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A Fé, A Lei e a Graça

Profile photo of Amilcar RodriguesPor Amilcar Rodrigues – gnoticias.com – em 22 de janeiro de 2015
A Fé, A Lei e a Graça
No princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus e era Deus, Jo 1:1.

A Palavra ou  Verbo representa tudo o que precisamos de conhecer sobre Deus e os Seus desígnios.
A fé em Deus significa a fé na Palavra porque na sua substância é o próprio Deus.
Foi pela Palavra que Deus criou todas as coisas e é também por Ela que todas subsistem.
Sabemos que a Palavra encarnou no Homem da Galileia com o propósito de, humanamente se manifestar ao homem, Hb1:1.
Quando Deus chamou Abraão este O reconheceu como o Senhor. Sabemos que Abraão era filho de pais idólatras e que ele nunca tinha ouvido falar de Deus,  mas temos que  admitir que a voz de Deus lhe revelou que era o Senhor do Universo que com ele falava. A partir  desse dia estabeleceu-se um relacionamento entre  ele e Deus,  ou seja,  Abraão acreditava naquilo que ouvia e  obedecia.
O Criador tem um projeto com a criação e tudo está escrito como se tratasse de um roteiro de um filme.
Quando estudei televisão tudo o que precisava de  fazer, como  realizador, era seguir o roteiro em que estava determinado o tempo, o texto, as imagens ou pessoas e o som.
Um bom exemplo foi o encontro de Jesus com o cego de nascença. Quando perguntaram porque razão aquele homem tinha nascido cego, Jesus respondeu-lhes que era para que nele se cumprisse o desígnio de Deus.
A cena do encontro de Jesus com o cego de nascença e com os demais participantes e tudo o que disseram foi registado nas Escrituras, ainda que tudo já tivesse sido determinado antes da fundação do mundo.
Nada é o acaso, porque Deus vela para que se cumpra a Sua Palavra.
Quando o Leitor lê a Bíblia ou ouve uma pregação é como se estivesse num auditório a ver um filme. Por esta razão é que fala de Abraão, Moisés, Davi e de Jesus de Nazaré. Na verdade, Deus está a manifestar-se a cada um não para que sejamos somente conhecedores destes personagens mas Ele pretende que nos consideremos participantes singulares com Ele.
A fé, a Lei e a graça nos foram reveladas para que também nós instruídos pela Palavra Lhe obedeçamos.
O importante não é ter informação da Palavra mas o que você e eu fazemos quando a Palavra nos é dirigida e a isto chamamos de o nosso testemunho.
Fraternalmente,
casal com uma missão,
Amílcar e Isabel Rodrigues
“As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores.”
Profile photo of Amilcar Rodrigues

Por

Amilcar Rodrigues foi ordenado pastor em 1978 na “Apostolic Faith Mission” na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão “Broadcast” pela “Geoffrey Connway Broadcast Academy” Toronto, Canadá, é filiado do “Crossroads Christian Comunication”. Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro “Deus da Aliança” , Evangelho dos Sinais aos Hebreus” e “Contos do Apocalipse”. Foi convidado pelo Gospel+ para participar como colunista em Maio de 2012.

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Jesus aparece em sonho de suicida budista, oferecendo paz e esperança, além de evitar a morte

Criada por pais budistas, que viviam na Rússia, Yulia ficou por um triz de se suicidar

Por Alexandre Correia | Tradutor do The Christian Post
No sonho, Jesus olhou para o fundo de sua alma disse, “Acredite em mim e ore Yulia, e eu vou te salvar”. Tomada de desespero, uma mulher budista na Rússia tentou tirar sua própria vida. Mas Jesus apareceu a ela em sonho oferecendo paz e esperança, e o começo de uma vida nova em Cristo.
  • Estátua de Buda
    (Foto: Divulgação)
    Estátua de Buda na prefeitura de Kanagawa, na ilha de Honshu, Japão

De acordo com um informe da missão SEND International, Yulia foi criada por pais budistas que viviam na Rússia. Pelos padrões locais, eles iam bem. Sua família visitava o santuário local regularmente e prestava reverencias ao Buda. Apesar de o seu pai ser engenheiro e sua mãe bioquímica, Yulia não conseguiu estudar e não gostava do seu trabalho como faxineira.

