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Monumento da ONU gera discussão por semelhança com a ‘besta de Apocalipse’

Monumento instalado na praça das Nações Unidas em Nova York é uma peça artesanal de origem mexicana.
FONTE: GUIAME
Guardião da Paz na praça das Nações Unidas em Nova York. (Foto: Twitter/Missão da ONU no México)
Guardião da Paz na praça das Nações Unidas em Nova York. (Foto: Twitter/Missão da ONU no México)

Semelhante a um leopardo, mas tem pés como os de urso e boca como de leão. Esta parece ser a descrição do monumento instalado na praça das Nações Unidas em Nova York, mas é um trecho de Apocalipse que descreve a “besta” profetizada nos últimos dias.

Uma discussão surgiu nas redes sociais esta semana sobre a semelhança do monumento “Guardião da Paz e Segurança Internacional” com o texto de Apocalipse 13:2, que diz: “A besta que vi era semelhante a um leopardo, mas tinha pés como os de urso e boca como a de leão. O dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade.”

O guardião, que foi instalado na área externa da ONU, foi doado pelo governo de Oaxaca, no México. O monumento é um “alebrije”, um tipo de artesanato popular no México.

“O guardião é uma fusão de onça e águia, visto que são animais fortes e muito representativos em nossa história pré-hispânica e nacional”, explicou a Missão da ONU no México no Twitter.

O que são alebrijes?

Os alebrijes foram criados em 1936 pelo artesão Pedro Linares, na época em que estava com uma doença grave. Ele sonhou com animais híbridos que serviam como guias e gritavam: “alebrijes!”

Por isso, são considerados não apenas peças de arte, mas também guias espirituais, de acordo com o jornal argentino Clarín. No Dia dos Mortos, é comum que os alebrijes estejam “entre altares, velas acesas e jantares partilhados”, diz a publicação.

“Esse artesanato é considerado um ser tão espiritual quanto fantástico, cuja missão é acompanhar cada um de nós desde tenra idade. Com o passar do tempo, eles começam a ganhar sua própria alma e passam pelos ciclos da vida assim como nós”, explica o Clarín.

Qual a relação com Apocalipse?

Para o missionário Chileno Vergara, o momento pode ser um dos “sinais do anticristo” citados em Apocalipse 13:2.

“Que loucura, porém não é coincidência! E está acontecendo agora, na frente de seus olhos. O anticristo já tem uma cadeira dentro da ONU. Já já ele se manifesta oferecendo PAZ ao mundo! Se não acredita, aguarde! E aí, ainda duvida que Cristo está às portas?”, questionou em publicação no Instagram.

Ele ainda deu uma resposta aos mais céticos: “Tudo o que a ONU apoia, questione! Seja em questões de saúde, social ou no que for! Se eles apoiam, saiba que não é em favor de você, seguidor de Cristo”, afirmou nos stories.

A ONU é o anticristo?

No entanto, considerar o monumento como representação da besta de Apocalipse não é unanimidade. “Não há um consenso entre os cristãos sobre as características exatas dessa figura e nem o contexto em que ele surgirá”, explica Igor Sabino, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e diretor da Philos Brasil, que promove o engajamento cristão no Oriente Médio.

Sabino observa que é comum ver pessoas “dizendo que a ONU é o anticristo”, especialmente por sua missão de estabelecer a paz global após a Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, ele tem algumas ressalvas.

“A ideia de que a ONU pode ser o anticristo, porém, parece piada para qualquer cristão que estuda Relações Internacionais. Embora de fato haja países que a usem para defender pautas progressistas e se opor a Israel, o poder da ONU na política internacional é bem reduzido”, avalia Sabino.

Ele acrescenta: “A organização basicamente faz apenas o que os países que a integram (e financiam) desejam. A prova disso é que a ONU não foi capaz de impedir a invasão do Iraque pelos EUA, em 2003. Tampouco por um fim aos atuais conflitos na Síria, Iêmen, Somália, Etiópia e em várias partes do mundo”.

Ainda em sua reflexão, publicada no Instagram, Sabino lembra o que as Escrituras dizem quando se trata do anticristo: “Um líder mundial com poderes especiais que trará uma falsa paz às nações. Em seguida, irá se opor aos cristãos e aos judeus, perseguindo-os até que Jesus retorne.”

