Categorias
Noticias

Igrejas devem mais de R$ 460 milhões ao governo

Igreja Internacional da Graça de Deus deve R$ 123 milhões.

Por 

R.R. Soares. (Foto: Reprodução / Youtube)

Um levantamento, realizado pela Agência Pública por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostra que 1.283 organizações religiosas devem R$ 460 milhões ao governo federal.

Entre as igrejas que mais devem para a União temos a Igreja Internacional da Graça de Deus (R$ 123 milhões), Igreja Mundial do Poder de Deus (R$ 83 milhões), a entidade católica Sociedade Vicente Pallotti (R$ 61 milhões), Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus de SC, SE e PR (R$ 45 milhões) e Igreja Renascer em Cristo (R$ 36 milhões).

A maior parte da dívida da denominação liderada pelo missionário R.R. Soares é referente ao não pagamento do valor da Previdência que deveria ser pago pelos funcionários registrados pelas empresas ligadas à igreja e também aos pastores.

Já no caso da Igreja Mundial, uma parte da dívida é com o não pagamento de FGTS aos funcionários da instituição.

O estudo mostra que as igrejas evangélicas são maioria entre os devedores representando 87% da lista apurada pelo site A Pública.

Categorias
católicos

MP denuncia padre de Limeira sob acusação de atentado violento ao pudor contra quatro ex-coroinhas

No documento, promotor diz que prisão do padre não foi necessária, já que ele não tem mais contato com as vítimas
O padre Pedro Leandro Ricardo, de Americana (SP), suspenso de suas funções na Diocese de Limeira por tempo indeterminado. Foto: Foto reprodução / Agência O GloboO padre Pedro Leandro Ricardo, de Americana (SP), suspenso de suas funções na Diocese de Limeira por tempo indeterminado. Foto: Foto reprodução / Agência O Globo

SÃO PAULO — O Ministério Público estadual denunciou à Justiça o padre Pedro Leandro Ricardo, sob acusação de atentado violento ao pudor, com abuso da autoridade contra quatro ex-coroinhas da diocese de Limeira, no interior de São Paulo.

O religioso está afastado da igreja desde janeiro, quando passou a ser formalmente investigado pela polícia nas cidades de Limeira, Americana e Araras.

No documento, o promotor do caso, Luiz Alberto Segalla Bevilacqua, explica que deixou de pedir a prisão preventiva do religioso porque ele não tem mais contato com as vítimas. No entanto, ele sustenta que há “nos autos prova da materialidade dos crimes e indícios suficientes de autoria”. Apesar disso, deixou claro que pode pedir a detenção do religioso, caso este deixe de cumprir medidas cautelares, como comparecer a todos os atos do processo e ficar impedido de manter contato com vítimas, familiares e testemunhas.

Na peça, o promotor considerou que o padre usou de sua “ascendência sobre as vítimas, em diversas oportunidades, mediante violência e grave ameaça, para praticar atos libidinosos contra a dignidade sexual” de três adolescentes e uma criança de 11 anos no período de 2002 a 2006.

“É dos autos que o denunciado, padre da igreja católica, exercia autoridade moral e inegável influência sobre os membros de sua comunidade religiosa. Nessa qualidade, atraía criança e adolescentes para a função de “coroinha”, bem assim para as tarefas cotidianas da igreja, com o propósito último de satisfazer sua lascívia”, sustenta o promotor no documento, que está sob sigilo e a que O GLOBO teve acesso.

O Ministério Público ainda enviou os documentos da investigação para que a polícia de Americana investigue acusações de mais dois ex-coroinhas contra o religioso.

Além disso, o promotor arquivou a denúncia de um outro ex-coroinha, cujos fatos teriam ocorrido em data incerta em 1999, o que levou a prescrição dos crimes. Ele também deixou de denunciar crimes atribuídos a outro ex-coroinha aponta como “namorado do padre”, mas que sempre negou qualquer assédio ou abuso sexual pelo religioso. Esse caso já chegou a ser investigado em 2016, mas acabou arquivado pela delegacia de Americana.

Já faz quase um ano que a diocese de Limeira está imersa em denúncia de corrupção e assédio sexual de menores. O caso levou à renúncia do bispo Vilson Dias de Oliveira, que também responde a inquéritos, e que foi acusado de extorsão de outros padres e de fechar os olhos para abusos do padre Leandro.

Em março, O GLOBO revelou denúncias de seis padres que afirmaram que o bispo Dom Vilson Dias de Oliveira condicionava a pagamentos em dinheiro a permanência ou a transferência de subordinados em determinadas igrejas, sobretudo as de regiões mais ricas. De acordo com os padres, o sacerdote não escondia que seus “pedidos” eram para uso pessoal, como móveis, despesas de obras e melhorias nos 10 imóveis que possui e até festas.

Em fevereiro, outra reportagem antecipou que o Vaticano usaria as denúncias de abusos de menores e corrupção que abalam a diocese de Limeira, como exemplo da nova política de tolerância zero da Igreja contra esse tipo de crime.

O advogado do padre, Paulo Sarmento, disse que ainda não foi notificado sobre a denúncia e que só vai comentar o caso após ter conhecimento do teor da denúncia.

Categorias
católicos

Padre acusado de abuso sexual de crianças é encontrado morto

Padre
Padre

O padre argentino Eduardo Lorenzo, acusado de abuso sexual de crianças e condenado à prisão, foi encontrado morto, e as autoridades estão investigando o caso como suicídio, disse uma fonte policial.

Lorenzo, 60 anos, foi condenado por abuso sexual de crianças em pelo menos cinco casos.

As vítimas, agora adultas, informaram que o padre fez amizade com elas e depois as estuprou na casa paroquial, em sítios que alugou para celebrar festas e em reuniões de grupos de escoteiros que ele coordenou em La Plata, 60 km ao sul de Buenos Aires.

Os eventos ocorreram entre 1990 e 2008, segundo as denúncias das vítimas, todas do sexo masculino, com idade entre 13 e 15 anos na época dos abusos.

O padre foi encontrado morto na tarde de ontem na sede da Caritas em La Plata, onde estava hospedado.

Uma arma de fogo foi achada ao lado de seu corpo, segundo a polícia.

Lorenzo era ex-prisioneiro do Serviço Penitenciário da província de Buenos Aires, mas o arcebispado de La Plata decidiu licenciá-lo do exercício do serviço religioso.

Poucas horas antes de encontrá-lo sem vida, a Justiça ordenou sua prisão por uma causa iniciada em 2019.

O padre já havia sido denunciado em 2008, mas na época o caso foi arquivado por falta de provas.

Lorenzo, por sua vez, alegou inocência e atribuiu as alegações a uma “campanha de difamação”.

De acordo com as habilidades psicológicas forenses registradas no caso, Lorenzo apresentava “traços psicopatas, perversos, narcisistas e obsessivos”.

Fonte: AFP via UOL