Categorias
Vídeos

Polonês fica 15 dias morando em aeroporto de SP; veja vídeo

03/07/2011 – 08h00

LAURA CAPRIGLIONE
DE SÃO PAULO
FELIX LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Felix Lima/Folhapress

 

-

Aeroporto de Guarulhos, desembarque internacional. Assim que saiu pelo portão e ganhou a rua, Robert Wladyslaw Parzelski, 44, em vez de pegar um táxi, como todo mundo, sentou-se em um banco frio de cimento. Foi lá que, protegido apenas por um cobertor fino, e tendo ao lado a mala de viagem, passou 15 dias _sozinho, sem ter para onde ir, como falar, com quem falar, sem poder voltar.

Cidadão polonês, Parzelski chegou ao Brasil no dia 17 de junho, voo 247 da British Airways. Veio de Londres. Monoglota na língua eslava, não conseguia se comunicar com ninguém no Brasil, a não ser por mímica.A quem lhe dirigia a palavra, acendia os olhos azulíssimos e balbuciava: "I’m Poland" _algo como "Sou Polônia", em inglês.

"VAI QUE FICA"

O estrangeiro contou com a solidariedade do grupo de faxineiros do terminal aéreo. Conversando com Parzelski em português mesmo "Para ele ir se acostumando; vai que fica por aqui", Sandra Sueli, Edvaldo dos Santos Sousa e Francisca Rodrigues de Sousa levavam-lhe restos de comida (no almoço de quinta foi carne de panela), água, iogurte e cigarros.

No Posto de Atendimento Humanizado aos Migrantes, dentro do aeroporto, já chegara a notícia de que havia "um alemão" perdido por ali. Mas ninguém foi procurar. "Nossa atribuição é dar assistência a brasileiros e brasileiras inadmitidos ou deportados de outros países", explicou a coordenadora.

Na Delegacia da Polícia Civil, o escrivão afirmou que não podia fazer nada: "Não há denúncia contra ele." No Consulado da Polônia em São Paulo, um assessor disse "desconhecer o problema".

Na Infraero, que administra o aeroporto, ignorava-se a existência de Parzelski, apesar de seu aspecto miserável, a barba crescendo e ele dormindo ao relento nas noites frias deste início de inverno (na terça-feira, 28, aliás, os termômetros de Guarulhos registraram 3ºC às 6h).

Veja o video

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/videocasts/937939-polones-fica-15-dias-morando-em-aeroporto-de-sp-veja-video.shtml

Os funcionários da limpeza, porém, sem saber uma palavra de polonês, juntaram um monte de informações sobre o estrangeiro. Por exemplo, de como ele domesticava o frio. Duas garrafas vazias de vodca (uma custou R$ 36 e a outra, R$ 54) foram encontradas, escondidas, no canteiro atrás do banco de Parzelski. Outro canteiro, diga-se, fazia as vezes de WC. Banho não houve nenhum nos 15 dias de aeroporto. Nem troca de roupas.

Felix Lima/Folhapress

Polonês em Cumbica

A Folha pediu ao médico polonês Witold Broda, 70, há 47 anos no Brasil, que ajudasse a resolver o mistério do viajante perdido –até aí, só se sabia que o nome do homem era Robert (a turma da faxina já apurara também essa informação).

Foi às 21h de quinta (30) que Broda chegou ao aeroporto. Encontrou seu conterrâneo dormindo, mas engatou mesmo assim uma prosa em polonês. O homem acordou e até se iluminou num leve sorriso. Era a primeira vez, desde que saíra da Europa, que conversaria com alguém.

A Broda, ele mostrou o passaporte, cuidadosamente guardado em uma carteira de couro no bolso de trás da calça. Na foto do documento confeccionado há 5 anos, ele aparece com bigodão à la Stálin, os cabelos bem pretos, colarinho de camisa social –parece outra pessoa.

