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‘Passarinha’ trai por causa de genes herdados do pai

 

RICARDO BONALUME NETO

Saber o motivo de as fêmeas traírem seus parceiros monogâmicos sempre foi um mistério da biologia; já é consenso antigo o porquê de os machos pularem a cerca.

Machos que traem produzem mais filhotes. Fêmeas traidoras continuam tendo o mesmo número de crias, mas correm o risco de doenças sexualmente transmitidas e de perder a ajuda do parceiro no cuidado dos filhotes.

Um estudo de oito anos com cerca de 1.500 passarinhos mandarim ou diamante-mandarim (Taeniopygia guttata), de uma espécie monogâmica, mas com uma cota de promíscuos, descobriu o possível segredo por trás da infidelidade feminina.

Fêmeas traem porque têm “genes da traição” herdados de pais promíscuos.

O estudo foi realizado por Wolfgang Forstmeier, Katrin Martin, Elisabeth Bolund, Holger Schielzeth e Bart Kempenaers, todos do Instituto Max Planck para Ornitologia, de Seewiesen, Alemanha, e publicado na revista científica americana “PNAS”.

A equipe monitorou o comportamento de cinco gerações dos mandarins; filmaram milhares de cenas de “sedução” aviária, descobriram “quem traía com quem”, checaram o DNA dos filhotes.

Resultado: os machos que tinham seus haréns produziram bem mais filhotes. E suas irmãs e filhas também tinham maiores chances de serem promíscuas.

As conclusões da equipe teriam também uma aplicação para o ser humano.

Keith Gerstung/Wikimedia Commons

'Passarinha' trai por causa de genes herdados do pai; na foto, casal de mandarins

‘Passarinha’ trai por causa de genes herdados do pai; na foto, casal de mandarins

“Nós não sabemos quais genes estão envolvidos, e deve haver centenas deles. Infidelidade é um traço muito complexo que depende de uma grande coleção de traços de personalidade, como extroversão, timidez e excitação sexual, e em seres humanos também de genes para atitudes morais”, disse Forstmeier, o líder da pesquisa.

“Pode parecer estranho pensar que cada um desses traços de personalidade vai ser influenciado pelos genes que alguém carrega, mas isso deve ser verdade. Basta ver como são semelhantes gêmeos idênticos e quão pouco filhos adotivos se parecem um com o outro.”

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Ser humano é o terceiro chimpanzé, diz biólogo

17/04/2011 – 10h47

 Folha.com
 REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

bonobo

“Ainda não temos uma Grande Teoria Unificada do Tamanho do Pênis”, brinca o biólogo americano Jared Diamond, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, quando a reportagem da Folha aborda esse tema.

“Nossa incapacidade de explicar o tamanho desmesurado do pênis humano continua sendo um dos fracassos mais embaraçosos da ciência moderna”, completa Diamond, que gastou alguns dos parágrafos mais divertidos da história da biologia evolutiva enfrentando a questão no livro “O Terceiro Chimpanzé”.

A obra, clássico de 1991 que só agora chegou ao Brasil, consegue a façanha de transformar a discussão em algo um bocado relevante.

Ocorre que, entre os grandes macacos “”grupo dentro do qual o homem se encaixa como o terceiro chimpanzé do título, ao lado do chimpanzé-comum e do chimpanzé-pigmeu ou bonobo””, o tamanho relativo do corpo, dos testículos, dos pênis e dos seios é a chave para entender a natureza de cada espécie.

EM FAMÍLIA

Se um biólogo de Marte baixasse por aqui, só precisaria desses dados para saber que 1)chimpanzés são promíscuos, 2)gorilas formam haréns e 3)humanos são, bem, “fracamente monógamos”.

Os gorilas são o caso mais fácil. A brutal diferença de tamanho entre machos e fêmeas implica que eles podem, na base do muque, monopolizar várias feito sultões. Daí os testículos e pênis pífios.

Chimpanzés, mais igualitários fisicamente, adotam a promiscuidade e testículos imensos para dar conta dela. E os humanos trocaram as despesas com esperma pelas com canções de amor, chocolates e idas ao cinema.

“A evolução de uma sexualidade distinta parece ter sido uma das chaves para tornar os seres humanos únicos, embora seja difícil dizer a que época remonta a nossa quase-monogamia”, diz o autor.

