Arqueólogos revelam como era o som ouvido dentro do Santo dos Santos

Sonoridade dos sinos usados nas vestes do sumo sacerdote foi recriada em estúdio

 

 

Arqueólogos revelam como era o som ouvido dentro do Santo dos SantosRevelado som ouvido dentro do Santo dos Santos

A descoberta de um pequeno sino de ouro em 2011 pelos arqueólogos Eli Shukron e Ronnie Reich passou quase despercebido em meio a tantos outros achados na cidade de Jerusalém. Durante uma escavação numa antiga tubulação de água, a peça, muito bem preservada, foi encontrada logo abaixo do Muro das Lamentações.

O canal de drenagem começa no Tanque de Siloé e continua subterrâneo até uma área perto do Muro Ocidental, conhecida como a Arca de Robinson. No mesmo local em outras ocasiões, foram encontradas moedas e vários utensílios do período do Segundo Templo. Porém, após ser confirmado pelo Departamento de Antiguidades de Israel o sino com cerca de dois mil anos foi identificado como parte da vestimenta do sumo sacerdote.

Em um vídeo gravado este mês, Eli Shukron explica que a pequena esfera mede cerca de 1,5 centímetros de diâmetro, tem um pequeno aro em cima e é feita de ouro puro. O badalo mede 4 milímetros e, segundo relatos da Bíblia e os escritos do historiador Flávio Josefo, fazia um som facilmente reconhecido pelos judeus praticantes.

A instrução para costurar sinos iguais a esse encontra-se no capítulo 28 de Êxodo. Algumas traduções em português preferem o termo “campainha”. Diz o texto: “Uma campainha de ouro, e uma romã, outra campainha de ouro, e outra romã, haverá nas bordas do manto ao redor, e estará sobre Aarão quando ministrar, para que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando sair, para que não morra.”(Êx 28, 33-35)

“Não havia somente um sino na roupa. Havia 72 desses sinos. O sacerdote caminhava e os sinos de suas vestes faziam um som distintivo. Todos o ouviam chegando. O sino não era muito alto, mas evocavam reverência”, disse ele disse Eli à CBN News.

No vídeo apresentado este mês, o arqueólogo mostra como conseguiram reproduzir em um estúdio musical, como era o som emitido quando o sacerdote entrava no Santo dos Santos. É a primeira vez que isso é ouvido em Jerusalém desde a destruição do Templo, no ano 70 d.C.

Para reproduzir o som dos sinos, foi chamada Murial Selinger, musicista profissional e produtora musical. Ela fez a sintetização do som do sino de ouro e reproduziu a sonoridade 72 vezes, de forma sequencial e randômica. O resultado  está presente na animação que simula a entrada do sacerdote no Templo.Com informações do Gospel Prime

Ouça:

Categorias
Israel

Registo islâmico milenar comprova que Monte do Templo é dos judeus

Mudança de narrativa é recente, mas ganhou força na ONU

 

 

Registo islâmico milenar comprova que Monte do Templo é dos judeusRegisto islâmico comprova que Monte do Templo é dos judeus
Decisões recentes da UNESCO tentaram apagar a relação histórica dos judeus com a cidade de Jerusalém – que segundo a Bíblia foi fundada pelo rei Davi – e o monte do Templo – onde o rei Salomão edificou o primeiro Templo. Contudo, a arqueologia insiste em desmentir a narrativa palestina de que o local pertence somente a eles.
A inscrição recentemente descoberta em uma mesquita muito antiga mostra como, até algumas décadas atrás os muçulmanos consideravam o Domo da Rocha, o substituto de dois antigos locais de adoração judaicos que ficavam no alto do monte do Templo, também conhecido como monte Moriá.

Em uma das paredes da mesquita de Omar, na aldeia de Nuba, situada a cerca de 26 km de Jerusalém encontra-se um texto que claramente chama o Monte do Templo de “a rocha do Bayt al-Maqdis” [Templo Sagrado]. É uma tradução literal do termo hebraico usada durante séculos pelos muçulmanos para se referir ao templo de Jerusalém, em especial ao Domo da Rocha – também conhecida como Mesquita de Omar.

Segundo a tradição, a mesquita que tem uma cúpula feita de ouro foi edificada a mando do califa Omar ibn al-Khattab. Ele liderou os exércitos árabes que conquistaram Jerusalém e o restante da Palestina bizantina em meados do século VII. Foi seu sucessor, Abd al-Malik, o quinto califa, que concluiu a construção, no ano 691 d.C.

O bloco de calcário onde o manuscrito agora revelado foi esculpido fica acima do nicho que aponta para Meca, algo comum nas construções do tipo. Ele diz: “Em nome de Deus, o misericordioso, o compassivo, este território de Nuba, todos os seus limites e toda a sua área, são uma doação à rocha de Bayt al-Maqdis e à mesquita de Al-Aqsa, conforme foi dedicado pelo Comandante do Fiel, Omar ibn al-Khattab, para a glória de Allah”.

