Sineta de ouro da época do Segundo Templo é encontrada em Jerusalém

No século I, o local das escavações era considerado a principal via de Jerusalém

25 de julho de 2011 | 10h 24

Efe

Jerusalém – Arqueólogos israelenses descobriram em Jerusalém uma sineta de ouro que data da época do Segundo Templo (século I) e que, segundo os pesquisadores, pode ter pertencido a uma figura de destaque na escala social da época, como um sacerdote.

Sebastian Scheiner/AP

Sebastian Scheiner/AP

Acredita-se que a joia tenha pertenciado a um sacerdote

A descoberta foi realizada em escavações feitas pela Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) em um canal de escoamento que se iniciava nas denominadas Piscinas de Siloé, atravessava a Cidadela de David e hoje termina em um parque arqueológico adjacente ao Muro das Lamentações, na Cidade Antiga de Jerusalém.

Os diretores da escavação, Eli Shukron e o professor Ronny Reich, da Universidade de Haifa, estimam que “o pequeno sino devia estar costurado à roupa utilizada por uma pessoa de destaque de Jerusalém na época do Segundo Templo, relata um comunicado da (AAI).

As pesquisas estão sendo realizadas no local que no século I era a principal rua de Jerusalém, que transcorria sobre o canal de escoamento onde foi achada o sino.

A via partia das Piscinas de Siloé, entrava na Cidadela de David e chegava a um ponto conhecido hoje como “Arco de Robinson”, no qual havia uma escada de vários lances pela qual os sacerdotes e peregrinos podiam ter acesso ao Templo de Jerusalém para rezar e conduzir sacrifícios.

Os arqueólogos acreditam que o proprietário da sineta pode ter caminhado por essa rua da cidade e ter perdido a joia, que acabou indo parar no canal de drenagem.

“Sabemos que os altos sacerdotes que serviam no Templo empregavam pequenos sinos de ouro que penduravam em suas túnicas”, esclareceram os diretores das escavações. Com informações do Gospel Prime.

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Chifre pode resolver mistério da extinção dos dinossauros

 

DA FRANCE PRESSE

Um pequeno chifre fossilizado, descoberto em um local incomum, pode acabar com a polêmica sobre a causa do desaparecimento dos dinossauros há 65 milhões de anos, que há 30 anos divide os partidários de diversas teorias.

Segundo um estudo publicado na revista "Biology Letters" da Royal Society britânica, a presença deste chifre de dinossauro em uma camada das colinas de Montana (Estados Unidos) sugere uma brusca mudança climática provocada pela queda de um asteróide na Terra.

Durante muito tempo, o desaparecimento dos dinossauros foi um mistério que deu lugar a todo tipo de especulações.

Os especialistas se limitavam a constatar que seus fósseis abundam na era Mesozóica (248 milhões a 65 milhões de anos), mas que não são encontrados outros rastros nas rochas mais recentes.

Em 1980, vários cientistas da Universidade da Califórnia, em Berkeley (Estados Unidos), liderados por Luis Alvarez e seu filho Walter, descobriram que uma camada de argila de 65 milhões de anos continha uma forte taxa de irídio, um metal muito raro e quase ausente da superfície da Terra, mas não nos meteoritos.

Para os pesquisadores, era um sinal de um impacto da colisão com a Terra de um grande objeto vindo do espaço, que teria provocado uma catástrofe ecológica que apagou bruscamente os dinossauros do planeta, assim como diversas espécies animais e vegetais.

IMPACTO

Em março de 2010, 41 pesquisadores apontaram como causa um asteróide de 15 km de diâmetro que caiu em Chicxulub, na província mexicana de Yucatán, atingindo a Terra com uma potência fenomenal.

A teoria da extinção do Cretáceo-Terciário, muito polêmica no início, foi alimentada mais tarde por diversos estudos, que não convenceram os defensores da principal teoria adversa.

Embora estes especialistas não neguem a queda do asteróide na época do Cretáceo-Tericário, consideram que esta extinção massiva está vinculada a fenômenos vulcânicos muito mais antigos, cuja origem encontra-se na atual Índia.

Após 1,5 milhão de anos, estas erupções teriam desembocado no mesmo resultado que o asteróide: um lento esfriamento e depósitos de irídio ou de outros minerais raros.

Segundo alguns cientistas, a população de dinossauros já teria desaparecido antes da queda deste asteróide no Yucatán. A prova seria a existência de uma camada de três metros nos sedimentos geológicos situados abaixo dos do Cretáceo-Terciário, e, portanto, anteriores a este período, no qual jamais foram descobertos fósseis de dinossauros.

Isto foi até uma equipe dirigida por Tyler Lyson, da Universidade de Yale, encontrar o chifre frontal de um ceratops 13 cm abaixo do limite geológico que marca o início do episódio KT.

"A localização deste dinossauro demonstra que não existe um ‘vazio de três metros’ no Cretáceo e é incompatível com a hipótese segundo a qual os dinossauros (…) desapareceram antes do impacto" do asteróide, conclui o estudo do professor Lyson.

No entanto, a polêmica não está definitivamente enterrada.

Os geólogos que descobriram este chifre reconhecem que não podem explicar a ausência total de fósseis em uma camada de sedimentos de 125 cm depositada imediatamente após a queda do asteróide.

Complexo imperial romano tem área fechada por risco de desabar

 

DA FRANCE PRESSE, EM ROMA

O lar de Adriano, imperador romano entre os anos de 117 a 138, a Villa Adriano, localizada na periferia de Roma, teve fechado o acesso aos visitantes em várias de suas áreas desde ao menos semana passada, conforme o jornal italiano "Il Corriere della Sera".

O local enfrenta risco de desabamento, em função da falta de recursos para sua manutenção.

O célebre complexo arqueológico, localizado em Tivoli, cerca de 20 quilômetros de Roma, criado como lugar de veraneio e lazer do imperador Adriano no século 2º d.C., recebeu 370 mil euros (R$ 816 mil) de contribuições, mas precisava de 2,5 milhões de euros (R$ 5,5 milhões) para se manter, segundo o jornal.

Jastrow – set.2006/Wikimedia Commons

Teatro Marítimo, na Villa Adriano, em Tivoli, cidade próxima a Roma

Teatro Marítimo, na Villa Adriano, em Tivoli, cidade próxima a Roma

Nos últimos três anos, dos 6,7 milhões de euros solicitados para manter e restaurar as ruínas da mansão romana, com mais de 30 prédios cobertos de mármores e decorados com estátuas, entre elas a cópia do Discóbolo (o Lançador de Discos) do escultor grego Míron, só foram fornecidos 1,5 milhões (R$ 3,3 milhões).

Os riscos de desabamentos aumentaram, fazendo com que as autoridades decidissem fechar vários setores.

UNESCO

Decretada em 1999 pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, o número de visitantes à "Villa" diminuiu 41,8% nos últimos 10 anos.

"A chegada à Villa Adriano é difícil e desanimadora. Não há informações sobre o seu importante significado histórico e arquitetônico", afirmou a especialista Federica Chiappetta, entrevistada pelo jornal.

A mansão foi o maior exemplo romano de um jardim alexandrino, recriando uma paisagem sagrada. E é como uma cidade, com palácios, fontes, vários banhos, bibliotecas, teatro, templos, salas para cerimônias oficiais e habitações para os cortesãos, os pretorianos e os escravos.

A vida de Adriano foi imortalizada no livro "Memórias de Adriano" (1951), da escritora belga Marguerite Yourcenar, que descreveu a vida e a morte do imperador romano, que se referiu a ele como "um homem culto, grande militar, amante da poesia e da música".