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Paleontólogos desvendam criatura associada ao Monstro do Lago Ness

 

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

Fama de monstro, coração de mãe. Em síntese, esse é o retrato que uma dupla de paleontólogos traçou ao analisar um fóssil único: o de uma fêmea de plesiossauro grávida, com 80 milhões de anos.

A reputação dos plesiossauros anda manchada desde que esses répteis marinhos da Era dos Dinossauros foram associados ao célebre Monstro do Lago Ness, na Escócia. Faz quase um século que quem acredita na existência do bicho aposta que se trata de uma espécie sobrevivente de plesiossauro.

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Foto - monstro do Lago Ness

Ninguém nunca provou que Nessie (como o monstro é conhecido) existe mesmo, mas o fóssil estudado pelo argentino Luis Chiappe, do Museu de História Natural de Los Angeles, e Frank O’Keefe, da Universidade Marshall (EUA), mostra que o bicho estava mais para uma baleia do que para um lagarto quando o assunto era ter bebês.

S. Abramowicz/Dinosaur Institute

Ilustração artística do plesiossauro com seu filhote; fóssil encontrado em 1987 só foi estudado agora

Ilustração artística do plesiossauro com seu filhote; fóssil encontrado em 1987 só foi estudado agora

Até hoje, ninguém tinha muita certeza sobre o método reprodutivo adotado pelos plesiossauros. É verdade que os mares da época em que ele viveu estavam cheios de répteis que não botavam ovos e davam à luz seus filhotes dentro d’água, mas faltavam dados diretos sobre os bichos no registro fóssil.

DO BAÚ

Chiappe e O’Keefe mudaram isso ao resgatar da gaveta um esqueleto descoberto em 1987, no Estado americano do Kansas, mas nunca estudado. O exemplar de Polycotylus latippinus, que teria medido cinco metros quando vivo, estava misturado a uma estranha maçaroca de ossos menores e mais delicados.

Ocorre que esses ossos estavam posicionados "por dentro" do esqueleto principal. Embora a anatomia deles deixe claro que se trata da mesma espécie do bicho maior, o fóssil mais modesto está cheio de cartilagens e possui proporções do corpo que são típicas de um feto.

De quebra, não há sinais de que tenha sido devorado pelo grandalhão, o que faz com que a hipótese de gravidez seja a mais provável. Mais importante ainda, o bebê é grandalhão.

Ele e a mãe morreram antes do fim da gestação, mas os paleontólogos calculam que ele teria alcançado entre 35% e 50% do comprimento da genitora se tivesse nascido.

Essa proporção é fora de série mesmo entre os répteis aquáticos da Era dos Dinos. Mas bate com o que se vê entre bichos como orcas e outros mamíferos aquáticos de grande porte, por exemplo.

Dar à luz bebês grandalhões costuma ser uma estratégia evolutiva típica de espécies que investem muita energia nos filhos, cuidam muito deles mesmo depois do nascimento e formam grupos sociais grandes e estáveis.

Por isso mesmo, o estudo, que está na revista especializada "Science", aposta que o estilo de vida dos plesiossauros (ao menos no caso da espécie estudada) era surpreendentemente parecido com o de baleias, golfinhos "e outros mamíferos marinhos altamente sociais".

Arqueólogos descobrem estela da época do faraó Apries

 

DA EFE

Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu uma estela (bloco de pedra) que data da época do faraó Apries, da 26ª Dinastia (589-570 a.C.), na província de Ismailiya, a leste do Cairo, informou nesta terça-feira o Conselho Supremo de Antiguidades.

A peça consta de duas partes de pedra arenosa que têm esculpidos em hieróglifos o nome do faraó Apries, quinto monarca da 26ª Dinastia, detalhou o secretário-geral da instituição, Mohammed Abdel Maqsud.

Em comunicado, o pesquisador afirmou que a descoberta da estela, que tem várias inscrições em hieróglifos, aconteceu em uma jazida arqueológica situada no lado oeste do Canal de Suez.

A equipe do Conselho Supremo de Antiguidades iniciou há três anos as escavações nessa jazida e já chegou a várias descobertas históricas.

CSA/Efe

A peça consta de duas partes de pedra arenosa que têm esculpidos em hieróglifos o nome do faraó Apries

A peça consta de duas partes de pedra arenosa que têm esculpidos em hieróglifos o nome do faraó Apries

O chefe do conselho lembrou que as descobertas arqueológicas comprovam que o local não era só uma antiga fortaleza militar de mercenários gregos, mas um assentamento egípcio construído pelo faraó Psamético 1º, segundo rei da dinastia.

Ele explicou que há dois anos foi descoberto um grande conjunto de armazéns na região, além de olaria de fabricação local e importada das ilhas do leste da Grécia, o que revela os prósperos laços comerciais que os egípcios mantiveram com os gregos.

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Restauração da pirâmide mais antiga da história será retomada

 

DA EFE

O Conselho Supremo de Antiguidades do Egito decidiu manter a restauração da pirâmide escalonada de Zoser, a mais antiga da história, localizada em Saqara, sudeste do Cairo, para protegê-la de um possível desabamento.

A pirâmide foi construída como tumba do faraó Zoser pelo arquiteto e médico Imhotep, na zona de Saqara, cuja área monumental cobre uma extensão de 7 km quadrados.

Segundo um comunicado do conselho, um comitê de especialistas e responsáveis da zona de Saqara visitou a pirâmide no domingo (7), depois de alguns veículos da imprensa advertirem para o perigo de desabamento como consequência da suspensão dos trabalhos de restauração.

Após a visita à pirâmide, o conselho decidiu pedir à companhia encarregada da restauração para que retome o trabalho nesta segunda-feira.

A restauração do lugar ocorre há quatro anos e estava na última etapa.

France Presse

A pirâmide foi construída como tumba do faraó Zoser; ela tem extensão é de 7 km quadrados

A pirâmide foi construída como tumba do faraó Zoser; ela tem extensão é de 7 km quadrados