Quando seu pai morreu de repente, sua mãe entrou em uma espiral de depressão, alcoolismo e maus tratos. Dia após dia, as brigas e discussões continuavam e os problemas aumentavam. Um dia, quando Yulia tinha 21 anos de idade, a sua mãe, com os ânimos alterados por causa da bebida, disse a ela para ir embora. As últimas palavras, raivosas de sua mãe foram “Vá embora. Eu não ligo. E se você morrer não vou nem chorar”.

  • No auge de seu desespero, Yulia fez um balanço da sua vida. Sua mãe disse que não se importava, aqueles que ela considerava amigos a abandonaram quando ela mais precisava. Ela não tinha estudo e odiava seu trabalho. Então decidiu tirar a própria vida.

Yulia estava sozinha em um quarto pequeno e escuro. Com uma corda que havia encontrado, fez um nó rude, que ela pendurou em um caibro no teto. Ela empilhou uma mesinha em cima da cômoda e começou a subir para pegar o laço e amarrar no pescoço.

Ela lembrou de seus amigos que tinham lhe feito uma visita mais cedo. Seus rostos denunciavam que eles sabiam da sua dor, mas ao invés de ficar e conversar, eles a deixaram sozinha.

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Ela estava mais solitária do que nunca, e agora sua mãe havia a expulsado de casa. As vozes em sua cabeça ficavam dizendo o quanto ela era inútil e desprezada e que aquela vida não valia a pena.

Yulia se equilibrou no alto da mesinha, com pensamentos de condenação, dúvida e depressão inundando sua mente. Subitamente, sua mãe entrou no quarto e viu os móveis e o laço. Ela então encarou Yulia e gritou pedindo a ela para parar.

A moça então compartilhou com a mãe toda a dor e desespero que estava sentindo. Explicou o quão abandonada e sozinha ela se viu por causa das palavras dela. “Até minha mãe me odeia, o que é que eu faço?”

Tocada, a mãe de Yulia ficou muito triste pela confissão de sua filha, e disse “Nós não podemos viver sem você. Vamos pra casa e começar do zero”. Ela se lembra que a volta para casa foi um dos dias mais felizes da sua vida.

Alguns dias depois, um cristão local foi visitá-la em sua casa. “Yulia, você sabe que existe um Deus?”, ele perguntou. “Sim”, ela respondeu. “Esse Deus não é o Buda”, completou. “Ele é Jesus Cristo, que te ama e deu sua vida por você”. Essas palavras cortaram seu coração porque ela pensava que ninguém a amava.

Uma semana depois, Yulia teve “um sonho incrível” onde Jesus apareceu a ela. Ela então Lhe perguntou “Por quê meu pai morreu tão cedo?”, “Por quê minha mãe bebe?” e “Por quê eu tenho todos esses problemas?”

No sonho, Jesus olhou para o fundo de sua alma disse, “Acredite em mim e ore Yulia, e eu vou te salvar”.

Um mês se passou e aquele cristão convidou Yulia para uma congregação local, onde Deus usou os cultos e leitura da Bíblia para tocar seu coração profundamente uma vez mais.

Depois de vários encontros, o líder a questionou, “Você acredita que Jesus é Deus de verdade?”. “Sim, eu acredito”, ela falou. “Você quer se arrepender dos seus pecados?”, ele perguntou.

“Sim, eu quero”, ela afirmou. Yulia então caiu de joelhos e fez uma prece de arrependimento, e nasceu de novo em Jesus Cristo”.

Desde que ela começou a seguir Jesus, ela admite que ainda tem alguns problemas – mas ela não está mais sozinha para enfrentá-los. Ela tem um Senhor e Salvador a seu lado – que a abençoou com um novo emprego como cuidadora, um casamento e uma criança. Uma bela vida, que ela poderia ter perdido se tivesse realizado seu plano, ao invés dos planos de Deus.

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Mitos evangélicos – Estudo bíblico.

biblia
Enviado por  canoa furada

Existem mesmo mitos evangélicos? Afinal, um povo que prega liberdade em Cristo, busca viver a verdade e brada “EU SOU LIVRE” não deveria alimentar mitos.

Antes, uma breve definição do que seja mito. O mito (do grego μυθóς, lê-se “mithós”) é uma interpretação simbólica de fatos, geralmente com fundo cultural. O mito procura explicar a realidade e parece lógico, mas sua argumentação é falsa, seu fundamento é um sofisma.

O mito pode ser vivenciado através de ritos. O rito é o modo de se pôr em ação o mito na vida da pessoa ou comunidade, em cerimônias, danças, orações e sacrifícios.