Dois estudiosos muçulmanos, que analisaram a inscrição anteriormente, afirmam que ela foi feita no século VII, quando Omar era vivo. Mas os pesquisadores israelenses, que apresentaram suas descobertas na semana passada, durante uma conferência sobre arqueologia de Jerusalém, estabelecem a data entre os séculos IX e X. Eles basearam-se na comparação da ortografia e formulação da escrita árabe com as dedicatórias das mesquitas em Ramle e Bani Naim.

Os arqueólogos Assaf Avraham e Peretz Reuven dizem que há fartura de indícios nas hadiths – tradições muçulmanas – e literatura árabe que falam sobre Jerusalém. Portanto, o termo Bayt al-Maqdia que aparece na inscrição da mesquita de Nuba “refere-se claramente ao Domo da Rocha”.

Mudança da narrativa é recente

Nas duas resoluções votadas recentemente na UNESCO, fica estabelecido que o local passará a ser oficialmente chamado apenas por seus nomes muçulmanos “Mesquita Al-Aqsa/Al-Haram Al-Sharif”. Um estudo sobre a narrativa muçulmana mostra que até 1951 não havia esse pensamento.

Naquele ano, o historiador Aref el-Aref, então prefeito palestino de Jerusalém Oriental, escreveu o livro “A História do Domo da Rocha” onde afirmou que inequivocamente “as ruínas do Templo de Salomão estão sob al-Aqsa” e que Omar construiu uma mesquita no local do antigo local de adoração dos judeus.

Os primeiros registros da negação dos laços aparecem em “Um Breve Guia da Domo da Rocha e Haram al-Sharif”, publicado em 1965 pelo Supremo Conselho Awqaf, que pertence à Jordânia e administra o Monte do Tempo até hoje. Com informações do Times of Israel  e Gospel Prime

A existência da “terceira muralha” de Jerusalém é comprovada por arqueólogos

Relatos do historiador Flávio Josefo contam detalhes do muro

Arqueólogos comprovam existência da “terceira muralha” de JerusalémArqueólogos comprovam existência da “terceira muralha” de Jerusalém
A Autoridade de Antiguidades de Israel exibiu nesta quinta-feira (20) as evidências claras da existência da Terceira Muralha de Jerusalém. O local foi destruído durante a invasão do exército romano durante a Primeira Guerra Judaico-Romana, entre 66 d.C. e 73 d.C. A queda da muralha ocorreu cerca de 70 anos após a morte do imperador Herodes.
Essa foi a primeira das três revoltas do povo judeu contra a dominação romana, ocorrida há cerca de dois mil anos, no período do segundo templo. A revelação, ironicamente, ocorre poucos dias após a UNESCO tentar eliminar “qualquer ligação” dos judeus com o monte do templo.

Os arqueólogos encontraram junto a vestígios da muralha, diversos projéteis de pedra que foram lançados por catapultas, além de uma ponta de lança e diferentes peças de artilharia romana utilizadas para derrubar o muro. Segundo o relato histórico, guardas judeus protegiam a cidade do alto de uma torre junto à esse muro.

Rina Avner e Kfir Arbib, diretores da escavação, explicam que esse “É um testemunho fascinante do intenso bombardeio realizado pelo exército romano, comandado por Tito, com a intenção de conquistar a cidade e destruir o Segundo Templo”.

terceira-muralha

A Autoridade de Antiguidades irá apresentar todos os achados da escavação durante uma conferência sobre arqueologia em 27 de outubro. O material divulgado até agora já provocou debates entre historiadores sobre a localização da Terceira Muralha, pois se relaciona com o verdadeiro limites de Jerusalém antes da invasão comandado por Tito. Elas se somam as descobertas no Complexo Russo de Jerusalém, um dos distritos mais antigos da cidade, que também comprovam a localização do muro naquela área.

Testemunho histórico

Essa muralha não existia nos tempos de Jesus, mas é parte importante da narrativa da destruição de Jerusalém e do templo, conforme foi profetizada no capítulos 24 do evangelho de Mateus.

Os escritos do historiador Flávio Josefo, que foi testemunha da guerra, relatam os detalhes de vários conflitos, incluindo essa terceira muralha, erguida para proteger a área Beit Zeita. Ela ficava fora dos limites da cidade, ao norte das duas muralhas mais antigas e conhecidas.

A construção do muro foi iniciada pelo rei Agripa I. No entanto, ele suspendeu as obras para não provocar a ira do imperador Cláudio e dissipar quaisquer dúvidas a respeito de sua lealdade.

Ainda segundo Josefo, a terceira muralha voltou a ser erguida cerca de 20 anos depois, como uma estratégia de defesa. Ela fortificaria a parte mais externa da cidade, já em preparação para a Grande Revolta contra Roma.

O historiador descreveu em detalhes esse muro externo, que começava junto à Torre Hippicus, mais conhecida como Cidadela de Davi. A partir daí, seguia para o norte, até a enorme ToGospel Primerre Psephinus. Depois, seguia para o leste, descendo em direção à sepultura da rainha Helena, no que hoje é mais conhecido como Túmulos dos Reis. Com informações Jerusalém Post e Gospel prime