Que o leitor não pense, porém, que o livro é só sexo. É nele que aparecem, pela primeira vez, as importantes e polêmicas ideias de Diamond sobre os “vencedores” e “perdedores” da história.

Ou seja: por que europeus conquistaram as Américas e a África, e não o contrário?

A resposta, depois ampliada pelo cientista na obra “Armas, Germes e Aço”, envolve esses três fatores “mas principalmente o fato de que Europa e Ásia possuíam mais espécies domesticáveis de animais e plantas, ganhando um “pontapé inicial histórico” melhor que o resto da Terra”.

Aliás, Diamond diz que, apesar do tempo transcorrido, pouco mudaria no livro hoje. Mas faria uma alteração pontual. Hoje, ele considera que os falantes da língua ancestral de quase todos os idiomas da Europa foram justamente os primeiros agricultores vindos da atual Turquia.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Ciência Estudos

A ciência do beijo

Entrevista

Em seu novo livro, ‘The Science of Kiss’, a cientista e jornalista Sheril Kirshenbaum explica por que o beijo faz todo sentido do ponto de vista biológico e por que os seres humanos gostam tanto de beijar

Aretha Yarak

Burt Lancaster e Deborah Kerr em 'A Um Passo da Eternidade': sentidos aguçados

Burt Lancaster e Deborah Kerr em ‘A Um Passo da Eternidade’: sentidos aguçados (Reprodução)

“O beijo ativa todos os nossos sentidos – como o olfato, o paladar e o tato – para que forneçam pistas sobre a compatibilidade e o potencial a longo prazo do parceiro”

“Embora o beijo possa transmitir bactérias e vírus, é algo relativamente seguro. Existe um número muito maior de germes que podem ser transmitidos por um aperto de mão”

“Ninguém nunca me beijou como você”, diz a esposa infeliz vivida por Deborah Kerr ao amante interpretado por Burt Lancaster, na célebre cena de A Um Passo da Eternidade. O arrebatamento ganha contornos dramáticos no filme de Fred Zinnemann.

Já na vida real, é o resultado genuíno de uma complexa cadeia de reações biológicas cujo propósito, justamente, é nortear a decisão de investir ou não num relacionamento. “O beijo ativa todos os nossos sentidos para que forneçam pistas sobre a compatibilidade e o potencial a longo prazo do parceiro”, diz ao site de VEJA a pesquisadora Sheril Kirshenbaum. Em seu novo livro, The Science of Kissing(“A Ciência do Beijo”, sem previsão de lançamento no Brasil), Sheril explica a origem e a evolução do beijo, por que faz bem à saúde e como pode decidir com quem vamos passar o resto da vida. Leia trechos da entrevista.

Divulgação

A capa do livro 'The Science of Kiss', de Sheril Kirshenbaum

A capa do livro ‘The Science of Kiss’, de Sheril Kirshenbaum

Qual a origem do beijo? O registro mais antigo do beijo vem da Índia. São textos em sânscrito de 3.500 atrás. No entanto, considerando tantos comportamentos similares no reino animal, especialmente entre primatas, pode-se supor que os humanos, de alguma maneira, sempre se beijaram.

Por que beijamos? O beijo ativa todos os nossos sentidos – como o olfato, o paladar e o tato – para que forneçam pistas sobre a compatibilidade e o potencial a longo prazo do parceiro. Nosso corpo e cérebro nos ajudam a decidir se devemos investir no relacionamento. Ao mesmo tempo, as terminações nervosas existentes nos lábios fazem da experiência algo extremamente agradável. E é função dos hormônios e dos neurotransmissores promoverem o vínculo e a proximidade entre as duas pessoas.
O beijo é uma evolução biológica? Como fica a influência cultural? O ato de beijar é um exemplo maravilhoso de comportamento que combina inclinações naturais e aprendizado. Nós temos um instinto biológico muito forte que nos impulsiona a beijar outra pessoa, mas isso é também um comportamento aprendido e moldado pela cultura e pela própria experiência pessoal. Em regiões onde não existe a tradição de beijar, da maneira como a entendemos hoje, há comportamentos que podem ser considerados similares, tais como lamber, esfregar e até mesmo assoprar, sempre com o mesmo propósito.
Quais são os mecanismos químicos e biológicos envolvidos no ato de beijar? Quando o beijo “combina”, nossas bochechas ficam avermelhadas, nossa pulsação acelera, a respiração fica irregular e as pupilas dilatam  – o que pode explicar por que fechamos os olhos. Beijar libera ainda o “hormônio do amor”, a ocitocina, que trabalha para manter a conexão entre duas pessoas. Portanto, beijar pode ajudar a manter o amor em relacionamentos longos. Também é associado ao beijo o aumento de dopamina, neurotransmissor responsável pelo desejo. Enquanto isso, a serotonina causa pensamentos obsessivos sobre o parceiro. Esse é o mesmo neurotransmissor envolvido em pessoas com TOC. Isso é apenas o começo. É interessante observar como esses hormônios e neurotransmissores são responsáveis por vários dos sintomas que nós associamos à paixão.

