, há uma pessoa comum que se converte ao pentecostalismo e vê uma melhora em suas circunstâncias”.

Brasil tem aumento no número de evangélicos

Pesquisas descobriram que pessoas que vêm da pobreza, ou ciclos de violência e vício, têm mais chances de escapar desse mundo se ingressarem em uma igreja evangélica. “No Sul global, onde vive a maioria dos pentecostais do mundo, os países em dificuldades econômicas veem aumentos na fé. Para cada redução de 1% no PIB de um país, pesquisadores brasileiros encontraram um aumento de 0,8% no número de evangélicos.”

No geral, o estudo descobriu que “as crises econômicas levam a conversões religiosas ao pentecostalismo de outras denominações cristãs”. Mas a expansão do pentecostalismo, desencadeada por crises econômicas na década de 1990, também foi acompanhada por uma mudança nos resultados eleitorais e na produção legislativa em direção a uma agenda política religiosamente orientada. Em outras palavras, como disse um dos autores do estudo: “Essas igrejas dão às populações vulneráveis ​​uma rede de solidariedade que o Estado não conseguiu. Por sua vez, os religiosos passam a votar em candidatos políticos de base religiosa.”

“Para as coisas muito reais e importantes que a fé guiada pelo Espírito dá às pessoas, duas doutrinas em particular me perturbam: o mandato dos sete montes (7M) e a guerra espiritual. A premissa do 7M é que os sete pilares da sociedade (Educação, Religião, Família, Negócios, Governo, Entretenimento e Mídia) foram todos tomados por poderes demoníacos”, entende a pesquisadora.

“Emergindo de profetas de direita nos EUA, diz aos crentes para recuperar o controle dessas ‘montanhas’ antes que Cristo possa retornar. O principal promotor da 7M, Lance Wallnau diz: ‘o objetivo é ocupar até ele chegar, não ficar preocupado quando você for’”.