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Nasa diz ter prova definitiva de que houve água em Marte

 

Jipe-robô encontrou um veio de gesso, mineral depositado pela água, projetando-se a partir de uma rocha antiga

09 de dezembro de 2011 | 10h 15

Reuters

SAN FRANCISCO – Um jipe da Nasa encontrou a prova mais convincente até agora de que Marte teve água no passado – um veio de gesso, mineral depositado pela água, projetando-se a partir de uma rocha antiga.
O jipe Opportunity e seu "gêmeo" Spirit chegaram em 2004 a lados opostos do planeta. Com o auxílio de sondas orbitais, eles ofereceram ao longo dos anos várias pistas convincentes de que o planeta nem sempre foi tão frio e seco quanto hoje.
A maior dessas provas, apresentada nesta semana na conferência da União Geofísica Americana, em San Francisco, é um fino veio de gesso numa rocha da beirada da cratera Endeavour, que tem 154 quilômetros de diâmetro.
O gesso geralmente se forma pelo fluxo de água dentro de rochas.
"É a observação mais ‘à prova de balas’ que acho que já fizemos em toda essa missão", disse à Reuters Steve Squyres, pesquisador-chefe dos jipes Spirit e Opportunity.
O Spirit não está mais operacional, mas o Opportunity continua enviando dados de Marte.
Materiais depositados pela água já haviam sido encontrados a céu aberto, o que dificulta sua interpretação, já que eles podem ser deslocados pelo vento. Já o veio de gesso oferece uma análise mais inequívoca, por estar gravado na rocha.
Segundo Squyres, as características químicas e geológicas do veio "simplesmente gritam (que havia) água."
Atualmente, a Nasa está enviando outra sonda para Marte, a Curiosity, para investigar a existência atual ou passada de água na cratera Gale, em outro ponto do planeta.


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Lua pode conter tanta água quanto a Terra, revela estudo

26/05/2011 – 16h17

DA FRANCE PRESSE

A Lua poderia ter muito mais água do que o imaginado, talvez tanta quanto a Terra, uma descoberta que lança dúvidas sobre a formação do satélite, revela um estudo divulgado esta quinta-feira nos Estados Unidos.

Durante muito tempo acreditou-se que a Lua fosse um local seco e poeirento até que, há poucos anos, descobriu-se água pela primeira vez.

Agora, cientistas das universidades Case Western Reserve e Brown acreditam que no interior da Lua haja cem vezes mais água do que se pensava inicialmente.

France Presse

Amostra retirada da Lua; cientistas acreditam que interior da Lua haja cem vezes mais água do que se pensava

Amostra retirada da Lua; cientistas acreditam que interior da Lua haja cem vezes mais água do que se pensava

As descobertas foram feitas com o uso de um instrumento de precisão, chamado NanoSIMS 50L –um microanalisador de íons– para examinar o magma lunar ou pequenas quantidades de rocha derretida, coletada pela Apolo 17, a última missão americana à Lua, em 1972.

“Estas amostras são a melhor janela que temos para [calcular] a quantidade de água no interior da Lua”, disse James Van Orman, coautor do estudo e professor de ciências geológicas do Case Western.

“O interior parece ser bastante similar no interior da Terra, razão pela qual sabemos sobre a abundância de água”, acrescentou.

As descobertas foram publicadas na edição de 26 de maio da “Science Express”.

A mesma equipe publicou um trabalho na “Nature” em 2008, descrevendo a primeira evidência da presença de água nos cristais vulcânicos trazidos pelas missões Apolo.

“O essencial é que em 2008 dissemos que o conteúdo primitivo de água no magma lunar deveria ser similar à água contida na lava proveniente da drenagem do manto superior da Terra”, disse outro coautor do estudo, Alberto Saal. “Agora, provamos que este é o caso”, acrescentou.

Enquanto as descobertas corroboram a teoria longamente sustentada de que a Lua e a Terra têm origens comuns, também lançam dúvidas sobre a crença de que a Lua pode ter se formado após um desprendimento da Terra, perdendo boa parte de sua umidade neste processo de alta temperatura.

Segundo esta teoria, de “enorme impacto” nos anos 1970, a Lua se formou depois que o nosso planeta colidiu com uma rocha espacial ou planeta 4,5 bilhões de anos atrás.

“Esta nova pesquisa revela que aspectos desta teoria devem ser reavaliados”, destacou o estudo.

As descobertas também levantam interrogações sobre as teorias que afirmam que o gelo encontrado nas crateras dos polos lunares pode ser resultante do impacto de meteoros, sugerindo que parte do mesmo pode ter provindo da erupção de magmas lunares.

A Nasa (agência espacial americana) anunciou, em 2009, que duas naves enviadas à Lua para colidir com a superfície do satélite descobriram pela primeira vez água congelada, uma revelação considerada um enorme passo adiante na exploração espacial.