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Após tsunami, cristãos em Tonga pedem orações: ‘Que Deus proteja o povo tonganês’

Embora não haja relatos de vítimas ou pessoas feridas, os moradores tiveram casas danificadas, barcos destruídos e já enfrentam escassez de água potável.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CNN E ETERNITY NEWS
Mar invadindo a ilha de Tonga após erupção de vulcão submarino. (Foto: Captura de tela/YouTube Uol)
Mar invadindo a ilha de Tonga após erupção de vulcão submarino. (Foto: Captura de tela/YouTube Uol)

No sábado (15), ondas de tsunami atingiram a ilha de Tonga após a erupção de um vulcão submarino do Oceano Pacífico, gerando ondas de mais de 1 metro. A capital do país — Nucualofa, que fica na Oceania — foi inundada rapidamente. Moradores tiveram que se refugiar nos telhados das casas

O vulcão conhecido por Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai fica a cerca de 60 quilômetros da capital. A erupção que durou 8 minutos foi tão forte e violenta que pôde ser vista do espaço, por imagens de satélite. Nuvens de cinzas subiram rapidamente e o vapor de gás se espalhou pelo ar.

Depois disso, os serviços meteorológicos emitiram alertas para chuvas, inundações repentinas e ventos fortes nas regiões próximas. A Rádio Cristã Tonga e vários líderes cristãos no país pediram orações.

“Orem pelo Reino de Tonga. Que abrigo, água potável, alimentos e medicamentos sejam fornecidos o mais rápido possível. Que gestos generosos de ajuda prática e apoio em oração oferecidos levantem o espírito daqueles que sofrem”, foram os primeiros pedidos.

Outras regiões ficaram em alerta

A ilha vizinha de Fiji também emitiu um aviso público pedindo às pessoas que vivem em áreas costeiras baixas que se movessem antecipadamente para locais altos em busca de segurança.

Alertas também foram emitidos para a Ilha Norte da Nova Zelândia e a costa oeste dos Estados Unidos, da Califórnia ao Alasca, bem como para a Colúmbia Britânica do Canadá, nação insular de Vanuatu, no Pacífico e Samoa Americana, conforme informações da CNN. As populações dessas regiões foram avisadas para se manterem longe das praias.

Para os Estados Unidos, especificamente, o alerta de tsunami permaneceu em vigor com atenção especial para os estados da Califórnia, Oregon, Washington e Alasca.

Dave Snider, coordenador do Centro Nacional de Alerta de Tsunami em Palmer, Alasca, disse à CNN: “Vimos a onda se movendo pela ilha havaiana. Não temos uma previsão muito boa porque este evento é baseado em um vulcão e não em um terremoto”, ele observou deixando claro se tratar de apenas um aviso e não um alerta.


Imagens registradas do mar, no momento da erupção. (Foto: Captura de tela/YouTube Band News)

Outras erupções estão previstas

Tsunamis gerados por vulcões são muito menos comuns do que tsunamis de terremotos submarinos, explicou a cientista Emily Lane, do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia.

Em entrevista ao New Zealand Science Media Center ela disse que foi uma erupção muito significativa. “Uma erupção menor no final de 2014 e no início de 2015 construiu a cratera do vulcão acima da superfície da água”, contou.

Segundo Lane, ainda não está claro como esse vulcão em Tonga entrou em erupção. “Ao vermos o que restou da ilha depois que essa erupção acabou, podemos começar a juntar as peças do que aconteceu”, disse ela. “O tsunami da erupção atingiu mais de 2.500 quilômetros, sendo registrado em medidores em toda Aotearoa”, continuou.

O professor Shane Cronin, da Escola de Meio Ambiente da Universidade de Auckland, disse que pesquisas sobre erupções históricas do mesmo vulcão sugerem que o atual episódio de erupção pode durar semanas ou meses “e que outras erupções de tamanho semelhante ao evento de 15 de janeiro de 2022 são possíveis”.

Vale ressaltar que o vulcão estava ativo desde 20 de dezembro, mas foi declarado inativo em 11 de janeiro, segundo a Radio New Zealand. A região é conhecida como o “círculo de fogo” do Pacífico, devido ao encontro de placas tectônicas de grande atividade sísmica.

Consequências atuais e posteriores

Embora não haja relatos de vítimas até o momento, além da inundação, casas danificadas e barcos destruídos, existem outros desafios a serem enfrentados.

Ainda de acordo com o professor Cronin: “A erupção provavelmente resultará em uma queda significativa de cinzas, até dez centímetros, em Tongatapu, bem como no grupo de ilhas Ha’apai”, alertou.

“Será necessária ajuda para restabelecer o abastecimento de água potável. O povo de Tonga também deve permanecer vigilante para novas erupções e especialmente tsunamis com curto prazo e deve evitar áreas baixas”, disse.

