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Evangélicos e católicos oram juntos por Pedro, Leonardo agradece as orações

 

PorKeyla Cezini | Correspondente do The Christian Post

Fãs de diversas religiões oram juntos pela recuperação do cantor Pedro Leonardo. Nos últimos dias, eles têm se reunido em frente ao Instituto Ortopédico de Goiânia, onde o rapaz está internado, acompanhando o estado de saúde de Pedro e fazendo orações para que o cantor esteja logo de volta aos palcos.

  • Pedro

    Divulgação/Record

 

"Se Deus quiser, ele vai sair dessa. A vontade de Deus é soberana", declarou a dona de casa Ermelinda Salche, 67 anos, ao portal de notícias Terra. Ermelinda é católica e levou água benta para a porta do hospital.

Ao seu lado, estava outra dona de casa, Marlene Costa, 43 anos, que é evangélica. "Aqui a igreja não conta, e sim a fé de Deus. Nós queremos é que ele melhore. Para mim, Jesus já o curou", afirmou.

Os fãs mais jovens também têm se aglomerado próximo ao hospital. Beatriz Lopes, 14 anos, foi levar um terço para a família de Pedro. "Sou fã do Leonardo, mas vim aqui para dar uma força para o filho dele também", contou ao Terra.

Já a universitária Suzanne Paulino, 20 anos, que é membro do fã-clube da dupla Pedro e Thiago, chegou de Anápolis para acompanhar a vigília dos fãs. "Estamos procurando fazer o que a gente pode nesse momento, que é pedir para Deus ajudá-lo. Acreditamos que nossa corrente vai dar certo e ele vai sair dessa", disse.

Na tarde dessa segunda-feira, 23, o cantor Leonardo chegou ao hospital para visitar o filho e falou com os jornalistas. "Estou com muita fé em Deus e feliz ao saber que a febre diminuiu", declarou.

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Ele também agradeceu a mobilização dos fãs. "A família quer agradecer a todas as manifestações de carinho vindo do Brasil inteiro. Essa energia traz muita força positiva para gente. Eu acredito em Deus e na equipe médica de Goiânia", disse.

Quando os jornalistas perguntaram se Pedro levaria uma “bronca” ao se recuperar, Leonardo respondeu bem humorado. "É bom ele ficar escondido porque vai ter muito amigo querendo dar uns cascudos", brincou.

O parceiro de trabalho e primo de Pedro, Thiago, também está confiante na recuperação. Nesta terça-feira, 24, ele publicou no Twitter uma mensagem de agradecimento a Deus. "Obrigado Deus, e continue dando força para o meu irmão Pedro, que tenho muita fé que logo estaremos cantando para todo o Brasil, coisa que amamos fazer", escreveu.

No microblog, ele também falou sobre a melhora de Pedro. "Hoje tivemos algumas boas notícias mas (o estado) ainda inspira cuidados. Vamos manter a fé. Correntes de orações", publicou.

Melhora

Pedro passou bem a última noite e apresenta uma melhora geral no quadro clínico. A febre passou e o inchaço no cérebro diminuiu consideravelmente, segundo o diretor do Centro de Tratamento Intensivo (CTI), o médico Wandervan Azevedo. Pedro também não apresentou complicações no pós-parada cardiorrespiratória.

Mas o quadro de complicação renal se mantem, por esse motivo, o cantor deve ser submetido à hemodiálise.

Existe a possibilidade de ele ser transferido, hoje ou amanhã, para o hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O médico Wandervan Azevedo é cauteloso quanto a isso. Segundo ele, o estado do paciente continua grave e a viagem ainda é desaconselhada. Os familiares gostariam que a transferência acontecesse, mas quem vai decidir é a diretoria da UTI do Sírio Libanês.

Pedro está internado em coma induzido desde a última sexta-feira, 20.

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Liberação do aborto de anencefálicos pode abrir caminhos para outros tipos de aborto, avalia a CNBB

 

PorKeyla Cezini | Correspondente do The Christian Post

Desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela descriminalização do aborto no caso de fetos com anencefalia, no último dia 12, quinta-feira, várias críticas têm sido feitas à decisão.

Mais uma vez, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se posicionou contrária. Durante uma Assembleia Geral da organização, que começou na semana passada e acontece até esta quinta-feira, 26, a CNBB afirmou que a decisão abre caminho para a liberação de todo tipo de aborto e até mesmo da eutanásia e da eugenia (teoria que busca produzir seleção humana a partir de leis genéticas).

"A decisão mostra que se alguém incomodar, você pode simplesmente eliminar essa pessoa", afirmou o bispo dom Dimas Lara Barbosa, porta-voz da CNBB. "Amanhã qual será a deficiência que vai impedir uma criança de nascer? A humanidade já experimentou a eugenia, mas parece ter esquecido", completou.

Durante o evento também estão sendo discutidas as consequências práticas que a decisão pode acarretar. Dom José Carlos Petrini, bispo de Camaçari (BA), por exemplo, questiona se, após a decisão do STF, médicos que se recusarem a realizar abortos de anencéfalos serão punidos e se a mulher que decidir continuar com a gestação será atendida pelos planos de saúde.

