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Médicos e pastores se manifestam contra o aborto de bebês anencéfalos (Responda a enquete)

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

Especialistas em medicina e líderes religiosos manifestaram opinião contrária ao aborto de fetos com anecefalia, um tipo de malformação no tubo neural. Para eles, a baixa expectativa de vida nesses indivíduos não deve limitar o direito à vida dessa crianças.

  • Começa hoje julgamento sobre aborto de fetos anencéfalos

    (Foto: Divulgação / STF

    Começa hoje julgamento sobre aborto de fetos anencéfalos

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Para os médicos, o sofrimento dos pais não justifica a interrupção da gestação. Para a coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital São Francisco, Cinthia Macedo Specian, o feto anencéfalo não deve ser considerado um natimorto cerebral.

Em entrevista ao Terra, Specian afirmou que “o feto tem um comprometimento severo de um órgão muito importante, mas não posso classificá-lo como um indivíduo que está em morte encefálica”.

Segundo a especialista, estudos mostram que todos os bebês com anencefalia possuem respiração espontânea, e mais de 50% conseguem mamar, sugar e deglutir o leite. “Já os pacientes com morte encefálica não deglutem nem a saliva e não têm movimento ocular”, explicou Cinthia.

Também o médico especialista em ginecologia e obstetrícia Dernival da Silva Brandão, membro da Comissão de Ética e Cidadania da Academia Fluminense de Medicina, disse não compreender como um profissional de saúde pode defender a interrupção e uma gestação apenas com base na má formação do feto.

“Casos de crianças anencéfalas que sobreviveram após o parto são relevantes, mas o mais importante é que aquela criança está doente e precisa de tratamento. Ela não perde o direito à vida porque está doente”, disse.

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Ele ainda ressaltou que ao contrário do que dizem outros especialistas, os riscos para a mãe na gestação de bebês anencéfalos não é tão alto. Para ele, uma gravidez de gêmeos pode ser bem mais perigosa.

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O especialista explicou que problema do acúmulo de líquido amniótico, que é comum em casos em que a malformação é diagnosticada, pode ser tratado com a técnica de punção.

Somando-se à opinião dos médicos e especialistas em obstetrícia, líderes religiosos têm ido a público manifestar sua opinião contrária ao aborto de anencéfalos e a favor da vida.

O pastor da Igreja Vitória em Cristo, Silas Malafaia, publicou um comentário em seu site Verdade Gospel, em que compara o aborto ao conceito de depuração das raças, idéia pregada por Adolf Hitler durante o nazismo.

“Se na época do nazismo, Hitler queria fazer depuração da raça, esta é a moderna depuração dos nossos tempos. Aborto de anencéfalos, daqui a pouco aborto para quem tem Síndrome de Down, depois qualquer bebê na barriga da mãe que tenha qualquer deficiência. A vida é um dom de Deus, está na sua autoridade dá-la e tomá-la”, afirmou, categórico.

Ele incentivou que os fieis se empenhassem na questão para “livrar o Brasil dessa praga do inferno que é o aborto”.

Também o pastor deputado federal Marco Feliciano (PSC/SP), postou em seu Twitter uma nota pedindo que seus seguidores enviassem emails ao Supremo Tribunal Federal (STF) pressionando para que os ministros votassem contra.

“[Os ministros] votarão se os fetos com anencefalia devem ou não ter o direito de nascer. Escreva para os juízes pedindo que votem NÃO ao assassinato dos bebês!”, publicou.

Julgamento

O STF iniciou hoje o julgamento da questão da possibilidade da antecipação terapêutica de parto nos casos em que os fetos apresentem anencefalia. A questão está sendo analisada há oito anos pelo órgão.

Após mais de uma hora de leitura, por volta das 12h50, o relator ministro Marco Aurélio Mello apresentou seu voto favorável à interrupção da gravidez de fetos anencéfalos.

