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Cientistas se preparam para clonar cavalo de 40 mil anos

Fóssil potro
Vinicius Szafran, editado por Liliane Nakagawa
Em uma cratera na Sibéria; pesquisadores conseguiram extrair sangue e urina

Cientistas russos estão prontos para clonar um cavalo de 42 mil anos. O potro, quase completamente preservado, foi encontrado na Cratera Batagaika, no leste da Sibéria. Na autópsia, constatou-se que o animal ainda tinha sangue líquido dentro de seu coração. Normalmente, o sangue coagula ou torna-se pó com o passar do tempo, mas o congelamento evitou que isso ocorresse.

Encontrado por moradores locais, o fóssil foi escavado por cientistas da Rússia e do Japão e levado ao Museu do Mamute, na Universidade Federal do Nordeste (NEFU), em Yakutsk. De acordo com o diretor do museu, Semyon Grigoryev, esse é o primeiro fóssil de um cavalo pré-histórico tão jovem e tão bem preservado.

(Michil Yakoklev/North-Eastern Federal University)

A descoberta de sangue e urina líquidos é ainda mais rara. Grigoryev disse em entrevista à CNN que ele conhecia apenas um único caso no qual sangue líquido foi encontrado. Trata-se de um fóssil congelado de um mamute adulto, descoberto por ele e sua equipe em maio de 2013, na costa nordeste da Rússia.

O potro tinha entre dois e três meses quando morreu, provavelmente afogado em lama, que depois se transformou no permafrost, um tipo de solo formado por terra, gelo e rochas, permanentemente congelado. Agora, a esperança dos pesquisadores é conseguir clonar um animal já extinto.

O permafrost é uma grande fonte de fósseis, que podem ensinar mais sobre a vida na Era do Gelo. Recentemente, cientistas encontraram um filhote de leão tão jovem que ainda não possuía dentes, congelado e em perfeito estado.

(Michil Yakoklev/North-Eastern Federal University)

Além do potro, a expedição retornou também com um esqueleto de mamute completo. Por enquanto, não há previsão de quando os pesquisadores tentarão clonar o animal, mas espera-se que isso ocorra em um futuro próximo. Grigoryev, contudo, acha a clonagem improvável, devido ao fato de que as células sanguíneas (hemácias) não possuem núcleo com DNA.

Segundo os estudiosos, o animal é um Cavalo de Lena (Equus lenensis), que vivia na região há cerca de 30 a 40 mil anos. O potro será exibido no Japão, de junho a setembro de 2020, como parte da exposição sobre os mamutes.

Via: EngenhariaÉ

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Primeira gata clonada completa dez anos sem reproduzir réplicas

 

DA FRANCE PRESSE

Há quase dez anos desde a clonagem do primeiro gato –ou melhor, gata–, as previsões para o início de um mercado comercial para a "ressurreição" de animais de estimação com o uso dessa tecnologia se mostraram um fiasco.

A empresa líder em clonagem de mascotes nos Estados Unidos parou de operar em 2009, e mesmo a clonagem de gado é relativamente pequeno, com algumas centenas de porcos e vacas clonados anualmente no mundo todo.

Gata clonada vive em casa com dois andares e ar condicionado
Clonagem de gado é mais rentável que de pets

Mas os donos de CC, a primeira gata clonada, ainda a consideram um grande êxito.

Mais velha e gordinha, e mais lenta por causa da idade, a gata branca e cinza é como qualquer outro animal de sua espécie.

Reuters

A gata CC, em foto aos sete meses de idade, tornou-se o primeiro felino a ser clonado

A gata CC, em foto aos sete meses de idade, tornou-se o primeiro felino a ser clonado

"As pessoas esperam que haja algo diferente nela", diz Duane Kraemer, pesquisador da Universidade do Texas A&M e integrante da equipe que clonou CC.

"Nós a levamos a uma exposição de gatos uma vez. Um homem que veio vê-la disse que se parecia com qualquer outro gato de armazém", contou.

CC, cujo nome são as iniciais de Cópia Carbônica, nasceu em um laboratório da A&M em 22 de dezembro de 2001, a partir de uma célula tirada de um gato tricolor chamado Rainbow, e inserida em outro embrião de gato.

O embrião foi, então, implantado em uma mãe de aluguel, chamada Allie.

CC tem exatamente a mesma constituição genética de Rainbow, mas não tem sua coloração laranja, pois geralmente apenas duas cores –e não três– são passadas na clonagem de gatos tricolores.

"A clonagem é reprodução, não ressurreição", disse Kraemer à agência de notícias AFP.

Esse dado, somado a um preço que poderia chegar a seis dígitos, é uma das principais razões pelas quais clonar animais de estimação não tenha se tornado um sucesso comercial. "O mercado é, na realidade, extremamente pequeno."