Não confunda com superstição. Superstição liga-se a misticismo. É a crença sobre relações de causa e efeito que são contrárias à racionalidade. Por exemplo, no Brasil existe a superstição de que quebrar um espelho causa sete anos de azar e o mito de que comer manga com leite faz mal; a superstição de bater três vezes na madeira para evitar um mal e o mito de que se deve evitar tomar banho depois de comer. Portanto, não troque os conceitos.

Às vezes, as correntes que nos impedem de sermos livres são mais mentais do que físicas ou mesmo espirituais. Assim, podemos estar amarrados a “nada”.

Então, vejamos alguns (somente alguns) mitos evangélicos:

a) A ORAÇÃO DE MADRUGADA É MAIS EFICAZ.

Origem provável: (Salmo 88:13) –  “Eu, porém, Senhor, tenho clamado a ti, e de madrugada te esperará a minha oração.”e (Jó 8:5) –“Mas, se tu de madrugada buscares a Deus, e ao Todo-Poderoso pedires misericórdia…”

O livro de Jó e os Salmos são poéticos, e por isso guardam bastante linguagem figurada. No imaginário oriental, madrugada era sinônimo de tribulação e angústia. A escuridão lembra ameaça e grande perigo. Por isso há tantas referências às madrugadas no Antigo Testamento. O salmista queria apenas dizer: na angústia te esperará a minha oração. “Madrugada” (Heb. Transl. Shachar), que também se traduz como “cedo, pela manhã”, também sugere que se deve buscar ao Senhor com prioridade.

Associa-se a isso a nefasta “teologia do sacrifício”, que sugere que práticas ascéticas são agradáveis a Deus. Programar orações às 2h da manhã, renunciando a um sono reparador, dentro dessa perspectiva faz muito sentido.

De forma geral, talvez seja melhor aproveitar a noite para o descanso do corpo e da mente, para o dia que virá cheio de desafios e oportunidades. O mito do “quanto mais sofrido, mais Deus se agrada” deve dar lugar às orações da manhã, da tarde ou da noite, que têm o mesmo alcance daquelas feitas na madrugada.

(Salmos 127:2) –“Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.”

b) ORAR EM SILÊNCIO É MELHOR PORQUE O DIABO NÃO OUVE.

Origem provável: (Lucas 5:22) –“Jesus, conhecendo os seus pensamentos, respondeu: Que arrazoais em vossos corações?”

A Bíblia é econômica nesse assunto, por isso o imaginário religioso cunhou a ideia de que somente alguém onisciente teria condições de saber o que pensamos. Logo, nem anjos, nem demônios, nem ninguém teria essa prerrogativa, além de Deus. De Lucas 5:22 (acima) talvez possamos extrair que somente Deus possa saber o que pensamos, mas é provável que o astuto diabo consiga mais vantagens do que imaginamos nessa área (Veja II Coríntios 2:10-11). Não podemos ter plena certeza disso.

De qualquer forma, esse mito parece ter nascido do medo do diabo, e quando se tem medo do diabo e do que ele pode fazer com os filhos de Deus, uma das situações é verdadeira: (1) superestima da atuação do maligno, (2) desconfiança no cuidado de Deus e/ou (2) falta de conhecimento da Palavra de Deus. Quem assim pensa precisa dar uma boa olhada em I João.

Pessoalmente penso que pouco importa se o diabo sabe ou não o que pensamos. Orar em silêncio ou em brados não faz diferença alguma, porque o diabo ouvindo ou não, nada poderá contra os intentos de Deus para a Sua Igreja.

(I João 4:4) –“Filhinhos … maior é o que está em vós do que o que está no mundo.”

(I João 5:18) –  “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus … o maligno não lhe toca.”

(I João 3:8b) –“Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.”

(Veja também Is43:13; 2Ts 3:3; Ef 6:16 e 1Jo 5:19).

c) A ORAÇÃO DE JOELHOS É MAIS PODEROSA.

Origem provável: (Lucas 22:41) –  “E [Jesus] apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava.” e (Efésios 3:14) – “Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Veja também Ed 9:5 e Dn 6:10).

Dobrar os joelhos para falar com alguém é sinal de profunda reverência. Ainda hoje pessoas se ajoelhamperante osreis e o papa.Em alguns contextos, ajoelhar-se é sinal de adoração. Não é sem motivo, portanto, o gesto pessoal de dobrar-se perante o Deus Altíssimo.