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Ciência

TikTok induz crianças a bloqueadores de puberdade e cirurgias trans, alertam ativistas

Especialistas revelam que o TikTok tem parceria com um grupo LGBT que promove material com temática transgênero, a fim de normalizar o uso de drogas experimentais e procedimentos cirúrgicos.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST
Adolescente no celular. (Foto: Verkeorg/Flickr)
Adolescente no celular. (Foto: Verkeorg/Flickr)

Especialistas alertam sobre os riscos de permitir que as crianças usem o TikTok sem a supervisão dos pais. Isso porque elas sofrem influência dos jovens que estão sendo seduzidos a tomar bloqueadores de puberdade experimentais.

Além disso, existe um grande número daqueles que se submetem a cirurgias eletivas que removem partes essenciais do corpo, em nome da transideologia.

De acordo com uma análise recente do Daily Mail, os vídeos do TikTok com a hashtag #Trans foram visualizados 26 bilhões de vezes.

Conteúdo e características dos vídeos

Os vídeos apresentados pelos jovens documentam de forma divertida e despreocupada os vários estágios que eles passam após a realização de cirurgias irreversíveis e como eles são transformados após o uso de hormônios experimentais.

Vale ressaltar que a vida real é bem diferente do que eles mostram através das câmeras. O Guiame já publicou várias notícias de adolescentes que se arrependeram da mudança de sexo após “dignósticos incertos” de disforia de gênero.

Conforme o Christian Post, pais e mães no Reino Unido estão cada vez mais preocupados com o fato de o aplicativo alimentar e atrair jovens vulneráveis ​​a se identificarem com o sexo oposto e, potencialmente, por uma vida inteira de repercussões prejudiciais.

Públicos do Tik Tok

Os próprios números do TikTok revelam que mais de 25% dos usuários com idades entre 15 e 25 e crianças entre 4 e 15 anos usam o serviço por 69 minutos por dia, em média.

Grupos críticos do transgenerismo dizem que a proliferação da ideologia nas redes sociais coloca os jovens em sério risco, já que a ideologia tem sido promovida como a última tendência.

Stephanie Davies-Arai, da Transgender Trend, disse que o TikTok é “extremamente influente e está cheio de vídeos que retratam a transição médica como algo legal e radical”.

“Gênero visto como a nova rebelião”

Davies-Arai fez um alerta e disse que “o gênero é visto como a nova rebelião” e que “essas plataformas de mídia social que promovem a transição médica devem incluir um aviso nesse material”.

Em um e-mail para o Christian Post, na segunda-feira (27), a blogueira investigativa Jennifer Bilek, que escreve no “The 11th Hour”, disse que documentou amplamente como o ativismo transgênero está ligado ao complexo médico-industrial.

Ela explica que a tecnologia tem crescido e que o público precisa perceber isso. “A tecnologia tem o poder de influenciar a todos, principalmente as crianças, de maneiras que elas nem percebem”, disse.

Segundo a blogueira, os profissionais de marketing da Internet estão usando esse poder “para nos vender insatisfação com nós mesmos e a cura para essa insatisfação”.

As crianças estão menos preparadas do que os adultos para perceber o que está acontecendo com elas, especialmente quando o marketing está acontecendo em seus próprios canais de mídia social.

“Não podemos controlar o acesso das crianças a todos os meios de comunicação tradicionais, mas é nossa responsabilidade, como adultos, protegê-los de marqueteiros predatórios em suas plataformas de tecnologia”, explicou Bilek.

Cirurgias mutiladoras

“Que crianças possam ser expostas a propagandas de cirurgias mutiladoras de sexo 26 bilhões de vezes é incompreensível”, protestou.

Bilek alerta que a nova realidade é que as crianças estão sendo induzidas ao desejo de passar por cirurgias mutiladoras como se isso fosse algo realmente incrível e satisfatório para suas vidas.

“A ideia tem sido comercializada e eles estão comprando essa ilusão, como um remédio para todos os males e angústias típicas dos adolescentes”, ela acrescentou.

Até mesmo Kate Harris da LGB Alliance — um grupo de dissidentes lésbicas, gays e bissexuais, formado em parte por causa da oposição à ideologia trans e ao ativismo nas políticas do grupo LGBT Stonewall — expressou preocupação com milhões de crianças empolgadas, ​assistindo a esses vídeos.

“Não é coincidência que o crescimento do TikTok coincida exatamente com o crescimento exponencial de crianças apresentando disforia de gênero”, disse Harris, observando que alguns dos vídeos na plataforma são “profundamente assustadores”.

