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Já são 1.400 as denúncias de abuso na Igreja Católica na América Latina

México registrou 550 casos de abusos de menores de idade; Chile e Argentina são únicos países a fornecer ajuda às vítimas e exigir investigação
Giovanna Orlando, do R7
Mais de mil casos foram registrados na América Latina

Mais de mil casos foram registrados na América Latina

Arquivo/Agência Brasil

A América Latina é um dos lugares com a maior concentração de católicos no mundo, com o Brasil encabeçando a lista, e se tornou foco de uma investigação de abuso de menores de idades por religiosos.

Em um relatório de 60 páginas divulgado pelo Children Rights International Network, a chamada “terceira onda de denúncias” acontece no continente latino-americano anos depois da primeira, nos Estados Unidos, e da seguda, na Europa e Oceania.

Mesmo com mais de 1.400 denúncias registradas, sendo 550 no México e 243 no Chile, a América Latina ainda é a região com o menor número de casos registrados.

Os números chocantes sequer incluem cinco países importantes no continente. Brasil, Cuba, e Honduras não registram ou tornam públicos casos de abusos. Já o Equador não tem informações disponíveis e El Salvador é conhecido por não divulgar publicamente os casos.

 Argentina e Chile na vanguarda

A Argentina, com 129 denúncias, e o Chile se destacam na luta contra os abusos crescentes, com sobreviventes falando sobre sua experiência e pedindo ações contra os abusadores e a instituição religiosa que os protege.

“Essa mudança cultura é especialmente evidente no Chile, onde a determinação para responsabilizar instituições como a Igreja Católica pelos seus fracassos levou os sobreviventes a coletivamente pedir que o governo crie uma comissão para investigar independentemente a verdade sobre o histórico de abuso sexual no país pela igreja”, diz o relatório.

Além do Chile, a Itália, Polônia, Espanha e os Estados Unidos também investigam e tentam responsabilizar a igreja pelos abusos por meio de investigações independentes.

As maiores dificuldades porém estão na falta de auxílio da Santa Sé com as investigações. A Igreja se recusa a divulgar arquivos internos e o nome dos responsáveis, já admitiu ter destruído ou alterado provas que pudessem incriminar a instituição e alegam que os casos são falsos.

Os casos na América Latina

Muitas vezes, as vítimas não querem reportar o abuso ou demoram décadas para conseguir lidar com o trauma e conseguir registrar a ocorrência, o que torna impossível a missão de saber com precisão quantos menores de idade foram abusados dentro da Igreja Católica.

O caso mais antigo registrado na América Latina é de 2002, quando o padre Luis Francisco Calvo Bolaños foi sentenciado a quatro anos de prisão na Costa Rica por beijar forçadamente uma menina de 16 anos.

No Paraguai, em 2003, o padre Juan Andrés López Souza foi o primeiro padre condenado depois de abusar de um coroinha de 11 anos. Ele foi sentenciado à 11 anos de prisão.

Os únicos países latino americanos que oferecem ajuda às vítimas de abuso sexual na igreja, exigem investigações independentes, tomada de medidas e permitir que as vítimas tenham acesso à justiça são o Chile e a Argentina.

No mundo, a instituição Ending Clerical Abuse (Acabando com o abuso clerical, em tradução livre) é a primeira organização internacional focada em investigar e responsabilizar a igreja pelos abusos cometidos.

Mais de 1.400 casos

O México lidera o ranking de países com o maior número de casos de abuso, com 550 registrados até fevereiro de 2019.

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A Igreja Católica no México diz ter suspendido 152 padres das suas obrigações religiosas nos últimos 9 anos depois de suspeitas de abuso de menores, mas não divulgou os nomes dos clérigos e nem se os casos estão sendo investigados.

Na Argentina, o número de casos vem crescendo desde 2015. Até junho deste ano, 243 padres, freiras e outros clérigos foram acusados de abuso nos últimos 20 anos.

O Chile tem 166 casos sendo investigados e outras 243 acusações foram feitas contra clérigos e funcionários da igreja, segundo a Rede Chilena de Sobreviventes de Abuso Sexual de Clérigos.

 Brasil não investiga casos

A Igreja Católica no Brasil não conduz atualmente nenhuma investigação de abuso sexual de menores envolvendo religiosos.

Um dos poucos dados disponíveis diz que um relatório do Vaticano estimou em 2005 um aumento de 70% em casos de padres envolvidos em abuso sexual, cerca de 1.700 clérigos sendo acusados. A maior parte das vítimas é pobre.