Como o cérebro reage ao beijo? Um beijo bom envia uma cascata de sinais para o cérebro, que nos fazem sentir bem, reforçando o comportamento, o que nos faz ter vontade de continuar o que estamos fazendo.
Beijar vicia? A dopamina é um neurotransmissor que atinge seu pico durante o beijo. É um tipo de droga natural, associada à recompensa, que nos faz sentir uma onda de euforia e desejo. Ela estimula os mesmo centros de prazer no cérebro que as drogas, nos fazendo querer mais e mais, como um vício.
Beijar é perigoso? Embora o beijo possa transmitir bactérias e vírus, é algo relativamente seguro. Existe um número muito maior de germes que podem ser transmitidos por um aperto de mão.
Qual o maior engano sobre o beijo? Provavelmente o ditado que diz que “um beijo é apenas um beijo”. Na verdade, há muito mais coisas envolvidas.
O que faz um beijo ser memorável? De acordo com John Bohannon, psicólogo da Universidade de Butler, o primeiro beijo pode deixar uma memória muito viva. Ele descobriu que a maioria das pessoas consegue se lembrar detalhadamente da experiência. Isso pode ter alguma relação com os altos níveis de excitação dos nossos sentidos para reunir informações importantes sobre a atividade e a outra pessoa. É um momento muito poderoso e nos ajuda a decidir o que fazer em seguida.
Quais as diferenças biológicas de um beijo romântico e de um social? Os dois tipos de beijo transmitem uma sensação de confiança. Estamos deixando outra pessoa invadir nosso “espaço pessoal”. Entretanto, um beijo social evoluiu historicamente como um tipo de saudação, provavelmente por causa do jeito como nossos ancestrais usavam o nariz para agradecer ou demonstrar reconhecimento. Isso, em certo ponto, provavelmente passou a ser acompanhado de um selinho.

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Sheril Kirshenbaum

A pesquisadora Sheril Kirshenbaum

Qual a diferença na maneira que homens e mulheres encaram o beijo? Existe uma grande diferença entre os gêneros em relação à atitude e às preferências do beijo. Mulheres tendem a descrever o beijo como uma maneira de medir o relacionamento e de descobrir os sinais que o beijo pode dar sobre o futuro. Homens com frequencia descrevem o beijo como um meio de alcançar um determinado fim, esperando por mais contato físico. Felizmente, beijar é prazeroso para ambos os sexos.
Quais os benefícios do beijo para a saúde? Uma vez que o beijo é um meio tão significativo para criar vínculos entre as pessoas, ele é benéfico para a mente e também para o corpo. Vínculos fortes estão ligados a melhores relacionamentos, uma melhor sensação de bem estar, atitudes mais otimistas, baixa pressão sanguínea e menos estresse.

Por que algumas culturas não adotaram o beijo na boca? Enquanto eu produzia meu livro, li alguns relatos de viajantes do século XIX sobre culturas que tradicionalmente não beijavam do como fazemos. Um beijo na boca deve ter parecido bem estranho a estas populações. Entretanto, se ampliarmos a definição de beijo, como Charles Darwin fez, incluindo gestos como assopros no rosto e lambidas, reparamos que há uma similaridade de comportamentos e uma biologia envolvida aparentemente universal.

Fonte: Veja

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.