Mas em torno desse costume criou-se o mito de que a oração feita de joelhos surte melhor efeito. É comum que a Igreja faça petições a Deus de pé quando o assunto é simples, e quando a coisa é intricada pede-se a posição de joelhos.

Biblicamente, o alcance da oração independe da posição de quem ora, depende apenas de fé. As orações mais célebres que Jesus e outros fizeram não foram de joelhos. Veja 2Rs 20:2; Jn 2:1; Lc 3:21; Lc 18:13;Jo 17:1; Jo 11:43.

d) O JEJUM SANTIFICA E ACELERA A RESPOSTA DE DEUS.

Origem provável: (Neemias 1:4) –“E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.” e  (Atos 13:3) –“Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.”

A abstinência alimentar com fins religiosos tem origem no Dia da Expiação, que era uma festa anual dos hebreus em que se fazia a purificação de todos os pecados do povo (Levítico 16.29-30 e 23.26-29). Nesse dia, era prescrito afligir a alma, com a negação de prazeres ao corpo, incluindo o alimento. No Antigo Testamento, o jejum sempre esteve ligado à tristeza e ao luto, e nunca à santificação ou busca por poder. Bem mais tarde, os israelitas passaram a fazer jejuns interesseiros, no que foram repreendidos por Deus, através dos profetas Isaías e Zacarias. O jejum com a finalidade de “matar a carne” surge a partir da influência grega do dualismo de Platão, que sustenta a oposição entre o material e o espiritual.Nesse contexto, a ascese servirá para aproximar a pessoa da verdadeira realidade espiritual, ao sesublimar os impulsos “carnais”. A ideia da mortificação da carne está ausente no Antigo Testamento.

Com o advento do pentecostalismo, no século XIX, e do neopentecostalismo, nos anos 1980, o jejum assume um viés ainda menos ortodoxo, sem amparo bíblico, e tem sido usado para santificação, sacrifício, preparo para expulsar demônios e outras situações difíceis, subjugar a carne, conseguir uma bênção específica, busca de uma experiência mais intensa com o Espírito Santo, pela libertação de pessoas ou de nações ecomo condição à implantação de decretos divinos (atos proféticos). Mas não há respaldo bíblico sistemático para nenhuma dessas aplicações.

Ao contrário do que parece, o assunto é simples. A polêmica surge mais em função de tradições. Portanto, é mito que o asceticismo seja útil para santificação e resposta de Deus.

(Colossenses 2.20-23) – “Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.”

(Mateus 9.16-17) – “Ninguém deita remendo de pano novo em vestido velho, porque semelhante remendo rompe o vestido, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.”

e) DIFICULDADE E DOENÇA SÃO SINAIS DE QUE HÁ PECADO.

Origem provável: (João 5:14) –  “Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior.”

Esse texto isolado pode respaldar a ideia de que problemas e doenças são castigos pelo pecado. Mas essa conclusão é prematura e até ingênua. Aquele paralítico pode ter ficado assim por causa de atividades ilícitas, mas naquela época já havia a ideia de que pecados são punidos com doenças, porque ainda não compreendiam as suas causas.

Esse conceito foi firmado na década de 1970, quando surgiu nos Estados Unidos a doutrina da Confissão Positiva, cujo pai foi Keneth Hagin, falecido em 2003. Kenneth Hagin influenciou muitos, como T. L. Osborn, Benny Himm, John Osteen, Morris Cerullo e Joyce Meyer, e muitas personalidades no Brasil, a exemplo de Valnice Milhomens e Silas Malafaia. Essa doutrina propala que devemos proferir palavras de vitória para ter vitória, determinar para a doença que se vá para ficar curado e coisas do tipo, além de quebra de maldições, maldições hereditárias e pecados de geração. Ocorre que essa abordagem não encontra sustento sistemático na Palavra de Deus e tem causado problemas no meio cristão evangélico. Sendo uma inverdade (porque o mundo não gira em torno do que falamos ou decretamos), não raro há casos de pessoas confusas, que não “avançam” na vida, apesar de viverem autoproclamando vitórias. Quando isso acontece, o remédio dessa “teologia” é: Você está em pecado. Simples assim, impingindo culpa e neuroses de toda espécie.

