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Amigas de missionária Dorothy Stang temem soltura de acusado

MEDO

As irmãs de Notre Dame, colegas da missionária Dorothy Stang, assassinada em fevereiro de 2005, temem o aumento da violência na região com a decisão da desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, do TJ (Tribunal de Justiça) do Pará, que concedeu liberdade provisória a Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão.
O réu, acusado de ser um dos mandantes do crime, foi condenado a 30 anos por júri popular há 19 dias.
Para a irmã Jane Dwyer, com a soltura, volta o clima de insegurança em Anapu. Segundo a missionária, as sete pessoas que fizeram parte do júri popular também “estão expostas”. Ela afirma que o habeas corpus em favor de Taradão deixa a Justiça do Pará desacreditada.
“Por esse temor, foi que pedimos inicialmente a federalização do caso no Supremo Tribunal Federal.”
No pedido de liberdade, os advogados de defesa alegaram que Taradão é réu primário, tem bons antecedentes e ocupação lícita.
Segundo a acusação, com o habeas corpus, Taradão pode ficar solto por tempo indefinido já que o processo de apelação pode levar anos para ser julgado.
De acordo com o advogado de defesa, César Ramos, a decisão da desembargadora se baseou no princípio constitucional da presunção da inocência e em decisões da Justiça, como o Supremo, contrárias à manutenção de pessoas presas quando ainda cabe recurso.
Além do habeas corpus de Taradão, o TJ tem o pedido para anular o julgamento de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, também condenado a 30 anos de prisão pela morte da missionária. Nesse caso, o pedido é para a anulação do julgamento. A defesa alega que não teve prazo suficiente para analisar o processo.
Crime
Aos 73 anos de idade, Dorothy foi assassinada com seis tiros em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, por defender a criação de assentamentos para sem-terra.
Sua morte foi encomendada por fazendeiros pelo valor de R$ 50 mil, segundo as investigações.

Fonte: Folha online

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Senado aprova projeto de deputado para rastrear presos

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Os senadores aprovaram nesta quarta-feira a lei que vai permitir o uso de pulseira com rastreador eletrônico em presos considerados de baixa periculosidade. A ideia é utilizar o equipamento em condenados que estão em progressão de regime e durante os chamados saidões de Natal, Dia das Mães e outros feriados.

Além disso, segundo o autor do projeto, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES), o rastreador poderá ser usado também em presos que tenham cometido crimes ocasionais, aqueles sem intenção, como o homicídio culposo.

De acordo com ele, além de ser melhor para a ressocialização desse tipo de preso, o uso da tecnologia é mais barato que manter o condenado no presídio. "Um rastreador custa R$ 400 por pessoa. Um preso custa ao Estado R$ 1.500. Essa não é uma tecnologia cara. Vale mais a pena manter a pessoa com o rastreador que [deixar ela] presa", explicou Malta.

O projeto já passou pela Câmara, onde recebeu alterações. Depois voltou ao Senado e, agora aprovado, segue para sanção presidencial.


Fonte: Folha Online

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Pesquisa mostra que a felicidade começa aos 50 anos

 
SAÚDE

ESTUDO

 Não importa se a pessoa está empregada, se os filhos ainda moram com ela, ou se é casada. A vida fica melhor depois dos 50 anos. É o que tenta demonstrar uma nova pesquisa com centenas de milhares de americanos: as pessoas tendem a ser mais felizes, menos ansiosas, e menos preocupadas depois que passam de meio século de vida.

     Os cientistas descobriram que a sensação de bem-estar global declina dos 20 aos 50 anos, depois aumenta de forma constante. Alegria e prazer também aumentam depois dos 50. E a maioria dos sentimentos negativos declina com a idade. A preocupação excessiva se mantém constante até cerca dos 50, depois cai. O ódio cai sistematicante aamor, odio, partir dos 20 anos; o estresse atinge o ápice nos 20 anos, começa a declinar, e cai depois dos 50.

    Os padrões são quase idênticos para homens e mulheres, embora as mulheres tenham mais estresse, se preocupem mais e sejam mais tristes em todas as idades, apesar de relatarem melhor bem-estar do que os homens na maioria das idades.

    O estudo, que começou a ser feito em 2008, se deu num universo de nada menos que 350 mil pessoas de todas as regiões dos EUA. A pesquisa, coordenada pelo psicólogo Arthur Stone, da Stony Brook University, no estado de Nova York, teve base em questionários e entrevistas feitos por telefone.

    Uma explicação para este fenômeno, observa Laura Carstensen, psicóloga da Stanford University em Palo Alto, Califórnia, é que pessoas mais velhas são mais experientes em controlar suas emoções. À medida que envelhecem, explica, elas ficam mais conscientes do fato de que o tempo está passando, começam a ter mais cuidado e a ser mais seletivas nas suas escolhas.

    Graças ao trabalho como cientista da Gallup Organization, que conduz uma série de pesquisas por telefone nos Estados Unidos, Stony Brook preparou um questionário sobre emoções específicas que as pessoas sentiram um dia antes de responderem à pesquisa.

     “Esse tipo de questão exige que as pessoas façam muitos julgamentos” comenta Stone.

    As pessoas eram induzidas nos telefonemas a responderem a questões subjetivas. Por exemplo, qual a referência de sucesso para ela: Bill Gates, os parentes, os colegas do trabalho? Outra pergunta era sobre a satisfação que a pessoa tinha com sua vida e sua família. O interessante é que os entrevistados podiam participar depois de o questionário inicial ser feito. Eles podiam enviar mensagens sobre suas reflexões, sobre seu estado de espírito ou sobre seus sentimentos.

     A psicóloga Laura Carstensen diz que o método utilizado no estudo pode criar um novo paradigma em pesquisas subjetivas.

    “Stone encontrou uma forma eficiente de pesquisar sensações e motivações. Muitos dos relatos e achados da pesquisa encontram respaldo na literatura científica sobre emoções em idades diferentes” explica a psicóloga americana.

 

Data: 20/5/2010 15:00:00
Fonte: JB