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Explosão da música gospel no Brasil evidencia falta de edificação espiritual

 

PorLuana Santiago | Correspondente do The Christian Post

Enquanto a música gospel cresce no Brasil, diminui a edificação. Essa é uma das preocupações de grandes líderes cristãos na música no Brasil.

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O pastor, cantor e compositor Adhemar de Campos, considerado referência na musica gospel, falou ao TheChristian Post, durante o Salão Internacional Gospel, sobre o seu ministério e o mercado musical e suas preocupações.

Adhemar de Campos é autor de mais de 500 canções e versionista de mais de 100, usando algumas dessas composições e versões em seus trabalhos musicais gravados.

“Ser referência envolve responsabilidade, compromisso, persistência e disposição para enfrentar as lutas e tentações que concorre a vida do cristão”, disse o pastor ao CP.

Tendo em seu histórico relatos de pessoas que foram convertidas ao Senhor através de suas canções, Adhemar sempre se preocupou em ser um instrumento usado por Deus.

“A vida de uma pessoa é marcada por seus frutos e Deus me deu a condição de fazer algo que marcasse a vida das pessoas”.

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Com relação ao mercado musical, o pastor disse que surgiram muitas composições que não tem consistência e essência Bíblica, e que as pessoas usam clichês e chavões e repetem frases já cantadas, não contribuindo para edificação.

“A fonte da qual nós bebemos é Deus e Deus é criativo, Ele tem poder para fazer coisas novas sempre”.

Adhemar de Campos em seu ministério de 38 anos, comentou que quando começou não existia a realidade que vive hoje, “a força musical e o mercado fonográfico, a mídia evangélica, era como uma pedra bruta a ser refinada”.

Hoje, com a chamada explosão gospel, ele afirma que só traz benefício funcionando como vitrine, quando usada com responsabilidade. Segundo ele, esta abertura deve ser usada com critérios e cuidados para não seguir o caminho meramente artístico e exibicionista.

Adhemar alerta ao cuidado de se manter conectado com Deus para receber Dele o novo, a fim de que a mensagem tenha coerência bíblica.

“Somos representantes de Deus, não somos meros cantores e artistas, como servos de Deus e testemunhas de Jesus, a música é só uma ferramenta para anunciar a verdade que acreditamos”.

“Jesus deve ser o foco principal da vida cristã, do nosso trabalho, do nosso ministério. Jesus é o cabeça, é o fundamento, o coração da igreja, se todo ministro se dedicar a esse pensamento seu ministério durará bastante tempo, experiência própria”, conclui Adhemar de Campos.

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Religion Census: Increase in Evangelicals, Mormons, Muslims; Decrease in Catholics, Mainline Protestants

 

 

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By Napp Nazworth , Christian Post Reporter

May 2, 2012|6:08 am

A decennial census of U.S. religions in America was released Tuesday by the Association of Statisticians of American Religious Bodies (ASARB). The results show a dramatic increase in the number of Latter-day Saints, or Mormons, and Muslims, a modest increase in the number of evangelical Protestants, and a drop in the number of Catholics and mainline Protestants.

Muslims saw the greatest growth rate among the five main religious groups studied. Their numbers increased by 66.7 percent in the 2010 census from a decade earlier. Latter-day Saints saw the next highest growth at 45.5 percent, followed by evangelical Protestants at only 1.7 percent. The number of Catholics decreased by five percent and the number of mainline Protestants decreased by 12.8 percent.

Notably, when combined, nondenominational and independent churches are now the largest faith group, with over 12 million adherents, according to the report.

Evangelical Protestants and Latter-day Saints saw their greatest growth in the nine most populated metropolitan areas. These areas each have over 5 million people. Evangelical Christians increased their numbers by 12.3 percent and Latter-day Saints increased their numbers by 66.9 percent in these areas. Muslims, by contrast, grew at a faster rate outside of the major metropolitan areas.

The census also shows an increase in religious diversity in the United States. In the 2000 census, at least one non-Christian religious congregation was found in 21 percent of America’s counties. In the 2010 census, that had risen to 31 percent, a nearly 50 percent increase.

ASARB’s U.S. Religion Census is the most thorough study of its kind. County-level data is collected for 236 different religious groups. The first census was taken in 1952, to be followed up in 1971, 1980, 1990, 2000 and, now, 2010.