“Não envolva seus pais”

Harris explica que a mensagem é frequentemente: “Não envolva seus pais”, como se eles realmente tivessem independência para tomar decisões como passar por uma cirurgia tão agressiva.

“Esses vídeos levam as crianças desta geração a acreditar que é fácil mudar de sexo e que isso é a resposta para todos os seus problemas”, citou.

Recentemente, foi anunciado que a plataforma de vídeo estava formalmente em parceria com o Stonewall — grupo de direitos LGBT mais proeminente nos EUA — que busca promover material com temática transgênero.

Um porta-voz do TikTok disse ao Daily Mail: “Estamos honrados que a comunidade LGBTQ+ tenha abraçado o TikTok desde os nossos primeiros dias, como uma plataforma para autoexpressão, educação, construção de comunidade e alegria”.

Parceria do TikTok com o grupo de direitos LGBT

Outro porta-voz da Stonewall comentou que o conteúdo “permite que jovens LGBTQ + saibam que não estão sozinhos em suas experiências”.

A análise do Daily Mail dos dados sobre a normalização de tomar drogas experimentais e passar por cirurgia trans vem na sequência de uma publicação proeminente que mostra os procedimentos cirúrgicos transgêneros mais radicalmente invasivos.

Em sua edição mais recente, a revista New York trouxe como matériad e capa um artigo sobre a jornada do jornalista Gabriel Mac, uma mulher que relatou abertamente suas extensas lutas psicológicas durante a faloplastia, uma operação que removeu camadas de tecido e gordura de sua coxa para construir um pênis falso.

Mac foi fotografada vestindo apenas roupas íntimas Calvin Klein com a cicatriz cirúrgica na perna claramente visível. O artigo, intitulado “My Penis, Myself” detalha a operação como um passo necessário para que ela se sinta completa em sua identidade escolhida.

Diagnósticos de disforia de gênero eram raros 

Até anos recentes, os diagnósticos de disforia de gênero eram extremamente raros e vistos quase exclusivamente em meninos pré-púberes.

Hoje, os adolescentes pós-puberdade são o grupo demográfico predominante, e o tipo de disforia de gênero que relatam ter experimentado não é tradicional, mas é, de acordo com a pesquisadora de saúde pública Lisa Littman, “o resultado de um contágio de pares amplamente alimentado pela internet”, resumiu.

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Artigos

Os humanos inventaram a matemática ou ela é uma parte fundamental da existência?

Por Julio Batista

Créditos: FlashMovie / Getty Images.

Por Sam Baron
Publicado no The Conversation

Muitas pessoas pensam que a matemática é uma invenção humana. Para essa forma de pensar, a matemática é como uma linguagem: ela pode descrever coisas reais no mundo, mas não “existe” fora da mente das pessoas que a usam.

Porém, a escola de pensamento pitagórica da Grécia antiga tinha uma visão diferente. Seus proponentes acreditavam que a realidade é fundamentalmente matemática.

Mais de 2.000 anos depois, filósofos e físicos estão começando a levar essa ideia a sério.

Como argumento em um novo estudo, a matemática é um componente essencial da natureza que dá estrutura ao mundo físico.

Abelhas e hexágonos

As abelhas nas colmeias produzem favos hexagonais. Por quê?

De acordo com a ‘conjectura do favo de mel’ na matemática, os hexágonos são a forma mais eficiente para alinhar o plano. Se você deseja cobrir totalmente uma superfície usando ladrilhos de formato e tamanho uniformes, enquanto mantém o comprimento total do perímetro no mínimo, hexágonos são a forma ideal a ser usada.

Charles Darwin concluiu que as abelhas evoluíram para usar essa forma porque ela produz as maiores células para armazenar mel para a menor entrada de energia para a produção de cera.

A conjectura do favo de mel foi proposta pela primeira vez na antiguidade, mas só foi provada em 1999 pelo matemático Thomas Hales.

Cigarras e números primos

Aqui está outro exemplo. Existem duas subespécies das chamadas cigarras periódicas norte-americanas que vivem a maior parte de suas vidas no solo. Então, a cada 13 ou 17 anos (dependendo da subespécie), as cigarras surgem em grandes enxames por um período de cerca de duas semanas.

Por que são 13 e 17 anos? Por que não 12 e 14? Ou 16 e 18?

