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Corrupção nas igrejas evangélicas: debate continua

 

PorAmanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

Recentemente, líderes cristãos vem debatendo sobre a possível existência de corrupção dentro das igrejas evangélicas no Brasil. Alguns deles apontam ainda a ligação com o narcotráfico.

  • FOTO- DINHEIRO

    (Foto: AP Images / Paul Sakuma)

    Neste 7 de outubro de 2009 fotografias, uma caixa dá o troco para um cliente da Best Buy em Mountain View, Califórnia.

Um dos casos que têm sido apontado se relaciona com a igreja Deus é Amor (IDPA), cujo líder e fundador éDavid Miranda. As denúncias começaram por um ex-funcionário da igreja em 2000 de que lideranças da igreja teriam envolvimento com o narcotráfico. Recentemente, Guillherme Filho Prado deu entrevista à Rede Bandeirantes para relatar o envio de dinheiro não declarado ao exterior e um esquema de lavagem de dinheiro.

Contudo, alguns encontraram contradições nas declarações de Gilherme além de não apresentar provas concretas sobre suas denúncias. Segundo o advogado da IPDA, o ex-contador estaria tentando extorquir a igreja e que nenhuma condenação foi imposta à cúpula.

Outras igrejas a sofrerem acusações são a igreja Mundial do Poder de Deus, em que houve prisões de pastores acusados de tráficos de armas; e a igreja Universal do Reino de Deus, com denúncias de que a Rede Record de Televisão, pertencente ao fundador da igreja, Edir Macedo, teria sido fundada com dinheiro oriundo do narcotráfico. Os casos, entretanto, não estão totalmente esclarecidos.

Um professor de ciência da religião Paulo Romeiro abordou o assunto sobre a corrupção nas igrejas brasileiras em uma palestra no programa “Academia em Debate” da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e apontou que a corrupção tem se tornado muito forte no contexto evangélico brasileiro.

Ele confirma o destaque para as igrejas neopentecostais, dizendo que se tornaram “criativas” no levantamento de fundos. Apesar de não ser contra a arrecadação de dinheiro pelas igrejas, ele diz que existe corrupção e ela vem a partir de uma questão cultural.

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“A corrupção está nas entranhas da sociedade brasileira, nós vivemos em uma nação extremamente corrupta de cima a baixo, se você observar bem todos os poderes da nação estão contaminados pela corrupção, todos eles, não são apenas políticos, os juízes, os governantes, mas a sociedade em geral”.

Para ele, a igreja brasileira se distanciou da palavra de Deus, “sem a pregação da cruz, sem valores cristãos sendo pregados”.

“Tudo que você encontra hoje é autoajuda, sucesso e isso é muito complicado, as pessoas continuam ajudando por causa disso”.

O apologista Johnny Bernardo, do Instituto de Pesquisas Religiosas ( INPR) no Brasil questiona em seu blog se as igrejas estariam realmente envolvidas com o narcotráfico, descrevendo parte do quadro atual das denúncias bem como as denominações envolvidas. Segundo ele, tais envolvimentos são parte de um problema generalizado, citando as outras igrejas e denominações, cujos nomes estão ligados à corrupção.

Descoberta escadaria maia com mensagem sobre 2012

Arqueologia

veja.com

Hieróglifos fazem menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012. Segundo arqueólogos, mensagem tem caráter político, não profético

Hieróglifos maias

Descoberta: Detalhe de um dos hieróglifos encontrados no sítio arqueológico La Corona, com referências a 2012 (Tulane University/Divulgação)

Uma escadaria com mensagens hieroglíficas de mais de 1.300 anos da civilização maia, com menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012, foi encontrada no sítio arqueológico de La Corona, na Guatemala.

O texto, escrito em 56 hieróglifos nos degraus de uma escadaria, é considerado a descoberta mais importante das últimas décadas de pesquisas sobre a civilização pré-colombiana. Em maio, arqueólogos já haviam anunciado a descoberta do mais antigo calendário maia, encontrado no mesmo local.