"With 236 participating bodies, the 2010 US Religion Census is the most comprehensive local-level analysis of U.S. religious adherents and attendance in more than 60 years," said Clifford Grammich, the chairman of the ASARB operations committee for the study, in a statement. "We are especially pleased to have increased participation for several independent and non-Christian bodies."

At the study’s website you can view graphical representations of the wealth of data the census provides. One can select their own denomination or religious group, for instance, and view a map of how its numbers have changed, by county, over the previous decade.

SEE VIDEO OF THE ONEMINUTEAPOLOGIST ASKING IF ALL RELIGIONS LEAD TO HEAVEN?

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Cristãos como o diabo gosta

 

Sermão Exortativo sobre: "Cristãos como o diabo gosta"

Cristãos como o diabo gosta

Estou triste. Sei que já falei sobre isso aqui no APENAS, mas tenho visto e vivido coisas que me levaram a refletir profundamente sobre a agressividade que tem imperado entre grupos cristãos, que não muda nem dá sinais de que vai mudar. Isso me faz voltar ao assunto, só que sob outro prisma: o do conceito bíblico de “exortação”. Do latimexorthor, significa, segundo a definição do dicionário, “convencer por meio da persuasão, do conselho, incitar à prática do que é bom ou conveniente, encorajar, advertir”. Vê-se claramente que exortação é algo que deve ter cunho positivo. Tem a ver com aconselhar, levar a fazer o que é bom, injetar coragem e trazer advertências – ou seja, alertas preventivos. Exortar é algo a ser feito com pureza e bondade no coração. Logo, “exortação” não é sinônimo de “baixar o cajado”, “ofender”, “atacar”, “dar bronca”, “humilhar”, “rebaixar”. É algo feito com base no amor e não no ódio. Logo, a exortação feita por cristãos se for agressiva de cara já a desqualifica como uma atitude cristã.

Mas, tristemente, influenciados pelos péssimos exemplos de líderes religiosos que vemos na televisão, em programas que você vem e vê na web e gente agressiva que distribui a granel suas ofensas pela internet, achamos que aquilo ali é o certo, que falar daquele jeito é exortação. Só que tratar pessoas como se fossem cães sarnentos não é exortação: é falta de educação, estupidez, malcriação e de cristão não tem absolutamente nada. Pastores que falam de amor mas praticam grosserias “em nome de Jesus” estão agindo como o diabo gosta. E ensinando as ovelhas a serem mundanas, pagãs e, lógico, agressivas. E a epidemia de cristãos que em vez de darem a outra face preferem dar na cara dos outros se alastra.

Tenho vivido isso aqui no APENAS. Peço desculpas por este post parecer um pouco personalista, mas para falar sobre esse assunto terei de me botar um pouco no foco. Perdão por isso. Acredite, o espaço de comentários de um blog é uma boa amostragem de como se comportam aqueles que se chamam pelo nome do Senhor. A esmagadora maioria dos comentários é educada. Falemos apenas dos discordantes. Já ouvi muitos escreverem  “não concordei com tudo mas gostei do todo…”. Outros discordam de toda a linha de raciocínio que exponho – mas com educação, respeito e entendimento de como dois irmãos na fé devem se falar na hora da divergência. Gosto quando isso acontece. Pois não sou nem pretendo me pôr como dono da verdade, embora seja aguerrido no que creia até que me convençam do contrário. E quem discorda de mim como um cristão terá seu comentário discordante aprovado, publicado e comentado.

Muitos diálogos edificantes surgem daí. Não sou como certos pastores poetas que não publicam comentários divergentes de suas visões em seus blogs e que com isso se põem acima do erro (ver o post Soli Electus Gloria). Eu erro. Exortações e críticas são bem-vindas (sim, não sou como outro pastor que disse o absurdo que “críticos são recalcados que não fazem nada”, como expus no post Cristãos críticos que criticam cristãos críticos). Eu aceito críticas, muitas me ajudaram a crescer como homem e como cristão. Mas há um porém, desde que feitas com educação e segundo Jesus ensinou: mansamente.  Quem recusa ser criticado pratica idolatria, pois se posiciona como inerrante – algo que só Deus é.

Aqui no APENAS não cito nomes de pessoas por orientação ética, mas critico ideias, conceitos, atitudes. E critico sem um pingo de dor na consciência, pois procuro praticar a  exortação bíblica. E para que faço isso? Para tentar despertar alguns que vêm sendo enganados, para tentar, como diz o líder de minha denominação, “fazer a igreja voltar a ser Igreja”, para somar. E muitos têm exposto nos comentários que mudaram seus pontos de vista e se aproximaram de Deus ao ler algo que escrevi – o que me alegra, naturalmente. Sensação de missão cumprida.

