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Londres proíbe anúncio que oferece ‘cura para gays’

13/04/2012 05h57 – Atualizado em 13/04/2012 07h10

 

Autoridades afirmam que campanha não refletia uma Londres ‘tolerante e inclusiva’.

Da BBC

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Anúncio pró-gay... (Foto: Stonewall)

Anúncio pró-gay… (Foto: Stonewall)

As autoridades de transporte de Londres proibiram um anúncio veiculado nos ônibus da cidade que sugeria que gays poderiam ser curados.

A campanha, uma paródia de uma iniciativa do grupo pró-gay Stonewall (‘Algumas pessoas são gays. Aceite isso’), afirma que terapias poderiam mudar a orientação sexual.

Com o enunciado ‘Não gay! Pós-gay, ex-gay e orgulhoso. Aceite isso!’, a campanha seria veiculada nos ônibus na próxima semana.

Mas a autoridade de transporte londrina, Transport for London (TfL), baniu o anúncio após reclamações.

... e sua paródia (Foto: Core Issues Trust)… e sua paródia (Foto: Core Issues Trust)

‘Tolerante e inclusiva’
A Core Issues Trust, grupo cristão que está por trás da campanha banida, afirmou que a decisão constitui censura. O TFL, no entanto, argumentou que os anúncios não refletiam uma Londres ‘tolerante e inclusiva’.

‘Os anúncios não estão nem estarão em qualquer dos ônibus da cidade’, disse um porta-voz da autoridade.

Desde abril, 1.000 ônibus londrinos exibem os anúncios promovendo o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a campanha ‘Algumas pessoas são gays. Aceite isso’.

Já os pôsteres bancados pela entidade cristã Anglican Mainstream e contratados junto às empresas de ônibus pelo grupo cristão Core Issues seriam veiculados em cinco rotas centrais de ônibus, incluindo destinos altamente turísticos e centrais como a Catedral de St Paul, Oxford Street, Trafalgar Square e Piccadilly Circus.

‘Canais corretos’
O porta-voz da Stonewall, Andy Wasley, ressaltou que ‘não há anúncios promovendo vudu para curar gays em Londres’, em uma crítica às entidades cristãs.

O prefeito Boris Johnson afirmou: ‘É claramente ofensivo sugerir que ser gay é uma doença da qual as pessoas se recuperam e não estou disposto a ver isso circulando nos ônibus da cidade’.

Já o co-diretor da Core Issues Mike Davidson afirmou não ter se dado conta de que a censura estava em vigor na capital. ‘Usamos todos os canais corretos e fomos aconselhados pelas empresas de ônibus a seguir seus procedimentos. Eles nos deram OK e, agora, vetaram’.

Obra revela quase 60 sítios arqueológicos

12/04/2012 – 09h59

 

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

A construção de 70 quilômetros do Arco Metropolitano, grande obra rodoviária do Rio de Janeiro, revelou 58 sítios arqueológicos que, aos poucos, trazem detalhes sobre a história da ocupação da Baixada Fluminense.

Técnicos do IAB (Instituto de Arqueologia Brasileira) já encontraram mais de mil cachimbos, louças chinesas, urnas funerárias da cultura tupi-guarani e sambaquis -depósitos primitivos, formados principalmente por conchas, que apontam para a ocupação humana há 6.000 anos.

Reprodução

Bilha encontrada num dos sítios arqueológicos

Bilha encontrada num dos sítios arqueológicos

No total, são quase 50 mil peças inteiras ou fragmentos. O instituto teve de erguer um novo prédio para abrigar os artefatos descobertos.

O arco liga Itaguaí a Itaboraí cortando oito municípios da baixada, a fim de desafogar o trânsito na avenida Brasil, no Rio. O trecho no qual os vestígios estão sendo encontrados compreende cinco municípios (Duque de Caxias, Itaguaí, Nova Iguaçu, Japeri e Seropédica).

A história da região era conhecida basicamente por relatos de viajantes dos séculos 16, 17 e 18, principalmente do bispo José Caetano Coutinho, que descrevia fazendas da Baixada e seus proprietários.