Uma explicação apela para o fato de que 13 e 17 são números primos.

Imagine que as cigarras têm uma variedade de predadores que também passam a maior parte de suas vidas no solo. As cigarras precisam sair do solo quando seus predadores estão adormecidos.

Suponha que existam predadores com ciclos de vida de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 anos. Qual é a melhor maneira de evitar todos eles?

P1 – P9 representam predadores cíclicos. A linha numérica representa anos. As lacunas destacadas mostram como as cigarras de 13 e 17 anos conseguem evitar seus predadores. Crédito: Sam Baron.

Bem, compare um ciclo de vida de 13 anos e um ciclo de vida de 12 anos. Quando uma cigarra com um ciclo de vida de 12 anos sai da terra, os predadores de 2, 3 e 4 anos também estarão fora da terra, porque 2, 3 e 4 se dividem igualmente em 12.

Quando uma cigarra com um ciclo de vida de 13 anos sai do solo, nenhum de seus predadores sairá do solo, porque nenhum de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 ou 9 se divide igualmente em 13. O mesmo é válido para 17.

Parece que essas cigarras evoluíram para explorar fatos básicos sobre os números.

Criação ou descoberta?

Assim que começarmos a procurar, será fácil encontrar outros exemplos. Desde a forma de filmes de sabão ao design de engrenagens em motores, até a localização e o tamanho das lacunas nos anéis de Saturno, a matemática está em toda parte.

Se a matemática explica tantas coisas que vemos ao nosso redor, então é improvável que a matemática seja algo que criamos. A alternativa é que os fatos matemáticos sejam descobertos: não apenas por humanos, mas por insetos, bolhas de sabão, motores de combustão e planetas.

O que Platão pensava?

Mas se estamos descobrindo algo, o que é?

O antigo filósofo grego Platão tinha uma resposta. Ele achava que a matemática descreve objetos que realmente existem.

Para Platão, esses objetos incluíam números e formas geométricas. Hoje, podemos adicionar objetos matemáticos mais complicados, como grupos, categorias, funções, campos e anéis à lista.

Platão também defendia que os objetos matemáticos existem fora do espaço e do tempo. Mas tal visão apenas aprofunda o mistério de como a matemática explica qualquer coisa.

A explicação envolve mostrar como uma coisa no mundo depende da outra. Se os objetos matemáticos existem em um reino separado do mundo em que vivemos, eles não parecem capazes de se relacionar com nada físico.

Entrando no pitagorismo

Os antigos pitagóricos concordavam com Platão que a matemática descreve um mundo de objetos. Mas, ao contrário de Platão, eles não achavam que os objetos matemáticos existiam além do espaço e do tempo.

Em vez disso, eles acreditavam que a realidade física é feita de objetos matemáticos da mesma forma que a matéria é feita de átomos.

Se a realidade é feita de objetos matemáticos, é fácil ver como a matemática pode desempenhar um papel na explicação do mundo ao nosso redor.

Na última década, dois físicos montaram defesas significativas da posição pitagórica: o cosmologista sueco-americano Max Tegmark e a física e filósofa australiana Jane McDonnell.

Tegmark argumenta que a realidade é apenas um grande objeto matemático. Se isso parece estranho, pense na ideia de que a realidade é uma simulação. Uma simulação é um programa de computador, que é uma espécie de objeto matemático.

A visão de McDonnell é mais radical. Ela pensa que a realidade é feita de objetos matemáticos e mentes. A matemática é como o Universo, que é consciente, passa a se conhecer.

Defendo uma visão diferente: o mundo tem duas partes, matemática e matéria. A matemática dá forma à matéria e a matéria dá substância à matemática.

Os objetos matemáticos fornecem uma estrutura para o mundo físico.

O futuro da matemática

Faz sentido que o pitagorismo esteja sendo redescoberto na física.

No século passado, a física tornou-se cada vez mais matemática, voltando-se para campos de investigação aparentemente abstratos, como a teoria dos grupos e a geometria diferencial, em um esforço para explicar o mundo físico.

À medida que a fronteira entre a física e a matemática se confunde, fica mais difícil dizer quais partes do mundo são físicas e quais são matemáticas.

Mas é estranho que o pitagorismo tenha sido negligenciado pelos filósofos por tanto tempo.

Eu acredito que isso está prestes a mudar. Chegou a hora de uma revolução pitagórica, que promete alterar radicalmente nossa compreensão da realidade.