Está lá o carimbo da imigração brasileira, que deixou Parzelski entrar mesmo sem ter a passagem de volta, requisito básico para a admissão de turista em quase todos os países.
Parzelski contou que era eletricista de automóveis em Cracóvia, na Polônia. Casado e pai de cinco filhos, foi para a Grã-Bretanha, arriscar um emprego na construção civil. Vivia apenas entre poloneses como ele. Mas, colhido pela crise econômica européia, caiu no desemprego.

À ESPERA

Foi quando um conterrâneo propôs a viagem ao Brasil. Parzelski disse que recebeu a passagem só de ida e a recomendação: que esperasse dois dias no aeroporto. O amigo viria encontrá-lo.

O plano era dar um passeio por São Paulo e voltar a Londres. Parzelski só teria de levar para a Europa dois aparelhos de telefone. "De telefone?", indagou o médico-tradutor. "Para quê?"Não obteve resposta.

Jorge Araujo/Folhapress

Polonês em cumbica

O amigo não apareceu e Parzelski, sozinho, ficou à deriva. Na sexta-feira à tarde, o consulado enviou um táxi para resgatar o náufrago do aeroporto.

Na despedida, com a ajuda do Google Translator, a reportagem escreveu uma mensagem a Parzelski: "Jestesmy tu aby pomóc" ("Estamos aqui para ajudar"). Parzelski bateu no coração, juntou as mãos, como se rezasse, e foi-se com o taxista. Levaram-no para o consulado, em Perdizes (zona oeste de São Paulo).

Na representação polonesa, um assessor disse que amanhã o cônsul informará quais providências adotará no caso.

Categorias
Vídeos

Novo vídeo – Mudanças de valores – Kit Gay

Categorias
Ciência Vídeos

Cientistas tentam desvendar os segredos das tigelas tibetanas cantantes que emitem sons ao serem enchidas com água e tocadas com uma baqueta de couro.

 

 

 

 

Tigela tibetana cantante

Tigela tibetana cantante é usada a milênios na Ásia

Um vídeo em câmera lenta mostra o que acontece dentro da tigela, com partículas de água pulando sobre a superfície.

Veja aqui o vídeo:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110701_tigelas_cantantes_dg.shtml

A pesquisa, publicada na revista científicaNonlinearity, conseguiu produzir um modelo matemático que pode revelar como determinados processos envolvendo fluidos acontecem, como injeções de combustível.

Os cientistas estudaram ondas de Faraday, que surgem quando fluidos vibram, mas são restringidos por uma barreira, como a tigela.

Quando a frequência do girar da baqueta ao redor da tigela atinge o ponto natural de vibração, as bordas começam a mudar de formato de forma ritmada.

A energia destas mudanças se transfere para a água, e uma série de padrões começa a surgir na medida em que a força aplicada à baqueta se intensifica.

Em um determinado momento, a água fica instável e pequenas partículas começam a pular e dançar caoticamente sobre a superfície.

Um vídeo em câmara lenta mostra a forma como os padrões irregulares de ondas surgem, e como elas se chocam umas com as outras.

Este comportamento – chamado de “instabilidade de Faraday” – já é conhecido pelos cientistas. O cientista John Bush, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), disse que em 2009 apresentou um programa no canal de televisão Discovery Channel sobre o fenômeno.

“Uma mulher chamada Rosie Warburton viu o programa e me mandou um e-mail dizendo que tinha observado o mesmo comportamento nas tigelas tibetanas cantantes”, disse Bush à BBC. “Este e-mail me inspirou a estudar o fenômeno.”

Mas ao observar o comportamento nas experiências com as tigelas cantantes, Bush disse que detectou padrões estranhos, até mesmo para especialistas em dinâmica de fluidos.

Bush e o outro autor do estudo, Denis Terwagne, da Universidade de Liege, na Bélgica, desenvolveram um modelo matemático para como a água se comporta nas tigelas.

27-5-16-a 006

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.