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‘Não importa o pecado, a cruz é para todos’, diz ex-homossexual curado de Aids

Mark testemunha o poder Deus, após ter adquirido vírus HIV em vida promíscua e mergulhada em vícios.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS
Mark conta seu testemunho milagroso. (Foto: Reprodução / CBN News)
Mark conta seu testemunho milagroso. (Foto: Reprodução / CBN News)

“Eu estava morrendo de medo de que minha vida tivesse acabado. E não havia como voltar atrás”. Esse era o temor de Mark Nelson, assim que foi admitido em um hospital Tallahassee na Flórida com pneumonia dupla, em 2008. Mas essa não foi a pior notícia que ele recebeu. “Disseram que eu tinha AIDS. O vírus ficou no meu sistema por, disseram, 8 a 10 anos.”

Já na UTI, Mark começou a refletir sobre sua infância e as decisões que tomou na vida. Tendo crescido em uma família de classe média que frequentava a igreja, ele tinha quase tudo de que precisava, exceto a atenção e o afeto de seu pai.

“Eu estava procurando por uma conexão com uma figura masculina que pudesse me dar alguma afirmação de que eu estava fazendo algo certo”, explica Mark. Ele encontrou uma figura paterna – em seu pastor de jovens na igreja.

Aos 13 anos, Mark fazia o possível para se destacar e ser admirado. “Ele ficou meio arrogante, sabe, até certo ponto, orgulhoso”, conta a mãe de Mark, que reforça: “Eu dizia às outras pessoas que sabia mais do que elas, que era melhor do que elas, que Deus me amava mais do que elas”.

Vendo a contenda e divisão que Mark estava causando, seu pastor de jovens o chamou e o repreendeu. “Achei que ele estava me repreendendo como pessoa, então, quando deixei aquele grupo de jovens naquela noite, eu estava chorando e magoado, profundamente magoado”, lembra Mark.

Mundo destruído

Agora, em vez de passar todo o tempo na igreja, Mark encontrou outra multidão. Ele começou a beber e usar drogas e se envolveu com pornografia.

“Tive de encontrar outras coisas para realmente preencher aquela ferida. Minha mente inteira foi invadida por pensamentos perversos. Isso me levou a um mundo muito destruído”, lembra Mark.

Foi esse mundo destruído que o levou a uma atração crescente por homens. Ao longo do ensino médio, Mark manteve seus desejos pelo mesmo sexo ocultos, mas na faculdade encontrou aceitação entre a comunidade homossexual. Depois de se formar na faculdade em 2000, Mark entrou totalmente no estilo de vida gay. “Eu estava recebendo muitas afirmações masculinas. Eu era muito, muito promíscuo em todo o lugar”, lembra.

A doença

Por 7 anos Mark manteve aquele segredo para seus pais e colegas de trabalho. Mas, em fevereiro de 2008, após vários meses doente, ele foi parar no hospital com pneumonia dupla.

“Eu tinha muito medo do que iria acontecer comigo”. Os médicos decidiram colocar Mark em coma para ajudar seu corpo a descansar.

Enquanto isso, os pais de Mark foram avisados ​​e foram visitá-lo assim que puderam. Eles descobriram que seu filho não estava apenas em uma batalha física, mas espiritual. “Quando entramos em seu quarto naquela noite e nos aproximamos dele para orar por ele, ouvi uma voz dizer: ‘Estamos com ele, fique longe dele'”, lembra a mãe de Mark.

Batalha espiritual

Os médicos deram pouca esperança aos pais de Mark, pois sua saúde continuou a piorar. “Eu sabia que o Senhor fazia milagres, e começamos a orar imediatamente”, conta o pai de Mark.

“Eu lia a Bíblia o tempo todo e, em todos os lugares que ia, escrevia as escrituras que Deus me dava. Então eu as dizia em voz alta e as proclamava”, diz a mãe de Mark.

Nas semanas seguintes, a família e os amigos oraram sem parar. Então, no fim de semana da Páscoa, Mark conta que seu espírito deixou seu corpo: “Comecei a ver cenas da minha vida, apenas passando diante dos meus olhos. E eu sabia que todas eram baseadas em meus anos de vida na homossexualidade. A escuridão voltou a ficar completa. E lentamente comecei a ouvir esses gritos e pedidos de ajuda”.