Campanha para reverter a decisão

O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC/SP) lançou uma campanha para reverter a decisão STF.

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Em texto publicado em seu blog, ele afirma que esta seria “a única forma de sustar estas decisões tomadas pelo STF e que provocam tanto desconforto na sociedade brasileira, que se sente lesada”.

O deputado também declara que os membros do STF não representam o povo. “Não votamos em Juízes, votamos para o legislativo e o executivo. Quem representa o pensamento do povo não podem ser onze homens/mulheres e sim os deputados, senadores e a presidente”, escreveu.

Com esses argumentos Feliciano convoca os cristãos a enviarem e-mails ao presidente da Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania, Ricardo Berzoini, pedindo que seja colocado em votação o Projeto de Emenda Constitucional, a PEC 143/2012.

A emenda altera dispositivos da Constituição Federal e a PEC 03/2011, que propõe a possibilidade de o Legislativo sustar atos do Judiciário que “exorbitem suas funções”.

O deputado João Campos (PSDB-GO) também anunciou que a bancada evangélica irá apresentar uma PEC. O projeto seria para alterar o artigo quinto da Constituição.

“Vamos apresentar uma PEC que altera o artigo quinto da Constituição, incluindo as palavras ‘desde a concepção’ na frase que determina que o direito a vida é inviolável”, afirmou Campos à imprensa logo após a decisão do STF. Até agora, porém o projeto não foi apresentado.

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Engessamento da igreja evangélica: teólogo poeta mostra crise no Cristianismo brasileiro?

 

PorAndrea Madambashi | Repórter do The Christian Post

Os conflitos entre denominações, pastores e líderes evangélicos, entre crentes e entre igrejas, podem estar mostrando crise no Cristianismo no Brasil?

  • evangélicos

    (Foto: Reuters)

    Evangélicos atendentes da igreja Bola de Neve oram, em 29 de Abril de 2007.

 

Recentemente, o pastor e teólogo Ricardo Gondim escreveu um artigo intitulado “Porque parti” explicando os motivos por ter se afastado do movimento evangélico no Brasil.

Segundo ele, o sistema religioso que lhe abrigou se “esboroava”, apontando “fadiga como denúncia”, o que alguns o interpretam como fraqueza.

“Se era fraqueza, foi proveitosa, pois despertava para uma realidade: o Movimento Evangélico vinha se transformando em cabide de oportunistas; permitindo que incompetentes, desajustados emocionais e – por que não dizer? – vigaristas, se escorassem nele”, diz ele.

Gondim alega que recebeu “a fúria dos severos defensores da reta doutrina” apontando traições, inimizades e invejas. “Fui traído. Antigas invejas se fantasiaram de zelo pela verdade, e parceiros se transformaram em inimigos. Senti o escarro do desdém.”

Em sua declaração de partida “Tempo de partir”, o teólogo fez também sérias acusações sobre as igrejas pelas quais passou, tais como a igreja presbiteriana, Assembleia de Deus e a igreja Betesda.

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Gondim acusou a igreja presbiteriana de exigir dele que negasse a experiência de falar em línguas estranhas com ameaça de expulsão e excomunhão, quando ele a frequantava na época. Na Assembleia de Deus, ele apontou problemas como “legalismo”, “politicagem interna” e “ânsia de poder temporal”.

Muitos teólogos e líderes evangélicos, entretanto, afirmam que Gondim tem carecido de firmeza na graça do Evangelho, pela qual conflitos entre seus irmãos em Cristo e distorções bíblicas transparecem. Mas tal problema vem a mostrar um engessamento da igreja evangélica brasileira?

Engessamento da igreja

Segundo o apologista Johnny Torralbo Bernardo do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR), a igreja evangélica pode estar passando por problemas como legalismo e engessamento, após longos anos de crescimento e expansão.

Esses problemas não somente acontecem no Brasil, mas em outros países também como nos Estados Unidos, por exemplo. Segundo ele, a “massa” precisa ser “trabalhada e acompanhada”. “Na ausência de tais requisitos, a massa torna-se crua e sem vida”.

O “peso do rancor religioso” citado por Gondim, pode também ser relacionado com a defesa de fé de algumas denominações evangélicas e Bernardo afirma que muitas carecem de parâmetros e basamento bíblico.

“Há uma constante suspeita quanto ao desconhecido – cristãos menos abertos ao debate tendem a demonizar tudo que, aparentemente, lhe pareça estranho ou distante. Foi assim quando da chegada da televisão ao Brasil.”

Bernardo completa dizendo, “ mesmo ocorre quando do tratamento de questões políticas e da família. Há grupos evangélicos que chegam até mesmo a proibir o uso de preservativos e vasectomia – são poucos, mas existem em nosso meio.”

Apesar de todos os problemas, afastar-se do movimento evangélico, não significa necessariamente um afastamento de Deus e de seu Reino, afirma o apologista.

“Quando alguém se diz insatisfeito com o movimento (no caso, evangélico), não está, necessariamente, abdicando da Igreja Invisível – seu amor a Cristo e ao Reino de Deus deverá continuar firme e inabalável.”