Cuba também não divulgou informações sobre abusos e não existem estatísticas disponíveis sobre o número de acusações.

 Transferência de padres, dinheiro e manipulação

Os casos de abuso mancham a imagem e credibilidade da Igreja Católica, que tenta por séculos esconder os casos e crimes cometidos.

Quando um padre é acusado de abusar sexualmente de um menor de idade, ele pode ser transferido para um novo país e escapar das investigações e acusações.

A Igreja também pode tentar resolver o caso diretamente com a família, através de pagamentos secretos para comprar o silêncio da criança e dos familiares. Em um caso na Colômbia, em que o padre William Jesús de Mazo foi sentenciado a 33 anos de prisão por abusar de 4 crianças, a instituição disse que a culpa era da família, que falhou na missão de cuidar, proteger e vigiar as crianças.

Em outros casos, psicólogos indicados pela igreja conversam com as vítimas e as fazem acreditar que a culpa é delas e as ameaçam na esperança de que elas nunca falem sobre os abusos, por medo de irem para o inferno por terem pecado e poderem ser presas.

 Mídia silenciada

A mídia também é silenciada e impedida de reportar os casos. No Paraguai, o jornal La Nación publicou uma série de reportagens em 2016 sobre um padre acusado de abusar de crianças na Argentina antes de se mudar para o país. Depois da quarta publicação, a série foi descontinuada sem explicação.

O embaixador do Vaticano, Eliseo Ariotti, teria conversado com a dona do jornal, dizendo que “a publicação não era conveniente”.

O jornal decidiu publicar sobre a censura imposta pela igreja e ganhou um prêmio de jornalismo de direitos humanos.

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Mujeres evangélicas llaman a orar para ver nacer ”nueva iglesia”

Argentina

 

La dirigente evangélica Noemí Arroyo comparó la actual sociedad e iglesia argentinas con la angustia del profeta Jeremías durante la apostasía hebrea de su tiempo.

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La presidenta de la organización “Mujeres de clamor Argentina”, Noemí Arroyo, instó a orar “sin cesar de día y de noche, hasta que nazca una nueva iglesia pura y sin mancha y el avivamiento esperado y anunciado”. La líder evangélica pronunció estas palabras durante el encuentro de 71 intercesoras realizado en el templo de la iglesia “Una vida mejor” en el barrio La Paternal de Buenos Aires.
La organización que preside Arroyo forma parte un espacio de mujeres que oran y claman en todo el mundo a partir de una iniciativa surgida en Nigeria. “Si nosotras hacemos lo que Dios nos pide, seremos esa pieza, ese instrumento puesto justo, en el engranaje de la iglesia de Cristo”, señaló la líder, al recordar mujeres destacadas de la Biblia como Débora, Rut y Ester, entre otras.
La dirigente evangélica comparó el momento actual de la sociedad argentina con la angustia del profeta Jeremías en tiempos de la apostasía hebrea del Antiguo Testamento. “Vemos el pecado en la sociedad, la decadencia infinita, pero ¿qué de la iglesia del Señor? ¿Qué del pueblo de Dios?”, dijo. Luego exhortó a “orar en acuerdo. No debemos bendecir la corrupción y la injusticia”, y advirtió: “Debemos ir al Señor con arrepentimiento verdadero mientras haya tiempo”.
CONTRA LA CORRUPCIÓN
Arroyo destacó que “el pueblo de Dios en la Argentina ha tenido el privilegio de la visitación de Dios. Tenemos su unción, adoramos con fervor, disfrutamos su presencia”. También advirtió que los argentinos están plagados de corrupción estructural, “desde los cimientos de nuestra patria hay robo, muerte y ejecución”, denunció, citando luego la frase de Dios dirigida a Jeremías: “nadie hace lo bueno, ni siquiera uno”.
“Nosotras tenemos que sostener el clamor en estos tiempos si queremos misericordia en el juicio de Dios en la nación”, concluyó.

MOVIMIENTO INTERNACIONAL
El movimiento “Mujeres intercesoras para la iglesias y las naciones” surgió en la ciudad nigeriana de Port Harcourt en 1998 . “Dios llamó a sus hijas a lamentarse, debido al estado en que estaba el pueblo y la iglesia. Dios les indicó mediante esta palabra de Jeremías que se levanten en los 36 estados de Nigeria para interceder, para que giman y lloren por los pecados de los nigerianos y les prometió que levantaría el juicio que era inminente sobre su nación”, explicó Arroyo.
Nigeria era gobernada por una dictadura militar. En las primeras etapas, los equipos de “mujeres plañideras” fueron por las ciudades predicando arrepentimiento de pecados y “levantando mujeres para orar”. Otras naciones se unieron para realizar “asambleas solemnes de arrepentimiento delante de Dios”. “Plañideras” es un término casi en desuso que alude a las mujeres contratadas en la antigüedad para llorar en los velorios.
Actualmente la organización suma representantes de cerca de 80 países. Los cristianos de Nigeria siguen sufriendo persecución y son asesinados por fundamentalistas islámicos.