Em seguida houve interrupção dos trabalhos, que serão retomados na tarde desta quarta-feira (11). O tema gera grande repercussão e controvérsia a respeito da defesa da vida, e por outro lado, dos que defendem os direitos femininos em todo o país.

Você é a favor da legalização do aborto em fetos anencéfalos?

  • Não, toda criança tem direito à vida, mesmo que não possa se expressar
  • Sim, a mãe não deve sofrer com uma gestação de alto risco
  • Não tenho opinião formada sobre o assunto

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Manifestação pró-vida em frente do STF em decisão sobre abortos eugênicos

 

Manifestação pró-vida em frente do STF em decisão sobre abortos eugênicos

Matthew Cullinan Hoffman

4 de abril de 2012 (LifeSiteNews.com) — Manifestações da organização pró-vida Brasil Sem Aborto começaram fora do Supremo Tribunal Federal do Brasil enquanto se aproxima a data para uma decisão que permitirá abortos para bebês anencefálicos.

Os defensores dos bebês em gestação estão profundamente preocupados com o caso, que será decidido por ministros em grande parte nomeados por líderes do PT, que é pró-aborto. A votação final está marcada para 11 de abril.

“Não vejo possibilidade de vitória para a vida na próxima votação”, o ativista pró-vida brasileiro Julio Severo disse para LifeSitenews.com, “não porque eu seja pessimista, mas porque um dos ministros já declarou que os que defendem o aborto de bebês deficientes de anencefalia terão uma grande vitória”.

Severo também comentou que todos os 11 ministros do STF foram nomeados por presidentes pró-aborto, e observou que “há amplas forças governamentais pressionando o avanço do aborto legal”.

O caso, que estava parado desde 2008, estará sob a relatoria de um ministro abertamente pró-aborto que declarou publicamente que ele considera o caso como um “gancho” para entrar num debate mais amplo sobre o aborto e a eutanásia como um “direito”.

Numa entrevista à revista Veja naquele ano, num gabinete cercado por imagens católicas sagradas, o ministro do STF Marco Aurélio Mello disse: “O tema anencefalia é um gancho para discutir situações mais abrangentes e fronteiriças”.

“Em minha opinião, os casos de interrupção de gestação de anencéfalo e os de aborto de forma mais abrangente, quando a gravidez não é desejada, possuem um ponto importante em comum: o direito de a mulher decidir sobre a própria vida”, disse Mello, que acrescentou que “o princípio que está em jogo nessas situações é o do direito à liberdade”.

Bebês com anencefalia têm falta parcial ou completa da matéria cerebral superior, e nascem com uma grande abertura na parte de cima do crânio. Eles raramente sobrevivem mais do que uma semana após o nascimento, embora alguns tenham vivido por vários meses nessa situação.

Embora eles sejam muitas vezes considerados como tendo falta de atividade mental, o testemunho de pais de bebês anencefálicos muitas vezes contradiz essa percepção.

Marcela Ferreira viveu 20 meses fora do útero com anencefalia, de 2007 a 2008. Apesar da ausência da maior parte de sua matéria cerebral superior, ela chupava o polegar, chorava para sua mãe e reagia a outros membros da família. A conduta dela era tão contrária ao pensamento convencional sobre anencefalia que levou pelo menos um médico a negar que ela tivesse o problema, apesar de um diagnóstico de vários médicos.

Várias organizações pró-vida planejam iniciar uma vigília de oração às 18h de 10 de abril na Praça dos Três Poderes na frente do Supremo Tribunal Federal, que durará até que todos os ministros tenham votado no dia seguinte, de acordo com o serviço noticioso católico ACI Digital.

ACI Digital também informa que no mesmo dia, uma campanha pró-vida de Twitter será direcionada ao STF, cujo endereço é @STF_oficial, com as hashtags #anencefalo e #avidaporumfio.

Traduzido por Julio Severo do artigo de LifeSiteNews: Pro-lifers rally outside Brazilian high court as it weighs allowing eugenic abortions

Fonte: www.juliosevero.com

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Salve o planeta rechaçando bebês?