"A mensagem tem caráter mais político do que profético", afirma Marcello Canuto, diretor do Instituto de Pesquisas da América Central da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, e codiretor do Projeto Arqueológico La Corona. De acordo com ele, os maias usaram o calendário para promover a continuidade e a estabilidade dos reinados, mais do que prever o apocalipse. Descrevendo ciclos de poder, estabeleceram que ele fosse se encerrar em 21 de dezembro de 2012.

Ciclo de poder — David Stuart, da Universidade do Texas, que esteve na primeira expedição a La Corona em 1997, identificou a referência a 2012 em um bloco de uma escadaria descoberto recentemente.

A mensagem comemorava a visita a La Corona do rei maia mais poderoso da época, em 696 antes de Cristo. Yuknoom Yich’aak K’ahk’, de Calakmul, esteve na cidade alguns meses depois de ser derrotado em uma batalha pelo seu maior rival, Tikail, no ano 695. Ele visitava aliados para recuperar o apoio e evitar sua queda. Segundo Stuart, a mensagem sobre 2012 tentava retomar a ordem estabelecendo um grande ciclo de poder.

Tulane University/Divulgação

Hieroglifos maias

Pesquisadores trabalham no sítio arqueológico de La Corona

Saqueadores — Desde 2008, Canuto e Tomás Barrientos, da Universidade da Guatemala, comandam as escavações no sítio La Corona, que já foi alvo de saqueadores no passado.

Segundo Barrientos, foram justamente as pedras saqueadas da escadaria que ajudaram pesquisadores a encontrar os hieróglifos. Algumas dessas peças foram abandonadas pelos saqueadores porque estavam muito danificadas. Ao serem encontradas no ano passado, despertaram a atenção dos pesquisadores.

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Evangélicos ‘independentes’ crescem mais de cinco vezes em uma década

Pentecostais crescem em ritmo mais lento e tradicionais ficam estagnados

29 de junho de 2012 | 10h 00

Luciana Nunes Leal e Clarissa Thomé, do Rio

Veja também:
link ESPECIAL: A fé do brasileiro

Evangélicos 'independentes' incluem os que circulam entre várias denominações - Reprodução

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Evangélicos ‘independentes’ incluem os que circulam entre várias denominações

A queda dos católicos está diretamente ligada ao aumento de 44% da proporção de evangélicos. Eram 15,4% da população brasileira em 2000 e passaram para 22,2% em 2010. Na década anterior, entre 1991 e 2000, o crescimento dos evangélicos foi muito maior, de 70%.
Embora os dados mostrem o aumento da população evangélica, os três grandes segmentos da religião tiveram comportamento completamente diferentes.
Os evangélicos tradicionais, ou de missão, ficaram estagnados em proporção. Tiveram um pequeno aumento em números absolutos, passando de 6,9 milhões para 7,6 milhões, mas proporcionalmente houve ligeiro recuo. Os evangélicos tradicionais eram 4,1% da população em 2000 e em 2010 passaram a 4%. Esses evangélicos são das igrejas históricas como Adventista, Luterana, Batista e Presbiteriana.
Comportamento oposto tiveram os evangélicos desvinculados de igrejas. Segundo técnicos do IBGE, nesta categoria se enquadram tanto os que circulam entre várias denominações quanto os que se consideram evangélicos mas não frequentam igrejas. Esse grupo cresceu mais de cinco vezes em uma década: os evangélicos "independentes" eram menos de 1,7 milhão em 2000 e passaram para 9,2 milhões em 2010. Em proporção, pularam de apenas 1% para população brasileira para 4,8%.
Já os evangélicos pentecostais – da Assembleia de Deus e de igrejas como Universal do Reino de Deus, Maranata, Nova Vida, Evangelho Quadrangular, entre outras – continuaram a crescer, mas o ritmo diminuiu na última década. Em números absolutos, os evangélicos pentecostais mais de dobraram na década de 1990 (aumento de 119%). Entre 2000 e 2010, eles cresceram 44%. Pouco mais de 25 milhões de brasileiros são evangélicos pentecostais.

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