Pedidos de oração

O líder cristão Ulufonua, de Ha’apai, em Tonga,  disse que os pastores estão em oração pelos moradores da ilha. Os cristãos australianos também têm orado, conforme informações do Eternity News.

Conforme a líder cristã Mata Havea Hiliau, da Uniting Church NSW e ACT, é necessário que todos intercedam pelos tonganeses. “Oremos pelo povo em Tonga. Muitos de nós não conseguimos contatar nenhum familiar e entes queridos. Tudo o que podemos fazer é nos reunir para orar”, ela disse em suas redes sociais.

“Deus Todo-Poderoso, tu és Pai, Filho e Espírito Santo. Esta é uma das noites mais escuras do Reino de Tonga. Senhor, que a tua luz brilhe no meio das trevas, pois sabemos que onde a tua luz brilha, as trevas não a vencerão”, orou.

“Somos lembrados de nossa vulnerabilidade como criaturas humanas que habitam esta vasta terra”, diz também a oração da reitora Sandy Grant, postada na Catedral de St Andrew, em Sydney, na Austrália.

“Como escreveu o antigo salmista: ‘Tu és o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente em tempos de angústia’. Então reúna os afetados sob suas asas, acalme seus medos e mantenha nossa fé forte”, pediu.

“Solicitamos seu apoio de oração para Tonga, e especificamente para nossos representantes do BSSP e seus familiares. Que Deus guie e abençoe a todos”, diz o pedido urgente da Sociedade Bíblica do Pacífico Sul.

A ilha de Tonga tem 747 km² e uma população aproximada de 105 mil habitantes que, em sua maioria (89,4%), segue a religião cristã. A família real frequenta a Igreja Metodista e garante a liberdade de religião em sua Constituição.

O país costuma guardar o domingo (representando o descanso sabático) que é considerado como um “dia santificado”, quando as atividades são suspensas, com exceção de hotéis e resorts, que fazem parte da indústria do turismo na região.

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Cultos

Cristãos de Hong Kong se preparam para enfrentar perseguição religiosa vinda da China

Líderes cristãos e membros de igrejas estão temerosos de que Hong Kong se torne uma região como qualquer outra da China, onde o comunismo oprime as expressões de fé.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS
Protestos contra a Lei de Segurança Nacional (e a favor da democracia) em Hong Kong geraram muitos conflitos entre cidadãos e policiais nas ruas. (Foto: CBN News)
Protestos contra a Lei de Segurança Nacional (e a favor da democracia) em Hong Kong geraram muitos conflitos entre cidadãos e policiais nas ruas. (Foto: CBN News)

O pastor americano Butch Tanner diz que Hong Kong mudou dramaticamente nos poucos anos em que está atuando no território autônomo, localizado no sudeste da China.

“Hong Kong, como seus habitantes a veem, é um lugar totalmente diferente do que era há dois anos”, disse Tanner à CBN News durante uma entrevista.

Tanner mudou-se do Texas para Hong Kong em 2017 para liderar a Igreja Batista Internacional de Kowloon.

Então, em junho de 2019, protestos antigovernamentais eclodiram devido a uma polêmica lei de extradição, mergulhando a cidade em meses de caos e derramamento de sangue.

Em meio a esse caos, a igreja de Tanner se tornou um lugar de cura.

“Tínhamos, na verdade, policiais e manifestantes que se reuniam em nosso prédio, oravam juntos e cantavam juntos”, disse Tanner.

Os protestos já cessaram, mas o medo agora paira sobre o futuro da cidade, à medida que o controle da China sobre Hong Kong aumenta, seis meses após a imposição de uma nova lei de segurança nacional.

“Nós temos muito medo em Hong Kong, entre as pessoas, há muito medo de que as coisas não se acalmem ou que não fiquem perto do normal que costumavam ser”, observou Tanner.

E esse temor está se tornando realidade. No dia 6 de janeiro, mais de 1.000 policiais de Hong Kong invadiram 73 locais diferentes na cidade, prendendo 53 políticos, líderes pró-democracia, ativistas de direitos humanos e outros.

Lam Cheuk-ting foi um dos legisladores presos. Ele registrou o momento em que a polícia invadiu sua casa.

“Você é suspeito de violar a lei de segurança nacional, subvertendo o poder do Estado”, disse um policial de Hong Kong a Lam, enquanto ele passava pela porta.

Destruição da democracia

Chris Patten, o último governador de Hong Kong, diz que o que está acontecendo na cidade nada mais é do que a “destruição brutal de uma sociedade livre” pela China.

“Esta é mais uma virada em Hong Kong. Uma nova tentativa de destruir as liberdades de uma cidade que prosperou sob o império da lei”, disse Patten durante uma entrevista.