Todavia, quando se faz isso sempre surgirão aqueles que virão te atacar. Querem exortar? Perfeito, é bíblico. Mas não fazem com amor, fazem com ira na voz, com rancor e raiva. E ao passo que a exortação deveria ser feita com espirito cristão , visando ao bem do exortado, vozes minoritárias se levantam (“em nome de Jesus”) com agressividade, ofensas, argumentos sem base e ad hominem (= quando não se consegue derrubar o que é dito, ataca-se a pessoa que diz). E, o que é mais covarde: há quem o faça no anonimato.

Peguemos como exemplo novamente meu blog. Naturalmente, quando se tem uma média de 3.600 leituras por post ao longo de dois dias, que é a atual do APENAS (fora os que leem de forma viral, por e-mail ou Facebook – e que não há como saber quantos são), haverá no meio de toda essa gente aqueles que discordarão de você. Isso é normal, natural, previsível e saudável. Eis por que há espaço de comentários após cada texto: para haver diálogo. Por isso sempre digo que um post não acaba no final, mas prossegue pelo que os leitores dizem.

Por exemplo: quando postei “Solitários, carentes e infelizes” ou “Casei errado. E agora?“, que falam daqueles que se casam por razões equivocadas ou sem amor e que depois vivem infelizes, uma multidão dos que estão nessa situação deixaram seus testemunhos, alguns dos quais considero mais esclarecedores para os solteiros que pensam em se casar do que o que eu mesmo escrevi. Pois são alertas reais. Então aqueles que dialogam por esse canal só trazem riqueza e edificação para quem lê. Mas há o oposto também: aqueles que entram de pé na porta, agredindo, discordando, ofendendo, batendo, mandando eu “me converter” e coisas piores.

Não estou preocupado em não ser ofendido. Pois é previsível que serei. Mateus 5.10-12 é um alento nesse sentido. O que me preocupa e me abate é que as ofensas vêm de cristãos. O Carlos, por exemplo, era um leitor ativo e participativo do APENAS. Um detalhe: Carlos é ateu. Tentou me convencer por muito tempo que o ateísmo é o que há. Não conseguiu, parou de comentar. Mas embora tenha sido sempre incisivo e algumas vezes resvalou na ofensa, em geral Carlos procurava o diálogo de modo civilizado. E, sendo ateu, Carlos conseguia ser mais educado que muitos cristãos que destilam veneno nos comentários. Muitos deles, covardemente, atrás de pseudônimos e do anonimato. Isso mostra que, se fazem isso no APENAS, também o fazem na vida real. Seja no mundo virtual ou real, são péssimos exemplos.

A Igreja de Cristo já está assolada por escândalos o suficiente. Muitos crentes têm agido de modo tão carnal como o mundo. E, quando mais precisamos dialogar com civilidade cristã e seguindo os ditames de Jesus de Nazaré  para buscar soluções e caminhos, vejo cristãos surgindo do nada para desrespeitar irmãos com uma agressividade assíria – do jeitinho que viram o pastor fazer na TV ou que vieram e viram na internet. Um dos mais recentes partiu de um cidadão intitulado “justice” (não ria,  por favor, vamos respeitar o “justice”) que me tratou como a última das criaturas e partiu para cima num esbofeteamento verbal… num texto em que falo sobre a glória de Deus! Incompreensível sob todos os aspectos. Incompreensível e covarde, pois se esconde atrás de pseudônimo. Não quer dialogar, só quer fazer pirraça: entrar em campo, chutar a canela de alguém e sair correndo para a arquibancada. Isso não é cristão. Não é educado. Não gera frutos. É pura molecagem.

Os cristãos têm se tornado verdugos. Querem chibatar os irmãos, arrebentar quem deles discorda. Quando escrevi o post “Sou evangélico sim e com muito orgulho” um (acredite você) pastor rebateu meus argumentos em seu blog de um modo que me deixou perplexo. Não devido ao fato de ele ter feito uma crítica ao meu post totalmente desconexa do que eu quis dizer – seu comentário deixou claro que sua interpretação de minhas palavras passou a anos-luz do que o post dizia e que ele enxergou em meu coração intenções que não havia. Sua crítica do meu texto simplesmente não coadunava com o que eu tinha escrito. Interpretou mal e não compreendeu meus argumentos. Mas até aí tudo bem, discordâncias de visão entre irmãos são normais e até a incompreensão do que alguém diz – causada por má hermenêutica – se entende. Mas não foi isso o que me entristeceu.