Homens e mulheres fiéis, desde tempos remotos, passando pela igreja primeva até a atualidade, têm sido acometidos por doenças e sérias dificuldades na vida. Essas ocorrências são normais para quaisquer pessoas, em face das limitações do nosso corpo e do estado deste mundo, e de maneira nenhuma empalidece o poder de Deus em nossas vidas. Ironicamente Keneth Hagin morreu por causa de doença. Não me alegro com esses infortúnios, apenas os cito para evidenciar que doenças não são evidência necessária de anormalidades em nossas vidas espirituais, e Deus pode curá-las de assim quiser.

(João 9:3) –“Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.”

(Romanos 7:24) – “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”

(II Timóteo 4:20) – “Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto.”

f) A ORAÇÃO DO PASTOR TEM MAIS PODER.

Origem provável: (Hebreus 13:17) – “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.”

O livro de Atos retrata os feitos do Espírito Santo por meio dos apóstolos, pondo em relevo o que os primeiros discípulos do Senhor realizaram em nome de Jesus. Sempre houve e parece que sempre haverá pessoas que nasceram para liderar e outras que anseiam por ser lideradas. Parece ser inerente a alguns buscar a segurança de uma “cobertura” que as proteja.

Na Antiga Aliança havia classes sacerdotais. O sistema clerical do judaísmo contemplava sacerdotes e levitas. Os sacerdotes eram mediadores entre o povo e Deus, e os levitas cuidavam de todo aparato espiritual e administrativo da Casa de Deus.

Contudo, Jesus veio reorganizar esse sistema de normas religiosas e proporcionar um relacionamento novo entre homens e mulheres com Deus, por meio da fé. Ocorre que no meio cristão ainda persiste a ideia de classes sacerdotais composta de pessoas especiais, tal qual havia no sistema levítico, recaindo suas prerrogativas sobre pastores, bispos, apóstolos ou patriarcas. Se a comunidade aceita esse sistema e recebe tais lideranças como vozes exclusivas de Deus na igreja, fica fácil a proliferação de crendices e mitos.

Nesse contexto, a fé na oração do pastor é uma realidade. A partir do pressuposto de que ele é especial, nada faz mais sentido.

É preciso que o cristão entenda que vivemos a profecia do sacerdócio real de todos os crentes. Embora os pastores sejam homens de Deus que merecem todo o nosso respeito e consideração, a petição dele pode tanto quanto a minha e a sua.

(Marcos 16:17) –“E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas.”

(I Pedro 2:9) –“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

(Tiago 5:16) –  Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

(Veja também Jl 2.28-29, At 2.17-18 e At 5.16).

g) PASTOR DIVORCIADO PERDE A UNÇÃO.

Origem provável: (I Timóteo 3:2) –“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”

Há três interpretações correntes para esse texto. (1) Que pretende afastar a poligamia, já que no primeiro século em Israel essa prática ainda era legal; (2) que era condição para o pastorado ser casado; e (3) que era condição para o pastorado que o candidato tenha se casado uma única vez na vida.

Além disso, é preciso considerar Mateus 19.9, onde Jesus orienta sobre o repúdio à mulher, divórcio e adultério. Nessas questões não podemos ser simplistas. É necessário se debruçar sobre o tema para a compreensão do que Jesus pretendeu ensinar quando tratou do “repúdio à mulher”. Não estaria Jesus reprimindo separações por motivos fúteis e banais? Ou será que Jesus proibira quaisquer separações conjugais apesar de todo tipo de dificuldades, incompatibilidades, humilhações, violências, vícios e desrespeitos, mesmo depois de todas as tentativas de perdão e recomeço?

O ideal é que não ocorressem divórcios. A vontade de Deus – está claro – é que o homem casado não se separe. Não podemos fazer apologia ao divórcio, mas parece-me meninice negar que há casamentos que infelizmente se tornam insustentáveis.

Sou casado há 21 anos com a primeira e mesma esposa, e pretendo permanecer assim, até que a morte nos separe. Mas por motivos diversos homens e mulheres de Deus abrem mão de seus matrimônios, e cada caso é uma história. O imaginário religioso, preconceitos e tradições acabam condenando essas pessoas ao ostracismo; pessoas que antes eram ferramentas nas mãos de Deus, transformando-as de um dia para outro em obreiros de segunda linha. Esse é mais um mito que precisamos reescrever, pois a realidade evidencia outro cenário. O Senhor é Deus de misericórdia e graça.

(Romanos 14:19) –“Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.”

(I Coríntios7:15) – “Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.”

(I João 3:20-21) –“Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus.”