Também preso, John Clancey, um padre americano que se tornou advogado, agora está sendo julgado por desafiar o governo autoritário da China sobre a cidade.

“Minha abordagem tem sido que você vive de acordo com sua consciência, você vive de acordo com seus princípios, você vive de acordo com as pessoas com quem trabalha e segue em frente”, disse Clancey, que é o primeiro americano e estrangeiro acusado pela nova Nova lei de segurança nacional de Hong Kong.

“Mesmo nos dias mais sombrios, acho que é muito importante manter a esperança”, acrescentou Clancey logo após ser libertado sob fiança.

As autoridades também cercaram cristãos, incluindo Joshua Wong, um ativista proeminente, visto em uma foto entrando na prisão no início de dezembro.

Joshua Wong foi um dos ativistas cristãos presos por lutar pela democracia em Hong Kong. (Foto: Reuters)

No final daquele mês, duas freiras católicas também foram presas.

“Se eles pensam que podem destruir a ideia de liberdade e democracia para sempre, estão se enganando”, disse Patten. “A verdade é que eles estão absolutamente apavorados com o que a democracia liberal representa”.

Relatórios estimam que mais de 300 mil habitantes de Hong Kong planejam fugir da cidade nos próximos meses.

Lap Yan Kung, que leciona na Universidade Chinesa de Hong Kong, disse à CBN News que vários pastores já partiram, enquanto outros estão atuando na clandestinidade.

“O governo, assim como a polícia, usa todos os meios para aplicar esta lei com a finalidade de perseguir os pastores e também o povo”, disse Kung.

Pequim defendeu as prisões em massa, apesar dos apelos feitos pelo ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, para a libertação dessas pessoas.

“Ninguém tem privilégios fora da lei”, argumentou Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. “A lei deve ser seguida e qualquer pessoa que a viole deve ser responsabilizada”.

Mudanças

Antes uma cidade independente, Hong Kong agora está testemunhando uma transformação dramática em todos os níveis.

O presidente da China, Xi Jinping, tomou medidas nos últimos meses para remodelar as escolas, a mídia, o legislativo e os tribunais com mais mudanças a caminho.

“A liderança nas escolas está mudando. Escolas que nunca tiveram qualquer conexão com o comunismo antes, agora estão recebendo líderes comunistas e substituindo cargos”, disse Tanner ao CBN News. “Os livros didáticos estão sendo alterados, o que pode ser ensinado também está sendo alterado”.

Os cristãos temem que Hong Kong esteja se tornando como qualquer outra cidade da China continental e que as regulamentações religiosas combinadas com a nova lei de segurança, logo se apliquem a eles, tornando quase impossível a prática de qualquer tipo de fé no território.

“Uma espécie de autocensura está surgindo entre as pessoas em Hong Kong e muitos de nós estamos muito cautelosos sobre o que podemos dizer”, disse Kung.

Os cristãos chineses atualmente experimentam algumas das mais duras perseguições do governo já testemunhadas.

Atualmente, o país ocupa a 17ª posição na Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas 2021 sobre os 50 piores países perseguidores de cristãos, com um cenário caracterizado pela opressão comunista e pós-comunista.China,Hong Kong

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Turquia bombardeia antigas comunidades cristãs, forçando fuga

Aldeias de comunidades cristãs viram cidades fantasmas após bombardeios.

Recep Tayyip Erdogan

Recep Tayyip Erdogan (Foto: Reprodução/Presidência da Turquia)

Cristãos enfrentam ataques na Síria, enquanto algumas das últimas comunidades cristãs antigas são bombardeadas por forças apoiadas pela Turquia.

De acordo com Faith Wire, existem bombardeios em andamento na cidade de Dil Dara que fica a apenas alguns quilômetros da fronteira turca, e é provável que as forças turcas estejam bombardeando esta aldeia, que era composta por cristãos e sírios.

O intuito é expulsar todos da área porque o plano da Turquia é tentar realojar toda essa área com os sírios árabes que fugiram como refugiados para a Turquia, que tem cerca de  2,3 milhões desses refugiados.

Segundo relatos dos moradores, os ataques acontecem todos os dias, e eles precisam dormir fora da aldeia com seus filhos e animais.

“Esta é a frente da frente e é nossa última posição ao norte de Tal Tamr, e costumávamos vir para a aldeia através da Estrada Seri Kaniye, mas não somos capazes de usar essa estrada agora”, disse o Comandante Aram das Forças de Defesa Sírias sobre o campo de batalha.

Existem aldeias cristãs abandonadas ao longo de todo o norte da Síria, onde as pessoas estavam no meio de um trabalho em um prédio da igreja que eles foram forçados a abandonar enquanto fugiam para salvar suas vidas.

Mesmo após a saída dos moradores, a Turquia continua bombardeando essas aldeias para impedi-los de retornar.