“Então comecei a sentir algo como chutes e socos, golpes físicos no meu corpo. E isso estava me oprimindo, e cheguei ao ponto em que não aguentava mais. E eu gritei: ‘Jesus!’ E imediatamente minha alma reentrou em meu corpo. Eu simplesmente agradeci a Deus naquele dia com tanta profundidade pelo que Ele me livrou”, relembra.

O milagre

Depois que Mark se estabilizou, os médicos decidiram tirá-lo do coma. No dia seguinte, todos puderam ver que algo havia mudado.

A mãe de Mark relembra: “Havia uma atmosfera diferente na sala. Cada melhoria era como um momento de alegria.”

“Minha atração pelo mesmo sexo foi embora naquela noite no hospital. Na tarde do domingo de Páscoa comecei a ficar mais forte. Eu estava ficando cada vez menos dependente do oxigênio. Então, eles viram que meus pulmões estavam ficando mais fortes”, conta.

Quando os médicos liberaram Mark algumas semanas depois, eles disseram que seu HIV era ‘indetectável’. “Simplesmente comecei a chorar e clamar ao Senhor. E apenas dizendo: ‘Senhor, sinto muito. Sinto muito por tudo o que fiz. Eu quero estar em um relacionamento completo com você, Senhor’. E eu simplesmente senti essa paz tomar conta de mim e eu senti naquele momento que era isso.”

Mark se casou e trabalha para uma organização missionária na Flórida. Seu HIV ainda é indetectável e isso desde aquele Domingo de Páscoa anos atrás.

“É um dia de lembrança, é um dia de exclamação e alegria. E gratidão por Ele nos tirar de tanto. E a cruz está aí para qualquer um. Qualquer um. Não importa que tipo de pecado seja. A cruz é onde você a coloca”, diz agradecido pelo milagre.

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“Pregou a palavra de Deus”, diz tribunal ao extinguir ação de homofobia contra pastora

O TJRJ extinguiu a ação contra a pastora Karla Cordeiro, denunciada por discurso racista e homofóbico.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GLOBO
Karla Cordeiro, mais conhecida como Kakau, durante pregação. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Karla Cordeiro, mais conhecida como Kakau, durante pregação. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Por unanimidade, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) extinguiu na quinta-feira (2) uma ação contra a pastora Karla Cordeiro, que foi denunciada por ter proferido discurso racista e homofóbico.

A pastora “está amparada pelo exercício regular do direito que é a liberdade de culto religioso e de crença, assegurados pela Constituição da República”, concluiu o desembargador Paulo Rangel, relator do habeas corpus e que também é um homem negro.

A denúncia foi feita com base em uma pregação de Karla Cordeiro na Igreja Sara Nossa Terra de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Em agosto, o vídeo circulou nas redes sociais e na imprensa.

“É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira”, disse a pastora. “Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta!”, acrescentou.

O sermão de Karla Cordeiro acabou virando alvo de inquérito policial, e, posteriormente, de uma denúncia do Ministério Público por racismo e homofobia.

Na época, a pregadora fez uma nota de retratação, esclarecendo que foi infeliz na escolha de suas palavras.

“A minha intenção era de afirmar a necessidade de focarmos em Jesus Cristo e reproduzirmos seus ensinamentos, amando os necessitados e os carentes. Principalmente as pessoas que estão sofrendo tanto na pandemia. Fui descuidada na forma que falei e estou aqui pedindo desculpas”, disse Karla.

‘Tudo virou crime’

Por unanimidade, desembargadores da 3ª Câmara Criminal do TJRJ julgaram procedente o pedido de extinguir o processo, amparados pela liberdade de culto e de expressão.

“A paciente pregou a palavra de Deus com base no livro Santo e Sagrado de todos os Cristãos: a Bíblia. (…) Não comete crime quem, em pleno exercício de sua religião, clama pelos ensinamentos de Cristo, sem ofensa a qualquer minoria. O que se quer é obrigar a paciente a rasgar a Bíblia e a aceitar o homossexualismo”, declarou o desembargador.