O que me fez lamentar foi a agressividade usada nas palavras e no tom. Ele e um amigo dele, que deixou um comentário no post, foram extremamente desrespeitosos ao indivíduo de quem discordavam. Ou seja: ao próximo. Em vez de buscar dialogar, usaram o ad hominem o tempo inteiro. Esse cavalheiro criticou em seu texto Lutero, Zwinglio e Calvino por, em sua opinião, não terem feito o que chamou de a “reforma do coração” para, logo em seguida, afirmar que eu, Maurício Zágari, apenas “me digo cristão” e inferiu que sou “incoerente” e “mentiroso”. Fiquei pensando se foi a reforma de seu coração que o levou a dizer coisas tão cristãs a meu respeito e a afirmar que eu apenas “me digo cristão” (suponho que, para afirmar isso, ele, assim como o Espírito Santo, conhece-me profundamente, a minha história de vida e a minha alma). Um fator engraçado é que na sessão de “Artigos” do site da igreja que esse pastor lidera há (ou pelo menos havia) um texto escrito por mim e publicado orignalmente aqui no APENAS. Texto que, se não foi deletado, provavelmente será, visto que ontem eu era digno de ser publicado em seu site mas agora apenas “me digo cristão” – e não pegaria bem publicar um artigo de um ímpio como eu (ou de um, perdoem-me o termo, e…van…gé…li…co como eu) num site de uma igreja cristã, não é? Eu riria da ironia, se não fosse muito triste.

Na foto do site da igreja desse pastor que questionou a minha fé e me ofendeu ele aparece abraçado aos membros de sua igreja e, numa triste ironia, acima da foto vem escrito: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei“. É aquela coisa: falar é fácil, fácil. Mas a verdade é que esse pastor não me amou nem um pouco. Ao pôr lado a lado as palavras escritas no banner do site e as palavras escritas sobre minha pessoa em tom tão lamentável, a frase de Cristo tornou-se um  mero slogan vazio. Amor? Não, não vi amor ali. Pois da boca sai o que está cheio o coração. E o que saiu da boca desse pastor por meio de seu blog foi pura ofensa. Em nome de Jesus, é claro.

Em um comentário debochado de seu post, o amigo cristão do pastor conseguiu em um único parágrafo me chamar de “animal irracional”, “asno” e “filho do Pai da mentira”. Uau. E, para meu espanto, em vez de se posicionar como pastor pacificador e usar seu coração cristão para mostrar ao seu irmão e amigo que o Evangelho de Cristo nos ensinou a não tratar os outros assim, o sacerdote autor do blog ainda endossou o que ele disse e me acusou de não querer “um retorno ao evangelho de Cristo, mas um retorno a Calvino e a sua igreja medieval”. Incrível como não entendeu nada do que escrevi e, ainda mais incrível, foi o modo como um discípulo de Jesus e líder de um rebanho tratou um irmão na fé (desculpe, esqueci que para ele apenas “me digo cristão”, logo, não sou irmão aos seus olhos). Fiquei me perguntando: será isso que Jesus pregou? Esse é o Evangelho de Jesus Cristo que eles tanto defendem?

Defende-se o Evangelho praticando o que o Evangelho condena? Deus do Céu… o que está havendo com os cristãos?

O amigo do pastor ainda termina seu comentário no post com essa afirmação simpática a respeito do que escrevi e da minha pessoa: “Esse tipo de mentira é tão absurda que me dá ânsia de vômito. Mais um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus. Só posso dizer: MISERICÓRDIA! (ou talvez: tá amarrado kkkkk)”.

Ele riu.

Você achou graça?

Eu não.

Fiquei triste, muito triste, ao ver um cristão se expressar dessa forma. São palavras dignas, em sua opinião? Alguém que não tem a mínima ideia de quem eu sou, que provavelmente não leu meu texto (possivelmente só o do amigo

pastor) e que defende a “reforma do coração” e “o retorno ao Evangelho de Cristo” diz que sou “um filho do Pai da mentira camuflado de filho de Deus”. Ah, claro, se estou amarrado… sou além disso também um demônio?