 

Dr. E. Calvin Beisner, Aliança Cornwall para a Administração da Criação

Como vice-presidente de assuntos governamentais da Associação Nacional de Evangélicos (ANE), o Rev. Richard Cizik provocou polêmica ao lutar implacavelmente, ainda que sem sucesso, para embarcar os evangélicos na guerra contra o aquecimento global antropogênico e em apoio às uniões homossexuais. A posição dele sobre o aquecimento global provocou críticas enérgicas de outros líderes evangélicos, que insistiram em que Cizik não falava por eles. Alguns chegaram a exortar a ANE a demiti-lo. A postura dele de apoio às uniões civis homossexuais levou à demissão dele da ANE em dezembro de 2008. Logo depois, ele foi trabalhar para Ted Turner, magnata dos meios de comunicação, defensor do controle populacional e diretor da Fundação Nações Unidas. Em seguida, ele passou a trabalhar para o Instituto Sociedade Aberta (Open Society Institute), do ateu, globalista e capitalista George Soros, fundando então a Nova Parceria Evangélica para o Bem Comum — entidade em grande parte financiada por seus amigos esquerdistas.

Agora, Cizik está provocando perturbações de novo, pedindo maior acesso a contraceptivos no mundo inteiro. Por quê? Para proteger as mulheres e reduzir índices de aborto, crescimento populacional e, no final das contas, o aquecimento global.

No artigo “O planejamento familiar é agradável a Deus e ao meio ambiente”, publicado primeiramente em 12 de março e rapidamente republicado no mundo inteiro, Cizik escreveu: “Ao dar uma palestra no Banco Mundial anos atrás, me perguntaram por que os cristãos não tratam de questões de controle populacional. ‘Já começamos a lidar com o tema de mudança climática’, respondi, ‘e mais cedo ou mais tarde, teremos de falar honestamente sobre controle populacional. Mas é um assunto muito polêmico’. Depois, alguém enviou um email para líderes evangélicos me acusando de apoio ao ‘controle populacional’, tal como a política de ‘filho único’ da China. Tudo mentira, mas aconteceu”.

Vamos já de início acabar com quaisquer mal-entendidos. Talvez Cizik tenha citado a si mesmo de memória e apenas imprecisamente. Mas as palavras reais dele naquela reunião do Banco Mundial em 2006, extraídas de uma gravação em áudio, foram: “Gostaria de adotar a bandeira da questão do controle populacional, mas entre os evangélicos o aquecimento global já é polêmico demais. E eu toquei nesse assunto que é muito polêmico… porém, ainda tenho um emprego… O controle populacional é uma questão muito mais perigosa de se tocar… Precisamos confrontar o controle populacional e podemos — afinal, não somos católicos romanos —, mas é perigoso demais tocar nisso agora”.

Obviamente, conforme confessa o contexto, por “Precisamos confrontar o controle populacional” Cizik não estava querendo dizer “Precisamos rejeitar o controle populacional”. O que, então, ele estava querendo dizer? Parece que ele queria dizer que temos de adotá-lo — ainda que não por meio da política de filho única da China. E quem acha que o controle populacional é uma causa nobre precisa das lições de história às vezes horríveis dos seguintes livros:

Reproductive Rights & Wrongs: The Global Politics of Population Control (Direitos & Erros Reprodutivos: As Políticas Globais de Controle Populacional), de Betsy Hartman.

Fatal Misconception: The Struggle to Control World Population (Concepções Errôneas e Fatais: A Luta para Controlar a População Mundial), de Matthew Connelly.

Contudo, Cizik escreveu: “…quando as mulheres têm o poder de planejar suas famílias, as populações crescem mais lentamente, e mais lentamente crescem também as emissões de gás estufa. Fornecer moderna contracepção para todas as mulheres reduziria essenciais emissões de carbono em 8 a 15 por cento”. O “planejamento familiar” não só reduziria o crescimento populacional e as emissões de gás estufa, mas também reduziria “o custo, cerca de 3,7 bilhões de dólares anuais… um custo que é pequeno em comparação com outras estratégias de redução de emissão de carbono”.

