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Governo da China fecha uma das maiores igrejas protestantes do país

O pastor-chefe da igreja de Sião em Pequim, Jin Mingri
O pastor-chefe da igreja de Sião em Pequim, Jin Mingri

As autoridades da cidade de Pequim proibiram o funcionamento de uma das maiores igrejas protestantes não-oficiais da cidade e confiscaram “materiais promocionais ilegais” em meio a uma repressão cada vez maior contra as igrejas “subterrâneas” da China.

A igreja de Sião operou durante anos com relativa liberdade, hospedando centenas de fiéis todo fim de semana em um amplo salão especialmente reformado no norte de Pequim.

Mas desde abril, depois que eles rejeitaram pedidos de autoridades para instalar câmeras de televisão de circuito fechado no prédio, a igreja tem enfrentado crescente pressão das autoridades e foi ameaçada de despejo.

No domingo, o departamento de assuntos civis do distrito de Chaoyang disse que organizando eventos sem se registrar, a Igreja estava quebrando regras proibindo reuniões em massa e agora seriam “legalmente proibidas” e seus “materiais promocionais ilegais” haviam sido confiscados, segundo imagens do aviso enviadas à Reuters no final do domingo e confirmado pelos membros da igreja.

“Temo que não haja maneira de resolvermos essa questão com as autoridades”, disse o pastor Jin Mingri, de Zion, à Reuters.

Os escritórios de assuntos religiosos e assuntos civis da China não responderam imediatamente aos pedidos de explicação.

A Constituição da China garante a liberdade religiosa, mas desde que o presidente Xi Jinping assumiu o cargo há seis anos, o governo restringiu as atividades religiosas vistas como um desafio à autoridade do Partido Comunista.

Igrejas em toda a China enfrentaram novas ondas de assédio e pressão para se registrardesde que um novo conjunto de regulamentações para governar os assuntos religiosos na China entrou em vigor em fevereiro e aumentou as punições para as igrejas não oficiais.

Em julho, mais de 30, das centenas de igrejas protestantes clandestinas de Pequim, deram o passo raro de divulgar uma declaração conjunta queixando-se de “interferência incessante” e do “assalto e obstrução” das atividades regulares dos crentes desde que os novos regulamentos entraram em vigor.

Os cristãos da China estão divididos entre aqueles que frequentam igrejas não-oficiais “caseiras” ou “subterrâneas” e aqueles que frequentam locais de culto sancionados pelo governo.

Os fiéis da igreja também receberam um aviso do escritório distrital de assuntos religiosos dizendo que “as grandes massas de crentes devem respeitar as regras e regulamentos e participar de eventos em lugares legalmente registrados de atividade religiosa”.

Os membros da Igreja de Sião também receberam panfletos de igrejas oficialmente sancionadas para que pudessem comparecer.

Mas para muitos fiéis e pastores, como Jin, aceitar a supervisão e autoridade final do Partido Comunista seria uma traição de sua fé.

“Nesta terra, o único em quem podemos confiar é Deus”, disse Jin.

Fonte: The Christian Times e folha gospel

Como a igreja sobrevive na Coreia do Norte

 

Coreia do Norte
Coreia do Norte

Na Coreia do Norte, onde a maioria das pessoas sobrevive com muito pouco e as colheitas são escassas, há uma política em que os militares são os primeiros a receber comida e outros recursos.

Isso significa que pessoas ou “comuns” são relegadas a segundo plano e comumente passam fome. Nesse contexto, cerca de 60 mil cristãos secretos dependem do “contrabando” de comida, medicamentos e roupas feitas pela Portas Abertas para sobreviver.

Ainda assim, nossos irmãos norte-coreanos compartilham os poucos recursos que têm com quem tem menos ainda. Através da prática que eles chamam de “arroz santo”, eles separam uma parte da comida que recebem para o Reino de Deus.

Essa porção é compartilhada com os menos favorecidos. A prática faz com que um laço de confiança se estabeleça e, posteriormente, lhes dá uma oportunidade de compartilhar o evangelho com essas pessoas.

A Missão Portas Abertas estima que haja cerca de 60 mil cristãos presos em terríveis condições na Coreia do Norte. Eles ficam em campos de trabalhos forçados comparados aos campos de concentração nazistas. Mas muitos permanecem firmes na fé mesmo nas piores circunstâncias. Este é o testemunho de Hannah*, que foi presa juntamente com a família por deixar o país. Quando descobriram que eles eram cristãos os puseram na solitária.

Hannah conta que os prisioneiros apanhavam muito, e se alguém resistisse era pior. “Mas meu marido era diferente. Quanto mais batiam nele, mais ele defendia sua fé. Ele gritava: ‘Se acreditar em Deus é pecado, eu prefiro morrer. Minha missão é viver de acordo com a vontade de Deus’”, diz a cristã perseguida.