O magistrado defendeu que “a prática do homossexualismo e demais atos citados na passagem Bíblica e tidos como pecados não são inventados pela pastora. (…) Querer que ela defenda algo diferente do que está na Bíblia é cercear a liberdade de culto dela”.

Segundo o jornal O Globo, Rangel abriu seu voto com a canção “Recado”, de Gonzaguinha e citou a frase: “Liberdade virou prisão”.

O desembargador observou ainda que atualmente tudo é considerado crime e que o Direito Penal se tornou “instrumento de manipulação social e não de segurança jurídica”.

“O problema é que hoje tudo é crime. A pessoa tem uma opinião que não é politicamente correta, pronto: já é considerada criminosa. Opinião passou a ser crime. Lamentável. Hoje humoristas como Paulo Silvino que tinha o bordão ‘Isto é uma bichona’, Tom Cavalcante que encarnava o ‘Pit Bicha’, o memorável e inesquecível Chico Anísio que dentre centenas de personagens encarnava a ‘Salomé’, ‘Os Trapalhões’ (Dedé, Didi, Mussum e Zacarias) que se dirigiam ao queridíssimo e inesquecível Mussum como crioulo, dentre outros, seriam presos na porta do estúdio de gravação e denunciados pelo Ministério Público”, escreveu no relatório.

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O Natal tem ligação com ritos pagãos? Veja a opinião de estudiosos

O que importa, segundo os entrevistados, é que mesmo discordando em suas opiniões teológicas, as pessoas se respeitem.
FONTE: GUIAME, CRIS BELONI
Natal em família. (Foto: Pixabay)
Natal em família. (Foto: Pixabay)

As festas de fim de ano se aproximam e, com elas, as dúvidas sobre o “Natal teologicamente correto”. Se Jesus não nasceu em 25 de dezembro, como afirma a maioria dos teólogos, por que os cristãos continuam comemorando a data?

Além disso, se é um dia do calendário que se relaciona a festas pagãs, seria pecado então comemorar o nascimento de Jesus na mesma ocasião?

Há quem defenda que a festa de Natal não deveria ser realizada pelos cristãos. Mas, também há quem defenda que não há problema algum em festejar esse dia.

Por que não devemos festejar o Natal?

Primeiro, por ser uma demonstração bem clara de que “não há o mínimo cumprimento das Escrituras na maneira atual de se comemorar o Natal”, diz o rabino Mário Moreno ao Guiame.

Ele resume a data como um dia revestido de características pagãs. “Não há diferença entre a comemo­ração do Natal em países cristãos, como Brasil ou França, e em países budistas, como o Japão”, observou.

“Isto nos leva à conclu­são de que os verdadeiros crentes preci­sam mudar drasticamente a maneira de comemorar o nascimento do seu Salvador, de acordo com os padrões bíblicos”, apontou.

Entre as formas pagãs, ele incluiu a comilança e a bebedeira. Além disso, citou aqueles que se sentem solitários ou frustrados por falta de dinheiro e também as pessoas que ficam cansadas pelas tarefas deste dia, em especial os vendedores.

Por que não montar uma árvore dentro de casa?

Sobre os enfeites natalinos e a famosa Árvore de Natal, o rabino que é fundador da Congregação Judaico Messiânica Shema Israel, diz que é um costume emprestado das religiões pagãs da Europa Medieval e da Roma primitiva.

“Existe uma indicação bem clara de que já na época de Jeremias os pagãos costumavam cortar árvores, trazê-las para sua casa, enfeitá-las, e dessa forma exercerem uma espécie de culto pagão à natureza, mais especificamente à árvore”, disse ao citar Jeremias 10.2-4.

Para o rabino, então, montar uma árvore de natal é uma prática ligada à idolatria, bem como o presépio ou o ato de acender velas. “A nossa conclamação é para que todos os genuínos crentes deixem de lado os costumes pa­gãos. Não há registro nas Escrituras nem na história do primeiro século que os judeus crentes comemoravam o nascimento de Ieshua”, apontou.

Por que não se vestir de papai Noel?

Outro detalhe a ser observado no Natal, conforme o rabino, é o fato de “homens sérios, cris­tãos devotos, que jamais teriam a coragem de vestir uma fantasia de carnaval, não se acanharem de fantasiar-se de Papai Noel”.