O que é “lindo” é que Cizik admite que os 3,7 bilhões de dólares anuais são “um custo que é pequeno em comparação com outras estratégias de redução de emissão de carbono”. Pelo menos uma vez na vida um alarmista do clima confessa os custos da solução! E, aliás, 3,7 bilhões de dólares anuais são uma fração pequena das centenas de trilhões que custaria para reduzir as emissões de CO2 em 80 por cento até 2050 — tudo para alcançar uma redução imensamente pequena na temperatura média global durante um século, começando agora, numa ação que não teria nenhum benefício ecológico enquanto os custos econômicos provavelmente gerariam mais mortes do que a solução impediria. Se enxergarmos as pessoas apenas como “pegadas de carbono”, não como criadas conforme a imagem de Deus com dignidade e transbordando de potencial para abençoar uns aos outros, talvez os argumentos de Cizik fizessem sentido.

O que não é lindo é que (a) Cizik parece desconhecer que a diminuição da população, não o crescimento da população, será a grande ameaça deste século e provavelmente dos próximos um ou dois séculos, e, (b) Cizik pensa que controlar o crescimento da população para reduzir o aquecimento global seria uma coisa boa.

A maioria dos demógrafos acha que a população mundial terá seu crescimento máximo em 2050 e então começará uma diminuição que continuará enquanto pessoas suficientes continuarem a escolher ter menos de dois nascimentos por mulher necessários para a substituição — uma escolha que parece vir quase que universalmente com os elevados padrões de vida (e custos de criação de filhos) esperados para quase todo mundo no final deste século. Aliás, conforme Stanley Kurtz indicou seis anos atrás numa análise magistral de conhecimento demográfico, “Se os índices mundiais de fertilidade alcançarem níveis hoje comuns no mundo em desenvolvimento (e esse parece ser o destino), dentro de poucos séculos a população do mundo poderia diminuir abaixo do nível dos EUA hoje”. Releia essa última cláusula e deixe isso mergulhar na sua mente. Esse controle populacional significa uma redução da população mundial em 95 por cento.

Se a discussão de Cizik tem falta de fundamento científico, não a compensa com uma base bíblica. Ele apelou uma única vez para a Bíblia (Gênesis 2:15), e só para apoiar a ideia incontroversa de cuidar da Terra. E ao citar esse versículo, ele negligenciou que se aplicava não à Terra toda, mas ao Jardim do Éden.

Além disso, ele negligenciou outro versículo que ele poderia ter visto como um pouco mais incomodador, embora realmente lide tanto com a responsabilidade da humanidade para com a Terra inteira quanto com o crescimento populacional — Gênesis 1:28: “Deus os abençoou e lhes ordenou: ‘Sede férteis e multiplicai-vos! Povoai e sujeitai toda a terra; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo animal que rasteja sobre a terra!’” Esse e outros versículos da Bíblia apresentam a multiplicação humana como bênção, não maldição (Genesis 12:2; 15:5; 17:1–6; 26:4, 24; Deuteronômio 7:13, 14; 10:22; Salmo 127:3–5; 128:1, 3; Provérbios 14:28), e aliás como meio de cuidar da Terra — e Cizik diz que é a favor de cuidar da Terra. Em contraste, a Bíblia vê a diminuição populacional como maldição (Deuteronômio 28:62–63; Levítico 26:22).

Portanto, embora Cizik consiga encontrar apoio na Bíblia para cuidar da Terra, ele não consegue encontrar apoio na Bíblia para a contracepção ou para o planejamento familiar, e muito menos para o controle populacional — e muito menos ainda para programas governamentais de planejamento familiar em vez de liberdade pessoal.

Dr. E. Calvin Beisner é o fundador de The Cornwall Alliance for the Stewardship of Creation.

Traduzido por Julio Severo do artigo de CrossWalk: Save the Planet, Reject the Child?

Fonte: www.juliosevero.com