Fuentes: Pulso Cristiano

Editado por: Protestante Digital 2012

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Los médicos que operaron a Kirchner hablan de `un milagro´

Argentina

 

Los médicos que operaron a Kirchner hablan de `un milagro´

Cristina Fernández Kirchner en la rueda de prensa tras la cirugía

Cristina Fernández Kirchner tenía células cancerosas en la biopsia previa a la cirugía, que luego no aparecieron en el tiroides extirpado.

28 DE ENERO DE 2012, ARGENTINA

Cristina contó -en una rueda de prensa el pasado 25 de enero- que lloró cuando le dijeron que no tenía cáncer, y agradeció a quienes la apoyaron y se alegraron por su recuperación. Entre ellos están una gran parte de los evangélicos argentinos que realizaron cadenas de oración por la Presidenta de su país , siguiendo el mandato bíblico de “orad por los que os gobiernan”.
“Cuando el médico me dijo que no habían encontrado células cancerígenas (en el tiroides extirpado), ese fue el único momento en que me puse a llorar”, confesó Cristina cuando reveló los detalles de lo que ocurrió el sábado 7 de enero en su habitación del Hospital Austral de Pilar, tres días después de que la intervinieran los cirujanos.
Y aseguró que el cirujano jefe Pedro Saco consideró “un milagro” que el análisis anatomopatológico del tiroides extirpado no mostrase rastros del carcinoma que había aparecido en los estudios pre-quirúrgicos . Lo mismo piensan los evangélicos que oraron por ella, así que parece que por una vez ciencia y fe coinciden en el mismo diagnóstico.
EMOCIÓN Y AGRADECIMIENTO
Pero vayamos al momento de estas declaraciones. Apenas se sentó Cristina Fernández Kirchner el pasado miércoles 25 de enero ante los medios en rueda de prensa, lo primero que hizo fue dejar a la vista la cicatriz que cruza varios centímetros de su cuello desde el pasado 4 de enero. “No sea cosa que después digan que no me operé”, explicó, todavía con el micrófono cerrado, para que la oyeran los funcionarios que la rodeaban en el Salón de las Mujeres, invitados a celebrar el regreso de la Presidenta tras su operación.
Fue el comienzo de lo que diría algo más tarde sobre su salud: un relato que combinó emoción, y agradecimiento hacia quienes la apoyaron en este episodio que marcó el inicio de su segundo período en la Casa Rosada.
El procedimiento quirúrgico había sido aconsejado por su propio equipo médico, que consideraba con total seguridad que la Presidenta tenía cáncer en la glándula que le habían extirpado, ya que habían aparecido células cancerígenas en la biopsia previa a la cirugía . De hecho así lo informó el propio Gobierno en varios comunicados oficiales sucesivos desde el 27 de diciembre hasta la intervención.
Cristina dijo además que esa conversación con sus cirujanos fue “un momento de mucha emoción”. “No lo definiría como alegría. Es un momento intransferible, hay que vivirlo”, explicó. "La Presidenta de la Nación agradece a Dios y a todo el pueblo argentino por las bendiciones recibidas", dijo ya en un Comunicado la mandataria al salir de la clínica sabiendo el diagnóstico.
ORACIÓN DE EVANGÉLICOS
El Centro Nacional de Oración , cuya sede está estratégicamente ubicada frente al Congreso de la Nación, en el centro político, religioso y económico de la Argentina, convocó al “cuerpo de Cristo” a orar por la salud de la presidenta Cristina Fernández de Kirchner, que será operada de un cáncer de tiroides".El comunicado difundido por esta organización que encabeza Alejandro Rodríguez propuso a los evangélicos orar por la salud de la Presidenta y la intervención a la que sería sometida y para que la mandataria “pueda ver al Señor de forma personal a través de esta situación” .
También ACIERA  (Alianza Cristianas de Iglesia Evangélicas de la república Argentina) había pedido públicamente oración por la presidenta de su país.

Fuentes: Clarín

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