MISCIGENAÇÃO

O resgate dos sítios revela uma ocupação sobreposta. No mesmo local foram encontrados cachimbos de cerâmica indígena, com cerca de 2.000 anos, bem como outros de louça europeia e com motivos africanos esculpidos.

"Isso prova que o europeu ocupou os mesmo lugares já usados pelos índios. Ele acreditava que, como havia gente no local, era sinal de que a terra era boa. Tirava essa terra dos índios e se instalava", diz a arqueóloga Jandira Neto, coordenadora do projeto.

Num local onde o grupo identificou um antigo porto (aterrado ao longo dos anos) foram encontrados relógios solares, bilhas para armazenar azeite e mais cachimbos, alguns com vestígios de fumo, todos trazidos por europeus recém-chegados.

Relatório no início da obra, em 2008, apontava que havia a expectativa de seis sítios perto da rodovia. Em um ano, o número subiu para 22, chegando aos atuais 58.

A maioria é descoberta durante a passagem das máquinas das empreiteiras. Arqueólogos percorrem a área e, quando algo é identificado, a obra é paralisada.

Em alguns casos, porém, a descoberta é feita por operadores de máquinas. Uma ferraria do que se acredita ter sido uma base de tropeiros foi achada após ter o teto atingido pela pá de um trator.

PATRIMÔNIO

Para evitar que situações assim aconteçam, todos os funcionários passam por capacitação para identificar eventuais sítios -a chamada educação patrimonial.

"O operador bateu numa pedra e notou que ela era trabalhada. Embaixo encontramos uma bigorna e instrumentos de uma ferraria", relata Jandira.

O que é motivo de felicidade para arqueólogos causa calafrios para engenheiros da Secretaria Estadual de Obras. A rodovia, cuja conclusão estava prevista para 2011 com custo de R$ 965 milhões, teve o prazo estendido para o fim de 2013 pelas paralisações ligadas às descobertas.

"Faz parte da obra. Temos de respeitar a história e a legislação", disse o secretário estadual de Obras, Hudson Braga. Os achados estão na sede do IAB em Belford Roxo. Já foram mostrados em exposição itinerante na Baixada e poderão ser também expostos no Rio.

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‘Nossas famílias estão bem sem religião’, diz slogan nos EUA

 

 

Algum tempo atrás, uma campanha publicitária da Coalizão de Dallas-Fort Worth pela Razão (DFWCOR) criou polêmica ao colocar anúncios em ônibus dizendo “Milhões de americanos são bons sem Deus.” O plano de fundo dos anúncios era a imagem de uma bandeira americana, composta pelos rostos dos ateus e agnósticos.

Agora, a DFWCOR lançou uma nova campanha na região entre as cidades de Dallas e Fort Worth, a mais populosa do estado do Texas. Os outdoors mostram diferentes tipos de famílias e a frase “Nossas famílias estão muito bem sem Deus”. As imagens também serão mostradas em um cinema local antes de o filme iniciar.

O coordenador da Coalizão, Zachary Moore, afirma que a campanha tem como objetivo combater a ideia comumente aceita que “família” é sinônimo de “religião”.

Organizações cristãs historicamente sempre ensinaram que as famílias precisam de religião, algo que a DFWCOR contesta. Moore defende que as famílias deveriam “criar os filhos para analisar criticamente a religião… Os pais [da DFWCOR] querem inspirar seus filhos a amar o conhecimento, em vez da fé.”

Moore também acredita que “Nunca foi tão fácil ser um pai ateu no Texas”, observando que o número de pessoas sem religião nos Estados Unidos cresce a cada ano.

O DFWCOR também promove o ateísmo em escola de ensino médio e universidades, com o objetivo de fortalecer e unir os estudantes ateus de todo o país.

De acordo com um estudo publicado no ano passado, o número de ateus em todo o mundo deve continuar crescendo e o motivo para a descrença seria as razões mercadológicas que tem tomado conta das religiões.