“Eles fingem que distribuem às crianças da igreja os presentes que seus próprios pais já haviam comprado de an­te­mão. E esse velho mitológico está, pouco a pouco, tomando o lugar do perso­nagem que deveria ser o dono da festa, ao ponto de o Natal, ao invés de ser chamado ‘Festa de Ieshua’  estar recebendo o título de festa de Papai Noel”, disse.

“Por isso devemos agora nos perguntar: O que fazer com as chamadas festas pagãs na Igreja”? A resposta é: abolir totalmente! Precisamos de uma medida radical para podermos retornar ao Eterno e assim podermos então ter a certeza de que estaremos de novo em sua presença da forma como Ele deseja, celebrando as festas que estão designadas em Sua Palavra”, frisou.

“Poderíamos comemorar as festas do calendário judaico”

hebraísta e escritor Getúlio Cidade se diz indiferente às festas de Natal. “Acho que a maioria dos cristãos, hoje, sabe que Jesus não nasceu em 25 de dezembro”, ele também disse ao Guiame.

Getúlio explica que as comemorações pagãs foram readequadas para se encaixar ao cristianismo, que passou a ser a nova religião do império, nos tempos de Constantino.

O escritor esclareceu que só vê de forma positiva, independente da data, o reunir a família. “Quando posso, recebo parentes para passarmos um tempo de comunhão, até porque isso é difícil em outras épocas do ano”, comentou.

“Aproveitamos para orar em família, o que também é uma oportunidade rara. Mas sem as tradições natalinas de troca de presentes. Apenas usufruímos da companhia uns dos outros”, enfatizou.

Para o hebraísta, os cristãos poderiam comemorar as festas judaicas, em vez de comemorar o Natal, já que elas mostram o plano de redenção para toda a humanidade, incluindo Israel, conforme ele comenta.

“A Igreja se paganizou ao longo da história comemorando datas que não estão ligadas ao calendário bíblico”, apontou. Ele diz que é possível que os cristãos não sejam tão ligados às festas judaicas por preconceito.

‘Natal é uma oportunidade de pregar o Evangelho’

E a pergunta final é feita por dois pastores bem conhecidos entre os cristãos: “Por que não aproveitar o Natal para falar de Jesus?”, questionaram Luciano Subirá e Lamartine Posella numa live divulgada pelo Guiame, em 2019.

O pastor da Comunidade Alcance, em Curitiba (PR) e coordenador do projeto Orvalho, Luciano Subirá, explicou que costumava defender que não era necessário celebrar o Natal, mas passou a “perceber que alguns posicionamentos são muito frios”.

Ele reconhece a “origem pagã” e entende a preocupação de alguns cristãos em relação aos enfeites de Natal, mas disse que antes de Constantino cristianizar as festas pagãs, os cristãos já celebravam o nascimento de Cristo em datas diferentes. Por outro lado, ele acredita no fator evangelístico do Natal: “O não-convertido tem esse dia em sua cultura para celebrar a Jesus”, disse. Sendo assim, não comemorar o Natal é deixar de usar essa oportunidade, numa das poucas vezes que as pessoas estão receptivas ao Evangelho.

“Fechamos essa porta por causa de algo que não nos faria mal”, avaliou. “Romanos 14 diz que um julga iguais todos os dias e outro faz diferença entre dias. E Paulo diz: que um grupo não julgue o outro”, emendou.

O problema, segundo o pastor, é quando as pessoas usam o Natal para atacar umas às outras simplesmente para defender suas opiniões teológicas.

Relação entre a Igreja e o contexto cultural

Falando sobre a relação entre a Igreja e o contexto cultural, Lamartine deu como exemplo a passagem do apóstolo Paulo por Atenas, quando apresentou o Evangelho aos gregos por meio da estátua do “deus desconhecido”.

“Você vê claramente a vontade de Paulo de usar a cultura para comunicar o Evangelho”, observou o pastor. “No Natal, o mundo inteiro está falando de Jesus. E agora, se nós abrirmos mão de falar de Jesus, vai ficar só o Papai Noel”, Lamartine Posella concluiu.