Pois é, irmãos, é assim que temos nos amado uns aos outros…

Que dizer? Que dizer, meu Deus? Se de pastores e seus amigos vem tanta agressividade, o que esperar de suas ovelhas? Esse exemplo para mim é clássico. Pois revela como muitas lideranças estão ensinando o rebanho que lideram a ofender, desmerecer e atacar. Pois pregar amor no púlpito e pôr uma frase sobre amor no site é moleza. Pega bem. Atrai membros. Fora do púlpito, a agressividade gospel se revela e põe as presas de fora. A Igreja esbofeteia a si mesma em nome da… “reforma do coração”??? E, com isso, 1 Coríntios 12 escorre pelo ralo. Vivemos dias difíceis, duros e onde grupos cristãos não têm demonstrado na prática nenhum amor ao próximo.

O comentário de “justice” simplesmente excluí ao chegar à terceira linha. No caso do pastor que julgou-me e ofendeu-me em seu blog, meu primeiro impulso foi responder com um comentário. Mas parei. Pensei. E não respondi. Preferi – eu, que apenas “me digo cristão” – fazer o que a Bíblia manda. Orei por quem me maltratou e me perseguiu. Pois não quero entrar em “guerras santas” que em nada edificam e estão longe do amor cristão. Que só têm como objetivo afirmar a “minha verdade”. Hoje encontramos milhões de sabe-tudos e poucos os que amam o próximo como a si mesmos. E fazem isso em nome da… “defesa do Evangelho de Cristo”? Meu Deus… quanta contradição pra tão pouco amor…

A Igreja está raivosa. E isso não tem nada a ver com Jesus de Nazaré. Tem a ver com cristãos que afirmam que querem a volta do Evangelho de Cristo (que nos manda fazer o bem a quem nos faz mal, a dar a outra face, a andar a segunda milha), mas agem como esses exemplos que citei. E, acredite, esses são apenas alguns exemplos. Haveria muitos outros.

Já disse isso e repito: temos que repensar nosso tom de voz. Precisamos voltar à Bíblia, ao Sermão do Monte de Mateus 5-7. Precisamos compreender o que de fato representa a fé em Cristo. Entender que os ensinamentos de Jesus estão a léguas e léguas de distância das agressões que medalhões do mundo gospel falam em seus programas de TV, em seus videos via web e nas redes sociais – e que os anônimos repetem, repetem, repetem… E assim agridem, agridem, agridem… Até mesmo pastores, que, mais do que ninguém, deveriam ser exemplo.

Olho para a Bíblia, vejo o perfil que ela apresenta que devem ter os sacerdotes cristãos e comparo o que ela diz com o que vejo na prática. Avalie por si mesmo: “É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro” (1 Tm 3.2,3).

E mais: “Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. Ao contrário, é preciso que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio” (Tt 1.7,8).

Logo, pastores briguentos, violentos, sem domínio próprio, beligerantes, injustos e desrespeitosos são exatamente o oposto de como a Bíblia diz que deveriam ser. E os que não conseguem ser de outro modo ou se controlar deveriam dar outro rumo a suas vidas, pois não cumprem os pré-requisitos para serem sacerdotes do Deus Altíssimo.

Quero esquecer essas vozes briguentas e buscar um pouco mais a paz. O afeto. O carinho pelo próximo. Ajudar que ser ajudado, mesmo que isso custe pedradas. Elas são inevitáveis. E, se for para exortar, que seja com amor pela alma exortada. Ser incisivo e firme muitas vezes é necessário, mas isso é bem diferente de ser estúpido com o próximo. Vivemos dias difíceis, onde os modelos para muitos são pastores que vibram via twitter assistindo a lutas de UFC e escrevendo “que joelhada linda”. Não existe joelhada linda, só um péssimo exemplo. Uma flor não se dá com um soco. A exortação não deve vir com rancor. A Igreja tem se espelhado em péssimos modelos e os reproduzido como clones malformados. Não quero ser uma versão gospel do Ratinho. Chega, irmãos. Paz. Tenhamos em nós a mansidão do Cordeiro. Paz. Temos que respirar fundo, contar até dez e ser cristãos de fato. Paz. Se tua mão se levantar alguma vez para agredir, impeça-a cravando-a na Cruz de Cristo. Paz. Só assim poderemos cumprir o mandamento mais importante, de amar a Deus sobre tudo e, nunca se esqueça: ao próximo como a nós mesmos. E isso nas palavras, nas ações e nas exortações.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Autor: Maurício Zagari
Fonte: Apenas

Fonte: http://estudos.gospelprime.com.br/cristaos-como-o-diabo-gosta/#ixzz1tkbF6Djg