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Estudioso afirma que Bíblia pode ser compreendida por pessoas com deficiência

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

O diretor da instituição de ensino cristão Desiring God, John Knight, esteve à voltas com o questionamento de se é possível ensinar a Bíblia a pessoas com séria deficiência cognitiva.

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Knight fez essa questão ao ouvir uma das mensagens de John Piper, pastor da Igreja Batista Belém em Minneapolis, Minnesota, baseada em 1 Tessalonicenses 2:13-16.

“Deus falou, os humanos deram sua palavra através de suas palavras, e os tessalonicenses ouviram. Eles ouviram os sons. Eles conheciam o idioma grego e interpretaram com suas mentes”, Knight citou Piper.

Piper disse que Deus usa os humanos para anunciar sua palavra, e estes anunciam aos humanos, que ouvem e entendem.

Knight é pai de uma criança com sérias dificuldades cognitivas, que incluem o autismo, cegueira e comprometimento cognitivo. E ele se “Seria o Evangelho fechado a esse tipo de pessoa?”

No caso da pregação aos tessalonicenses, Piper explicou que o que Deus fez foi permitir que eles recebessem a palavra de Paulo como a Palavra de Deus.

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“O próprio Deus abriu suas mentes e corações, e, ao saberem que Paulo estava falando a palavra de Deus, deu-lhes inclinação para receber isso, que não seriam meras palavras humanas, mas sim de Deus”.

Ao ouvir a explicação, Knight entendeu que o Espírito Santo, pelo seu poder, permite que todas as pessoas, apesar de suas limitações e deficiências, possam acessar e compreender a mensagem de Deus.

Knight então concluiu que se foi necessário para Deus fazer o entendimento possível para pessoas capacidades cognitivas normais, então isso foi possível para Deus fazer para aqueles com capacidade cognitivas normais.

Dr. Jeff MacNair, diretor do Instituto de Estudos de Mestrado e Deficiência da Universidade Batista da Califórnia, concordou que o desenvolvimento da fé é, em muitos aspectos, obra do Espírito Santo.

Segundo ele, o Espírito Santo teria o poder de penetrar na mente de pessoas com os mais diversos tipos de limitação, cognitiva ou não.

Mas ele ressalta que os cristãos não devem apenas esperar um “milagre de Deus” para que uma pessoa com deficiência aprenda alguma coisa.

“Existem práticas pedagógicas que podem facilitar o aprendizado e levar a melhores resultados na compreensão pela pessoas”, disse o especialista em educação.

“É esse tipo de prática que deve ser empregada para o desenvolvimento da fé”, completa.

Segundo ele, em períodos de stress, muitos aprendem a orar, amar ao próximo, memorizar as escrituras, e ajudar a outros.

MacNair está envolvido por mais de 30 anos no ministério de adultos com deficiência, e nesse tempo, observou que a fé pode ser edificada por meio de uma grande variedade de formas diferentes.

“A Bíblia pode ser ensinada como conteúdo, como estilo de vida, comportamento, bem como de muitas outras coisas”, conclui MacNair.

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Livros de ensino religioso estimulam preconceitos

EDUCAÇÃO

 

As aulas de ensino religioso nas redes públicas de ensino do País utilizam livros com conteúdo preconceituoso e intolerante, afirma um estudo da Universidade de Brasília (UnB) que analisou as 25 obras temáticas mais usadas nas escolas.

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o ensino religioso nas escolas deveria garantir "o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo". Segundo a pesquisa, "Laicidade e o Ensino Religioso no Brasil", ocorre o contrário: as publicações estimulam homofobia; impõem o cristianismo (em especial o catolicismo); não destacam religiões afro-brasileiras e indígenas; ignoram pessoas sem religião e estigmatizam a pessoa com deficiência.

De acordo com a pesquisa, alguns livros relacionam o nazismo com falta de religião, afirmam que a ciência só é legítima quando "ligada à ética e a Deus" e criticam o homossexualismo.

Alguns números do levantamento comprovam o cenário alarmante. Das 192 vezes em que algum líder religioso e secular foi citado nas obras, Jesus Cristo apareceu em 81 delas. Líderes indígenas e Moisés, por exemplo, apareceram apenas uma vez cada um. As referências aos grupos religiosos também não apresentam equilíbrio. Predominam as religiões cristãs (65%).

Para Debora Diniz, coordenadora da pesquisa, falta controle do Ministério da Educação sobre os livros de ensino religioso. "O MEC avalia livros de todas as disciplinas, por que não avaliar esses? Isso abre espaço para discriminação religiosa e interfere na formação dos cidadãos."

Data: 1/8/2010
Fonte: Estadão