Certo dia, a família toda foi chamada para sair da solitária e se apresentar ao delegado da prisão. Enquanto aguardavam para ouvir o veredito, oravam mentalmente por um milagre. “Não queríamos morrer na prisão, em um campo de prisioneiros políticos. E Deus respondeu nossas orações. O delegado nos deu uma anistia especial. Quando saímos da prisão naquela noite e estávamos finalmente livres, cantamos um hino baixinho”, conta Hannah.

*Nome alterado por motivo de segurança.

Revista Portas Abertas

A Revista Portas Abertas deste mês aborda a dificuldade que os pais cristãos na Coreia do Norte têm de transmitir a fé a seus filhos. Eles precisam mantê-la em segredo para a própria segurança. Sua contribuição pode levar materiais cristãos e apoio a um pai e um filho pelos próximos três anos. Assim, o evangelho chega aos pequenos da Coreia do Norte. Saiba como participar, clicando aqui.

Fonte: Missão Portas Abertas

Governo quer banir a história do cristianismo do currículo escolar, denuncia professor

Publicado por Tiago Chagas -gnoticias-em 7 de janeiro de 2016

Governo quer banir a história do cristianismo do currículo escolar, denuncia professor

O governo federal voltou à carga para tentar mudar conceitos importantes da sociedade brasileira através da educação, com a criação silenciosa de uma proposta de unificação do currículo escolar no país.

De acordo com essa proposta, questões de história ligadas à origem do cristianismo ou ao surgimento da democracia ficariam de fora dos temas a serem tratados nas aulas de história ao longo dos nove anos que englobam os ensinos Fundamental e Médio.

O alerta foi feito pelo professor e historiador Marco Antônio Villa, comentarista da rádio Jovem Pan e colunista do jornal O Globo. Villa é um ferrenho opositor do governo petista e defensor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

“O Ministério da Educação está preparando uma Revolução Cultural […] Sob o disfarce de ‘consulta pública’, pretende até junho ‘aprovar’ uma radical mudança nos currículos dos ensinos fundamental e médio — antigos primeiro e segundo graus. Nem a União Soviética teve coragem de fazer uma mudança tão drástica como a ‘Base Nacional Comum Curricular’”, introduziu Villa em seu artigo publicado recentemente.

De acordo com o professor, a proposta do MEC “é um crime de lesa-pátria”, pois baniria a origem de diversas filosofias que não se alinham à ideologia socialista/comunista abraçada pelo Partido dos Trabalhadores e pretendida por seus políticos como absoluta no Brasil.

“Vou comentar somente o currículo de História do ensino médio. Foi simplesmente suprimida a História Antiga. Seguindo a vontade dos comissários-educadores do PT, não teremos mais nenhuma aula que trata da Mesopotâmia ou do Egito. Da herança greco-latina os nossos alunos nada saberão. A filosofia grega para que serve? E a democracia ateniense? E a cultura grega? E a herança romana? E o nascimento do cristianismo? E o Império Romano? Isto só para lembrar temas que são essenciais à nossa cultura, à nossa história, à nossa tradição”, pontuou Villa.

Em sua análise da proposta, o professor concluiu que “os comissários-educadores — e sua sanha anticivilizatória — odeiam também a História Medieval”, pois omitiram os dez séculos marcados pela “expansão do cristianismo e seus reflexos na cultura ocidental, o mundo islâmico, as Cruzadas, e as transformações econômico-políticas”.

“Parece mentira, mas, infelizmente, não é. Mas tem mais: a Revolução Industrial não é citada uma vez sequer, assim como a Revolução Francesa ou as revoluções inglesas do século XVII […] [Os petistas não] perdoaram também a História do Brasil. Os movimentos pré-independentistas — como as Conjurações Mineira e Baiana — não existiram, ao menos no novo currículo. As transformações do século XIX, a economia cafeeira, a transição para a industrialização, foram desconsideradas, assim como a relação entre as diversas constituições e o momento histórico do país”, elenca.

Doutrinação

Essa não é a primeira tentativa de doutrinação do governo petista através da educação. Em 2015, o MEC havia tentado avançar na implementação da ideologia de gênero nas escolas públicas brasileiras e criou o Comitê de Gênero, para debater métodos de abordagem do assunto.

A iniciativa era uma clara tentativa de contornar a decisão do Congresso Nacional em 2014, que recusou a ideologia de gênero como tema de ensino nas escolas. O MEC já havia ignorado essa decisão e vinha exigindo que os estados e municípios instituíssem essa matéria no currículo escolar. A pressão do governo não surtiu efeito, e a maioria do deputados estaduais e vereadores também recusaram o tema em votações nas suas respectivas esferas.

Posteriormente, o Comitê de Gênero teve suas funções modificadas, assim como o nome. O então ministro, Renato Janine Ribeiro, terminou demitido por Dilma e substituído por Aloízio Mercadante (PT), na reforma ministerial.